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  • Maria Padilha 7 Saias: Histórias, Quem é e Ponto Cantado

    Maria Padilha 7 Saias: Histórias, Quem é e Ponto Cantado

    Maria Padilha 7 Saias é uma entidade representada por uma mulher com características ciganas, usa vestido longo vermelho e preto, carrega consigo uma rosa, tem porte de dançarina e é a única Maria Padilha a ser representada, às vezes, com os cabelos presos.

    O leque, a adaga, a lua, o tridente e o número 7 são seus símbolos.

    A História de Maria Padilha Sete Saias

    Maria Padilha Sete Saias teve sua vinda ao mundo marcada por muito sofrimento. Já na sua infância se dá o início de sua aflição, pois, ao nascer, sua mãe falece por complicações durante o parto.

    Desde então, sofre constantes humilhações vindas de seu pai que passa a culpá-la pela morte da esposa que tanto amava.

    Maria Padilha Sete Saias cresce e, com o passar dos anos, crescem os aviltamentos e já moça passa a ser forçada a fazer todas as vontades do pai, sendo mais uma serviçal do que uma filha.

    Com seu pai, Maria Padilha Sete Saias morava em uma choupana afastada, no lugarejo onde habitavam e, por esse motivo, não vê felicidade em seu futuro.

    Acaba, então, a moça Maria Padilha Sete Saias se relacionando com homens casados e ricos do povoado, vendo aí sua única satisfação.

    Mas a vida não lhe sorri pelos seus envolvimentos e pelo enredo de traições em que se envolve, e as esposas traídas desejam o seu mal a ponto de desejarem apedreja-la.

    Segundo conta a lenda, o motivo pelo qual seu nome é Maria Padilha Sete Saias é porque a moça tinha sete amantes.

    Assim, para cada amante, ela usava respectivamente uma saia. Estes amantes, enciumados entre si, decidem trancá-la em um casebre afastado como modo de puni-la pela vida libertina que escolhera junto aos mesmos, sendo então obrigada a se alimentar de restos de vegetais que se encontravam no interior de seu cárcere.

    Com muito sufoco e força de vontade de viver, Maria Padilha Sete Saias derrubou uma parede velha do casebre feito de madeira e, rastejando pela fraqueza, encontrou uma estrada próxima, onde passava uma caravana de ciganos que a acolheram e cuidaram dela.

    Assim, Maria Padilha Sete Saias tornou-se uma bela moça, que acabou casando com o filho do chefe do clã dos ciganos, o qual tornou-se um homem muito rico, recebendo o título de barão e, provavelmente, ela de baronesa.

    Por vingança, Maria Padilha Sete Saias queria voltar ao lugar que queriam apedrejá-la. O marido, apaixonado e fiel, fez a vontade da esposa comprando o melhor e mais importante casarão daquele povoado e mandando convite a todos para um rico e abundante baile de máscaras, para apresentar a mais nova baronesa daqueles tempos.

    No dia do baile, Sete Saias desceu as escadarias do rico salão com a sua bela máscara e um maravilhoso vestido e todos os seus inimigos a aplaudiram e reverenciaram sem saber quem era a misteriosa mulher, que seria revelada somente no fim da festa.

    Ela chamou a todos ao centro do salão, ainda com a máscara, e todos os convidados já estavam totalmente bêbados, quando ela retirou a máscara revelando-se a todos.

    Os inimigos, indignados por ser ela a mais rica baronesa da região a qual deviam respeito, começaram a condená-la, principalmente o seu pai, que no impulso começou a cobrar carinhos que ele nunca teve a ela.

    No soar de palmas, entraram empregados ao salão, carregando enormes barris de óleo. Os convidados, achando que fazia parte da cerimônia, ficaram aguardando os servos despejarem o óleo por tudo enquanto Maria Padilha Sete Saias e seu marido saíram escondidos, incendiando todo o espaço, matando e vingando-se assim de todos os seus inimigos.

    Maria Padilha Sete Saias, com sua rica charrete, parou em frente ao casarão para ver seus inimigos se incendiando e suas últimas palavras aos seus inimigos foram: “livrarei vocês dos seus pecados com o fogo!”

    Beijando o seu esposo e seguindo a sua viagem. Ela viveu até os 78 anos.

    História esta contada pela sua maior parceria, Maria Padilha.

    Maria Padilha Sete Saias na Umbanda

    Maria Padilha Sete Saias é uma pomba gira muito conhecida e requisitada nos terreiros de umbanda, trabalha muito no lado financeiro e amoroso, ela pode atuar nas 7 linhas da umbanda.

    Não existe apenas uma Maria Padilha Sete Saias. Podemos encontrar Maria Padilha Sete Saias do Cemitério, filha de Iansã que trabalha com um Exu de Cemitério, como Exu João Caveira, por exemplo.

    Ou ainda uma filha de Ogum, que poderá trabalhar com Maria Padilha Sete Saias das Encruzilhadas, que vai trabalhar com um Exu de Ogum, que pode ser Exu Tranca Ruas das Almas.

    Maria Padilha Sete Saias faz parte da tradição, do mito e das lendas desta terra tão intimamente ligada ao mar e diz-se que suas sete saias representam as sete virtudes; os sete dias da semana; as sete cores do arco-íris; as sete ondas do mar, entre outras atribuições bíblicas, míticas e mágicas que envolvem o número sete.

    Maria Padilha Sete Saias é perspicaz, audaciosa e espontânea, ela é ela, mesmo que isso desagrade às conversões.

    Seu olhar é firme e tem uma energia que transborda alegria e amor, um contato que todos deveriam fazer, pelo menos uma vez na vida.

    Quem é Maria Padilha Sete Saias?

    Maria Padilha Sete Saias é uma entidade mística, que com suas 7 saias, seu colar com 7 voltas, trabalha no mundo espiritual, quando convidada para esse fim.

    Pode ser sua grande aliada nas questões que envolvem o amor, dinheiro, trabalho e saúde. Muito confundida com a Cigana 7 Saias, Maria Padilha Sete Saias pertence a falange de Maria Padilha e de Sete Encruzilhas.

    Maria Padilha Sete Saias é uma mulher que não gosta de brincadeira, aceita brincadeira na hora certa, mas quando está trabalhando é muito séria, transmitindo muita segurança.

    Faz suas mandingas com seus colares, que são vários, de preferência que dão sete voltas, gosta de muitas pulseiras, de beber champanhe e de sua cigarrilha.

    Maria Padilha Sete Saias não manda recado! O que tem que ser dito é dito na hora, não deixa pra depois. Se quer saber a verdade, pergunte à Maria Padilha Sete Saias, caso contrário não diga nada, pois poderá ouvir o que não quer ou o que não deseja.

    Com ela, não existe meio termo, ou é ou não é! O que ela faz e promete ela cumpre, mas se vacilar ela dá o troco, nunca leve na brincadeira o que ela diz e cuidado com o que pede.

    Ela é uma Pomba Gira que alegra os terreiros, fumando, cantando, dançando e trabalhando pelos seus. Para os filhos, que ela trata com absoluto respeito, amor e carinho, Maria Padilha Sete Saias é Mãe, acreditem!

    É a mais doce das mães carnais que qualquer filho poderia ter, se comparada a uma. Conselheira, terapeuta, psicóloga, amiga e mãe.

    Estas descrições talvez consigam permear o todo chamado Maria Padilha Sete Saias. Os hábitos co­muns de uma Pomba Gira em terra são ultrapassados por ela.

    O que se sente quando ela está no plano terreno é paz! Uma segurança incomensurável, uma doçura debochada como à de uma menina mulher.

    Segunda História de Maria Padilha Sete Saias

    Jalusa Correia era uma bela mulher, morena de bastos cabelos negros, tinha ainda magníficos olhos verdes que a todos encantava.

    Aos dezessete anos, se casou e teve dois filhos, que foram por algum tempo a razão de sua existência. Quando estava prestes a completar seu vigésimo terceiro aniversário, uma tragédia abateu-se sobre ela, seu marido e filhos faleceram em um pavoroso acidente de trem e da noite para o dia tornou-se uma pessoa imensamente triste e solitária.

    Por muitos anos, carregou o peso na consciência por não estar com eles nesse momento. Culpava-se intimamente, porque nesse fatídico dia tivera uma indisposição séria e não quisera acompanhá-los na pequena viagem que mensalmente faziam à cidade vizinha.

    O remorso a torturava como se com isso conseguisse diminuir o tamanho de sua dor. Dez anos se passaram até que Jalusa voltasse a sorrir, apesar do coração em frangalhos.

    Foi nesse período que Jorge apareceu em sua vida. O jovem viúvo logo se tomou de amores pela solitária e encantadora mulher.

    Conhecendo o trauma vivido por ela, teve a certeza de haver encontrado a mãe que sua filha precisava. A pequena Lourdes ficara órfã muito cedo e com apenas seis anos não conseguia esquecer a morte de sua genitora, tornando-se uma criança frágil e assustadiça.

    Não demorou muito para que se casassem. No inicio, Jalusa foi exemplar, como mãe e esposa, de repente, sem entender o motivo, começou a odiar a pequena menina.

    Lourdes a irritava, cada palavra dita por ela entrava em seus ouvidos como uma ofensa. A menina apanhava por qualquer coisa, eram palmatórias, surras de cipós e puxões de cabelo que a deixavam inteiramente dolorida.

    Com medo de dizer ao pai o que ocorria em sua ausência, Lourdes foi ficando a cada dia mais amarga e triste.

    Seus únicos momentos de alegria eram os passeios que fazia com o pai. Sempre que Jorge perguntava o que estava acontecendo, ela mentia dizendo sentir saudades da mãe.

    O ódio de Jalusa pela criança só aumentava, cada vez que a menina chegava perto dela, a lembrança de seus próprios filhos a atormentava:

    – Como pode uma criatura indecente dessas estar aqui, viva ao meu lado, e meus filhos lindos, mortos?

    Era sempre nesses momentos que a menina era mais agredida. Um dia, Jorge resolveu fazer uma surpresa e retornar mais cedo a casa.

    Ao entrar devagar para não ser notado, ouviu os gritos: Sai vagabunda! – acompanhado do som de um tapa.

    Abriu a porta justamente no instante em que sua filha era atirada contra um canto da parede. Num átimo, percebeu tudo que estivera ocorrendo em sua ausência.

    Correu até a mulher e a esbofeteou com rancor, exigindo que saísse de sua casa imediatamente. Desse dia em diante, Jalusa passou a morar nas ruas, mendigando e xingando todas as crianças que lhe passassem por perto.

    Às vezes, chorava muito, mas logo se erguia e gargalhava alto. Em uma noite de intenso frio, seu espírito foi arrancado do corpo e levado para zonas sombrias onde, por muitos anos, procurou respostas para as mazelas passadas em vida.

    Depois de ter contato com suas vidas pregressas, percebeu os erros que cometia a cada encarnação onde sempre era a causadora de grandes males causados a crianças e suplicou ajuda para o ressarcimento de suas culpas.

    Hoje, na vestimenta fluídica de Maria Padilha Sete Saias, procura sempre uma maneira de atender aos que a procuram com simpatia e carinho.

    Quem a conhece em terra, sabe de sua predileção por jovens mães e o respeito que nutre por todas as crianças, adotando qualquer um como seu filho e sempre irá defende-lo e punir quem o maltratar.

    Enfim, Maria Padilha Sete Saias está em um caminho de uma grandiosa evolução.

    Ponto Cantado de Maria Padilha Sete Saias

    No vídeo abaixo, você verá um vídeo lançado pelo Canal Macumbaria, onde Juliana D Passos interpreta um ponto cantado de Maria Padilha Sete Saias, composto por Mãe Marluci.

    A letra retrata uma das lendas mais tradicionais em torno da energia da falange de Maria Padilha Sete Saias.

    É a estória de uma jovem que padece do desgosto em não poder viver seu grande amor, pela contrariedade da família.

    É comum que as amigas espirituais que se apresentam sob essa denominação tenham roupagem cigana e gostem muito de acessórios e adornos.

    Elas nos trazem força para a abertura de caminhos e luz para resolver situações difíceis.

    Letra do Ponto Cantado:

    Laroiê dona Sete Saias!

    Sete foram os caminhos, que ela um dia percorreu
    Foi cigana apaixonada, e por amor ela morreu

    Não faz segredo, de sua vida e sua jornada
    Era uma bela menina, até que se apaixonou
    Mas os costumes do seu povo não deixava
    E sua mãe amaldiçoava aquele verdadeiro amor.

    Perdeu sua vida por desgosto e tristeza
    Hoje trabalha na Umbanda, alivia sua dor
    É mulher forte, na calunga ou na praia
    Ela é dona Sete Saias mensageira do amor

    Sete foram os caminhos, que ela um dia percorreu
    Foi cigana apaixonada, e por amor ela morreu

    Não faz segredo, de sua vida e sua jornada
    Era uma bela menina, até que se apaixonou
    Mas os costumes do seu povo não deixava
    E sua mãe amaldiçoava aquele verdadeiro amor.

    Perdeu sua vida por desgosto e tristeza
    Hoje trabalha na Umbanda, alivia sua dor
    É mulher forte, na calunga ou na praia
    Ela é dona Sete Saias mensageira do amor

    Livro Recomendado:

  • Maria Padilha do Cabaré: Quem é, Histórias, Imagem, Características, Pontos Cantados e Guia

    Maria Padilha do Cabaré: Quem é, Histórias, Imagem, Características, Pontos Cantados e Guia

    Maria Padilha do Cabaré é extremamente poderosa e trabalha na falange de Maria Padilha. É uma entidade bonita, jovem, sedutora, elegante, feminina, faceira, astuta, audaciosa, mas também tem vidência.

    É certeira e sempre tem algum conselho para as pessoas, principalmente para aquelas que sofrem de amor.

    Sua força também é usada para desmanchar feitiços, pedir proteção, curar doenças e zelar pelas coisas do coração e do dinheiro.

    É muito temida por sua frieza e seu implacável poder na questão de demandas. É uma entidade muito carismática e apreciada pelo povo de umbanda, pois adora trabalhar quando está na Terra e suas médiuns são sempre pessoas alegres e de aparência muito jovem.

    Ela trabalha para amor, união, concursos e tudo o que for a respeito de progresso material! Os cabarés, ponto de força desta entidade, eram espaços pequenos e ligados ao submundo das grandes cidades europeias dedicados a shows, fossem eles de dança, teatro, música, contadores de piadas, strippers, enfim, um grande show de calouros onde a fumaça de cigarro nublava os holofotes e enchia as narinas.

    Um estabelecimento onde se apresentam espetáculos artísticos, satíricos, e onde os clientes podem tomar bebidas e cujo ambiente foi o principal vivido por Maria Padilha do Cabaré em sua encarnação.

    Primeira História de Maria Padilha do Cabaré

    Maria Padilha Rainha do Cabaré viveu na França, em 1639, e se chamava Suzanne. Ela era filha de um rico milionário banqueiro.

    Até uma certa idade, Suzanne tinha como único intuito se casar e continuar tendo a vida maravilhosa que sempre teve na casa de seus pais.

    Passados uns anos, Suzanne se apaixonou tão perdidamente por um estrangeiro que decidiu fugir da cidade com ele, abandonando todo o luxo e conforto que recebia de seus pais naquela época.

    No dia da fuga, o amor de Suzanne não apareceu, deixando a mesma plantada no local do encontro e o seu coração partido por uma desilusão amorosa.

    Desiludida, Suzanne decidiu rapidamente que não mais queria amar e nem ser amada, que nunca mais se prenderia a nenhum homem e que jamais voltaria a amar ninguém.

    Assim, ela fechou o seu coração e começou à namorar um e namorar outro. Desesperados com a atitude da filha, seus pais decidiram fortemente que iriam deserdá-la.

    Dessa forma, Suzanne perdeu toda a sua riqueza e a sua mãe nada pode fazer, porque naquele tempo as mulheres não tinham muita voz na sociedade, pois o mundo era inteiramente machista.

    Então, Suzanne foi trabalhar em uma casa de cortesãs, mas essa não foi a primeira oportunidade que ela encontrou, porque antes de chegar nessa boate, ela bateu em várias portas, porém poucas portas se abriram para ela e a única pessoa que à acolheu foi uma cortesã de idade, dona de um cabaré muito luxuoso.

    Essa mulher ensinou Suzanne os ofícios de uma cortesã, mas ao contrário do que muitos pensam, Suzanne nunca se prostituiu.

    Ela queria apenas mandar nas demais mulheres que trabalhavam naquele café. Então, após o desencarne da dona da boate, Suzanne se tornou uma das mais ricas cafetinas de toda a França.

    Cuidando de várias casas, ela voltou a se apaixonar e, por culpa desse amor, se perdeu totalmente em seus negócios.

    Após o seu desencarne, ela passou à se chamar Maria Padilha Rainha do Cabaré. “Maria Padilha” pelo fato dela trabalhar na falange de Maria Padilha e “Rainha” pela fortuna que ela tinha antes de ser deserdada pelos seus pais.

    Segunda História de Maria Padilha do Cabaré

    De acordo conta uma lenda, Maria Padilha Rainha do Cabaré foi espanhola e rainha, dona de castelo, e adorava bacalhau, queijos e vinhos.

    Outra história diz que, quando encarnada, ela foi dona de um cabaré espanhol muito luxuoso e famoso, responsável por torna-la uma mulher marcante na sociedade da época.

    Amou apenas uma vez e por ter sofrido por esse amor, nunca mais amou ninguém. Foi uma mulher bem sucedida e se tornou muito rica.

    Ela tinha um dom que lhe acompanhava desde menina: o dom das cartas – o misterioso futuro no qual ela o adivinhava; este dom veio de seus antepassados espanhóis.

    O sofrimento por esse amor foi o que a fez suicidar-se: ela amava um de seus empregados, que era garçom em seu bordel, mas ele era apaixonado por uma das meninas que trabalhavam lá.

    Um dia os dois amantes fugiram. Maria Padilha Rainha do Cabaré sofreu muito e, não aguentando a solidão, matou-se ao se atirar de um penhasco.

    Foi assim que ela foi parar no Umbral.

    Imagem e Características de Maria Padilha do Cabaré

    Maria Padilha do Cabaré é representada por uma mulher ora donzela, ora extremamente sexualizada. Muitas vezes, usando vestido longo vermelho, preto e dourado; rosa no cabelo ou nas mãos; e joias grandes.

    Ás vezes, parece uma cigana, mas é mais comum vê-la representada como uma dama da alta sociedade de épocas passadas ou praticamente nua, usando apenas joias e roupa de baixo.

    Maria Padilha Rainha do Cabaré atua nas áreas onde a mulher exagera na sua sexualidade. Então, ela vem diminuindo a libido, porque essa moça ensina que quando se exagera na sexualidade, acaba-se trancado outras áreas da vida.

    Ela é a protetora das prostitutas, cortesãs, mulheres que se casam muito cedo e não permite que mulheres que já foram abusadas sexualmente continuem passando por isso.

    Maria Padilha Rainha do Cabaré também atua muito bem nos negócios e gosta quando as mulheres trabalham com joias, bijuterias, sapatos, bebidas e coisas delicadas.

    Ela também adora que as mulheres sejam emponderadas financeiramente. Então, se você precisa ter mais sensualidade, amor ou deseja abrir um negócio de sucesso, peça proteção à Maria Padilha Rainha do Cabaré.

    Essa moça gosta de tecidos leves e de seda, joias em tons dourados, diamantes, bijuterias com zircônia e strass, champanhe rosé, campari, etc.

    Se você quer agradá-la, dê à ela uma pulseira dourada com brilho e com pedras. Pode dar também brincos, anéis, juntamente com uma bebida rosé, um lenço de seda e flores vermelhas.

    Tudo isso pode ser dado à Maria Padilha do Cabaré sem a necessidade de serem coisas caras. Ofereça à ela simplesmente com o coração e ela se sentirá extremamente agradada.

    Claro que hoje, devido sua evolução, aceita oferendas comuns. Mas ela é muito fina, sabe o que é bom, gosta de joias, de belas roupas feitas de bons tecidos e adora saias com muitos babados e leque.

    Esta senhora gosta de ser bem cuidada, principalmente pelos seus aparelhos mediúnicos, joga cartas, sabe ser amiga de seus cavalos e sabe o que diz – vem à Terra a trabalho e não a passeio.

    Como toda Maria Padilha, gosta de champanhe, licor de aniz, martini, campari e mel. Seus ebôs (nas religiões que os fazem) são pata preta, pomba preta e cabra preta.

    Fuma cigarros e cigarrilhas de boa qualidade. Recebe suas oferendas, seus presentes e seus despachos em encruzilhadas em forma de “T” ou de “X”, de preferência perto de cabarés (irá de acordo com o pedido da entidade), bares, boates…

    Adora cosméticos e espelhos. As rosas a serem oferecidas a esta pomba gira devem ser vermelhas (nunca botões) em número ímpar, cravos e palmas vermelhas.

    Símbolos: pássaro, tridente, lua, sol, chave e coração.

    As velas podem ser pretas e vermelhas, todas vermelhas e, em certos casos, pretas e brancas ou, ainda, todas brancas (dependerá do trabalho a ser realizado; a entidade dirá qual cor a usar).

    Ela tem 7 amores – seus maridos são o exu Rei das Sete Liras, exu Lúcifer, Zé Pilintra, Zé Malandro, Zé do Catimbó e outros da falange da malandragem, ela pode ter muitos maridos, que se tornam seus “escravos” ou empregados.

    Maria Padilha Rainha do Cabaré é a grande dama da malandragem, tanto que em suas festas os Malandros são presença marcante.

    Maria Padilha Rainha do Cabaré gosta de luxo, dos homens, de dinheiro, da boa vida, dos jogos de azar, de baile e de música.

    É uma grande bailarina, cujos movimentos podem incluir passos das ciganas em alguns momentos, mexendo sensualmente seus braços, como quem desfruta plenamente de seduzir com o corpo em movimento.

    Seu porte é altivo, orgulhoso, majestoso; possui características das mulheres que não tem medo de nada. Rainha do Cabaré também é um dos títulos dado à falange de Maria Padilha.

    Outros títulos são Rainha da Lira, Rainha do Candomblé, Rainha da Malandragem, Rainha dos Infernos, Rainha das Marias, Rainha das Facas, Mulher de Lucífer, Rainha dos Ciganos etc.

    “Lira é uma cidade africana, que fica nas fronteiras orientais do Reino Baganda, de lá venho eu…” também conhecida como” Rainha do Candomblé” ou Rainha das Marias.

    Rainha do Candomblé não pelo culto africanista aos Orixás, senão por ser essa palavra o sinônimo de dança e música ritual.

    “Uma mulher que nasceu em um dia qualquer, que se criou sozinha e se tornou Rainha pela sua própria força, teve vários homens em sua cama, mas amou um só.”

    Ponto Cantado de Maria Padilha do Cabaré

    Chegada de Maria Padilha do Cabaré

    Guia de Maria Padilha do Cabaré

    A guia de Maria Padilha do Cabaré é feitas em contas vermelhas, pretas e amarelas, contendo símbolos de rosa e tridente.

    Livro Recomendado:

  • Maria Padilha Quitéria: Histórias, Quem é, Pontos Cantados, Oração, Caminhos, Características, Imagem, Frases e as Três Marias

    Maria Padilha Quitéria: Histórias, Quem é, Pontos Cantados, Oração, Caminhos, Características, Imagem, Frases e as Três Marias

    Apesar de muitas pessoas pesquisarem por e acreditarem que existe uma Maria Padilha Quitéria, Maria Padilha e Maria Quitéria são duas entidades diferentes.

    Ambas são pombas giras, mas suas histórias são completamente diferentes, não devendo haver confusão, como um próprio ponto cantado dela diz:

    (…) Eu sou Maria, mas não vão se confundir por aí, porque eu sou Maria, Maria Quitéria (…)

    A confusão entre as entidades Maria Padilha e Maria Quitéria, provavelmente se dê, porque a pomba gira Maria Quitéria é uma das mais conhecidas no reino umbandista, assim como Maria Padilha.

    A Pomba Gira Maria Quitéria é uma entidade de religiões afro-brasileiras, uma grandiosa entidade da linha de esquerda, muito atuante dentro da nossa querida umbanda, tão famosa e tão temida.

    Comanda uma grande falange de espíritos, tendo como parceira a Dona Maria Navalha. Muitos dizem que é a irmã mais velha de Maria Mulambo e de Maria Padilha.

    História de Maria Quitéria (A Mais Contada)

    A história dessa pomba gira maravilhosa teve inicio na cidade de Lisboa, em Portugal, em meados do século 19, quando nascia uma bela menina de olhos negros e penetrantes na casa de uma família economicamente abastada.

    Seu nascimento fora uma festa para a família, pois sua mãe, uma jovem portuguesa, após alguns anos de matrimônio com um militar brasileiro, não conseguia realizar um grande sonho, que era de ter um filho de seu amado.

    Após as esperanças se findarem, veio a grande surpresa, uma gravidez, que foi a grande felicidade de todos.

    E então chegou o tão esperado dia, o nascimento de uma criança que já era tão amada e guardada. O primeiro choro emocionou a todos, a jovem portuguesa, em lagrimas abraça o esposo e mostra a bela menina de pele não muito clara.

    Uma pequena princesa, que teve como nome a tradicional Maria, para seguir a tradição familiar, e o composto de Quitéria, pois a mãe da menina era muito devota e extremamente agradecida a Santa Quitéria.

    Sete anos se passaram, a menina Maria Quitéria era muito esperta e falante, e assim criava muitas amizades com todos da região.

    Nessa época, o Rei de Portugal estipulou uma lei na qual eram tomadas a coroa e terras que, mesmo produtivas, viraram propriedades do poder, deixando os trabalhadores rurais sem ter onde morar e o que comer, e assim foi nascendo grandes revoluções e invasões em torno da região.

    Em uma dessas invasões, alguns malfeitores se entraram em meio dos trabalhadores rurais e, assim, aproveitando a confusão, assaltavam as casas das pessoas que residiam na cidade, e faziam isso com extrema covardia, chegando a assassinar moradores inocentes.

    E uma dessas casas foi a da pequena Maria Quitéria que, ao ver a invasão na casa de seus pais, ficou desesperada, pois os assassinos já tinham alcançado os mesmos.

    Uma serviçal da residência, ao notar o acontecido, pegou a menina pela mão e saiu escondida pela parte de trás da casa, indo se esconder por entre as árvores que ficavam em um pomar.

    Ficaram ali por horas escondidas, enquanto dentro da residência os malfeitores roubavam tudo, agrediam os pais de Maria Quitéria e os serviçais.

    Diante de uma fúria incontrolável, esses larápios atacaram a todos que ali estavam com punhais pontiagudos, assassinando a todos e sem o menor arrependimento.

    Os sanguinários atearam fogo por toda a casa, queimando os corpos, até mesmo os que ainda não tinham desencarnado, sobre os olhos mareados de lágrimas da pequena Maria Quitéria que observava tudo.

    Os assassinos saíram apressadamente e sem olhar para trás deixaram aquela grande dor no coração da menina.

    Sem ter aonde ir, a serviçal levou a menina a um acampamento de Ciganos, implorando ajuda e explicando o que havia acontecido.

    Pedia ela que os Ciganos tomassem conta da pequena criança, pois não tinha condições de ficar com a menina.

    O Povo Cigano tinha na alma a caridade extrema, e acolheram a menina como se fosse uma deles. E ali ficou dez anos, viajando de cidade a cidade em Portugal como uma verdadeira nômade, até que, por questões do Rei, começaram perseguições implacáveis sobre os Povos Ciganos, fazendo assim com que o grupo no qual se encontrava Maria Quitéria partisse para o Brasil.

    E foi assim que Maria Quitéria veio para o Brasil, já uma jovem, linda, guerreira, sabendo as magias ciganas, caridosa e extremamente forte.

    O tempo foi se passando e de cidade em cidade, agora no Brasil. Maria foi tendo novas experiências, até que um belo dia o chefe do Clã Cigano na qual ela fazia parte decidiu retornar a Portugal, porém a jovem estava decidida a ficar, e assim houve a despedida dela daquele tão generoso Povo Cigano que a acolheu com tanto carinho e dedicação.

    Ela então se tornou uma nômade solitária, como uma andarilha, buscava lugares para pernoitar, e assim foi conhecendo muitas pessoas e tendo novas experiências.

    Entre essas pessoas, ela passou por meio de grandes fazendeiros, de prostituas, de malandros, pessoas do bem e do mal, e a todas ela buscava demonstrar palavras de auxilio, de luz, de caridade.

    Auxiliou diversas pessoas com o que aprendera com os Ciganos, trouxe paz aos desesperados, comida aos famintos, água aos sedentos, luz aos que se encontravam na escuridão.

    Por viver nas ruas, ela aprendeu a se defender e defender seus semelhantes, e tinha nessa colocação a sua dádiva de vida.

    E, em um fato assim, Maria Quitéria teve seu desencarne já com seus trinta anos, pois em uma das suas andanças pelas noites e sem destino, encontrou uma jovem prostitua desesperada a correr e chorando muito, vendo esse fato, logo se pôs a tentar ajuda-la.

    A jovem esclarece que está sendo perseguida por covardes homens na qual ela não aceitou ceder a proposta que lhe fizeram, e com a negativa eles decidiram mata-la.

    E, nesse momento, chefa a frente delas um homem forte e com olhar covarde, gritando que ela deveria o acompanhar, e a jovem em negativa se esconde atrás de Maria Quitéria, que toma a frente da situação, tirando de sua saia um punhal afiado.

    O homem avançava sobre as duas e, nesse momento, Maria Quitéria o ataca acertando o punhal na barriga, fazendo um grande e profundo corte.

    Ele cai, e as duas correm pela escuridão. Nesse momento, chega até o homem os outros que também estavam perseguindo a jovem prostituta e, ao vê-lo ao chão ferido e desacordado, ficam sem entender o acontecido.

    Acreditando que o homem ferido estava morto, um dos perseguidores se joga de joelhos ao chão e, em um grito de desespero e dor, grita a frase: “Meu irmão, quem fez isso com você?”.

    Nesse momento, Maria Quitéria vê o desespero do rapaz e diz à jovem para fugir, pois ela iria retornar para auxiliar o ferido e assim acalmar o coração de seu irmão.

    E assim foi feito, ela retornou e, chegando junto ao homem ferido e seu irmão, ela diz:

    “Meu rapaz, tome esse frasco com essa poção Cigana, dê um bom gole a boca de seu irmão e depois jogue o restante no ferimento”.

    O rapaz, seguindo as orientações da mulher, fez o que deveria fazer, enquanto ela sumia na escuridão, sem ser notada, pois todos estavam apáticos ao verem a reação do homem e da ferida que fechava e cicatrizava na frente dos olhos de todos.

    E, assim se passaram sete dias, o homem que antes ferido já andava normalmente pelas vielas da cidade e andava não a esmo, pois em seus olhos brilhavam o sentimento de vingança.

    Em certo ponto de uma viela escura, ele vê Maria Quitéria dormindo ao relento e, se aproximando como uma serpente, decide se vingar estocando um punhal no coração da mulher que dormia indefesa.

    E, assim, Maria Quitéria desencarna, e em seu redor e diante dos olhos assustados do assassino, espíritos obsessores tentavam levar o espírito de Quitéria para a escuridão, pois viam nela uma grande força.

    Porém, diante desse fato, foram surgindo espíritos de luz, uma legião de sete Exus, que vieram resgatar Maria e levarem ela para o lugar das divindades de luz, para que pudesse, com a benção de Oxalá, se tornar uma entidade de Luz lutadora em prol da caridade e guerreira contra a escuridão da maldade.

    Os Exus pegaram Maria Quitéria pela mão, dando-lhe o caminho a seguir, e ela sorridente se foi armando um lindo caminho de luz brilhante.

    Sem quase acreditar, o assassino se põe de joelhos, sem perceber que os espíritos sem luz que antes tentavam desviar o caminho do espírito de Maria Quitéria, colocavam-se em volta dele, sugando suas energias até o ponto de seu desencarne, e assim o levaram para o reino da escuridão, como mais um escravo.

    Hoje, Maria Quitéria trabalha nos terreiros de Umbanda, sua linha é a das pombas giras, e ela tem um jeito muito peculiar de falar, parecendo um tanto radical e bastante brava, assim como demonstrava nas ruas e vielas que vivia, não como demonstração de prepotência, mas sim pela sobrevivência.

    Quem é Maria Quitéria?

    A pomba gira Maria Quitéria é uma das mais conhecidas na Umbanda e atua na mesma legião da pomba gira Maria Padilha, sendo normal um(a) médium bem preparado(a) em seu desenvolvimento mediúnico ter Maria Padilha na coroa bem como a bela senhora Maria Quitéria.

    Dona Maria Quitéria é uma entidade muito forte e, sendo assim, ela comanda uma enorme falange de mulheres, entre tantas se destaca Maria Navalha, que é sua subordinada direta.

    Maria Quitéria, em terreiros bem firmes, sem mistificação e com médium preparado, é acompanhada por sete Exus que formam uma legião de trabalho e proteção onde Dona Maria Quitéria for e estiver.

    Dona Maria Quitéria é muito fina e elegante, adora tomar champagne, fumar suas cigarrilhas, seus perfumes e rosas.

    No entanto, apesar de já termos todas essas informações sobre, quando falamos de Dona Maria Quitéria, a pomba gira, mesmo dentro da Umbanda, ainda paira um pouco e mistério na cabeça de muita gente.

    Como visto acima através da história de Dona Maria Quitéria, ela foi uma jovem inocente que começou a ser fugitiva e acabou por se tornar em uma das Entidades de Luz mais poderosas e conhecidas de todas.

    Entretanto, a pomba gira Dona Maria Quitéria se difere mais pelo seu tom de pele escura e extremamente encantadora.

    Maria Quitéria gostava, e muito, de cantar, de dançar e de se mexer ao ritmo das músicas ciganas. Outra característica marcante da pomba gira Dona Maria Quitéria era sua força interior, extremamente forte.

    E como se esperava, Dona Maria Quitéria não gosta de injustiças, odeia ver maldade nos olhos das pessoas e detesta assistir a sofrimentos, por isso ela faz de tudo para acabar com tudo isso e para trazer um pouco de felicidade para a vida de quem realmente esteja necessitado.

    Para invocar a pomba gira Maria Quitéria há duas formas: a primeira delas é realizar uma oração poderosa para alguma finalidade, tal com a que é apresentada abaixo e, a segunda é através de um ritual realizado por um médium experiente.

    Nesses trabalhos, você faz seus pedidos e, se a pomba gira Dona Maria Maria Quitéria ver que você está mesmo precisando, se o que deseja é bom para você, ela vai lhe ajudar.

    A oferenda para a pomba gira Maria Quitéria, geralmente, leva rosas (em número ímpar), champanhe, licor de anis, velas, jóias ou bijuterias, espelho, cigarros de filtro longo, cigarrilha, perfumes finos, lenços e lindas toalhas vermelhas.

    Se o caso for mais sério, o pedido poderá ser diferente, mas, no geral, esses são os itens mais solicitados por Dona Maria Quitéria.

    A pomba gira Dona Maria Quitéria é uma entidade muito forte e poderosa que você deve respeitar muito, pois ela sempre virá em ajuda a quem possa estar necessitando, sempre com muita atenção aos seus filhos que à invocam para os objetivos corretos.

    A pomba gira Dona Maria Quitéria é conhecida por seu forte poder de sedução, podendo ajudar em casos amorosos, e também podendo ser ótimas companheiras e amigas espirituais de grande valor.

    Pontos Cantados de Maria Quitéria

    Eu tenho um nome tão lindo

    Mas eu só uso em tempo de guerra (2x)

    Querem saber o meu nome?

    Eu sou a Maria Quitéria (2x)

    Maria tem tantas por aí

    Toma cuidado que é pra não te confundir (2x)

    Eu sou Maria … Eu sou a Maria Quitéria (2x)

    ===============

    Andava sem rumo a noite

    Andava sem rumo de dia (2x)

    Minha vida era quase perdida

    Mas conheci uma linda pomba gira

    Me aconselhando nos momentos de agonia

    Maria Quitéria sem você o que eu seria

    =================

    Maria Quitéria come ponta de Agulha (2x)

    Quem mexer com ela, cava a sepultura (2x)

    Oração à Maria Quitéria

    Maria Quitéria é uma rainha que provê realização na vida das pessoas que a ela recorrem. Ela traz libertação, pois é poderosa, e basta divulgar a oração como agradecimento para conseguir a ajuda dela.

    Maria Quitéria, minha poderosa rainha, me ajude a consertar a minha vida agora, preciso da minha independência total financeira, da minha dignidade humana, da harmonia, paz, amor e prosperidade agora em minha vida.

    Minha rainha Maria Quitéria, eu sou merecedora, eu tenho certeza, pois sigo no caminho, minha querida amiga, faça justiça, que eu possa me ver livre agora desta situação indigna que eu não mereço.

    E que eu obtenha a minha realização de vida agora [faça seu pedido aqui], pois tu és justa, forte, poderosa e sábia, me socorre, pois estou necessitando urgentemente de sua ajuda agora!

    Liberta-me, guia-me, orienta-me trabalha para que eu possa me desembaraçar disso tudo e, se houver alguma demanda contra mim, minha rainha, peço que a desmanche totalmente e mande de volta a quem mandou.

    Poderosa Maria Quitéria, eu confio em ti no teu poder e justiça! Eu sei que você tem esse poder, por isso confio muito na sua palavra!

    Minha rainha poderosa, eu agradeço a tua ajuda preciosa! Obrigado(a), minha rainha Maria Quitéria, vou publicar esta oração em agradecimento por ter certeza de que estou sendo atendida.

    E sei que já consegui tudo com sua ajuda, Laroyê Maria Quitéria!

    Segunda Historia de Maria Quitéria

    Essa pomba gira nasceu em 1624, no Reino de Portugal, em Lisboa. Como toda portuguesa, ela recebeu o primeiro nome de Maria e o segundo nome de Quitéria, em homenagem a santa portuguesa.

    Ela foi criada por sua avó materna, pois sua mãe era viúva e enamorou-se do imediato de um navio mercante, seguindo com ele em viagem.

    Maria veio para o Brasil e acomodou-se em Minas Gerais. Com 19 anos, Maria teve seu primeiro filho na fazenda onde seu esposo trabalhava como capataz.

    Maria era uma moça prendada e sabia cuidar da casa e do marido com muito carinho, e isso despertou olhares cobiçosos de outros jagunços da fazenda.

    Passaram dois anos de harmonia e paz, até que um dia José chegou em casa e encontrou Maria desacordada nos braços de outro, por uma armação.

    Ele não pensou duas vezes, matou-a com 7 tiros e atirou contra seu companheiro, que fugiu porta afora. A criança foi entregue aos cuidados de uma família da fazenda.

    José viveu muitos anos infeliz e sem ninguém. Queria muito saber por que Maria fizera aquilo com ele. José foi atrás do farsante para que este contasse a verdade, ou tiraria sua vida ali mesmo.

    E este lhe contou que sua mãe não passava bem, então Maria lhe preparou uma garrafada e alertou-o que o remédio causava um forte sono e, por isso devia ser tomado somente à noite.

    No dia da tragédia, ele pediu ajuda a Maria novamente, dessa vez dizendo que ele não se sentia bem. Maria fez e serviu um chá aos dois, tomando para acompanhá-lo, mas não percebeu que o jagunço havia acrescentado ao chá o preparado daquela garrafada.

    Ela sentiu diferença no gosto, mas não levou em consideração. Quando ela sentiu sonolência, pediu ao jagunço licença, ele saiu e ela foi se deitar.

    Ele esperou até que ela dormisse e foi ter com ela… Maria até que começou a acordar, mas ele trancou sua respiração e ela desmaiou.

    Então, ele aproveitou para estuprá-la. Foi quando José chegou e ocorreu o fato. José, ao ouvir essa história, ficou desconsolado.

    Então, sua Maria era inocente! Então, José levou o jagunço pra fora do armazém e lhe deu três tiros na cabeça.

    Depois desse crime, José evadiu-se de Minas Gerais e nunca mais foi visto. Maria, por sua vez, foi recolhida ao plano espiritual e pôde enfim descansar.

    Após o tratamento e o refazimento, Maria passou a trabalhar na Linha das Almas, na falange “Maria Quitéria”.

    Maria sempre gostou da história de Santa Quitéria, porque assim como a sua, era uma história de dor, desejo e traição.

    Esta pomba gira se trata de uma guardiã de fé, e é da mesma banda de Maria Padilha. É uma entidade muito forte, que comanda uma falange muito grande de mulheres.

    A pomba gira Maria Navalhada é sua subordinada. Ela acompanha sete Exús e se apresenta sempre, quando bem incorporada, como uma mulher forte e sem rodeios e, ao contrário do que muitos pensam, estas entidades, apesar de serem muito sensuais, não costumam se insinuar a ninguém.

    A sensualidade faz parte da sua maneira de viver e é assim que elas se aproximam dos seus filhos de fé!
    Para Maria Quitéria, suas oferendas tem que sempre estarem impecáveis.

    É uma entidade muito exigente para com seus filhos e filhas, e também com aqueles que requerem sua ajuda.

    A força energética de Maria Quitéria tem maior intensidade em trabalhos a serem executados com as Almas, principalmente em Cemitérios e Montes, sendo quase sempre mensageira de Orixás como Iansã, Obá e, às vezes, Ogum.

    Caminhos de Maria Quitéria

    • Maria Quitéria das 7 Encruzilhadas
    • Maria Quitéria da Calunga
    • Maria Quitéria das Almas
    • Maria Quitéria da Campina
    • Maria Quitéria do Cruzeiro
    • Maria Quitéria da Figueira
    • Maria Quitéria dos Infernos
    • Maria Quitéria das Sete Catacumbas

    Características de Maria Quitéria

    • Atuação: Encruzilhadas, mata, cruzeiros, cemitérios, montes.
    • Amuletos: Navalha, taça, bijuterias, perfumes, batons, toalhas vermelha e preta, rosas vermelhas.
    • Bebida: Champanhes, licores doces.
    • Fuma: Cigarros, cigarrilhas longas, cigarrilhas com piteiras.
    • Vela: Vermelha e preta.
    • Guia: Vermelha, vermelha e preta.

    Imagem de Maria Quitéria

    Maria Quitéria é representada por uma mulher bonita e elegante, de cabelos pretos compridos e vestimentas vermelhas, que podem ser um vestido longo chique ou capa e saia.

    Ela também veste preto e costuma carregar nas mãos e na cintura um punhal. Em algumas imagens, ela também usa chapéu e há versões dela trajando roxo e rosa preta no cabelo.

    É representada com sensualidade, mas também denotando coragem e força. Suas imagens costumam ser as mais belas, ás vezes segurando uma taça e demonstrando seu lado festeira.

    É comum também vê-la representada seminua e associada à caveiras.

    Frases de Maria Quitéria

    • Não há mal que pode derrubar um coração cheio de fé! (Maria Quitéria)
    • Ter uma Quitéria no terreiro é a certeza de demanda vencida. (Frase de Filho de Axé)
    • Continue firme, mesmo quando o cansaço bater. Continue com fé, mesmo quando não tiver mais esperança. Continue sonhando, mesmo que a realidade seja tão dura. Continue lutando. (Guardiã Maria Quitéria)
    • Quem tem a magia, não necessita de truques. (Maria Quitéria)
    • Pomba gira da cara amarrada e do abraço cheio de afago. Pomba gira do ponto virado, da altivez e da força de mulher. (Pomba gira Maria Quitéria)
    • O erro do esperto é achar que todos são otários. (Guardiã Maria Quitéria)
    • Se alguém está tentando te derrubar, é porque de pé você faz um grande estrago. (Guardiã Maria Quitéria)
    • Quando eu tive medo, Maria Quitéria andou na minha frente. (Frase de Filho de Axé)
    • Muitas pessoas não querem te ver chegar ao topo, mas elas verão mesmo assim. (Pomba gira Maria Quitéria)
    • Quem não é um bom ímpar, jamais será um bom par. (Maria Quitéria)
    • Quem anda sob a saia de Maria Quitéria não perde o sono. (Guardiã Maria Quitéria)
    • Maria Quitéria tava sentada na porteira da calunga, quem tem inimigo não dorme, fica vigiando. (Frase de Filho de Axé)
    • Maria Quitéria, proteja minhas costas, porque o resto, se bater de frente, eu mesma(o) derrubo na mão. (Frase de Filho de Axé)
    • No coração, levo meu cavalo. E na ponta do meu punhal, levo os seus inimigos. (Maria Quitéria)
    • Ela manda e desmanda. Não tem medo de demanda. Em Maria Quitéria, você pode confiar. (Frase de Filho de Axé)
    • Ela é linda, é linda demais. Maria Quitéria, mulher de satanás. (Frase de Filho de Axé)
    • Quando você se perder e quiser direção, chama Maria Quitéria, mulher de faca na mão. (Frase de Filho de Axé)
    • Meu axé é leve e doce pra quem souber usar, é amargo e salgado pra quem não souber amar. (Maria Quitéria)

    Livros Recomendados:

  • Maria Padilha e Malandro: Quem são, Histórias, Ponto Cantado, Significados de Sonhos e Terreiros

    Maria Padilha e Malandro: Quem são, Histórias, Ponto Cantado, Significados de Sonhos e Terreiros

    “Naquela ventania, ô Ganga
    Que sopra ao pé da serra
    Vejo Maria Padilha, ô Ganga
    Que vem girar na terra.”

    O malandro é uma entidade poderosa dos terreiros de canjira, baixando em diversos ramos e linhas das macumbas brasileiras, Zé Pelintra é o mais famoso malandro.

    Zé Pelintra é a figura icônica do malandro nos terreiros do Brasil. Vermelho e branco e gravata e terno são as cores e as vestes do malandro encantado, com referências ao icônico Rio de Janeiro da década de 1930, território por excelência do “malandro histórico”.

    O fato é que o malandro batuqueiro e a dama da noite incomodam de todas as formas, pois é na supravivência que o malandro divino e a dona das tabernas e encruzilhadas atuam, ou seja, são capazes de driblar a condição de exclusão, deixar de ser apenas reativos ao outro e ir além, afirmando a vida como uma política de construção de conexões entre ser e mundo, humano e natureza, corporeidade e espiritualidade, ancestralidade e futuro, temporalidade e permanência.

    Maria Padilha do Cabaré: Esposa de Zé Pilintra e Dama da Malandragem

    Maria Padilha do Cabaré é uma mulher bonita, jovem, sedutora, elegante, feminina, faceira, astuta, audaciosa, mas também tem vidência.

    É certeira e sempre tem algum conselho para as pessoas, principalmente para aquelas que sofrem de amor.

    Sua força também é usada para desmanchar feitiços, pedir proteção, curar doenças e zelar pelas coisas do coração e do dinheiro.

    É muito temida por sua frieza e seu implacável poder na questão de demandas. De acordo com uma lenda, Maria Padilha Rainha do Cabaré foi espanhola e rainha, dona de castelo, e adorava bacalhau, queijos e vinhos.

    Claro que, hoje, devido à sua evolução, aceita oferendas comuns. Mas ela é muito fina, sabe o que é bom, gosta de joias, de belas roupas feitas de bons tecidos e adora saias com muitos babados e leque.

    Esta senhora gosta de ser bem cuidada, principalmente pelos seus aparelhos mediúnicos, joga cartas, sabe ser amiga de seus cavalos e sabe o que diz – vem à terra a trabalho e não a passeio.

    Como toda Padilha, gosta de champanhe, licor de aniz, martini, campari e mel. Seus ebôs (nas religiões que os fazem) são pata preta, pomba preta e cabra preta.

    Fuma cigarros e cigarrilhas de boa qualidade. Recebe suas oferendas, seus presentes e seus despachos em encruzilhadas em forma de “T” ou de “X”, de preferência perto de cabarés (irá de acordo com o pedido da entidade).

    Adora cosméticos e espelhos. As rosas a serem oferecidas a esta pomba gira devem ser vermelhas (nunca botões) em número ímpar, cravos e palmas vermelhas.

    Seus símbolos são pássaro, tridente, lua, sol, chave e coração. As velas podem ser pretas e vermelhas, todas vermelhas e, em certos casos, pretas e brancas ou, ainda, todas brancas (dependerá do trabalho a ser realizado; a entidade dirá qual cor a usar).

    Uma história diz que, quando encarnada, ela foi dona de um cabaré espanhol muito luxuoso e famoso, responsável por torna-la uma mulher marcante na sociedade da época.

    Ela tinha um dom que lhe acompanhava desde menina: o dom das cartas – o misterioso futuro no qual ela o adivinhava; este dom veio de seus antepassados espanhóis.

    Amou apenas uma vez e, por ter sofrido por esse amor, nunca mais amou ninguém. Foi uma mulher bem sucedida e se tornou muito rica.

    O sofrimento por esse amor foi o que a fez suicidar-se: ela amava um de seus empregados, que era garçom em seu bordel, mas ele era apaixonado por uma das meninas que trabalhavam lá.

    Um dia os dois amantes fugiram; Maria Padilha Rainha do Cabaré sofreu muito e, não aguentando a solidão, matou-se ao se atirar de um penhasco.

    Foi assim que ela foi parar no Umbral. Ela tem 7 amores – seus maridos são o Exu Rei das Sete Liras, Exu Lúcifer, Zé Pilintra, Zé Malandro, Zé do Catimbó e outros da falange da malandragem.

    Maria Padilha Rainha do Cabaré é a grande dama da malandragem, tanto que em suas festas os Malandros são presença marcante.

    Maria Padilha Rainha do Cabaré gosta de luxo, dos homens, de dinheiro, da boa vida, dos jogos de azar, de baile e de música.

    É uma grande bailarina, cujos movimentos podem incluir passos das ciganas em alguns momentos, mexendo sensualmente seus braços, como quem desfruta plenamente de seduzir com o corpo em movimento.

    Seu porte é altivo, orgulhoso, majestoso; possui características das mulheres que não tem medo de nada. Rainha do Cabaré também é um dos títulos dado à falange de Maria Padilha.

    Outros títulos são Rainha da Lira, Rainha do Candomblé, Rainha da Malandragem, Rainha dos Infernos, Rainha das Marias, Rainha das Facas, Mulher de Lucífer, Rainha dos Ciganos etc.

    “Uma mulher que nasceu em um dia qualquer, que se criou sozinha e se tornou Rainha pela sua própria força, teve vários homens em sua cama, mas amou um só.”

    Zé Pilintra Falando Sobre a História de Maria Padilha

    Neste vídeo, Zé Pilintra fala sobre as histórias que são contadas sobre Maria Padilha e diz quem ela é na visão dele.

    Esse vídeo foi gravado na Casa de Zé Pilintra em Tramandaí / Rio Grande do Sul (www.facebook.com/conversandocomzepilintra).

    Ponto Cantado de Malandro e Maria Padilha

    O vídeo abaixo foi postado pelo canal Umbandaonline da Cris e apresenta um ponto cantado da relação entre malandro e Maria Padilha.

    Quem é Zé Pilintra?

    Zé Pilintra é considerado o espírito patrono dos bares, locais de jogo e sarjetas, embora não alinhado com entidades de cunho negativo, é uma espécie de transcrição arquetípica do “malandro”.

    Zé Pelintra ou Zé Pilintra é uma falange de entidades de luz originária da crença sincrética denominada Catimbó, surgida na Região Nordeste do Brasil.

    O Zé Pelintra também é comumente “incorporado” em terreiros de Umbanda, tendo seu culto difundido em todo o Brasil.

    O Zé Pelintra é uma das mais importantes entidades de cultos afro-brasileiros, especialmente entre os umbandistas.

    No seu modo de vestir, divergem-se algumas formas do típico Zé Pelintra: na mais comum, é representado trajando terno completo de linho S-120, na cor branca, sapatos bicolor, gravata grená ou vermelha e chapéu panamá de fita vermelha ou preta.

    Apesar de ter importância religiosa tanto para os praticantes de Catimbó quanto de Umbanda, Zé Pelintra é entidade originária do primeiro.

    Zé Pelintra é invocado quando seus seguidores precisam de ajuda com questões domésticas, de negócios ou financeiras e é reputado como um obreiro da caridade e da feitura de obras boas.

    Na Umbanda, Zé Pelintra é um guia pertencente à linha do Povo da Malandragem. Majoritariamente os seguidores de Zé Pelintra concentram-se nos ambientes urbanos de Rio de Janeiro e São Paulo, mas eles também podem ser encontrados no Nordeste do Brasil, entre os “catimbozeiros”, e nas áreas rurais de praticamente todo o país.

    Zé Pelintra, tanto na Umbanda, como no Catimbó, é tido como protetor das classes menos favorecidas em geral, tendo ganhado o apelido de “Advogado dos Pobres”, pela patronagem espiritual e material que exerce.

    Há quem afirme que, originalmente, Seu Zé é um mestre do culto do catimbó nordestino que acabou se manifestando em outras vertentes das encantarias.

    Quando baixa como entidade do catimbó nos terreiros nordestinos, Zé Pelintra é, portanto, um mestre.

    Homenagens à Zé Pilintra:

    O músico e compositor Itamar Assumpção escreveu uma canção sobre Zé Pelintra em 1988, em parceria com Waly Salomão, intitulada “Zé Pilintra”.

    Em 2005, foi homenageado no samba-enredo da escola de samba Unidos de Cosmos, no refrão que diz “o meu tambor vai ecoar, boa noite, Zé Pelintra, tenho fé, vou lhe exaltar”.

    No carnaval de 2016, Zé Pelintra deixou os terreiros de macumba e ganhou a Marquês de Sapucaí, avenida onde as escolas de samba do Rio de Janeiro desfilam durante o Carnaval.

    Em 2022, o vereador carioca Átila Alexandre Nunes Pereira criou um projeto de lei para que o dia 7 de julho seja comemorado como o Dia de Zé Pelintra.

    “Na Rua da Amargura
    Onde Seu Zé Pelintra morava
    Ele chorava por uma mulher
    Chorava por uma mulher que não lhe amava.”

    “Ô Zé, quando vem de Alagoas
    Toma cuidado com o balanço na canoa
    Ô Zé, faça tudo que quiser
    Só não maltrata o coração dessa mulher.”

    História de Zé Pilintra

    Essa história de Zé Pilintra conta, com detalhes, como foi a jornada encarnatória desta entidade, do seu nascimento até se tornar um Zé Pilintra.

    Jose Emerenciano nasceu em Pernambuco. Filho de uma escrava forra com seu ex-dono, teve algumas oportunidades na vida.

    Trabalhou em serviços de gabinete, mas não suportava a rotina. Estudou pouco, pois não tinha paciência para isso.

    Gostava mesmo era de farra, bebida e mulheres, não uma ou duas, mas muitas. Houve uma época em que estava tão encrencado em sua cidade natal que teve que fugir e tentar novos ares.

    Foi assim que Emerenciano surgiu na Cidade Maravilhosa. Sempre fiel aos seus princípios, está claro que o lugar escolhido havia de ser a Lapa, reduto dos marginais e mulheres de vida fácil na época.

    Em pouco tempo, passou a viver do dinheiro arrecadado por suas “meninas” que, apaixonadas pela bela estampa do negro, dividiam o pouco que ganhavam com o suor de seus corpos.

    Não foram poucas as vezes que Emerenciano teve que enfrentar marginais em defesa daquelas que lhe davam o pão de cada dia.

    E que defesa! Era impiedoso com quem ousasse atravessar seu caminho. Carregava sempre consigo um punhal de cabo de osso, que dizia ser seu amuleto, e com ele rasgara muita carne de bandido atrevido, como gostava de dizer entre gargalhadas, quando nas mesas dos botecos de sua preferência.

    Bebia muito, adorava o álcool, desde a cachaça mais humilde até o isque mais requintado. E, em diversas ocasiões, suas meninas o arrastaram praticamente inconsciente para o quarto de uma delas.

    Contudo, era feliz, ou dizia que era, o que dá quase no mesmo. Até que conheceu Amparo, mulher do sargento Savério.

    Era a visão mais linda que tivera em sua existência. A bela loura de olhos claros deixava-o em êxtase apenas por passar em sua frente.

    Resolveu mudar de vida e partiu para a conquista da deusa loura, como costumava chama-la. Parou de beber, em demasia, claro!

    Não era homem também de ser afrouxado por ninguém, e uns golezinhos aqui e ali não faziam mal a ninguém.

    Dispensou duas de suas meninas, precisava ficar com pelo menos uma, o dinheiro tinha que entrar, não é?

    Julgava-se, então, o homem perfeito para a bela Amparo. Começou, então, a cercar a mulher, que jamais lhe lançara um olhar.

    Aos amigos dizia que ambos estavam apaixonados e já tinha tudo preparado para levá-la para Pernambuco, onde viveriam de amor.

    Aos poucos, a história foi correndo, apostas se fizeram, uns garantiam que Emerenciano, porreta como era, ia conseguir seu intento.

    Outros duvidavam, Amparo nunca demonstrara nenhuma intimidade por menor que fosse que justificasse a fanfarronice do homem.

    O pior tinha que acontecer, cedo ou tarde. O Sargento foi informado pela mulher da insistente pressão a que estava submetida.

    Disposto a defender a honra da esposa, marcou um encontro com o rival. Emerenciano ria, enquanto dizia aos amigos: – É claro que vou, ele quer me dar a mulher? Eu aceito! Vou aqui com meu amigo… – E mostrava seu punhal para quem quisesse ver.

    Na noite marcada, vestiu-se com seu melhor terno e dirigiu-se ao botequim onde aconteceria a conversa. Pediu uísque, não era noite para cachaça, e começou a bebericar mansamente.

    Confiava em seu taco e muito mais em seu punhal. Se fosse briga o que ele queria, ia ter. Ao esvaziar o copo, ouviu um grito atrás de si: – Safado! –

    Levantou-se rapidamente e virou-se para o chamado. O tiro foi certeiro. O rosto de Emerenciano foi destroçado e seu corpo caiu num baque surdo.

    Recebido no astral por espíritos em missão evolutiva, logo se mostrou arrependido de seus atos e tomou seu lugar junto a falange de Zé Pelintra.

    Com a história tão parecida com a do mestre em questão, outra linha não lhe seria adequada. Hoje, trabalhador nos terreiros na qualidade de Zé Pelintra do Cabo, diverte e orienta com firmeza a quem o procura.

    Não perdeu, porém, a picardia dos tempos de José Emerenciano. Saravá Seu Zé Pelintra!

    O que Significa Sonhar com Zé Pilintra e Maria Padilha?

    Sonhar com Zé Pilintra e Maria Padilha pode ter várias interpretações. Confira, à seguir, alguns significados:

    • Sonhar com Zé Pilintra e Maria Padilha diz que você precisa ser mais direto sobre seus sentimentos, intenções ou objetivos. Você pode estar tentando se separar de alguém por quem se sinta atraído, mas não pode estar com ele. Você será um anfitrião e seu bom gosto será notado em tudo o que fizer ou organizar. Muitos serão considerados seus amigos, mas poucos serão escolhidos por você. Um amigo o ajudará a resolver um problema que você não consegue resolver sozinho. Você está caminhando para frente de maneira constante.
    • Sonhar com Zé Pilintra e Maria Padilha indica que uma pessoa idosa exigirá sua ajuda, não hesite e a ofereça imediatamente, Você precisa pensar bem e considerar todas as suas opções. Você adora saber de tudo e sempre quer aprender coisas novas. Você precisa ser mais direto sobre seus sentimentos, intenções ou objetivos. Você convencerá a todos assim que abrir sua boca. Você passará mais tempo em casa com a família do que com os amigos. Os pais ou figuras importantes reconhecerão seu potencial e você receberá o apoio deles. Agora é o momento de agir, não hesite, mas aja sem que ninguém saiba sobre seus assuntos. Você saberá como lidar com a situação com o estilo que o caracteriza.
    • Sonhar com Zé Pilintra e Maria Padilha simboliza que você não está reconhecendo suas respectivas características. Você fará determinações sobre o futuro e as cumprirá. Você será particularmente sensível e afetivo com as pessoas que você ama. Ver seu povo feliz será suficiente para que você seja feliz. Estranhos ataques que afetaram você miraculosamente desaparecerão de seu corpo. Você está indeciso sobre algum assunto. Tudo será mais simples do que parece a partir daqui. Nada é eterno e as coisas estão sempre em perpétua mudança.
    • Sonhar com Zé Pilintra e Maria Padilha diz que você está precisando de amor, afeto e nutrição emocional. Desentendimentos familiares serão resolvidos, agora haverá paz em casa. Você pode estar lidando com muitos golpes duros em sua vida. Em breve, surgirá uma nova oportunidade que poderá mudar tudo. Sua família é importante para você e em sua tomada de decisão. Você terá um bom resultado com as questões relacionadas às despesas. Você está caminhando para frente de maneira constante. Se você está pensando em ter um filho, talvez seja o momento.

    Quer saber mais sobre qual pode ser o significado de sonhar com Zé Pilintra? Para religiosos cristãos, um sonho com uma entidade africana pode assustar e, por conta da visão que muitos possuem desses seres, talvez sonhar com Zé Pilintra possa significar más energias, ou espíritos, querendo lhe prejudicar.

    Mas se você sonhou com um Zé Pilintra, não tenha medo. Embora não seja um Exu, é comum que Zé Pilintra apareça em giras de esquerda, por isso sua presença em sonho como Exu Zé Pilintra pode também alertar para que você se proteja um pouco.

    Sonhar com Zé Pilintra rindo, no geral, simboliza proteção e tempos de tranquilidade vindo em sua vida, consequência de boas sementes que você plantou.

    Sonhar com Zé Pilintra dançando possui significados distintos em diferentes setores da sua vida, mas, no geral, é sinal de que sua vida dará tantas voltas quanto os passos de malandro do senhor Zé, mas num sentindo muito positivo.

    Se no sonho você fala com ou vê um Zé Pilintra, isso costuma estar ligado com o modo como você encara a vida agora.

    Se sonhou com o senhor Zé Pilintra indo atrás de você, significa que está evitando enfrentar os seus sentimentos.

    Agora, ficou curioso(a) em conhecer o significado por trás de sonhar com Maria Padilha? Maria Padilha é uma das mais conhecidas pombas giras, além de ser uma das principais entidades da Umbanda e do Candomblé.

    Entre as pombas giras mais famosas, certamente está ela, a Maria Padilha. Seu nome quer dizer “Rainha do Fogo” e reza a lenda que Maria Padilha teve 7 maridos, desse modo, claramente, se em seus sonhos aparece a Maria Padilha, a coisa gira em volta da sua vida amorosa.

    Sonhar com Maria Padilha indica que existe um novo amor para você. Sonhar que conversa com Maria Padilha pode ter significados diversos, dependendo do que ela falou para você, mas, geralmente, a presença da pomba gira Maria Padilha em sonho costuma simbolizar boas notícias em sua vida afetiva e em seus projetos, já que ela costuma ser um símbolo de paixão, que não apenas se dirige ao relacionamento, mas em todos os setores de sua vida.

    Sonhar com Maria Padilha dançando quer dizer que está chegando uma nova etapa da sua vida onde irá prevalecer seu autoconhecimento e seu poder pessoal, que estará em alta.

    Sonhar com Maria Padilha rindo ou gargalhando significa que você tem tudo que precisa para tomar controle de sua vida e alcançar aquilo que deseja.

    Sonhar com Maria Padilha pode ser estranho e confuso à primeira vista, principalmente se você não é uma pessoa devota ou, até mesmo, não acredita nesses tipos de entidades.

    No entanto, sonhar com Maria Padilha, de forma geral, pode significar muitas coisas diferentes e não é motivo para pânico ou confusão, além disso a interpretação irá depender da forma como a entidade apareceu no seu sonho.

    Se, no seu sonho, a Maria Padilha apareceu na forma de uma imagem, então isso quer dizer que você está direcionando muitas energias negativas para as outras pessoas.

    Sonhar com imagem de Zé Pilintra mostra que você está pegando o jeito de alguma situação ou de alguma tarefa.

    Sonhar com Zé Pelintra falando sobre questões financeiras indica que você está alcançando prosperidade e deve persistir em seu propósito, para finalmente atingir seus objetivos.

    Sonhar com Exu Zé Pilintra mostra a necessidade de adquirir mais conhecimentos sobre como aproveitar a vida e não perder tempo em sua existência.

    Sonhos com Zé Pilintra mostram que a vida é breve e deve ser aproveitada com as pessoas que você ama e com atitudes que mostrem retidão e caráter perante as adversidades da vida.

    Sonhar com Zé Pilintra significa que grandes oportunidades te esperam.

    Maria Padilha e Malandro nos Terreiros

    Maria Padilha se manifesta nos terreiros de umbanda e candomblé como uma pomba gira, dividindo espaço com outras entidades, incluindo o Malandro, uma entidade muito próxima do contexto sociocultural dos morros e favelas.

    Algumas pessoas tem medo dessas entidades, o que, na verdade, é uma estranheza repulsiva, que parte do racismo de base colonial.

    Maria Padilha e Malandro incomodam de todas as formas por passarem uma imagem de pessoas vadias, mas, na verdade, o que essas duas entidades tem como suas características maiores é a adaptação às mudanças para preservar sua existência.

    Maria Padilha, e qualquer outra pomba gira, e Malandro são muito cultuados juntos através de imagens, acessórios e pontos cantados.

    Ambos são entidades empoderadas da umbanda que, apesar de serem relacionados à um comportamento desregrado, trabalham espiritualmente dentro das leis da religião.

    Maria Padilha, inclusive, tem grande associação ao mundo das bruxas e mulheres feiticeiras. É figurada, em sua representação imagética, com um largo sorriso, que parece anunciar sua gargalhada característica.

    Não apenas a risada, mas também as mãos na cintura figura outro gesto comum às incorporações de Maria Padilha.

    O Malandro carrega em seu corpo uma movimentação que transita entre a perda e recuperação de eixo, deslizando entre a figura do sambista e outras vezes, do capoeirista.

    Os malandros cortejam as pombas giras pegando na sua mão e dando um leve beijo.

    Zé Pilintra e Maria Padilha

    Zé Pilintra é uma entidade que gera reflexões e leva até à debates políticos, como a exclusão social no Brasil, por representar um indivíduo marginalizado, que frequenta favelas e leva uma vida desregrada.

    Maria Padilha também gera medo, estranheza, repulsão, revelando um racismo que existe em nossa sociedade desde o Brasil Colônia.

    Maria Padilha, a bonita e feminina pomba gira, em vida sagrou-se como a única esposa de Dom Pedro I de Castela e, desencarnada, fez fama no mundo todo até chegar aos terreiros de todo o Brasil, tanto de umbanda quanto de candomblé.

    Ambos não são apenas um espírito, são uma falange de entidades de luz. São comumente “incorporados” em terreiros de Umbanda e Candomblé, tendo seus cultos difundidos em todo o Brasil.

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