Maria Padilha e Maria Mulambo: Histórias, Imagem, a Diferença Entre Elas, Ritual, Mensagem e Falanges

Maria Padilha e Maria Mulambo: Histórias, Imagem, a Diferença Entre Elas, Ritual, Mensagem e Falanges

Maria Padilha é uma entidade bonita que, em vida, influenciou o rei Dom Pedro I de Castela (1334-1369) nas mais importantes decisões, tendo com ele quatro filhos.

Se casaram secretamente e Maria Padilha sagrou-se como a única esposa de Dom Pedro I de Castela, tornando-se a legítima rainha e exercendo seu poder e influência mesmo depois de morta.

Os pontos cantados de Maria Padilha lembram a sua história e ela se tornou a mais popular pomba gira, sempre sendo lembrada como a amante do rei de Castela.

Maria Padilha percorreu vários lugares até chegar aos terreiros de São Paulo e de todo o Brasil, tanto de umbanda quanto de candomblé, e, hoje, é muito procurada para trazer o amor de volta.

Maria Padilha e Maria Mulambo são consideradas eternas rivais e sobre elas existem várias história.

A história abaixo é contada por Maria Padilha das Almas.

Maria Padilha e Maria Mulambo viveram na mesma época, exercendo a mesma profissão, dentro da mesma cidade.

As duas eram cafetinas, donas de dois grandes cabarés.

O de Maria Padilha ficava próximo ao centro da cidade e o de Maria Mulambo ficava na parte mais humilde, periferia.

A similaridade entre elas vinha desde a juventude, já que ambas, quando moças, trabalharam para Maria Quitéria.

Segundo Maria Padilha, Quitéria teria sido quem a ensinou tudo e o Cabaré de Padilha ela herdou de Maria Quitéria.

A rivalidade entre Mulambo e Padilha já começava nessa época.

Padilha era interessada, se esforçava para ser como Quitéria e, na verdade, conseguiu supera-la.

Mas Quitéria sempre gostou mais de Mulambo.

Mulambo era desleixada, nunca quis ser como Quitéria, não se esforçava para ser a “Dama” que se esperava que fosse, ela vivia por aí, fazendo bagunça e se metendo em confusão, mas mesmo assim Quitéria a adorava.

A relação de Quitéria com Padilha era bem mais fria.

Ela demonstrava orgulho e aprovação pelo sucesso que Padilha alcançava, mas nunca houve amizade.

Quando Mulambo chegou a uma idade mais madura, ela já era rica, pois além de trabalhar no Cabaré, ela se metia com contrabando e todo tipo de coisa ilícita.

Mulambo manifestou o desejo de ter seu próprio Cabaré, e para atiçar ainda mais Padilha, Quitéria comprou um casarão bem no lugar que Mulambo gostava e deu de presente, mas para Padilha, que era a mais competente das meninas de Quitéria, ela não deu nada.

Quando Quitéria morreu (assassinada por Padilha), o cabaré ficou para Padilha, que o fez crescer e aumentou muito o prestígio do lugar.

O cabaré de Padilha era suntuoso, a opulência estava em cada detalhe do imenso casarão que mais parecia um palácio.

O cabaré de Mulambo era uma casa até maior, mas caindo aos pedaços.

O curioso é que Maria Mulambo sempre teve mais dinheiro que Maria Padilha, mas não gastava com luxo.

As moças do cabaré de Padilha eram vestidas como princesas.

Se alguém as visse, jamais diriam que eram prostitutas.

Aliás, a própria Padilha gostava de chama-las de cortesãs.

As moças do cabaré de Mulambo andavam requenguelas, não tinham uma aparência fina.

As moças dos dois cabarés sempre eram comparadas e isso aumentava ainda mais a rivalidade.

Maria Quitéria havia sido, além de Cafetina, uma poderosa feiticeira, e ensinou muito tanto à Mulambo quanto à Padilha.

Obviamente que as duas buscaram aprender mais usando outras raízes além dos ensinamentos de Quitéria, e as duas ficaram poderosíssimas, mas com limitações.

O que Padilha fazia em bruxaria, ela não sabia desfazer.

Já o que Mulambo fazia, durava muito pouco.

Muitas vezes, as duas tiveram que se rebaixar a pedir socorro uma à outra.

Mulambo ajudando Padilha a desfazer o que tinha feito e Padilha ajudando Mulambo a firmar mais o que fazia.

Padilha morreu primeiro, Capa Preta a matou.

Quando uma pessoa morre, ela vai para a “Roda das Encarnações”, onde a natureza decide se ela reencarna ou se seu espírito volta para o criador, porém quando uma pessoa usa de Magia Negra na sua vida, quando morre, a natureza não a reconhece.

O espírito dos feiticeiros fica adulterado.

A natureza só reconhece aquilo que é natural, e o sobrenatural ela rejeita, como se fosse algo que não se encaixa mais no mundo.

Padilha era um espírito sobrenatural, ela já havia usado muito de Magia Negra, e seu espírito estava impregnado dela.

Ela se tornou então um espírito encurralado entre o mundo dos vivos e o mundo espiritual, ela não regressava aos planos superiores nem voltava a encarnar.

Muitas outras feiticeiras também estavam na mesma situação e Padilha as liderou.

Elas formaram uma falange. A palavra falange é grega, era usada para se referir a esquadrões de soldados.

A falange foi criada e Padilha das Almas era a líder.

Todos os espíritos desta falange tinham, por obrigatoriedade, usar o nome de Maria Padilha.

Então, sugiram centenas de falangeiras, cada uma com o seu sobrenome, que lhe dava individualidade, mas todas usando o nome da chefe e sendo submissas a ela.

Mulambo também morreu e se encontrava na mesma situação, presa entre lá e cá.

Quando ela encontrou Maria Padilha, ela pensou que seria recebida como uma igual, mas não.

Maria Padilha tratou Mulambo com desdém.

Ela ofereceu à Mulambo ser da falange.

Mulambo estava sozinha e ficou muito decepcionada por Maria Padilha não lhe estender a mão, afinal elas se conheciam desde que eram vivas.

Mulambo se encheu de ódio e usou da arma que ela mais tem domínio, a falsidade.

Ela abaixou a cabeça e aceitou ser uma falangeira de Padilha, e nisso Padilha tomou dela o que ela tinha de mais precioso, o nome.

Padilha chamou Mulambo de “Maria Padilha dos Sete Nós”.

O erro de Maria Padilha foi deixar o orgulho lhe subir a cabeça, por ser uma entidade poderosa, ela achou que era invencível, mas estava enganada.

Maria Mulambo era um lobo em pele de cordeiro.

Ela era muito esperta e sabia que a força de Padilha estava em ter uma falange tão grande, cheia de entidades magníficas, e que se ela peitasse Padilha, ela não teria como vencer, pois as falangeiras a iriam defender.

Então, Mulambo tramou para derrubar a falange.

Ela foi fazendo laços de amizade com as falangeiras e, muitas delas, estavam extremamente descontentes com o modo autoritário que Maria Padilha as governava.

Mulambo foi comendo pelas beiradas e Maria Padilha nem se deu conta.

Em um determinado momento, todas as falangeiras estavam reunidas, centenas de espíritos de mulheres.

Padilha era quem falava mais alto, mas naquele dia, Maria Mulambo se levantou e, falando para todas as mulheres ouvirem, ela perguntou quem desejava sair da falange de Maria Padilha e formar, com ela, uma nova falange.

Padilha debochou, achando aquilo ridículo, mas o deboche durou pouco, a graça se acabou quando mais da metade da falange dela a abandonou e escolheu seguir Maria Mulambo.

Mulambo prometeu que todas as falangeiras que a seguissem poderiam escolher usar o nome delas ou não, poderiam ser quem elas realmente eram.

Padilha ficou furiosa, a falange que ela demorou tanto tempo para criar estava desmoronando e ela não podia fazer nada.

Ela declarou guerra à falange de Mulambo, mas Mulambo disse não.

Ela disse que não faria as falangeiras lutarem uma briga que não era delas, e que se houvesse uma batalha, seria uma contra uma: Maria Mulambo contra Maria Padilha.

Assim foi dito, assim se fez. Elas lutaram violentamente, como dois touros que se enfrentam.

A luta durou muito tempo e nenhuma das duas conseguia vencer.

Após muitos dias de guerra, elas deram uma trégua.

Iriam parar de guerrear por um período.

Esta trégua ainda está de pé, mas Maria Padilha já disse que quando a trégua cair, ela irá guerrear com toda a força que tem.

Maria Mulambo, pelo visto, não está nem um pouco preocupada.

Na medida que o nome de Padilha cresceu, o de Mulambo também, e na medida que Padilha trouxe mais moças para a sua falange, a falange de Mulambo também aumentou.

As duas são as entidades femininas mais famosas desta terra e só quem conhece as duas sabe o tamanho do poder que elas tem.

Enquanto isso, elas vão se tolerando.

Muitas vezes, ficam juntas, de mãos dadas, como se fossem boas amigas.

Serpentes! Saravá!

Verdade ou não essa história, ambas as pombas giras são donas de giras, conhecidas de longa data.

Nessas giras, os médiuns utilizam roupas e adereços de acordo com a vontade dessas entidades.

As pombas giras, de uma maneira geral, são consideradas uma família só, aberta para todos que queiram se integrar.

Elas são muito procuradas e invocadas para conquistar homens, principalmente Maria Padilha e Maria Mulambo, que trabalham muito no campo dos desejos humanos.

Ambas são consideradas donas da rua e estão presentes em terreiros de umbanda, vindo em terra em corpos de médiuns.

Ambas são protetoras e orientadoras, ajudando na compreensão do mundo invisível.

Tudo o que se for fazer em nome dessas pombas giras, antes se faz necessário pedir a autorização à elas, pois ter a autorização também é ter a proteção para fazer.

Essas pombas giras sempre vem em terra com algo a se fazer, como tirar demandas, nunca vem à toa.

Muitas vezes, são cultuadas através de imagens e trabalham juntas no astral, podendo-se fazer uma única oferenda para ambas.

Festas são feitas em louvor, agradecimento e homenagem à essas entidades, que são as mais conhecidas e sempre marcam presença.

Elas também são consideradas rainhas do candomblé e fazem um trabalho espetacular no plano espiritual.

Maria Mulambo e Maria Padilha: As Duas Pombas Giras mais Populares na Umbanda

Maria Mulambo é um espírito que se manifesta com o arquétipo de uma pomba gira e que trabalha especificamente para dissipar energias densas da vida das pessoas encarnadas.

Então, por exemplo, se você está sendo vítima de inveja, de mau-olhado, de olho gordo e até mesmo se você foi vítima de feitiçaria, é Maria Mulambo que vai retirar isso da sua vida.

Maria Mulambo é uma das pombas giras mais famosas que trabalha na Linha da Esquerda, na Umbanda, juntamente com Maria Farrapo.

Na verdade, mais que um espírito, Maria Mulambo é uma falange inteira de espíritos femininos que trabalham na Umbanda utilizando o pseudônimo de Maria Mulambo para fazer a caridade.

Isso significa que quem incorpora Maria Mulambo está incorporando uma falangeira, está incorporando um espírito subordinado à chefe de falange que empresta o nome.

Se você está se sentindo muito cansado(a), depressivo(a), sem ânimo para fazer as coisas, sem vontade de viver, pode ser que tenha algum tipo de energia negativa influenciando diretamente a tua vida e, se isso estiver acontecendo, você pode pedir diretamente para Maria Mulambo para que ela retire essa energia negativada da tua vida, cuidando principalmente do teu lado emocional.

Maria Mulambo trabalha com o pior que existe das emoções humanas, pois é extremamente experiente e sabe muito bem lidar com sentimentos de tristeza, de revolta, raiva… qualquer sentimento negativo que você estiver sentindo, peça ajuda para Maria Mulambo!

Um dos trabalhos principais de Maria Mulambo é esse: tirar a negatividade dos sentimentos do ser humano.

Quando Maria Mulambo vai cuidar de alguém, ela acaba fazendo uma limpeza completa, uma limpeza tanto do corpo, quanto da alma e o nome Maria Mulambo vem exatamente disso, oorque ela recolhe todo o lixo emocional que a gente carrega e leva embora.

Trabalhar no emocional das pessoas, transmutando energias negativadas, é uma das áreas que Maria Mulambo domina como ninguém!

Existem muitas magias que são específicas de Maria Mulambo. Para qualquer pedido feito para Maria Mulambo ajudar a resolver, muitas vezes, ela vai usar a magia para trazer equilíbrio e solução.

Maria Mulambo, por exemplo, harmoniza casais que realmente querem ficar juntos, casais que se amam, se gostam, tem carinho um com o outro, mas que, por algum motivo, estejam passando por situações difíceis de relacionamento.

Daí Maria Mulambo vai agir para harmonizar a vida conjugal daquele casal. Mas há outros tipos de situação em que você também pode pedir ajuda para Maria Mulambo.

Qualquer energia negativada que você esteja carregando, Maria Mulambo vai transformar.

Se você foi traído(a) por alguém, por exemplo, você pode pedir para Maria Mulambo te equilibrar.

Maria Mulambo equilibra os sentimentos e emoções da pessoa que foi traída ou até mesmo para que a pessoa que traiu não tenha mais vontade de trair.

Se você tem, por exemplo, um cônjuge ou mesmo namorada(o) que te trai, peça para Maria Mulambo dar um jeito, porque ela vai dar!

As magias de Maria Mulambo são muito voltadas para questões sentimentais, quando ela precisa arrumar o lado emocional da pessoa, ela chama essa responsabilidade para ela.

Maria Mulambo tem uma grande ligação com bruxaria, principalmente quando existe a necessidade de cortar laços de traição e deslealdade, mentiras e magias negativadas que podem estar atrapalhando o relacionamento das pessoas.

Em todos esses campos, Maria Mulambo pode ajudar. Maria Mulambo adora reconstruir relacionamentos e famílias e reatar laços emocionais arrebentados, ela é muito boa nesse processo de reconciliação.

Uma outra forma que Maria Mulambo gosta muito de trabalhar é com pessoas emocionalmente fragilizadas.

Então, se você se sente fragilizado(a) por algum motivo, vulnerável, carente, pequeno(a), peça para Maria Mulambo te fortalecer!

Você vai ver como ela é boa em fazer isso também, porque, como já mencionado, Maria Mulambo trabalha na linha do equilíbrio das emoções.

A falange de Maria Mulambo é muito grande e ela tem especializações em diversos campos energéticos, por isso existe a Maria Mulambo das Almas, a Maria Mulambo da Lixeira, a Maria Mulambo das Encruzilhadas…

Mas todos os espíritos femininos que trabalham na falange de Maria Mulambo, de uma maneira geral, são regidas pela energia de Oxum, porém com uma ligação muito forte com Obaluaê também.

Então, toda Maria Mulambo, independente dela ser das Almas, da Lixeira ou das Encruzilhadas…, vai ter sempre uma ligação forte com o cemitério, com a calunga pequena.

A História de Maria Mulambo

História 01

Essa é uma das histórias da vida de um espírito que, hoje, trabalha na Umbanda se apresentando como Maria Mulambo.

Como Maria Mulambo é uma falange de espíritos, cada espírito tem a sua história particular e, nada mais natural que existam diversas histórias contando a vida de Maria Mulambo.

Então, pode ser que a história abaixo sobre Maria Mulambo seja diferente da história que você conhece, que alguém já te contou.

Maria Mulambo viveu aqui no planeta Terra por volta dos os anos 1730 à 1780, não se sabe exatamente o ano em que ela nasceu e o ano em que ela morreu, e conta a história que ela era uma das filhas legítimas do Rei Luiz XV, pois o Rei Luiz XV teve várias filhas, e não se sabe, ao certo, qual das filhas que se tornou a Maria Mulambo.

O que se sabe é que ela realmente se chamava Maria e nasceu no Palácio de Versalhes, na França.

E sendo filha do Rei, cresceu na corte francesa sempre cercada de regalias, de riqueza e de muitos criados.

Maria, desde pequena, sempre foi muito voltada para a espiritualidade.

Ela gostava de estudar sobre espiritualidade, energia, esoterismo, assuntos transcendentais… e, com o tempo, Maria cresceu e virou uma jovem linda, uma moça com uma beleza deslumbrante.

E ela, sendo filha do Rei, foi prometida para se casar com um nobre da Áustria, pois o Rei Luiz XV queria aumentar ainda mais o seu poder unindo reinos.

Oferecendo a filha em casamento para um nobre de um outro reino, aumentariam muito as chances desses reinos se unificarem um dia.

Nessa época, a Maria tinha menos de 20 anos de idade, ou seja, ao final da adolescência, ela já tinha sido prometida em casamento.

E, apesar dela não querer se casar com uma pessoa que ela nem conhecia, ela aceitou o seu destino.

Iria se casar com um aristocrata austríaco, que fazia parte da nobreza daquele reino, para satisfazer as vontades do pai, do Rei Luiz XV.

Só que Maria tinha um segredo, um segredo guardado a sete chaves!

Maria era apaixonada por um soldado da guarda real.

Quanto mais se aproximava a data do casamento, mais Maria ficava angustiada, porque ela amava de verdade aquele soldado da guarda real e não suportava a ideia de se separar dele para se casar com um desconhecido, ainda mais de outro país, com outros costumes, com outro idioma.

Alguns dias antes do casamento, Maria combinou com o guarda, que era o amor da vida dela, de fugirem juntos.

Eles fizeram todos os preparativos e fugiram do castelo e da França, indo viver nas montanhas da Itália, onde ninguém sabia quem eram eles, o rapaz não era mais soldado e Maria não era mais a filha do Rei.

Eles passaram a viver como pessoas comuns e viveram tranquilamente durante uns 15 anos num vilarejo escondido nas montanhas da Itália.

Se a história parasse por aqui, ela teria um final feliz.

Só que não… A vida continuou e o casal teve dois filhos nesse vilarejo italiano, morando em sua própria casa e, como Maria sempre gostou de fazer magias e preparados de ervas, ela começou a curar muita gente na região, as pessoas doentes procuravam ela e recebiam ajuda.

Só que esse atendimento desinteressado que a Maria dava para a população local começou a chamar a atenção da Igreja, o que levou a uma investigação da mesma.

Naquela época, a Inquisição estava no auge, a Igreja começou a desconfiar que Maria poderia ser uma bruxa e começaram a investigar há quanto tempo ela morava no vilarejo, de onde que ela veio, com quem era casada…

Com o tempo, a Igreja acabou descobrindo que a Maria, na verdade, era a filha fugitiva do Rei Luiz XV!

Quando o Rei descobriu que a Maria tinha sido encontrada, ele mandou uma tropa de vassalos até lá e ordenou que matassem a família toda dela, mas que deixassem ela viver para amargar a perda dos seus filhos e do seu marido.

E assim foi feito: eles chegaram lá no vilarejo, capturaram todos, amarraram e mataram o marido e os filhos na frente da Maria.

Ela entrou em desespero e implorou para que os vassalos tirassem a vida dela também, mas, obedecendo a ordem do Rei, deixaram ela viver.

Maria, por já estar há tanto tempo naquela região, por conhecer os costumes e também pelas lembranças boas que ficaram na sua mente, dos seus filhos, do seu esposo, ela resolve continuar vivendo ali naquele vilarejo.

Só que depois de alguns anos, uma peste começa a varrer o local, uma epidemia misteriosa começa a matar as pessoas.

E o povo ignorante daquele vilarejo logo começou a dizer que aquela peste era uma maldição de Maria, por ela ter perdido a sua família.

Afinal de contas, as pessoas achavam realmente que ela era uma bruxa.

Daí a Igreja, que até então tinha deixado ela solta e apenas feito vistas grossas com as magias que ela fazia no vilarejo, porque ela era filha do Rei, resolveu ir tirar satisfação.

No entanto, Maria ficou sabendo antes que a Igreja queria prendê-la e resolveu ir embora daquele lugar.

Só que como ela não tinha para onde ir, ela não conhecia ninguém fora daquele vilarejo, ela resolveu voltar para o Castelo de Versalhes.

Ela resolveu ir pedir ajuda para a sua família, porque ela estava sozinha no mundo.

Só que quando ela chegou lá no castelo, os familiares não quiseram saber dela.

Todo mundo virou as costas! Afinal de contas, na visão deles, a Maria era uma traidora do reino, ela era uma fugitiva, e ela só estava viva até aquele momento, porque tinha sido uma ordem do Rei.

E, coincidentemente (ou não), a peste que havia assolado aquele vilarejo italiano, começou a chegar na França também.

As más línguas começaram logo a dizer que a Maria era a responsável por aquela pandemia.

Só que dessa vez, por ela estar mais próxima do Rei, que era o seu pai, por ela ter uma família influente, a Igreja fica com medo de prendê-la e sofrer algum tipo de represália.

Assim, Maria ficou solta, na cidade de Versalhes, ajudando as pessoas, trabalhando com as suas ervas e as suas magias.

Até que, em um determinado momento, o dinheiro de Maria acaba e, como ela já não tinha mais um marido para ajudar no sustento e também a própria família dela da nobreza se recusava a ajudar, ela começou a passar necessidades.

Já não tinha mais dinheiro para se cuidar, já não tinha mais dinheiro para comprar roupa e as vestes que tinha começaram a ficar desgastadas e a rasgar.

Os vestidos que ela tinha começaram a ficar todos esfarrapados.

Tanto é que ela ficou conhecida, na época, como a “esfarrapada de Versalhes”.

E para quem conhece francês, vai entender direitinho da onde surgiu o nome dela, porque “esfarrapado”, em francês, se diz “lambeaux”.

Então, ela ficou conhecida, em Versalhes, como Maria Lambeaux, a mesma Maria que, hoje, a gente conhece como Maria Mulambo, aqui no Brasil.

Durante praticamente metade de sua vida, apesar dela ter vivido numa extrema carência, ela ajudava muitas famílias de várias formas diferentes e com seus tratamentos que, hoje, chamamos de fitoterápicos.

Ela fazia as mandingas dela para curar as pessoas e ajudava, inclusive, a acomodar quem chegava de outros lugares, sempre com o coração bondoso, nunca pedindo nada em troca.

Ela foi ficando velha, foi ficando velha… foi ficando cada vez mais difícil a sua locomoção e, diz a história que ela morreu com mais de 60 anos, ou seja, com uma idade muito avançada para a época.

Poucas pessoas chegavam nessa idade na época em que Maria viveu, até mesmo pessoas de posses não conseguiam viver tanto.

Mas a Maria viveu e teve a oportunidade de ajudar muita gente, e como bruxa!

No entanto, apesar de Maria Lambeaux ter nascido filha do Rei, depois que ela morreu, o seu corpo foi enterrado como indigente.

Ela não recebeu honraria nenhuma. Sabe aqueles enterros pomposos que toda família real tem direito?

Com a Maria não teve nada disso. O corpo dela simplesmente foi jogado numa cova rasa, sem nome, sem nada.

Mas, apesar dela ter sido enterrada na França como indigente, aconteceu uma coisa muito bonita!

A Maria conquistou muitos devotos e seguidores pela caridade praticada em vida, pelas obras boas que ela foi acumulando, assim ela acabou ganhando a simpatia de muita gente.

E essas mesmas pessoas resolveram unir esforços, desenterraram o corpo dela, que havia sido sepultado como indigente, e levaram para a Itália, para sepultá-la junto com o seu marido e filhos.

Lá na Itália, sim, ela recebeu um enterro digno, um enterro descente.

Maria Mulambo abandonou tudo o que tinha, toda a riqueza, todas as posses, todo o poder, para viver um grande amor.

E ela realmente viveu com intensidade esse amor, enquanto ela pôde. Talvez seja por isso que Maria Mulambo goste tanto de unir casais que estejam passando por algum tipo de problema conjugal, porque ela passou por uma situação muito mais intensa e ela superou os problemas daquela vida para evoluir espiritualmente.

História 02

Essa é uma segunda história da pomba gira Maria Mulambo.

A lenda diz que Maria Mulambo nasceu em berço de ouro, cercada de luxo.

Seus pais não eram reis, mas faziam parte da corte em um pequeno reinado.

Maria cresceu sempre bonita e delicada.

Com seus trejeitos, sempre foi chamada de princesinha, mas não o era.

Aos 15 anos, foi pedida em casamento pelo rei, para casar-se com seu filho de 40 anos.

Foi um casamento sem amor, apenas para que as famílias se unissem e a fortuna aumentasse.

Os anos se passavam e Maria não engravidava.

O reino precisava de um outro sucessor ao trono.

Maria amargava as dores que sofria, além de manter um casamento sem amor, era chamada de árvore que não dá frutos e, nesta época, toda mulher que não tinha filhos era tida como amaldiçoada.

Paralelamente a isso tudo, a nossa Maria era uma mulher que praticava a caridade, indo ela mesma aos povoados pobres do reino, ajudar aos doentes e necessitados.

Nessas suas idas aos locais mais pobres, conheceu um jovem, apenas dois anos mais velho que ela, que havia ficado viúvo e tinha três filhos pequenos, dos quais cuidava como todo amor.

Foi amor à primeira vista, de ambas as partes, só que nenhum dos dois tinha coragem de aceitar esse amor.

O rei morreu, o príncipe foi coroado e Maria declarada rainha daquele pequeno país.

O povo adorava Maria, mas alguns a viam com olhar de inveja e criticavam Maria por não poder engravidar.

No dia da coroação, os pobres súditos não tinham o que oferecer a Maria, que era tão bondosa com eles.

Então, fizeram um tapete de flores para que Maria passasse por cima.

A nossa Maria se emocionou; seu marido, o rei, morreu de inveja e, ao chegar ao castelo, trancou Maria no quarto e deu-lhe a primeira das inúmeras surras que ele lhe aplicaria.

Bastava ele beber um pouquinho e Maria sofria com suas agressões verbais, tapas, socos e pontapés.

Mesmo machucada, nossa Maria não parou de ir aos povoados pobres praticar a caridade.

Num destes dias, o amado de Maria, ao vê-la com tantas marcas, resolveu declarar seu amor e propôs que fugissem, para viverem realmente seu grande amor.

Combinaram tudo. Os pais do rapaz tomariam conta de seus filhos até que a situação se acalmasse e ele pudesse reconstruir a família.

Maria fugiu com seu amor apenas com a roupa do corpo, deixando ouro e jóias para trás.

O rei, no princípio, mandou procurá-la, mas, como não a encontrou, desistiu.

Maria, agora, não se vestia com luxo e riquezas, agora, vestia roupas humildes que, de tão surradas, pareciam mulambos; só que ela era feliz.

E engravidou. A notícia correu todo o país e chegou aos ouvidos do rei.

O rei se desesperou em saber que ele é que era uma árvore que não dá frutos.

A loucura tomou conta dele ao saber que era estéril e, como rei, ele achava que isso não podia acontecer.

Ele tinha que limpar seu nome e sua honra.

Mandou seus guardas prenderem Maria, que de rainha passou a ser chamada de Maria Mulambo, não como deboche mas sim pelo fato de ela agora pertencer ao povo.

Ordenou aos guardas que amarrassem duas pedras aos pés de Maria e que a jogassem na parte mais funda do rio.

O povo não soube, somente os guardas; só que 7 dias após esse crime, às margens do rio, no local onde Maria foi morta, começaram a nascer flores que nunca ali haviam nascido.

Os peixes do rio somente eram pescados naquele local, onde só faltavam pular fora d’água.

Seu amado desconfiou e mergulhou no rio, procurando o corpo de Maria; e o encontrou.

Mesmo depois de estar tantos dias mergulhado na água, o corpo estava intacto; parecia que ia voltar à vida.

Os mulambos com que Maria foi jogada ao rio sumiram.

Sua roupa era de rainha. Joias cobriam seu corpo.

Velaram seu corpo inerte e, como era de costume, fizeram uma cerimônia digna de uma rainha e cremaram seu corpo.

O rei enlouqueceu. Seu amado nunca mais se casou, cultuando-a por toda a vida, à espera de poder reencontrá-la.

No dia em que ele morreu e reencontrou Maria, o céu se fez azul mais límpido e teve início a primavera.

Assim, a nossa Maria, que agora era rainha Maria Mulambo, virou lenda; e até hoje é invocada para proteção dos amores impossíveis.

História 03

Essa terceira história é de Maria Mulambo das Almas, também conhecida como Tata Mulambo, que trabalha na linha da Umbanda, mas também vira nas casas de Nação de Candomblé normalmente e Kimbanda.

A história começa no inicio do século XIX, pelos anos de 1818, época em que o Brasil caminhava para sua independência de Portugal e que, mesmo oficialmente elevado à “Categoria de Reino Unido”, mantinha no estilo de vida os costumes de colônia submissa, explorada, oprimida.

Foi nesse tempo que nasceu, em Alagoas, a filha dos Manhães, respeitada família de fazendeiros que viviam de criar gado na região próxima ao então vilarejo de Penedo.

Maria Rosa da Conceição – esse era seu nome (Maria Mulambo) – cresceu criada sob os arraigados moldes educacionais da ocasião.

Quando moça feita, o Brasil já se dizia independente, mas não ela.

Tinha nas mãos do pai o seu destino selado, como acontecia a tantas outras milhares de moças.

Vigência comum eram os pactos de casamento, não entre os namorados, mas entre os que viam, nesse expediente, a forma de unir famílias, as consideradas poderosas e tradicionais, visando tão somente a interesses comerciais, territoriais e até políticos.

Maria Rosa da Conceição não fugiria a esse destino quando, aos 19 anos de idade, foi prometida aos Cardins, na pessoa de Vicente, o filho.

Comum também parecia “o outro lado” dessa história.

Maria Rosa, claro, não amava Vicente.

Era Luciano, capataz da fazenda dos Manhães, o dono de seu coração, um viúvo, sem filhos, com quase o dobro de idade da moça.

Empregado dedicado, servia a família mesmo em dias difíceis, como os das secas que assolavam periodicamente o Nordeste.

Luciano era homem de caráter inquestionável, dote que certamente não seria considerado pelo coronel Manhães, caso o capataz propusesse, oficialmente, casar com a filha do fazendeiro.

Mas Luciano e Maria Rosa, fora do tempo e do espaço, estava perdidamente apaixonados.

Vivendo um romance clandestino, porém verdadeiro, viam aproximar-se o funesto dia do combinado casamento de Rosa com Vicente.

O noivado de seis meses já se tinha expirado.

A cada dia que passava, menor eram as esperanças de solução.

Em junho do ano de 1837, três meses antes da data marcada para a cerimônia nupcial, Maria Rosa e Luciano apelaram para a única saída que lhes parecia possível – a fuga – e fugiram para as bandas de Pernambuco.

Essa foi a saída possível, mas não honrosa, não para as famílias ofendidas nem para os costumes do povo.

O escândalo ganhou fazendas, roçados, estradas e os sertões, desbravados pelos dois irmãos de Maria Rosa na tentativa de reavê-la e castigar um empregado que para eles se mostrara, agora, indigno de confiança, além de detestável sedutor.

Também para os Cardins a humilhação era sem precedentes!

Todos eles exigiam reparação da honra da família, ultrajada por um homem considerado sem linhagem e de origem duvidosa.

Afinal, que riquezas ou poderes tinha ele?

De que família provinha? Talvez fosse um mestiço ou sabe-se lá mais o quê!

Como se atrevera a tanto? Merecia castigo à altura de seu desvario.

Quanto a Maria Rosa, julgavam os Cardins que ela não havia recebido dos pais a devida educação, tanto que agira de maneira tão afrontosa quanto imoral.

Vai daí que as duas famílias cortaram relações, unido-se apenas no firme propósito de encontrar e punir Luciano.

Durante três anos e seis meses, deu-se perseguição implacável e sem tréguas ao casal que, longe de fúria e do desejo de vingança dos seus e já com uma filha, encontrara nas terras do Coronel Aurino de Moura o seu recanto de felicidade – e onde, com a mesma dedicação, peculiar a seu caráter, Luciano também trabalhava como capataz.

Numa tarde quente de dezembro de 1840, quando despreocupado tratava no curral da fazenda de um animal ferido, um bando cercou o local.

Eram dois líderes brancos, negros, escravos, farejadores e capangas de aluguel.

Sem qualquer explicação, mataram o animal a tiros e Luciano a facadas.

Maria Rosa que, em casa, cuidava da filha, foi levada desacordada de volta a cidade de Penedo.

Voltar para casa em tais circunstâncias significava, naturalmente, enfrentar (quem sabe?) o ódio, mas, com certeza, a humilhação.

E apenas para isso Maria Rosa fora trazida.

Após cuspir-lhe no rosto, o pai expulsou-a, com o orgulho ferido e ouvidos fechados aos apelos dos dois filhos e da esposa, e a mãe sofrendo a reconhecer que a filha merecia castigo, mas não a renegarão.

Rogos vãos. No entanto, ver-se entregue à própria sorte não a assustava.

Mas sua filha pequena não pedira nem merecia o abandono e o repúdio familiar.

E, assim, Maria Rosa julgou que recorrer ao abrigo de parentes poderia amenizar o sofrimento da menina.

Com ela, voltou a Pernambuco e, na cidade de Olinda, apelou para seus tios que, nem por isso, a trataram como sobrinha.

Pelo contrário, sua condição de dependente e desvalida fez de Maria Rosa uma serviçal da família, a suportar, pelo bem da filha, novas humilhações.

Quem dera, porém, que tal martírio nisso apenas se resumisse!…

Meses após ter chagado a Olinda, a vida de Maria Rosa tomaria novo curso ao ver seu filhinha morrer de varíola.

E Maria Rosa fugiu outra vez. Agora, sozinha.

Sem amor, sequer estima ou consolo.

Perdera tudo o que de mais importante e valioso tivera, prova carnal e espiritual do único amor de sua vida.

Partiu para o caminho que, também desta vez, lhe parecia a única e desesperada solução possível: a prostituição.

Assim, foi tocando seus dias de amargura no falso esplendor da noite boêmia.

Sem demora, sua saúde foi sendo minada pela tuberculose e pelas doenças venéreas.

Esquálida e tísica, mais uma vez passou a ser repudiada até pelas colegas da profissão, chamada de “vida fácil”.

Passou, então, a pedir esmolas pelas ruas.

Nas suas andanças de extrema penúria, ficou dois anos em Recife, seguindo depois de cidade em cidade até chegar, de volta, à terra natal.

Quem peregrinava, então, pelas ruas de Penedo não era a bela jovem de outrora, mas uma mulher magra, precocemente envelhecida, abatida, marcada, dilacerada pelo sofrimento do corpo e da alma.

Irreconhecível, foi logo “batizada” pelo escárnio popular como MARIA MOLAMBO.

Encontram-na assim os dois irmãos, levaram-na para a fazenda distante a algumas léguas da cidade e lhe deram a notícia da morte dos pais e da sua inclusão na herança dos Manhães, graças à intervenção da mãe, a ultima a falecer.

Maria Rosa recebeu dos irmãos, bem se diga, toda a assistência de que necessitava em razão da sua doença.

Conseguiu, por isso, recuperar parte da saúde e dar início a uma nova vida, agora dedicada à comunidade, ajudando os carentes (que não eram poucos) abandonados e desabrigados, crianças, mulheres e anciões.

Sua parte na herança, ela destinou a esse trabalho anônimo e a um asilo já existente em Maceió, onde passou servindo todo o seu tempo de vigília.

Foi no ano de 1857 que Maria Rosa da Conceição faleceu e foi recebida no plano astral por muitos conhecidos e parentes, àqueles a quem havia beneficiado em sua vida terrena, e continuou a ser, agora carinhosamente, chamada de Maria Molambo.

No ano de 1900, conheceu outra mulher de grande prestígio, Maria Padilha, cujo propósito principal era a luta pela igualdade dos sexos, inspirando decisivamente as líderes feministas do plano físico.

Por influência dela, aceitou convite para integrar um novo movimento religioso ainda em organização no plano astral – denominado Umbanda – passando a liderar milhares de criaturas.

Constituiu, assim, a falange de Maria Molambo, trazendo inúmeros benefícios a encarnados e desencarnados da terra brasileira.

A Imagem de Maria Mulambo

Maria Mulambo é representada com a imagem de uma mulher adulta de pele branca ou morena, de cabelos compridos e escuros, usando um vestido preto, roxo ou vermelho longo, joias e rosa no cabelo.

Na sua imagem, costuma ser representada, na maioria das vezes, levantando a saia, mostrando as duas pernas ou com os braços esticados e o corpo ereto.

Ás vezes, podemos vê-la representada com chapéu de bruxa e tridente (Maria Mulambo das Almas).

Também é possível, mas mais incomum, vê-la representada com vestido branco, associada à corvos ou mesmo de cabelo loiro.

A Diferença Entre Maria Padilha e Maria Mulambo

Há muita diferença entre Maria Padilha e Maria Mulambo no que diz respeito à linha de trabalho e são espíritos diferentes, são mulheres diferentes com histórias diferentes.

Cada uma tem uma manipulação de energia diferente. Maria Padilha é mais política, é mais centrada, trabalha muito com magia ligada ao amor, à prosperidade, à dinheiro e trabalha muito também com ensinamentos.

Então, a energia de Maria Padilha é diferente da energia de Maria Mulambo, que é mais extrovertida, não é tão contida, o que ela tem que falar, ela fala diretamente, não tem freio, não mede palavras.

Maria Padilha, pelo contrário, procura ser política, tenta ponderar as coisas.

Além disso, Maria Mulambo trabalha mais nas emoções, no lixo emocional, no lixo humano, também trabalha muito forte na feitiçaria, em qualquer tipo de feitiçaria.

Alguns acham erroneamente que Maria Mulambo vive no lixo, mas esta pomba gira apenas trabalha com o lixo astral, com a energia negativa de ambientes e daqueles que a buscam, mas ela não vive no lixo.

É elegante e calma ao falar, mas sua atuação é firme e forte. Maria Mulambo trabalha com a limpeza espiritual, desfazendo magias maléficas e abrindo caminhos.

Atua também na saúde e no amor. Durante consultas com ela, dá conselhos sobre o momento em que o consulente está vivendo, motivando-o a não desistir de seus objetivos, a não ser que este seja nocivo para ele ou outrem.

Algumas Mulambos trabalham abrindo caminhos, outras fechando caminhos, algumas na calunga, no cemitério, recolhendo almas, então existem várias vertentes de trabalho, mas cada entidade tem uma história diferente, uma energia diferente e manipulam energia diferente, podendo se encontrar no astral, mas cada uma no seu ponto de força.

Maria Padilha resolve problemas sentimentais e também é a protetora das prostitutas.

É a rainha das encruzilhadas e dos cabarés e veste vermelho e preto. Maria Mulambo é sempre sensual, sedutora e gosta de se vestir muito bem.

Tem um temperamento amável e prefere as bebidas mais doces e suaves, como vinho, licor, cidra etc.

É muito relacionada ao luxo, ao brilho e tudo que se destaca. Induz à caridade e é extremamente bondosa.

Sua cor é o preto e o dourado. Gosta de beber vinho rose, champanhe e Martini vermelho, fuma, e seus símbolos são o punhal, gatos pretos e tridentes, protege mulheres que sofrem no relacionamento.

Maria Padilha trabalha em todas as áreas dos encarnados: saúde, amor, trabalho e abertura de caminhos.

Gosta de champanhe, cigarros ou cigarrilhas, rosas vermelhas, tecidos finos e joias, além de velas.

Uma das histórias mais conhecidas envolvendo Maria Padilha é a de que ela teria sido a Rainha Maria de Padilla, inicialmente amante de Dom Pedro de Castela, com quem se casou após a morte de Dona Blanca de Bourbon.

Quem carrega Maria Padilha sabe que inimigo nenhum fica no caminho.

Ela arrasta, destrói e desgasta. Maria Padilha tem um jeito sútil e meigo de falar, mais uma força gigantesca para defender os seus.

Maria Padilha é a consorte de Exu, que é o mensageiro dos Orixás no Candomblé.

Maria Padilha das Almas x Maria Mulambo das Almas

A pomba gira Maria Padilha das Almas é a responsável por proteger as mulheres contra os maus tratos e contra os todos os atos de violência praticados pelos homens.

Ela ajuda nas vida amorosa, nas traições e até mesmo na vida financeira.

É das mais conhecidas de todas, portanto pode sempre contar com a sua ajuda.

A pomba gira Maria Mulambo das Almas é daquelas que gostam muito de luxos e de caprichos.

Não gosta de viver mal, comer mal, nem se vestir mal. Adora luxos, boas roupas, boas comidas e bons locais.

Ela ajuda as mulheres que sofrem violência no relacionamento e aquelas que vivem uma vida infeliz.

Também gosta de se vestir de preto e vermelho.

A História da Maria Padilha: A Feiticeira das Pombas Giras

Maria Padilha é a pomba-gira mais procurada nos terreiros. A origem histórica de Maria Padilha, segundo pesquisas, conta que ela teria nascido no ano de 1334, em Palencia, na Espanha, sendo pertencente a uma família castelhana, os Padilla, cujo nome seria eternizado em brasão posteriormente a sua morte.

Através da história da Maria Padilha é possível perceber que ela não era uma mulher qualquer.

Diz-se que, junto de uma árvore, Maria Padilha teria deixado um feitiço de amor feito com um espelho, através do qual o Rei se olhou e, enfeitiçado, se rendeu à paixão da jovem moça.

O casamento foi parte importante da história de Maria Padilha. O caso da pomba gira Maria Padilha foi realmente um caso de amor.

D. Pedro I abandonou sua esposa Dona Blanca para viver sua história com Maria Padilha, sendo perseguido por opositores em seu Reinado.

Depois de mandar sua esposa para a prisão – alguns dizem que por um feitiço armado por Maria Padilha – o Rei assume seu casamento até então clandestino com Maria de Padilla.

A força da falange de Maria Padilha é outro fato que faz parte de sua história.

Apegada à matéria e ao seu grande amor, Maria Padilha é chefe de falange na linha de Exu, atuando como Exu-Mulher lado a lado de Exus homens.

Poderosa em seus feitiços de amor, dentro de terreiros Maria Padilha comanda os feitiços e consola aqueles que perderam um grande amor.

No vídeo abaixo, você pode conferir a história da pomba gira Maria Padilha contada por Kélida Marques, psicanalista e espiritualista.

Ela é dona de um dos principais canais de espiritualidade do YouTube, com mais de 1 milhão de inscritos.

Ritual para Pedir Proteção à Maria Mulambo

Consiga um pratinho de barro (alguidar), uma garrafa de cidra (mantenha a garrafa fechada), três velas vermelhas e rosas vermelhas em número ímpar (1, 3, 5 ou 7).

Arranje também cigarros ou cigarrilhas (o número vai depender da indicação da entidade no templo de Umbanda frequentado pelo fiel).

Vá a uma encruzilhada em formato de “T” e deposite o alguidar com as velas acesas, as rosas e os cigarros ou cigarrilhas.

No local, derrame um pouco da bebida. Faça seu pedido de proteção à Maria Mulambo. Jogue o resto do conteúdo e a garrafa no lixo.

Mensagem de Dona Maria Mulambo

Talvez eu devesse pedir licença, não sei bem, pouca prática tenho destes escritos, mas como o canal está aberto, eu vou escrevendo.

Dizem que vim de longe, dizem tantas coisas, que sou isso e aquilo, tantas conjecturas, uns me acham o máximo, outros se apavoram ao ouvir meu nome, a maioria só gosta de mim enquanto acham que eu posso beneficiá-los em seus pedidos tão terrenos, tão materialistas.

Tão raro é ver um gesto de carinho, tão raro alguém querer saber como proceder dignamente, tão raro alguém se lembrar de mim como amiga, tão raro alguém querer conhecer a verdade em relação à espiritualidade, tão raro.

Ah! Mas cobrar cobram, portam-se tão mal, mas cobram, querem caminhos abertos, mas esquecem-se das leis básicas, esquecem-se que nesta vida ou na outra colhe-se aquilo que se planta.

Em relação ao amor, cismam e pronto, não querem saber do outro lado da moeda, esquecem-se que devem respeitar os sentimentos da outra pessoa, esquecem-se que cada um tem uma missão, que todos tem livre arbítrio.

Às vezes, cismam com vinganças mesquinhas, na maioria das vezes nem razão têm, mas eles não querem saber, só enxergam o seu próprio orgulho, só enxergam o seu lado da questão, esquecem-se inclusive que, ás vezes, certas rivalidades vêm do passado bem distante, e que persistir é não só atrasar a caminhada como também atirar-se em um abismo acordando velhos instintos e com eles antigos inimigos espirituais.

Bem poucos estão interessados em ouvir algo que possa ir contra os seus interesses momentâneos, poucos querem saber a verdade sobre qualquer coisa, muito menos sobre a doutrina religiosa que decidiram seguir, mesmo porque eles não a vêm como religião, mas sim como meio de alcançar as suas metas.

Então, alguém me diz: por que deixa que falem tantas coisas, não desmente, apenas dá uma gostosa gargalhada?

E eu respondo: Porque eles não estão interessados, eles querem dizer coisas horríveis, mentiras, estórias mirabolantes, só para que eu possa parecer poderosa, para satisfação de seus egos, principalmente dos médiuns que me incorporam.

Então, eu espero. Devagar, em um ou outro templo começa a surgir uma luz, alguém se interessa, alguém procura estudar, alguém lembra que acima de tudo está DEUS e suas leis imutáveis, nesta ou em qualquer outra religião.

E graças a estes que começam a despertar para a verdade, eu e outros começamos a receber um pouco de respeito, eu e outros temos a chance de trabalhar para a Luz, sem ter que camuflar uma imagem que não é a nossa, só para sermos aceitos pelos nossos médiuns e termos a chance de evoluir este mesmo médium, mas hoje eu só gostaria de deixar bem claro que Exu e Pomba-Gira de Umbanda nada mais são do que guerreiros da Luz nas Trevas.

Sim, trabalhamos nas Trevas para a Luz, por opção nossa decidimos evoluir desta forma, opção nossa sim, pois a todos nós foi dada a opção de escolha do trabalho a ser realizado.

Como também poderíamos ter aceitado a opção de reencarnação, para evoluir através dela.

Temos ciência também que a qualquer momento se decidirmos reencarnar, poderemos pedir isto para a Lei que irá direcionar o nosso pedido e verificar quando e como poderemos fazê-lo.

Bem, para quem nunca usou este meio de comunicação, já falei demais, mas um dia quem sabe possa vir e contar minha história, que garanto não será as estórias que ouvem.

Deixo o meu agradecimento a este cavalo que psicografa, e só peço a todos que lerem esta mensagem que ao menos reflitam sobre o que aqui foi exposto, tentem estudar, ganhem conhecimento e lembrem-se que seja qual for o conhecimento que chegar até vocês, ele deve passar pelo crivo da lei da razão, não se tornem radicais, pois nenhum conhecimento está totalmente contido em um só lugar, ele sempre é dado aos poucos e um vai completando o outro.

Lembrem-se que a pior fé é a fé cega, a fé verdadeira é sempre baseada no amor.

Agora, eu me vou, uma gostosa gargalhada para quem quiser assim, e um forte abraço para quem quiser me conhecer.

(Ditado por Maria Mulambo, psicografado por Luconi)

Sub-falanges de Maria Mulambo

Entre as diversas sub-falanges de Maria Mulambo estão:

  • Maria Mulambo das Almas – Linha de Oyá/Iansã
  • Maria Mulambo da Estrada – Linha de Ogum
  • Maria Mulambo da Encruzilhada – Linha de Ogum
  • Maria Mulambo do Cruzeiro – Linha de Oxóssi/Odé
  • Maria Mulambo da Kalunga – Linha de Omolú-Obaluaê
  • Maria Mulambo da Lixeira – Linha de Nanã
  • Maria Mulambo da Figueira – Linha de Xangô
  • Maria Mulambo das Sete Covas – Linha de Omolú-Obaluayê
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