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  • Maria Padilha 7 Saias: Histórias, Quem é e Ponto Cantado

    Maria Padilha 7 Saias: Histórias, Quem é e Ponto Cantado

    Maria Padilha 7 Saias é uma entidade representada por uma mulher com características ciganas, usa vestido longo vermelho e preto, carrega consigo uma rosa, tem porte de dançarina e é a única Maria Padilha a ser representada, às vezes, com os cabelos presos.

    O leque, a adaga, a lua, o tridente e o número 7 são seus símbolos.

    A História de Maria Padilha Sete Saias

    Maria Padilha Sete Saias teve sua vinda ao mundo marcada por muito sofrimento. Já na sua infância se dá o início de sua aflição, pois, ao nascer, sua mãe falece por complicações durante o parto.

    Desde então, sofre constantes humilhações vindas de seu pai que passa a culpá-la pela morte da esposa que tanto amava.

    Maria Padilha Sete Saias cresce e, com o passar dos anos, crescem os aviltamentos e já moça passa a ser forçada a fazer todas as vontades do pai, sendo mais uma serviçal do que uma filha.

    Com seu pai, Maria Padilha Sete Saias morava em uma choupana afastada, no lugarejo onde habitavam e, por esse motivo, não vê felicidade em seu futuro.

    Acaba, então, a moça Maria Padilha Sete Saias se relacionando com homens casados e ricos do povoado, vendo aí sua única satisfação.

    Mas a vida não lhe sorri pelos seus envolvimentos e pelo enredo de traições em que se envolve, e as esposas traídas desejam o seu mal a ponto de desejarem apedreja-la.

    Segundo conta a lenda, o motivo pelo qual seu nome é Maria Padilha Sete Saias é porque a moça tinha sete amantes.

    Assim, para cada amante, ela usava respectivamente uma saia. Estes amantes, enciumados entre si, decidem trancá-la em um casebre afastado como modo de puni-la pela vida libertina que escolhera junto aos mesmos, sendo então obrigada a se alimentar de restos de vegetais que se encontravam no interior de seu cárcere.

    Com muito sufoco e força de vontade de viver, Maria Padilha Sete Saias derrubou uma parede velha do casebre feito de madeira e, rastejando pela fraqueza, encontrou uma estrada próxima, onde passava uma caravana de ciganos que a acolheram e cuidaram dela.

    Assim, Maria Padilha Sete Saias tornou-se uma bela moça, que acabou casando com o filho do chefe do clã dos ciganos, o qual tornou-se um homem muito rico, recebendo o título de barão e, provavelmente, ela de baronesa.

    Por vingança, Maria Padilha Sete Saias queria voltar ao lugar que queriam apedrejá-la. O marido, apaixonado e fiel, fez a vontade da esposa comprando o melhor e mais importante casarão daquele povoado e mandando convite a todos para um rico e abundante baile de máscaras, para apresentar a mais nova baronesa daqueles tempos.

    No dia do baile, Sete Saias desceu as escadarias do rico salão com a sua bela máscara e um maravilhoso vestido e todos os seus inimigos a aplaudiram e reverenciaram sem saber quem era a misteriosa mulher, que seria revelada somente no fim da festa.

    Ela chamou a todos ao centro do salão, ainda com a máscara, e todos os convidados já estavam totalmente bêbados, quando ela retirou a máscara revelando-se a todos.

    Os inimigos, indignados por ser ela a mais rica baronesa da região a qual deviam respeito, começaram a condená-la, principalmente o seu pai, que no impulso começou a cobrar carinhos que ele nunca teve a ela.

    No soar de palmas, entraram empregados ao salão, carregando enormes barris de óleo. Os convidados, achando que fazia parte da cerimônia, ficaram aguardando os servos despejarem o óleo por tudo enquanto Maria Padilha Sete Saias e seu marido saíram escondidos, incendiando todo o espaço, matando e vingando-se assim de todos os seus inimigos.

    Maria Padilha Sete Saias, com sua rica charrete, parou em frente ao casarão para ver seus inimigos se incendiando e suas últimas palavras aos seus inimigos foram: “livrarei vocês dos seus pecados com o fogo!”

    Beijando o seu esposo e seguindo a sua viagem. Ela viveu até os 78 anos.

    História esta contada pela sua maior parceria, Maria Padilha.

    Maria Padilha Sete Saias na Umbanda

    Maria Padilha Sete Saias é uma pomba gira muito conhecida e requisitada nos terreiros de umbanda, trabalha muito no lado financeiro e amoroso, ela pode atuar nas 7 linhas da umbanda.

    Não existe apenas uma Maria Padilha Sete Saias. Podemos encontrar Maria Padilha Sete Saias do Cemitério, filha de Iansã que trabalha com um Exu de Cemitério, como Exu João Caveira, por exemplo.

    Ou ainda uma filha de Ogum, que poderá trabalhar com Maria Padilha Sete Saias das Encruzilhadas, que vai trabalhar com um Exu de Ogum, que pode ser Exu Tranca Ruas das Almas.

    Maria Padilha Sete Saias faz parte da tradição, do mito e das lendas desta terra tão intimamente ligada ao mar e diz-se que suas sete saias representam as sete virtudes; os sete dias da semana; as sete cores do arco-íris; as sete ondas do mar, entre outras atribuições bíblicas, míticas e mágicas que envolvem o número sete.

    Maria Padilha Sete Saias é perspicaz, audaciosa e espontânea, ela é ela, mesmo que isso desagrade às conversões.

    Seu olhar é firme e tem uma energia que transborda alegria e amor, um contato que todos deveriam fazer, pelo menos uma vez na vida.

    Quem é Maria Padilha Sete Saias?

    Maria Padilha Sete Saias é uma entidade mística, que com suas 7 saias, seu colar com 7 voltas, trabalha no mundo espiritual, quando convidada para esse fim.

    Pode ser sua grande aliada nas questões que envolvem o amor, dinheiro, trabalho e saúde. Muito confundida com a Cigana 7 Saias, Maria Padilha Sete Saias pertence a falange de Maria Padilha e de Sete Encruzilhas.

    Maria Padilha Sete Saias é uma mulher que não gosta de brincadeira, aceita brincadeira na hora certa, mas quando está trabalhando é muito séria, transmitindo muita segurança.

    Faz suas mandingas com seus colares, que são vários, de preferência que dão sete voltas, gosta de muitas pulseiras, de beber champanhe e de sua cigarrilha.

    Maria Padilha Sete Saias não manda recado! O que tem que ser dito é dito na hora, não deixa pra depois. Se quer saber a verdade, pergunte à Maria Padilha Sete Saias, caso contrário não diga nada, pois poderá ouvir o que não quer ou o que não deseja.

    Com ela, não existe meio termo, ou é ou não é! O que ela faz e promete ela cumpre, mas se vacilar ela dá o troco, nunca leve na brincadeira o que ela diz e cuidado com o que pede.

    Ela é uma Pomba Gira que alegra os terreiros, fumando, cantando, dançando e trabalhando pelos seus. Para os filhos, que ela trata com absoluto respeito, amor e carinho, Maria Padilha Sete Saias é Mãe, acreditem!

    É a mais doce das mães carnais que qualquer filho poderia ter, se comparada a uma. Conselheira, terapeuta, psicóloga, amiga e mãe.

    Estas descrições talvez consigam permear o todo chamado Maria Padilha Sete Saias. Os hábitos co­muns de uma Pomba Gira em terra são ultrapassados por ela.

    O que se sente quando ela está no plano terreno é paz! Uma segurança incomensurável, uma doçura debochada como à de uma menina mulher.

    Segunda História de Maria Padilha Sete Saias

    Jalusa Correia era uma bela mulher, morena de bastos cabelos negros, tinha ainda magníficos olhos verdes que a todos encantava.

    Aos dezessete anos, se casou e teve dois filhos, que foram por algum tempo a razão de sua existência. Quando estava prestes a completar seu vigésimo terceiro aniversário, uma tragédia abateu-se sobre ela, seu marido e filhos faleceram em um pavoroso acidente de trem e da noite para o dia tornou-se uma pessoa imensamente triste e solitária.

    Por muitos anos, carregou o peso na consciência por não estar com eles nesse momento. Culpava-se intimamente, porque nesse fatídico dia tivera uma indisposição séria e não quisera acompanhá-los na pequena viagem que mensalmente faziam à cidade vizinha.

    O remorso a torturava como se com isso conseguisse diminuir o tamanho de sua dor. Dez anos se passaram até que Jalusa voltasse a sorrir, apesar do coração em frangalhos.

    Foi nesse período que Jorge apareceu em sua vida. O jovem viúvo logo se tomou de amores pela solitária e encantadora mulher.

    Conhecendo o trauma vivido por ela, teve a certeza de haver encontrado a mãe que sua filha precisava. A pequena Lourdes ficara órfã muito cedo e com apenas seis anos não conseguia esquecer a morte de sua genitora, tornando-se uma criança frágil e assustadiça.

    Não demorou muito para que se casassem. No inicio, Jalusa foi exemplar, como mãe e esposa, de repente, sem entender o motivo, começou a odiar a pequena menina.

    Lourdes a irritava, cada palavra dita por ela entrava em seus ouvidos como uma ofensa. A menina apanhava por qualquer coisa, eram palmatórias, surras de cipós e puxões de cabelo que a deixavam inteiramente dolorida.

    Com medo de dizer ao pai o que ocorria em sua ausência, Lourdes foi ficando a cada dia mais amarga e triste.

    Seus únicos momentos de alegria eram os passeios que fazia com o pai. Sempre que Jorge perguntava o que estava acontecendo, ela mentia dizendo sentir saudades da mãe.

    O ódio de Jalusa pela criança só aumentava, cada vez que a menina chegava perto dela, a lembrança de seus próprios filhos a atormentava:

    – Como pode uma criatura indecente dessas estar aqui, viva ao meu lado, e meus filhos lindos, mortos?

    Era sempre nesses momentos que a menina era mais agredida. Um dia, Jorge resolveu fazer uma surpresa e retornar mais cedo a casa.

    Ao entrar devagar para não ser notado, ouviu os gritos: Sai vagabunda! – acompanhado do som de um tapa.

    Abriu a porta justamente no instante em que sua filha era atirada contra um canto da parede. Num átimo, percebeu tudo que estivera ocorrendo em sua ausência.

    Correu até a mulher e a esbofeteou com rancor, exigindo que saísse de sua casa imediatamente. Desse dia em diante, Jalusa passou a morar nas ruas, mendigando e xingando todas as crianças que lhe passassem por perto.

    Às vezes, chorava muito, mas logo se erguia e gargalhava alto. Em uma noite de intenso frio, seu espírito foi arrancado do corpo e levado para zonas sombrias onde, por muitos anos, procurou respostas para as mazelas passadas em vida.

    Depois de ter contato com suas vidas pregressas, percebeu os erros que cometia a cada encarnação onde sempre era a causadora de grandes males causados a crianças e suplicou ajuda para o ressarcimento de suas culpas.

    Hoje, na vestimenta fluídica de Maria Padilha Sete Saias, procura sempre uma maneira de atender aos que a procuram com simpatia e carinho.

    Quem a conhece em terra, sabe de sua predileção por jovens mães e o respeito que nutre por todas as crianças, adotando qualquer um como seu filho e sempre irá defende-lo e punir quem o maltratar.

    Enfim, Maria Padilha Sete Saias está em um caminho de uma grandiosa evolução.

    Ponto Cantado de Maria Padilha Sete Saias

    No vídeo abaixo, você verá um vídeo lançado pelo Canal Macumbaria, onde Juliana D Passos interpreta um ponto cantado de Maria Padilha Sete Saias, composto por Mãe Marluci.

    A letra retrata uma das lendas mais tradicionais em torno da energia da falange de Maria Padilha Sete Saias.

    É a estória de uma jovem que padece do desgosto em não poder viver seu grande amor, pela contrariedade da família.

    É comum que as amigas espirituais que se apresentam sob essa denominação tenham roupagem cigana e gostem muito de acessórios e adornos.

    Elas nos trazem força para a abertura de caminhos e luz para resolver situações difíceis.

    Letra do Ponto Cantado:

    Laroiê dona Sete Saias!

    Sete foram os caminhos, que ela um dia percorreu
    Foi cigana apaixonada, e por amor ela morreu

    Não faz segredo, de sua vida e sua jornada
    Era uma bela menina, até que se apaixonou
    Mas os costumes do seu povo não deixava
    E sua mãe amaldiçoava aquele verdadeiro amor.

    Perdeu sua vida por desgosto e tristeza
    Hoje trabalha na Umbanda, alivia sua dor
    É mulher forte, na calunga ou na praia
    Ela é dona Sete Saias mensageira do amor

    Sete foram os caminhos, que ela um dia percorreu
    Foi cigana apaixonada, e por amor ela morreu

    Não faz segredo, de sua vida e sua jornada
    Era uma bela menina, até que se apaixonou
    Mas os costumes do seu povo não deixava
    E sua mãe amaldiçoava aquele verdadeiro amor.

    Perdeu sua vida por desgosto e tristeza
    Hoje trabalha na Umbanda, alivia sua dor
    É mulher forte, na calunga ou na praia
    Ela é dona Sete Saias mensageira do amor

    Livro Recomendado:

  • Maria Padilha do Cabaré: Quem é, Histórias, Imagem, Características, Pontos Cantados e Guia

    Maria Padilha do Cabaré: Quem é, Histórias, Imagem, Características, Pontos Cantados e Guia

    Maria Padilha do Cabaré é extremamente poderosa e trabalha na falange de Maria Padilha. É uma entidade bonita, jovem, sedutora, elegante, feminina, faceira, astuta, audaciosa, mas também tem vidência.

    É certeira e sempre tem algum conselho para as pessoas, principalmente para aquelas que sofrem de amor.

    Sua força também é usada para desmanchar feitiços, pedir proteção, curar doenças e zelar pelas coisas do coração e do dinheiro.

    É muito temida por sua frieza e seu implacável poder na questão de demandas. É uma entidade muito carismática e apreciada pelo povo de umbanda, pois adora trabalhar quando está na Terra e suas médiuns são sempre pessoas alegres e de aparência muito jovem.

    Ela trabalha para amor, união, concursos e tudo o que for a respeito de progresso material! Os cabarés, ponto de força desta entidade, eram espaços pequenos e ligados ao submundo das grandes cidades europeias dedicados a shows, fossem eles de dança, teatro, música, contadores de piadas, strippers, enfim, um grande show de calouros onde a fumaça de cigarro nublava os holofotes e enchia as narinas.

    Um estabelecimento onde se apresentam espetáculos artísticos, satíricos, e onde os clientes podem tomar bebidas e cujo ambiente foi o principal vivido por Maria Padilha do Cabaré em sua encarnação.

    Primeira História de Maria Padilha do Cabaré

    Maria Padilha Rainha do Cabaré viveu na França, em 1639, e se chamava Suzanne. Ela era filha de um rico milionário banqueiro.

    Até uma certa idade, Suzanne tinha como único intuito se casar e continuar tendo a vida maravilhosa que sempre teve na casa de seus pais.

    Passados uns anos, Suzanne se apaixonou tão perdidamente por um estrangeiro que decidiu fugir da cidade com ele, abandonando todo o luxo e conforto que recebia de seus pais naquela época.

    No dia da fuga, o amor de Suzanne não apareceu, deixando a mesma plantada no local do encontro e o seu coração partido por uma desilusão amorosa.

    Desiludida, Suzanne decidiu rapidamente que não mais queria amar e nem ser amada, que nunca mais se prenderia a nenhum homem e que jamais voltaria a amar ninguém.

    Assim, ela fechou o seu coração e começou à namorar um e namorar outro. Desesperados com a atitude da filha, seus pais decidiram fortemente que iriam deserdá-la.

    Dessa forma, Suzanne perdeu toda a sua riqueza e a sua mãe nada pode fazer, porque naquele tempo as mulheres não tinham muita voz na sociedade, pois o mundo era inteiramente machista.

    Então, Suzanne foi trabalhar em uma casa de cortesãs, mas essa não foi a primeira oportunidade que ela encontrou, porque antes de chegar nessa boate, ela bateu em várias portas, porém poucas portas se abriram para ela e a única pessoa que à acolheu foi uma cortesã de idade, dona de um cabaré muito luxuoso.

    Essa mulher ensinou Suzanne os ofícios de uma cortesã, mas ao contrário do que muitos pensam, Suzanne nunca se prostituiu.

    Ela queria apenas mandar nas demais mulheres que trabalhavam naquele café. Então, após o desencarne da dona da boate, Suzanne se tornou uma das mais ricas cafetinas de toda a França.

    Cuidando de várias casas, ela voltou a se apaixonar e, por culpa desse amor, se perdeu totalmente em seus negócios.

    Após o seu desencarne, ela passou à se chamar Maria Padilha Rainha do Cabaré. “Maria Padilha” pelo fato dela trabalhar na falange de Maria Padilha e “Rainha” pela fortuna que ela tinha antes de ser deserdada pelos seus pais.

    Segunda História de Maria Padilha do Cabaré

    De acordo conta uma lenda, Maria Padilha Rainha do Cabaré foi espanhola e rainha, dona de castelo, e adorava bacalhau, queijos e vinhos.

    Outra história diz que, quando encarnada, ela foi dona de um cabaré espanhol muito luxuoso e famoso, responsável por torna-la uma mulher marcante na sociedade da época.

    Amou apenas uma vez e por ter sofrido por esse amor, nunca mais amou ninguém. Foi uma mulher bem sucedida e se tornou muito rica.

    Ela tinha um dom que lhe acompanhava desde menina: o dom das cartas – o misterioso futuro no qual ela o adivinhava; este dom veio de seus antepassados espanhóis.

    O sofrimento por esse amor foi o que a fez suicidar-se: ela amava um de seus empregados, que era garçom em seu bordel, mas ele era apaixonado por uma das meninas que trabalhavam lá.

    Um dia os dois amantes fugiram. Maria Padilha Rainha do Cabaré sofreu muito e, não aguentando a solidão, matou-se ao se atirar de um penhasco.

    Foi assim que ela foi parar no Umbral.

    Imagem e Características de Maria Padilha do Cabaré

    Maria Padilha do Cabaré é representada por uma mulher ora donzela, ora extremamente sexualizada. Muitas vezes, usando vestido longo vermelho, preto e dourado; rosa no cabelo ou nas mãos; e joias grandes.

    Ás vezes, parece uma cigana, mas é mais comum vê-la representada como uma dama da alta sociedade de épocas passadas ou praticamente nua, usando apenas joias e roupa de baixo.

    Maria Padilha Rainha do Cabaré atua nas áreas onde a mulher exagera na sua sexualidade. Então, ela vem diminuindo a libido, porque essa moça ensina que quando se exagera na sexualidade, acaba-se trancado outras áreas da vida.

    Ela é a protetora das prostitutas, cortesãs, mulheres que se casam muito cedo e não permite que mulheres que já foram abusadas sexualmente continuem passando por isso.

    Maria Padilha Rainha do Cabaré também atua muito bem nos negócios e gosta quando as mulheres trabalham com joias, bijuterias, sapatos, bebidas e coisas delicadas.

    Ela também adora que as mulheres sejam emponderadas financeiramente. Então, se você precisa ter mais sensualidade, amor ou deseja abrir um negócio de sucesso, peça proteção à Maria Padilha Rainha do Cabaré.

    Essa moça gosta de tecidos leves e de seda, joias em tons dourados, diamantes, bijuterias com zircônia e strass, champanhe rosé, campari, etc.

    Se você quer agradá-la, dê à ela uma pulseira dourada com brilho e com pedras. Pode dar também brincos, anéis, juntamente com uma bebida rosé, um lenço de seda e flores vermelhas.

    Tudo isso pode ser dado à Maria Padilha do Cabaré sem a necessidade de serem coisas caras. Ofereça à ela simplesmente com o coração e ela se sentirá extremamente agradada.

    Claro que hoje, devido sua evolução, aceita oferendas comuns. Mas ela é muito fina, sabe o que é bom, gosta de joias, de belas roupas feitas de bons tecidos e adora saias com muitos babados e leque.

    Esta senhora gosta de ser bem cuidada, principalmente pelos seus aparelhos mediúnicos, joga cartas, sabe ser amiga de seus cavalos e sabe o que diz – vem à Terra a trabalho e não a passeio.

    Como toda Maria Padilha, gosta de champanhe, licor de aniz, martini, campari e mel. Seus ebôs (nas religiões que os fazem) são pata preta, pomba preta e cabra preta.

    Fuma cigarros e cigarrilhas de boa qualidade. Recebe suas oferendas, seus presentes e seus despachos em encruzilhadas em forma de “T” ou de “X”, de preferência perto de cabarés (irá de acordo com o pedido da entidade), bares, boates…

    Adora cosméticos e espelhos. As rosas a serem oferecidas a esta pomba gira devem ser vermelhas (nunca botões) em número ímpar, cravos e palmas vermelhas.

    Símbolos: pássaro, tridente, lua, sol, chave e coração.

    As velas podem ser pretas e vermelhas, todas vermelhas e, em certos casos, pretas e brancas ou, ainda, todas brancas (dependerá do trabalho a ser realizado; a entidade dirá qual cor a usar).

    Ela tem 7 amores – seus maridos são o exu Rei das Sete Liras, exu Lúcifer, Zé Pilintra, Zé Malandro, Zé do Catimbó e outros da falange da malandragem, ela pode ter muitos maridos, que se tornam seus “escravos” ou empregados.

    Maria Padilha Rainha do Cabaré é a grande dama da malandragem, tanto que em suas festas os Malandros são presença marcante.

    Maria Padilha Rainha do Cabaré gosta de luxo, dos homens, de dinheiro, da boa vida, dos jogos de azar, de baile e de música.

    É uma grande bailarina, cujos movimentos podem incluir passos das ciganas em alguns momentos, mexendo sensualmente seus braços, como quem desfruta plenamente de seduzir com o corpo em movimento.

    Seu porte é altivo, orgulhoso, majestoso; possui características das mulheres que não tem medo de nada. Rainha do Cabaré também é um dos títulos dado à falange de Maria Padilha.

    Outros títulos são Rainha da Lira, Rainha do Candomblé, Rainha da Malandragem, Rainha dos Infernos, Rainha das Marias, Rainha das Facas, Mulher de Lucífer, Rainha dos Ciganos etc.

    “Lira é uma cidade africana, que fica nas fronteiras orientais do Reino Baganda, de lá venho eu…” também conhecida como” Rainha do Candomblé” ou Rainha das Marias.

    Rainha do Candomblé não pelo culto africanista aos Orixás, senão por ser essa palavra o sinônimo de dança e música ritual.

    “Uma mulher que nasceu em um dia qualquer, que se criou sozinha e se tornou Rainha pela sua própria força, teve vários homens em sua cama, mas amou um só.”

    Ponto Cantado de Maria Padilha do Cabaré

    Chegada de Maria Padilha do Cabaré

    Guia de Maria Padilha do Cabaré

    A guia de Maria Padilha do Cabaré é feitas em contas vermelhas, pretas e amarelas, contendo símbolos de rosa e tridente.

    Livro Recomendado:

  • Maria Padilha Quitéria: Histórias, Quem é, Pontos Cantados, Oração, Caminhos, Características, Imagem, Frases e as Três Marias

    Maria Padilha Quitéria: Histórias, Quem é, Pontos Cantados, Oração, Caminhos, Características, Imagem, Frases e as Três Marias

    Apesar de muitas pessoas pesquisarem por e acreditarem que existe uma Maria Padilha Quitéria, Maria Padilha e Maria Quitéria são duas entidades diferentes.

    Ambas são pombas giras, mas suas histórias são completamente diferentes, não devendo haver confusão, como um próprio ponto cantado dela diz:

    (…) Eu sou Maria, mas não vão se confundir por aí, porque eu sou Maria, Maria Quitéria (…)

    A confusão entre as entidades Maria Padilha e Maria Quitéria, provavelmente se dê, porque a pomba gira Maria Quitéria é uma das mais conhecidas no reino umbandista, assim como Maria Padilha.

    A Pomba Gira Maria Quitéria é uma entidade de religiões afro-brasileiras, uma grandiosa entidade da linha de esquerda, muito atuante dentro da nossa querida umbanda, tão famosa e tão temida.

    Comanda uma grande falange de espíritos, tendo como parceira a Dona Maria Navalha. Muitos dizem que é a irmã mais velha de Maria Mulambo e de Maria Padilha.

    História de Maria Quitéria (A Mais Contada)

    A história dessa pomba gira maravilhosa teve inicio na cidade de Lisboa, em Portugal, em meados do século 19, quando nascia uma bela menina de olhos negros e penetrantes na casa de uma família economicamente abastada.

    Seu nascimento fora uma festa para a família, pois sua mãe, uma jovem portuguesa, após alguns anos de matrimônio com um militar brasileiro, não conseguia realizar um grande sonho, que era de ter um filho de seu amado.

    Após as esperanças se findarem, veio a grande surpresa, uma gravidez, que foi a grande felicidade de todos.

    E então chegou o tão esperado dia, o nascimento de uma criança que já era tão amada e guardada. O primeiro choro emocionou a todos, a jovem portuguesa, em lagrimas abraça o esposo e mostra a bela menina de pele não muito clara.

    Uma pequena princesa, que teve como nome a tradicional Maria, para seguir a tradição familiar, e o composto de Quitéria, pois a mãe da menina era muito devota e extremamente agradecida a Santa Quitéria.

    Sete anos se passaram, a menina Maria Quitéria era muito esperta e falante, e assim criava muitas amizades com todos da região.

    Nessa época, o Rei de Portugal estipulou uma lei na qual eram tomadas a coroa e terras que, mesmo produtivas, viraram propriedades do poder, deixando os trabalhadores rurais sem ter onde morar e o que comer, e assim foi nascendo grandes revoluções e invasões em torno da região.

    Em uma dessas invasões, alguns malfeitores se entraram em meio dos trabalhadores rurais e, assim, aproveitando a confusão, assaltavam as casas das pessoas que residiam na cidade, e faziam isso com extrema covardia, chegando a assassinar moradores inocentes.

    E uma dessas casas foi a da pequena Maria Quitéria que, ao ver a invasão na casa de seus pais, ficou desesperada, pois os assassinos já tinham alcançado os mesmos.

    Uma serviçal da residência, ao notar o acontecido, pegou a menina pela mão e saiu escondida pela parte de trás da casa, indo se esconder por entre as árvores que ficavam em um pomar.

    Ficaram ali por horas escondidas, enquanto dentro da residência os malfeitores roubavam tudo, agrediam os pais de Maria Quitéria e os serviçais.

    Diante de uma fúria incontrolável, esses larápios atacaram a todos que ali estavam com punhais pontiagudos, assassinando a todos e sem o menor arrependimento.

    Os sanguinários atearam fogo por toda a casa, queimando os corpos, até mesmo os que ainda não tinham desencarnado, sobre os olhos mareados de lágrimas da pequena Maria Quitéria que observava tudo.

    Os assassinos saíram apressadamente e sem olhar para trás deixaram aquela grande dor no coração da menina.

    Sem ter aonde ir, a serviçal levou a menina a um acampamento de Ciganos, implorando ajuda e explicando o que havia acontecido.

    Pedia ela que os Ciganos tomassem conta da pequena criança, pois não tinha condições de ficar com a menina.

    O Povo Cigano tinha na alma a caridade extrema, e acolheram a menina como se fosse uma deles. E ali ficou dez anos, viajando de cidade a cidade em Portugal como uma verdadeira nômade, até que, por questões do Rei, começaram perseguições implacáveis sobre os Povos Ciganos, fazendo assim com que o grupo no qual se encontrava Maria Quitéria partisse para o Brasil.

    E foi assim que Maria Quitéria veio para o Brasil, já uma jovem, linda, guerreira, sabendo as magias ciganas, caridosa e extremamente forte.

    O tempo foi se passando e de cidade em cidade, agora no Brasil. Maria foi tendo novas experiências, até que um belo dia o chefe do Clã Cigano na qual ela fazia parte decidiu retornar a Portugal, porém a jovem estava decidida a ficar, e assim houve a despedida dela daquele tão generoso Povo Cigano que a acolheu com tanto carinho e dedicação.

    Ela então se tornou uma nômade solitária, como uma andarilha, buscava lugares para pernoitar, e assim foi conhecendo muitas pessoas e tendo novas experiências.

    Entre essas pessoas, ela passou por meio de grandes fazendeiros, de prostituas, de malandros, pessoas do bem e do mal, e a todas ela buscava demonstrar palavras de auxilio, de luz, de caridade.

    Auxiliou diversas pessoas com o que aprendera com os Ciganos, trouxe paz aos desesperados, comida aos famintos, água aos sedentos, luz aos que se encontravam na escuridão.

    Por viver nas ruas, ela aprendeu a se defender e defender seus semelhantes, e tinha nessa colocação a sua dádiva de vida.

    E, em um fato assim, Maria Quitéria teve seu desencarne já com seus trinta anos, pois em uma das suas andanças pelas noites e sem destino, encontrou uma jovem prostitua desesperada a correr e chorando muito, vendo esse fato, logo se pôs a tentar ajuda-la.

    A jovem esclarece que está sendo perseguida por covardes homens na qual ela não aceitou ceder a proposta que lhe fizeram, e com a negativa eles decidiram mata-la.

    E, nesse momento, chefa a frente delas um homem forte e com olhar covarde, gritando que ela deveria o acompanhar, e a jovem em negativa se esconde atrás de Maria Quitéria, que toma a frente da situação, tirando de sua saia um punhal afiado.

    O homem avançava sobre as duas e, nesse momento, Maria Quitéria o ataca acertando o punhal na barriga, fazendo um grande e profundo corte.

    Ele cai, e as duas correm pela escuridão. Nesse momento, chega até o homem os outros que também estavam perseguindo a jovem prostituta e, ao vê-lo ao chão ferido e desacordado, ficam sem entender o acontecido.

    Acreditando que o homem ferido estava morto, um dos perseguidores se joga de joelhos ao chão e, em um grito de desespero e dor, grita a frase: “Meu irmão, quem fez isso com você?”.

    Nesse momento, Maria Quitéria vê o desespero do rapaz e diz à jovem para fugir, pois ela iria retornar para auxiliar o ferido e assim acalmar o coração de seu irmão.

    E assim foi feito, ela retornou e, chegando junto ao homem ferido e seu irmão, ela diz:

    “Meu rapaz, tome esse frasco com essa poção Cigana, dê um bom gole a boca de seu irmão e depois jogue o restante no ferimento”.

    O rapaz, seguindo as orientações da mulher, fez o que deveria fazer, enquanto ela sumia na escuridão, sem ser notada, pois todos estavam apáticos ao verem a reação do homem e da ferida que fechava e cicatrizava na frente dos olhos de todos.

    E, assim se passaram sete dias, o homem que antes ferido já andava normalmente pelas vielas da cidade e andava não a esmo, pois em seus olhos brilhavam o sentimento de vingança.

    Em certo ponto de uma viela escura, ele vê Maria Quitéria dormindo ao relento e, se aproximando como uma serpente, decide se vingar estocando um punhal no coração da mulher que dormia indefesa.

    E, assim, Maria Quitéria desencarna, e em seu redor e diante dos olhos assustados do assassino, espíritos obsessores tentavam levar o espírito de Quitéria para a escuridão, pois viam nela uma grande força.

    Porém, diante desse fato, foram surgindo espíritos de luz, uma legião de sete Exus, que vieram resgatar Maria e levarem ela para o lugar das divindades de luz, para que pudesse, com a benção de Oxalá, se tornar uma entidade de Luz lutadora em prol da caridade e guerreira contra a escuridão da maldade.

    Os Exus pegaram Maria Quitéria pela mão, dando-lhe o caminho a seguir, e ela sorridente se foi armando um lindo caminho de luz brilhante.

    Sem quase acreditar, o assassino se põe de joelhos, sem perceber que os espíritos sem luz que antes tentavam desviar o caminho do espírito de Maria Quitéria, colocavam-se em volta dele, sugando suas energias até o ponto de seu desencarne, e assim o levaram para o reino da escuridão, como mais um escravo.

    Hoje, Maria Quitéria trabalha nos terreiros de Umbanda, sua linha é a das pombas giras, e ela tem um jeito muito peculiar de falar, parecendo um tanto radical e bastante brava, assim como demonstrava nas ruas e vielas que vivia, não como demonstração de prepotência, mas sim pela sobrevivência.

    Quem é Maria Quitéria?

    A pomba gira Maria Quitéria é uma das mais conhecidas na Umbanda e atua na mesma legião da pomba gira Maria Padilha, sendo normal um(a) médium bem preparado(a) em seu desenvolvimento mediúnico ter Maria Padilha na coroa bem como a bela senhora Maria Quitéria.

    Dona Maria Quitéria é uma entidade muito forte e, sendo assim, ela comanda uma enorme falange de mulheres, entre tantas se destaca Maria Navalha, que é sua subordinada direta.

    Maria Quitéria, em terreiros bem firmes, sem mistificação e com médium preparado, é acompanhada por sete Exus que formam uma legião de trabalho e proteção onde Dona Maria Quitéria for e estiver.

    Dona Maria Quitéria é muito fina e elegante, adora tomar champagne, fumar suas cigarrilhas, seus perfumes e rosas.

    No entanto, apesar de já termos todas essas informações sobre, quando falamos de Dona Maria Quitéria, a pomba gira, mesmo dentro da Umbanda, ainda paira um pouco e mistério na cabeça de muita gente.

    Como visto acima através da história de Dona Maria Quitéria, ela foi uma jovem inocente que começou a ser fugitiva e acabou por se tornar em uma das Entidades de Luz mais poderosas e conhecidas de todas.

    Entretanto, a pomba gira Dona Maria Quitéria se difere mais pelo seu tom de pele escura e extremamente encantadora.

    Maria Quitéria gostava, e muito, de cantar, de dançar e de se mexer ao ritmo das músicas ciganas. Outra característica marcante da pomba gira Dona Maria Quitéria era sua força interior, extremamente forte.

    E como se esperava, Dona Maria Quitéria não gosta de injustiças, odeia ver maldade nos olhos das pessoas e detesta assistir a sofrimentos, por isso ela faz de tudo para acabar com tudo isso e para trazer um pouco de felicidade para a vida de quem realmente esteja necessitado.

    Para invocar a pomba gira Maria Quitéria há duas formas: a primeira delas é realizar uma oração poderosa para alguma finalidade, tal com a que é apresentada abaixo e, a segunda é através de um ritual realizado por um médium experiente.

    Nesses trabalhos, você faz seus pedidos e, se a pomba gira Dona Maria Maria Quitéria ver que você está mesmo precisando, se o que deseja é bom para você, ela vai lhe ajudar.

    A oferenda para a pomba gira Maria Quitéria, geralmente, leva rosas (em número ímpar), champanhe, licor de anis, velas, jóias ou bijuterias, espelho, cigarros de filtro longo, cigarrilha, perfumes finos, lenços e lindas toalhas vermelhas.

    Se o caso for mais sério, o pedido poderá ser diferente, mas, no geral, esses são os itens mais solicitados por Dona Maria Quitéria.

    A pomba gira Dona Maria Quitéria é uma entidade muito forte e poderosa que você deve respeitar muito, pois ela sempre virá em ajuda a quem possa estar necessitando, sempre com muita atenção aos seus filhos que à invocam para os objetivos corretos.

    A pomba gira Dona Maria Quitéria é conhecida por seu forte poder de sedução, podendo ajudar em casos amorosos, e também podendo ser ótimas companheiras e amigas espirituais de grande valor.

    Pontos Cantados de Maria Quitéria

    Eu tenho um nome tão lindo

    Mas eu só uso em tempo de guerra (2x)

    Querem saber o meu nome?

    Eu sou a Maria Quitéria (2x)

    Maria tem tantas por aí

    Toma cuidado que é pra não te confundir (2x)

    Eu sou Maria … Eu sou a Maria Quitéria (2x)

    ===============

    Andava sem rumo a noite

    Andava sem rumo de dia (2x)

    Minha vida era quase perdida

    Mas conheci uma linda pomba gira

    Me aconselhando nos momentos de agonia

    Maria Quitéria sem você o que eu seria

    =================

    Maria Quitéria come ponta de Agulha (2x)

    Quem mexer com ela, cava a sepultura (2x)

    Oração à Maria Quitéria

    Maria Quitéria é uma rainha que provê realização na vida das pessoas que a ela recorrem. Ela traz libertação, pois é poderosa, e basta divulgar a oração como agradecimento para conseguir a ajuda dela.

    Maria Quitéria, minha poderosa rainha, me ajude a consertar a minha vida agora, preciso da minha independência total financeira, da minha dignidade humana, da harmonia, paz, amor e prosperidade agora em minha vida.

    Minha rainha Maria Quitéria, eu sou merecedora, eu tenho certeza, pois sigo no caminho, minha querida amiga, faça justiça, que eu possa me ver livre agora desta situação indigna que eu não mereço.

    E que eu obtenha a minha realização de vida agora [faça seu pedido aqui], pois tu és justa, forte, poderosa e sábia, me socorre, pois estou necessitando urgentemente de sua ajuda agora!

    Liberta-me, guia-me, orienta-me trabalha para que eu possa me desembaraçar disso tudo e, se houver alguma demanda contra mim, minha rainha, peço que a desmanche totalmente e mande de volta a quem mandou.

    Poderosa Maria Quitéria, eu confio em ti no teu poder e justiça! Eu sei que você tem esse poder, por isso confio muito na sua palavra!

    Minha rainha poderosa, eu agradeço a tua ajuda preciosa! Obrigado(a), minha rainha Maria Quitéria, vou publicar esta oração em agradecimento por ter certeza de que estou sendo atendida.

    E sei que já consegui tudo com sua ajuda, Laroyê Maria Quitéria!

    Segunda Historia de Maria Quitéria

    Essa pomba gira nasceu em 1624, no Reino de Portugal, em Lisboa. Como toda portuguesa, ela recebeu o primeiro nome de Maria e o segundo nome de Quitéria, em homenagem a santa portuguesa.

    Ela foi criada por sua avó materna, pois sua mãe era viúva e enamorou-se do imediato de um navio mercante, seguindo com ele em viagem.

    Maria veio para o Brasil e acomodou-se em Minas Gerais. Com 19 anos, Maria teve seu primeiro filho na fazenda onde seu esposo trabalhava como capataz.

    Maria era uma moça prendada e sabia cuidar da casa e do marido com muito carinho, e isso despertou olhares cobiçosos de outros jagunços da fazenda.

    Passaram dois anos de harmonia e paz, até que um dia José chegou em casa e encontrou Maria desacordada nos braços de outro, por uma armação.

    Ele não pensou duas vezes, matou-a com 7 tiros e atirou contra seu companheiro, que fugiu porta afora. A criança foi entregue aos cuidados de uma família da fazenda.

    José viveu muitos anos infeliz e sem ninguém. Queria muito saber por que Maria fizera aquilo com ele. José foi atrás do farsante para que este contasse a verdade, ou tiraria sua vida ali mesmo.

    E este lhe contou que sua mãe não passava bem, então Maria lhe preparou uma garrafada e alertou-o que o remédio causava um forte sono e, por isso devia ser tomado somente à noite.

    No dia da tragédia, ele pediu ajuda a Maria novamente, dessa vez dizendo que ele não se sentia bem. Maria fez e serviu um chá aos dois, tomando para acompanhá-lo, mas não percebeu que o jagunço havia acrescentado ao chá o preparado daquela garrafada.

    Ela sentiu diferença no gosto, mas não levou em consideração. Quando ela sentiu sonolência, pediu ao jagunço licença, ele saiu e ela foi se deitar.

    Ele esperou até que ela dormisse e foi ter com ela… Maria até que começou a acordar, mas ele trancou sua respiração e ela desmaiou.

    Então, ele aproveitou para estuprá-la. Foi quando José chegou e ocorreu o fato. José, ao ouvir essa história, ficou desconsolado.

    Então, sua Maria era inocente! Então, José levou o jagunço pra fora do armazém e lhe deu três tiros na cabeça.

    Depois desse crime, José evadiu-se de Minas Gerais e nunca mais foi visto. Maria, por sua vez, foi recolhida ao plano espiritual e pôde enfim descansar.

    Após o tratamento e o refazimento, Maria passou a trabalhar na Linha das Almas, na falange “Maria Quitéria”.

    Maria sempre gostou da história de Santa Quitéria, porque assim como a sua, era uma história de dor, desejo e traição.

    Esta pomba gira se trata de uma guardiã de fé, e é da mesma banda de Maria Padilha. É uma entidade muito forte, que comanda uma falange muito grande de mulheres.

    A pomba gira Maria Navalhada é sua subordinada. Ela acompanha sete Exús e se apresenta sempre, quando bem incorporada, como uma mulher forte e sem rodeios e, ao contrário do que muitos pensam, estas entidades, apesar de serem muito sensuais, não costumam se insinuar a ninguém.

    A sensualidade faz parte da sua maneira de viver e é assim que elas se aproximam dos seus filhos de fé!
    Para Maria Quitéria, suas oferendas tem que sempre estarem impecáveis.

    É uma entidade muito exigente para com seus filhos e filhas, e também com aqueles que requerem sua ajuda.

    A força energética de Maria Quitéria tem maior intensidade em trabalhos a serem executados com as Almas, principalmente em Cemitérios e Montes, sendo quase sempre mensageira de Orixás como Iansã, Obá e, às vezes, Ogum.

    Caminhos de Maria Quitéria

    • Maria Quitéria das 7 Encruzilhadas
    • Maria Quitéria da Calunga
    • Maria Quitéria das Almas
    • Maria Quitéria da Campina
    • Maria Quitéria do Cruzeiro
    • Maria Quitéria da Figueira
    • Maria Quitéria dos Infernos
    • Maria Quitéria das Sete Catacumbas

    Características de Maria Quitéria

    • Atuação: Encruzilhadas, mata, cruzeiros, cemitérios, montes.
    • Amuletos: Navalha, taça, bijuterias, perfumes, batons, toalhas vermelha e preta, rosas vermelhas.
    • Bebida: Champanhes, licores doces.
    • Fuma: Cigarros, cigarrilhas longas, cigarrilhas com piteiras.
    • Vela: Vermelha e preta.
    • Guia: Vermelha, vermelha e preta.

    Imagem de Maria Quitéria

    Maria Quitéria é representada por uma mulher bonita e elegante, de cabelos pretos compridos e vestimentas vermelhas, que podem ser um vestido longo chique ou capa e saia.

    Ela também veste preto e costuma carregar nas mãos e na cintura um punhal. Em algumas imagens, ela também usa chapéu e há versões dela trajando roxo e rosa preta no cabelo.

    É representada com sensualidade, mas também denotando coragem e força. Suas imagens costumam ser as mais belas, ás vezes segurando uma taça e demonstrando seu lado festeira.

    É comum também vê-la representada seminua e associada à caveiras.

    Frases de Maria Quitéria

    • Não há mal que pode derrubar um coração cheio de fé! (Maria Quitéria)
    • Ter uma Quitéria no terreiro é a certeza de demanda vencida. (Frase de Filho de Axé)
    • Continue firme, mesmo quando o cansaço bater. Continue com fé, mesmo quando não tiver mais esperança. Continue sonhando, mesmo que a realidade seja tão dura. Continue lutando. (Guardiã Maria Quitéria)
    • Quem tem a magia, não necessita de truques. (Maria Quitéria)
    • Pomba gira da cara amarrada e do abraço cheio de afago. Pomba gira do ponto virado, da altivez e da força de mulher. (Pomba gira Maria Quitéria)
    • O erro do esperto é achar que todos são otários. (Guardiã Maria Quitéria)
    • Se alguém está tentando te derrubar, é porque de pé você faz um grande estrago. (Guardiã Maria Quitéria)
    • Quando eu tive medo, Maria Quitéria andou na minha frente. (Frase de Filho de Axé)
    • Muitas pessoas não querem te ver chegar ao topo, mas elas verão mesmo assim. (Pomba gira Maria Quitéria)
    • Quem não é um bom ímpar, jamais será um bom par. (Maria Quitéria)
    • Quem anda sob a saia de Maria Quitéria não perde o sono. (Guardiã Maria Quitéria)
    • Maria Quitéria tava sentada na porteira da calunga, quem tem inimigo não dorme, fica vigiando. (Frase de Filho de Axé)
    • Maria Quitéria, proteja minhas costas, porque o resto, se bater de frente, eu mesma(o) derrubo na mão. (Frase de Filho de Axé)
    • No coração, levo meu cavalo. E na ponta do meu punhal, levo os seus inimigos. (Maria Quitéria)
    • Ela manda e desmanda. Não tem medo de demanda. Em Maria Quitéria, você pode confiar. (Frase de Filho de Axé)
    • Ela é linda, é linda demais. Maria Quitéria, mulher de satanás. (Frase de Filho de Axé)
    • Quando você se perder e quiser direção, chama Maria Quitéria, mulher de faca na mão. (Frase de Filho de Axé)
    • Meu axé é leve e doce pra quem souber usar, é amargo e salgado pra quem não souber amar. (Maria Quitéria)

    Livros Recomendados:

  • Maria Padilha e Malandro: Quem são, Histórias, Ponto Cantado, Significados de Sonhos e Terreiros

    Maria Padilha e Malandro: Quem são, Histórias, Ponto Cantado, Significados de Sonhos e Terreiros

    “Naquela ventania, ô Ganga
    Que sopra ao pé da serra
    Vejo Maria Padilha, ô Ganga
    Que vem girar na terra.”

    O malandro é uma entidade poderosa dos terreiros de canjira, baixando em diversos ramos e linhas das macumbas brasileiras, Zé Pelintra é o mais famoso malandro.

    Zé Pelintra é a figura icônica do malandro nos terreiros do Brasil. Vermelho e branco e gravata e terno são as cores e as vestes do malandro encantado, com referências ao icônico Rio de Janeiro da década de 1930, território por excelência do “malandro histórico”.

    O fato é que o malandro batuqueiro e a dama da noite incomodam de todas as formas, pois é na supravivência que o malandro divino e a dona das tabernas e encruzilhadas atuam, ou seja, são capazes de driblar a condição de exclusão, deixar de ser apenas reativos ao outro e ir além, afirmando a vida como uma política de construção de conexões entre ser e mundo, humano e natureza, corporeidade e espiritualidade, ancestralidade e futuro, temporalidade e permanência.

    Maria Padilha do Cabaré: Esposa de Zé Pilintra e Dama da Malandragem

    Maria Padilha do Cabaré é uma mulher bonita, jovem, sedutora, elegante, feminina, faceira, astuta, audaciosa, mas também tem vidência.

    É certeira e sempre tem algum conselho para as pessoas, principalmente para aquelas que sofrem de amor.

    Sua força também é usada para desmanchar feitiços, pedir proteção, curar doenças e zelar pelas coisas do coração e do dinheiro.

    É muito temida por sua frieza e seu implacável poder na questão de demandas. De acordo com uma lenda, Maria Padilha Rainha do Cabaré foi espanhola e rainha, dona de castelo, e adorava bacalhau, queijos e vinhos.

    Claro que, hoje, devido à sua evolução, aceita oferendas comuns. Mas ela é muito fina, sabe o que é bom, gosta de joias, de belas roupas feitas de bons tecidos e adora saias com muitos babados e leque.

    Esta senhora gosta de ser bem cuidada, principalmente pelos seus aparelhos mediúnicos, joga cartas, sabe ser amiga de seus cavalos e sabe o que diz – vem à terra a trabalho e não a passeio.

    Como toda Padilha, gosta de champanhe, licor de aniz, martini, campari e mel. Seus ebôs (nas religiões que os fazem) são pata preta, pomba preta e cabra preta.

    Fuma cigarros e cigarrilhas de boa qualidade. Recebe suas oferendas, seus presentes e seus despachos em encruzilhadas em forma de “T” ou de “X”, de preferência perto de cabarés (irá de acordo com o pedido da entidade).

    Adora cosméticos e espelhos. As rosas a serem oferecidas a esta pomba gira devem ser vermelhas (nunca botões) em número ímpar, cravos e palmas vermelhas.

    Seus símbolos são pássaro, tridente, lua, sol, chave e coração. As velas podem ser pretas e vermelhas, todas vermelhas e, em certos casos, pretas e brancas ou, ainda, todas brancas (dependerá do trabalho a ser realizado; a entidade dirá qual cor a usar).

    Uma história diz que, quando encarnada, ela foi dona de um cabaré espanhol muito luxuoso e famoso, responsável por torna-la uma mulher marcante na sociedade da época.

    Ela tinha um dom que lhe acompanhava desde menina: o dom das cartas – o misterioso futuro no qual ela o adivinhava; este dom veio de seus antepassados espanhóis.

    Amou apenas uma vez e, por ter sofrido por esse amor, nunca mais amou ninguém. Foi uma mulher bem sucedida e se tornou muito rica.

    O sofrimento por esse amor foi o que a fez suicidar-se: ela amava um de seus empregados, que era garçom em seu bordel, mas ele era apaixonado por uma das meninas que trabalhavam lá.

    Um dia os dois amantes fugiram; Maria Padilha Rainha do Cabaré sofreu muito e, não aguentando a solidão, matou-se ao se atirar de um penhasco.

    Foi assim que ela foi parar no Umbral. Ela tem 7 amores – seus maridos são o Exu Rei das Sete Liras, Exu Lúcifer, Zé Pilintra, Zé Malandro, Zé do Catimbó e outros da falange da malandragem.

    Maria Padilha Rainha do Cabaré é a grande dama da malandragem, tanto que em suas festas os Malandros são presença marcante.

    Maria Padilha Rainha do Cabaré gosta de luxo, dos homens, de dinheiro, da boa vida, dos jogos de azar, de baile e de música.

    É uma grande bailarina, cujos movimentos podem incluir passos das ciganas em alguns momentos, mexendo sensualmente seus braços, como quem desfruta plenamente de seduzir com o corpo em movimento.

    Seu porte é altivo, orgulhoso, majestoso; possui características das mulheres que não tem medo de nada. Rainha do Cabaré também é um dos títulos dado à falange de Maria Padilha.

    Outros títulos são Rainha da Lira, Rainha do Candomblé, Rainha da Malandragem, Rainha dos Infernos, Rainha das Marias, Rainha das Facas, Mulher de Lucífer, Rainha dos Ciganos etc.

    “Uma mulher que nasceu em um dia qualquer, que se criou sozinha e se tornou Rainha pela sua própria força, teve vários homens em sua cama, mas amou um só.”

    Zé Pilintra Falando Sobre a História de Maria Padilha

    Neste vídeo, Zé Pilintra fala sobre as histórias que são contadas sobre Maria Padilha e diz quem ela é na visão dele.

    Esse vídeo foi gravado na Casa de Zé Pilintra em Tramandaí / Rio Grande do Sul (www.facebook.com/conversandocomzepilintra).

    Ponto Cantado de Malandro e Maria Padilha

    O vídeo abaixo foi postado pelo canal Umbandaonline da Cris e apresenta um ponto cantado da relação entre malandro e Maria Padilha.

    Quem é Zé Pilintra?

    Zé Pilintra é considerado o espírito patrono dos bares, locais de jogo e sarjetas, embora não alinhado com entidades de cunho negativo, é uma espécie de transcrição arquetípica do “malandro”.

    Zé Pelintra ou Zé Pilintra é uma falange de entidades de luz originária da crença sincrética denominada Catimbó, surgida na Região Nordeste do Brasil.

    O Zé Pelintra também é comumente “incorporado” em terreiros de Umbanda, tendo seu culto difundido em todo o Brasil.

    O Zé Pelintra é uma das mais importantes entidades de cultos afro-brasileiros, especialmente entre os umbandistas.

    No seu modo de vestir, divergem-se algumas formas do típico Zé Pelintra: na mais comum, é representado trajando terno completo de linho S-120, na cor branca, sapatos bicolor, gravata grená ou vermelha e chapéu panamá de fita vermelha ou preta.

    Apesar de ter importância religiosa tanto para os praticantes de Catimbó quanto de Umbanda, Zé Pelintra é entidade originária do primeiro.

    Zé Pelintra é invocado quando seus seguidores precisam de ajuda com questões domésticas, de negócios ou financeiras e é reputado como um obreiro da caridade e da feitura de obras boas.

    Na Umbanda, Zé Pelintra é um guia pertencente à linha do Povo da Malandragem. Majoritariamente os seguidores de Zé Pelintra concentram-se nos ambientes urbanos de Rio de Janeiro e São Paulo, mas eles também podem ser encontrados no Nordeste do Brasil, entre os “catimbozeiros”, e nas áreas rurais de praticamente todo o país.

    Zé Pelintra, tanto na Umbanda, como no Catimbó, é tido como protetor das classes menos favorecidas em geral, tendo ganhado o apelido de “Advogado dos Pobres”, pela patronagem espiritual e material que exerce.

    Há quem afirme que, originalmente, Seu Zé é um mestre do culto do catimbó nordestino que acabou se manifestando em outras vertentes das encantarias.

    Quando baixa como entidade do catimbó nos terreiros nordestinos, Zé Pelintra é, portanto, um mestre.

    Homenagens à Zé Pilintra:

    O músico e compositor Itamar Assumpção escreveu uma canção sobre Zé Pelintra em 1988, em parceria com Waly Salomão, intitulada “Zé Pilintra”.

    Em 2005, foi homenageado no samba-enredo da escola de samba Unidos de Cosmos, no refrão que diz “o meu tambor vai ecoar, boa noite, Zé Pelintra, tenho fé, vou lhe exaltar”.

    No carnaval de 2016, Zé Pelintra deixou os terreiros de macumba e ganhou a Marquês de Sapucaí, avenida onde as escolas de samba do Rio de Janeiro desfilam durante o Carnaval.

    Em 2022, o vereador carioca Átila Alexandre Nunes Pereira criou um projeto de lei para que o dia 7 de julho seja comemorado como o Dia de Zé Pelintra.

    “Na Rua da Amargura
    Onde Seu Zé Pelintra morava
    Ele chorava por uma mulher
    Chorava por uma mulher que não lhe amava.”

    “Ô Zé, quando vem de Alagoas
    Toma cuidado com o balanço na canoa
    Ô Zé, faça tudo que quiser
    Só não maltrata o coração dessa mulher.”

    História de Zé Pilintra

    Essa história de Zé Pilintra conta, com detalhes, como foi a jornada encarnatória desta entidade, do seu nascimento até se tornar um Zé Pilintra.

    Jose Emerenciano nasceu em Pernambuco. Filho de uma escrava forra com seu ex-dono, teve algumas oportunidades na vida.

    Trabalhou em serviços de gabinete, mas não suportava a rotina. Estudou pouco, pois não tinha paciência para isso.

    Gostava mesmo era de farra, bebida e mulheres, não uma ou duas, mas muitas. Houve uma época em que estava tão encrencado em sua cidade natal que teve que fugir e tentar novos ares.

    Foi assim que Emerenciano surgiu na Cidade Maravilhosa. Sempre fiel aos seus princípios, está claro que o lugar escolhido havia de ser a Lapa, reduto dos marginais e mulheres de vida fácil na época.

    Em pouco tempo, passou a viver do dinheiro arrecadado por suas “meninas” que, apaixonadas pela bela estampa do negro, dividiam o pouco que ganhavam com o suor de seus corpos.

    Não foram poucas as vezes que Emerenciano teve que enfrentar marginais em defesa daquelas que lhe davam o pão de cada dia.

    E que defesa! Era impiedoso com quem ousasse atravessar seu caminho. Carregava sempre consigo um punhal de cabo de osso, que dizia ser seu amuleto, e com ele rasgara muita carne de bandido atrevido, como gostava de dizer entre gargalhadas, quando nas mesas dos botecos de sua preferência.

    Bebia muito, adorava o álcool, desde a cachaça mais humilde até o isque mais requintado. E, em diversas ocasiões, suas meninas o arrastaram praticamente inconsciente para o quarto de uma delas.

    Contudo, era feliz, ou dizia que era, o que dá quase no mesmo. Até que conheceu Amparo, mulher do sargento Savério.

    Era a visão mais linda que tivera em sua existência. A bela loura de olhos claros deixava-o em êxtase apenas por passar em sua frente.

    Resolveu mudar de vida e partiu para a conquista da deusa loura, como costumava chama-la. Parou de beber, em demasia, claro!

    Não era homem também de ser afrouxado por ninguém, e uns golezinhos aqui e ali não faziam mal a ninguém.

    Dispensou duas de suas meninas, precisava ficar com pelo menos uma, o dinheiro tinha que entrar, não é?

    Julgava-se, então, o homem perfeito para a bela Amparo. Começou, então, a cercar a mulher, que jamais lhe lançara um olhar.

    Aos amigos dizia que ambos estavam apaixonados e já tinha tudo preparado para levá-la para Pernambuco, onde viveriam de amor.

    Aos poucos, a história foi correndo, apostas se fizeram, uns garantiam que Emerenciano, porreta como era, ia conseguir seu intento.

    Outros duvidavam, Amparo nunca demonstrara nenhuma intimidade por menor que fosse que justificasse a fanfarronice do homem.

    O pior tinha que acontecer, cedo ou tarde. O Sargento foi informado pela mulher da insistente pressão a que estava submetida.

    Disposto a defender a honra da esposa, marcou um encontro com o rival. Emerenciano ria, enquanto dizia aos amigos: – É claro que vou, ele quer me dar a mulher? Eu aceito! Vou aqui com meu amigo… – E mostrava seu punhal para quem quisesse ver.

    Na noite marcada, vestiu-se com seu melhor terno e dirigiu-se ao botequim onde aconteceria a conversa. Pediu uísque, não era noite para cachaça, e começou a bebericar mansamente.

    Confiava em seu taco e muito mais em seu punhal. Se fosse briga o que ele queria, ia ter. Ao esvaziar o copo, ouviu um grito atrás de si: – Safado! –

    Levantou-se rapidamente e virou-se para o chamado. O tiro foi certeiro. O rosto de Emerenciano foi destroçado e seu corpo caiu num baque surdo.

    Recebido no astral por espíritos em missão evolutiva, logo se mostrou arrependido de seus atos e tomou seu lugar junto a falange de Zé Pelintra.

    Com a história tão parecida com a do mestre em questão, outra linha não lhe seria adequada. Hoje, trabalhador nos terreiros na qualidade de Zé Pelintra do Cabo, diverte e orienta com firmeza a quem o procura.

    Não perdeu, porém, a picardia dos tempos de José Emerenciano. Saravá Seu Zé Pelintra!

    O que Significa Sonhar com Zé Pilintra e Maria Padilha?

    Sonhar com Zé Pilintra e Maria Padilha pode ter várias interpretações. Confira, à seguir, alguns significados:

    • Sonhar com Zé Pilintra e Maria Padilha diz que você precisa ser mais direto sobre seus sentimentos, intenções ou objetivos. Você pode estar tentando se separar de alguém por quem se sinta atraído, mas não pode estar com ele. Você será um anfitrião e seu bom gosto será notado em tudo o que fizer ou organizar. Muitos serão considerados seus amigos, mas poucos serão escolhidos por você. Um amigo o ajudará a resolver um problema que você não consegue resolver sozinho. Você está caminhando para frente de maneira constante.
    • Sonhar com Zé Pilintra e Maria Padilha indica que uma pessoa idosa exigirá sua ajuda, não hesite e a ofereça imediatamente, Você precisa pensar bem e considerar todas as suas opções. Você adora saber de tudo e sempre quer aprender coisas novas. Você precisa ser mais direto sobre seus sentimentos, intenções ou objetivos. Você convencerá a todos assim que abrir sua boca. Você passará mais tempo em casa com a família do que com os amigos. Os pais ou figuras importantes reconhecerão seu potencial e você receberá o apoio deles. Agora é o momento de agir, não hesite, mas aja sem que ninguém saiba sobre seus assuntos. Você saberá como lidar com a situação com o estilo que o caracteriza.
    • Sonhar com Zé Pilintra e Maria Padilha simboliza que você não está reconhecendo suas respectivas características. Você fará determinações sobre o futuro e as cumprirá. Você será particularmente sensível e afetivo com as pessoas que você ama. Ver seu povo feliz será suficiente para que você seja feliz. Estranhos ataques que afetaram você miraculosamente desaparecerão de seu corpo. Você está indeciso sobre algum assunto. Tudo será mais simples do que parece a partir daqui. Nada é eterno e as coisas estão sempre em perpétua mudança.
    • Sonhar com Zé Pilintra e Maria Padilha diz que você está precisando de amor, afeto e nutrição emocional. Desentendimentos familiares serão resolvidos, agora haverá paz em casa. Você pode estar lidando com muitos golpes duros em sua vida. Em breve, surgirá uma nova oportunidade que poderá mudar tudo. Sua família é importante para você e em sua tomada de decisão. Você terá um bom resultado com as questões relacionadas às despesas. Você está caminhando para frente de maneira constante. Se você está pensando em ter um filho, talvez seja o momento.

    Quer saber mais sobre qual pode ser o significado de sonhar com Zé Pilintra? Para religiosos cristãos, um sonho com uma entidade africana pode assustar e, por conta da visão que muitos possuem desses seres, talvez sonhar com Zé Pilintra possa significar más energias, ou espíritos, querendo lhe prejudicar.

    Mas se você sonhou com um Zé Pilintra, não tenha medo. Embora não seja um Exu, é comum que Zé Pilintra apareça em giras de esquerda, por isso sua presença em sonho como Exu Zé Pilintra pode também alertar para que você se proteja um pouco.

    Sonhar com Zé Pilintra rindo, no geral, simboliza proteção e tempos de tranquilidade vindo em sua vida, consequência de boas sementes que você plantou.

    Sonhar com Zé Pilintra dançando possui significados distintos em diferentes setores da sua vida, mas, no geral, é sinal de que sua vida dará tantas voltas quanto os passos de malandro do senhor Zé, mas num sentindo muito positivo.

    Se no sonho você fala com ou vê um Zé Pilintra, isso costuma estar ligado com o modo como você encara a vida agora.

    Se sonhou com o senhor Zé Pilintra indo atrás de você, significa que está evitando enfrentar os seus sentimentos.

    Agora, ficou curioso(a) em conhecer o significado por trás de sonhar com Maria Padilha? Maria Padilha é uma das mais conhecidas pombas giras, além de ser uma das principais entidades da Umbanda e do Candomblé.

    Entre as pombas giras mais famosas, certamente está ela, a Maria Padilha. Seu nome quer dizer “Rainha do Fogo” e reza a lenda que Maria Padilha teve 7 maridos, desse modo, claramente, se em seus sonhos aparece a Maria Padilha, a coisa gira em volta da sua vida amorosa.

    Sonhar com Maria Padilha indica que existe um novo amor para você. Sonhar que conversa com Maria Padilha pode ter significados diversos, dependendo do que ela falou para você, mas, geralmente, a presença da pomba gira Maria Padilha em sonho costuma simbolizar boas notícias em sua vida afetiva e em seus projetos, já que ela costuma ser um símbolo de paixão, que não apenas se dirige ao relacionamento, mas em todos os setores de sua vida.

    Sonhar com Maria Padilha dançando quer dizer que está chegando uma nova etapa da sua vida onde irá prevalecer seu autoconhecimento e seu poder pessoal, que estará em alta.

    Sonhar com Maria Padilha rindo ou gargalhando significa que você tem tudo que precisa para tomar controle de sua vida e alcançar aquilo que deseja.

    Sonhar com Maria Padilha pode ser estranho e confuso à primeira vista, principalmente se você não é uma pessoa devota ou, até mesmo, não acredita nesses tipos de entidades.

    No entanto, sonhar com Maria Padilha, de forma geral, pode significar muitas coisas diferentes e não é motivo para pânico ou confusão, além disso a interpretação irá depender da forma como a entidade apareceu no seu sonho.

    Se, no seu sonho, a Maria Padilha apareceu na forma de uma imagem, então isso quer dizer que você está direcionando muitas energias negativas para as outras pessoas.

    Sonhar com imagem de Zé Pilintra mostra que você está pegando o jeito de alguma situação ou de alguma tarefa.

    Sonhar com Zé Pelintra falando sobre questões financeiras indica que você está alcançando prosperidade e deve persistir em seu propósito, para finalmente atingir seus objetivos.

    Sonhar com Exu Zé Pilintra mostra a necessidade de adquirir mais conhecimentos sobre como aproveitar a vida e não perder tempo em sua existência.

    Sonhos com Zé Pilintra mostram que a vida é breve e deve ser aproveitada com as pessoas que você ama e com atitudes que mostrem retidão e caráter perante as adversidades da vida.

    Sonhar com Zé Pilintra significa que grandes oportunidades te esperam.

    Maria Padilha e Malandro nos Terreiros

    Maria Padilha se manifesta nos terreiros de umbanda e candomblé como uma pomba gira, dividindo espaço com outras entidades, incluindo o Malandro, uma entidade muito próxima do contexto sociocultural dos morros e favelas.

    Algumas pessoas tem medo dessas entidades, o que, na verdade, é uma estranheza repulsiva, que parte do racismo de base colonial.

    Maria Padilha e Malandro incomodam de todas as formas por passarem uma imagem de pessoas vadias, mas, na verdade, o que essas duas entidades tem como suas características maiores é a adaptação às mudanças para preservar sua existência.

    Maria Padilha, e qualquer outra pomba gira, e Malandro são muito cultuados juntos através de imagens, acessórios e pontos cantados.

    Ambos são entidades empoderadas da umbanda que, apesar de serem relacionados à um comportamento desregrado, trabalham espiritualmente dentro das leis da religião.

    Maria Padilha, inclusive, tem grande associação ao mundo das bruxas e mulheres feiticeiras. É figurada, em sua representação imagética, com um largo sorriso, que parece anunciar sua gargalhada característica.

    Não apenas a risada, mas também as mãos na cintura figura outro gesto comum às incorporações de Maria Padilha.

    O Malandro carrega em seu corpo uma movimentação que transita entre a perda e recuperação de eixo, deslizando entre a figura do sambista e outras vezes, do capoeirista.

    Os malandros cortejam as pombas giras pegando na sua mão e dando um leve beijo.

    Zé Pilintra e Maria Padilha

    Zé Pilintra é uma entidade que gera reflexões e leva até à debates políticos, como a exclusão social no Brasil, por representar um indivíduo marginalizado, que frequenta favelas e leva uma vida desregrada.

    Maria Padilha também gera medo, estranheza, repulsão, revelando um racismo que existe em nossa sociedade desde o Brasil Colônia.

    Maria Padilha, a bonita e feminina pomba gira, em vida sagrou-se como a única esposa de Dom Pedro I de Castela e, desencarnada, fez fama no mundo todo até chegar aos terreiros de todo o Brasil, tanto de umbanda quanto de candomblé.

    Ambos não são apenas um espírito, são uma falange de entidades de luz. São comumente “incorporados” em terreiros de Umbanda e Candomblé, tendo seus cultos difundidos em todo o Brasil.

    Livro Recomendado:

  • Maria Padilha e Maria Mulambo: Histórias, Imagem, a Diferença Entre Elas, Ritual, Mensagem e Falanges

    Maria Padilha e Maria Mulambo: Histórias, Imagem, a Diferença Entre Elas, Ritual, Mensagem e Falanges

    Maria Padilha é uma entidade bonita que, em vida, influenciou o rei Dom Pedro I de Castela (1334-1369) nas mais importantes decisões, tendo com ele quatro filhos.

    Se casaram secretamente e Maria Padilha sagrou-se como a única esposa de Dom Pedro I de Castela, tornando-se a legítima rainha e exercendo seu poder e influência mesmo depois de morta.

    Os pontos cantados de Maria Padilha lembram a sua história e ela se tornou a mais popular pomba gira, sempre sendo lembrada como a amante do rei de Castela.

    Maria Padilha percorreu vários lugares até chegar aos terreiros de São Paulo e de todo o Brasil, tanto de umbanda quanto de candomblé, e, hoje, é muito procurada para trazer o amor de volta.

    Maria Padilha e Maria Mulambo são consideradas eternas rivais e sobre elas existem várias história.

    A história abaixo é contada por Maria Padilha das Almas.

    Maria Padilha e Maria Mulambo viveram na mesma época, exercendo a mesma profissão, dentro da mesma cidade.

    As duas eram cafetinas, donas de dois grandes cabarés.

    O de Maria Padilha ficava próximo ao centro da cidade e o de Maria Mulambo ficava na parte mais humilde, periferia.

    A similaridade entre elas vinha desde a juventude, já que ambas, quando moças, trabalharam para Maria Quitéria.

    Segundo Maria Padilha, Quitéria teria sido quem a ensinou tudo e o Cabaré de Padilha ela herdou de Maria Quitéria.

    A rivalidade entre Mulambo e Padilha já começava nessa época.

    Padilha era interessada, se esforçava para ser como Quitéria e, na verdade, conseguiu supera-la.

    Mas Quitéria sempre gostou mais de Mulambo.

    Mulambo era desleixada, nunca quis ser como Quitéria, não se esforçava para ser a “Dama” que se esperava que fosse, ela vivia por aí, fazendo bagunça e se metendo em confusão, mas mesmo assim Quitéria a adorava.

    A relação de Quitéria com Padilha era bem mais fria.

    Ela demonstrava orgulho e aprovação pelo sucesso que Padilha alcançava, mas nunca houve amizade.

    Quando Mulambo chegou a uma idade mais madura, ela já era rica, pois além de trabalhar no Cabaré, ela se metia com contrabando e todo tipo de coisa ilícita.

    Mulambo manifestou o desejo de ter seu próprio Cabaré, e para atiçar ainda mais Padilha, Quitéria comprou um casarão bem no lugar que Mulambo gostava e deu de presente, mas para Padilha, que era a mais competente das meninas de Quitéria, ela não deu nada.

    Quando Quitéria morreu (assassinada por Padilha), o cabaré ficou para Padilha, que o fez crescer e aumentou muito o prestígio do lugar.

    O cabaré de Padilha era suntuoso, a opulência estava em cada detalhe do imenso casarão que mais parecia um palácio.

    O cabaré de Mulambo era uma casa até maior, mas caindo aos pedaços.

    O curioso é que Maria Mulambo sempre teve mais dinheiro que Maria Padilha, mas não gastava com luxo.

    As moças do cabaré de Padilha eram vestidas como princesas.

    Se alguém as visse, jamais diriam que eram prostitutas.

    Aliás, a própria Padilha gostava de chama-las de cortesãs.

    As moças do cabaré de Mulambo andavam requenguelas, não tinham uma aparência fina.

    As moças dos dois cabarés sempre eram comparadas e isso aumentava ainda mais a rivalidade.

    Maria Quitéria havia sido, além de Cafetina, uma poderosa feiticeira, e ensinou muito tanto à Mulambo quanto à Padilha.

    Obviamente que as duas buscaram aprender mais usando outras raízes além dos ensinamentos de Quitéria, e as duas ficaram poderosíssimas, mas com limitações.

    O que Padilha fazia em bruxaria, ela não sabia desfazer.

    Já o que Mulambo fazia, durava muito pouco.

    Muitas vezes, as duas tiveram que se rebaixar a pedir socorro uma à outra.

    Mulambo ajudando Padilha a desfazer o que tinha feito e Padilha ajudando Mulambo a firmar mais o que fazia.

    Padilha morreu primeiro, Capa Preta a matou.

    Quando uma pessoa morre, ela vai para a “Roda das Encarnações”, onde a natureza decide se ela reencarna ou se seu espírito volta para o criador, porém quando uma pessoa usa de Magia Negra na sua vida, quando morre, a natureza não a reconhece.

    O espírito dos feiticeiros fica adulterado.

    A natureza só reconhece aquilo que é natural, e o sobrenatural ela rejeita, como se fosse algo que não se encaixa mais no mundo.

    Padilha era um espírito sobrenatural, ela já havia usado muito de Magia Negra, e seu espírito estava impregnado dela.

    Ela se tornou então um espírito encurralado entre o mundo dos vivos e o mundo espiritual, ela não regressava aos planos superiores nem voltava a encarnar.

    Muitas outras feiticeiras também estavam na mesma situação e Padilha as liderou.

    Elas formaram uma falange. A palavra falange é grega, era usada para se referir a esquadrões de soldados.

    A falange foi criada e Padilha das Almas era a líder.

    Todos os espíritos desta falange tinham, por obrigatoriedade, usar o nome de Maria Padilha.

    Então, sugiram centenas de falangeiras, cada uma com o seu sobrenome, que lhe dava individualidade, mas todas usando o nome da chefe e sendo submissas a ela.

    Mulambo também morreu e se encontrava na mesma situação, presa entre lá e cá.

    Quando ela encontrou Maria Padilha, ela pensou que seria recebida como uma igual, mas não.

    Maria Padilha tratou Mulambo com desdém.

    Ela ofereceu à Mulambo ser da falange.

    Mulambo estava sozinha e ficou muito decepcionada por Maria Padilha não lhe estender a mão, afinal elas se conheciam desde que eram vivas.

    Mulambo se encheu de ódio e usou da arma que ela mais tem domínio, a falsidade.

    Ela abaixou a cabeça e aceitou ser uma falangeira de Padilha, e nisso Padilha tomou dela o que ela tinha de mais precioso, o nome.

    Padilha chamou Mulambo de “Maria Padilha dos Sete Nós”.

    O erro de Maria Padilha foi deixar o orgulho lhe subir a cabeça, por ser uma entidade poderosa, ela achou que era invencível, mas estava enganada.

    Maria Mulambo era um lobo em pele de cordeiro.

    Ela era muito esperta e sabia que a força de Padilha estava em ter uma falange tão grande, cheia de entidades magníficas, e que se ela peitasse Padilha, ela não teria como vencer, pois as falangeiras a iriam defender.

    Então, Mulambo tramou para derrubar a falange.

    Ela foi fazendo laços de amizade com as falangeiras e, muitas delas, estavam extremamente descontentes com o modo autoritário que Maria Padilha as governava.

    Mulambo foi comendo pelas beiradas e Maria Padilha nem se deu conta.

    Em um determinado momento, todas as falangeiras estavam reunidas, centenas de espíritos de mulheres.

    Padilha era quem falava mais alto, mas naquele dia, Maria Mulambo se levantou e, falando para todas as mulheres ouvirem, ela perguntou quem desejava sair da falange de Maria Padilha e formar, com ela, uma nova falange.

    Padilha debochou, achando aquilo ridículo, mas o deboche durou pouco, a graça se acabou quando mais da metade da falange dela a abandonou e escolheu seguir Maria Mulambo.

    Mulambo prometeu que todas as falangeiras que a seguissem poderiam escolher usar o nome delas ou não, poderiam ser quem elas realmente eram.

    Padilha ficou furiosa, a falange que ela demorou tanto tempo para criar estava desmoronando e ela não podia fazer nada.

    Ela declarou guerra à falange de Mulambo, mas Mulambo disse não.

    Ela disse que não faria as falangeiras lutarem uma briga que não era delas, e que se houvesse uma batalha, seria uma contra uma: Maria Mulambo contra Maria Padilha.

    Assim foi dito, assim se fez. Elas lutaram violentamente, como dois touros que se enfrentam.

    A luta durou muito tempo e nenhuma das duas conseguia vencer.

    Após muitos dias de guerra, elas deram uma trégua.

    Iriam parar de guerrear por um período.

    Esta trégua ainda está de pé, mas Maria Padilha já disse que quando a trégua cair, ela irá guerrear com toda a força que tem.

    Maria Mulambo, pelo visto, não está nem um pouco preocupada.

    Na medida que o nome de Padilha cresceu, o de Mulambo também, e na medida que Padilha trouxe mais moças para a sua falange, a falange de Mulambo também aumentou.

    As duas são as entidades femininas mais famosas desta terra e só quem conhece as duas sabe o tamanho do poder que elas tem.

    Enquanto isso, elas vão se tolerando.

    Muitas vezes, ficam juntas, de mãos dadas, como se fossem boas amigas.

    Serpentes! Saravá!

    Verdade ou não essa história, ambas as pombas giras são donas de giras, conhecidas de longa data.

    Nessas giras, os médiuns utilizam roupas e adereços de acordo com a vontade dessas entidades.

    As pombas giras, de uma maneira geral, são consideradas uma família só, aberta para todos que queiram se integrar.

    Elas são muito procuradas e invocadas para conquistar homens, principalmente Maria Padilha e Maria Mulambo, que trabalham muito no campo dos desejos humanos.

    Ambas são consideradas donas da rua e estão presentes em terreiros de umbanda, vindo em terra em corpos de médiuns.

    Ambas são protetoras e orientadoras, ajudando na compreensão do mundo invisível.

    Tudo o que se for fazer em nome dessas pombas giras, antes se faz necessário pedir a autorização à elas, pois ter a autorização também é ter a proteção para fazer.

    Essas pombas giras sempre vem em terra com algo a se fazer, como tirar demandas, nunca vem à toa.

    Muitas vezes, são cultuadas através de imagens e trabalham juntas no astral, podendo-se fazer uma única oferenda para ambas.

    Festas são feitas em louvor, agradecimento e homenagem à essas entidades, que são as mais conhecidas e sempre marcam presença.

    Elas também são consideradas rainhas do candomblé e fazem um trabalho espetacular no plano espiritual.

    Maria Mulambo e Maria Padilha: As Duas Pombas Giras mais Populares na Umbanda

    Maria Mulambo é um espírito que se manifesta com o arquétipo de uma pomba gira e que trabalha especificamente para dissipar energias densas da vida das pessoas encarnadas.

    Então, por exemplo, se você está sendo vítima de inveja, de mau-olhado, de olho gordo e até mesmo se você foi vítima de feitiçaria, é Maria Mulambo que vai retirar isso da sua vida.

    Maria Mulambo é uma das pombas giras mais famosas que trabalha na Linha da Esquerda, na Umbanda, juntamente com Maria Farrapo.

    Na verdade, mais que um espírito, Maria Mulambo é uma falange inteira de espíritos femininos que trabalham na Umbanda utilizando o pseudônimo de Maria Mulambo para fazer a caridade.

    Isso significa que quem incorpora Maria Mulambo está incorporando uma falangeira, está incorporando um espírito subordinado à chefe de falange que empresta o nome.

    Se você está se sentindo muito cansado(a), depressivo(a), sem ânimo para fazer as coisas, sem vontade de viver, pode ser que tenha algum tipo de energia negativa influenciando diretamente a tua vida e, se isso estiver acontecendo, você pode pedir diretamente para Maria Mulambo para que ela retire essa energia negativada da tua vida, cuidando principalmente do teu lado emocional.

    Maria Mulambo trabalha com o pior que existe das emoções humanas, pois é extremamente experiente e sabe muito bem lidar com sentimentos de tristeza, de revolta, raiva… qualquer sentimento negativo que você estiver sentindo, peça ajuda para Maria Mulambo!

    Um dos trabalhos principais de Maria Mulambo é esse: tirar a negatividade dos sentimentos do ser humano.

    Quando Maria Mulambo vai cuidar de alguém, ela acaba fazendo uma limpeza completa, uma limpeza tanto do corpo, quanto da alma e o nome Maria Mulambo vem exatamente disso, oorque ela recolhe todo o lixo emocional que a gente carrega e leva embora.

    Trabalhar no emocional das pessoas, transmutando energias negativadas, é uma das áreas que Maria Mulambo domina como ninguém!

    Existem muitas magias que são específicas de Maria Mulambo. Para qualquer pedido feito para Maria Mulambo ajudar a resolver, muitas vezes, ela vai usar a magia para trazer equilíbrio e solução.

    Maria Mulambo, por exemplo, harmoniza casais que realmente querem ficar juntos, casais que se amam, se gostam, tem carinho um com o outro, mas que, por algum motivo, estejam passando por situações difíceis de relacionamento.

    Daí Maria Mulambo vai agir para harmonizar a vida conjugal daquele casal. Mas há outros tipos de situação em que você também pode pedir ajuda para Maria Mulambo.

    Qualquer energia negativada que você esteja carregando, Maria Mulambo vai transformar.

    Se você foi traído(a) por alguém, por exemplo, você pode pedir para Maria Mulambo te equilibrar.

    Maria Mulambo equilibra os sentimentos e emoções da pessoa que foi traída ou até mesmo para que a pessoa que traiu não tenha mais vontade de trair.

    Se você tem, por exemplo, um cônjuge ou mesmo namorada(o) que te trai, peça para Maria Mulambo dar um jeito, porque ela vai dar!

    As magias de Maria Mulambo são muito voltadas para questões sentimentais, quando ela precisa arrumar o lado emocional da pessoa, ela chama essa responsabilidade para ela.

    Maria Mulambo tem uma grande ligação com bruxaria, principalmente quando existe a necessidade de cortar laços de traição e deslealdade, mentiras e magias negativadas que podem estar atrapalhando o relacionamento das pessoas.

    Em todos esses campos, Maria Mulambo pode ajudar. Maria Mulambo adora reconstruir relacionamentos e famílias e reatar laços emocionais arrebentados, ela é muito boa nesse processo de reconciliação.

    Uma outra forma que Maria Mulambo gosta muito de trabalhar é com pessoas emocionalmente fragilizadas.

    Então, se você se sente fragilizado(a) por algum motivo, vulnerável, carente, pequeno(a), peça para Maria Mulambo te fortalecer!

    Você vai ver como ela é boa em fazer isso também, porque, como já mencionado, Maria Mulambo trabalha na linha do equilíbrio das emoções.

    A falange de Maria Mulambo é muito grande e ela tem especializações em diversos campos energéticos, por isso existe a Maria Mulambo das Almas, a Maria Mulambo da Lixeira, a Maria Mulambo das Encruzilhadas…

    Mas todos os espíritos femininos que trabalham na falange de Maria Mulambo, de uma maneira geral, são regidas pela energia de Oxum, porém com uma ligação muito forte com Obaluaê também.

    Então, toda Maria Mulambo, independente dela ser das Almas, da Lixeira ou das Encruzilhadas…, vai ter sempre uma ligação forte com o cemitério, com a calunga pequena.

    A História de Maria Mulambo

    História 01

    Essa é uma das histórias da vida de um espírito que, hoje, trabalha na Umbanda se apresentando como Maria Mulambo.

    Como Maria Mulambo é uma falange de espíritos, cada espírito tem a sua história particular e, nada mais natural que existam diversas histórias contando a vida de Maria Mulambo.

    Então, pode ser que a história abaixo sobre Maria Mulambo seja diferente da história que você conhece, que alguém já te contou.

    Maria Mulambo viveu aqui no planeta Terra por volta dos os anos 1730 à 1780, não se sabe exatamente o ano em que ela nasceu e o ano em que ela morreu, e conta a história que ela era uma das filhas legítimas do Rei Luiz XV, pois o Rei Luiz XV teve várias filhas, e não se sabe, ao certo, qual das filhas que se tornou a Maria Mulambo.

    O que se sabe é que ela realmente se chamava Maria e nasceu no Palácio de Versalhes, na França.

    E sendo filha do Rei, cresceu na corte francesa sempre cercada de regalias, de riqueza e de muitos criados.

    Maria, desde pequena, sempre foi muito voltada para a espiritualidade.

    Ela gostava de estudar sobre espiritualidade, energia, esoterismo, assuntos transcendentais… e, com o tempo, Maria cresceu e virou uma jovem linda, uma moça com uma beleza deslumbrante.

    E ela, sendo filha do Rei, foi prometida para se casar com um nobre da Áustria, pois o Rei Luiz XV queria aumentar ainda mais o seu poder unindo reinos.

    Oferecendo a filha em casamento para um nobre de um outro reino, aumentariam muito as chances desses reinos se unificarem um dia.

    Nessa época, a Maria tinha menos de 20 anos de idade, ou seja, ao final da adolescência, ela já tinha sido prometida em casamento.

    E, apesar dela não querer se casar com uma pessoa que ela nem conhecia, ela aceitou o seu destino.

    Iria se casar com um aristocrata austríaco, que fazia parte da nobreza daquele reino, para satisfazer as vontades do pai, do Rei Luiz XV.

    Só que Maria tinha um segredo, um segredo guardado a sete chaves!

    Maria era apaixonada por um soldado da guarda real.

    Quanto mais se aproximava a data do casamento, mais Maria ficava angustiada, porque ela amava de verdade aquele soldado da guarda real e não suportava a ideia de se separar dele para se casar com um desconhecido, ainda mais de outro país, com outros costumes, com outro idioma.

    Alguns dias antes do casamento, Maria combinou com o guarda, que era o amor da vida dela, de fugirem juntos.

    Eles fizeram todos os preparativos e fugiram do castelo e da França, indo viver nas montanhas da Itália, onde ninguém sabia quem eram eles, o rapaz não era mais soldado e Maria não era mais a filha do Rei.

    Eles passaram a viver como pessoas comuns e viveram tranquilamente durante uns 15 anos num vilarejo escondido nas montanhas da Itália.

    Se a história parasse por aqui, ela teria um final feliz.

    Só que não… A vida continuou e o casal teve dois filhos nesse vilarejo italiano, morando em sua própria casa e, como Maria sempre gostou de fazer magias e preparados de ervas, ela começou a curar muita gente na região, as pessoas doentes procuravam ela e recebiam ajuda.

    Só que esse atendimento desinteressado que a Maria dava para a população local começou a chamar a atenção da Igreja, o que levou a uma investigação da mesma.

    Naquela época, a Inquisição estava no auge, a Igreja começou a desconfiar que Maria poderia ser uma bruxa e começaram a investigar há quanto tempo ela morava no vilarejo, de onde que ela veio, com quem era casada…

    Com o tempo, a Igreja acabou descobrindo que a Maria, na verdade, era a filha fugitiva do Rei Luiz XV!

    Quando o Rei descobriu que a Maria tinha sido encontrada, ele mandou uma tropa de vassalos até lá e ordenou que matassem a família toda dela, mas que deixassem ela viver para amargar a perda dos seus filhos e do seu marido.

    E assim foi feito: eles chegaram lá no vilarejo, capturaram todos, amarraram e mataram o marido e os filhos na frente da Maria.

    Ela entrou em desespero e implorou para que os vassalos tirassem a vida dela também, mas, obedecendo a ordem do Rei, deixaram ela viver.

    Maria, por já estar há tanto tempo naquela região, por conhecer os costumes e também pelas lembranças boas que ficaram na sua mente, dos seus filhos, do seu esposo, ela resolve continuar vivendo ali naquele vilarejo.

    Só que depois de alguns anos, uma peste começa a varrer o local, uma epidemia misteriosa começa a matar as pessoas.

    E o povo ignorante daquele vilarejo logo começou a dizer que aquela peste era uma maldição de Maria, por ela ter perdido a sua família.

    Afinal de contas, as pessoas achavam realmente que ela era uma bruxa.

    Daí a Igreja, que até então tinha deixado ela solta e apenas feito vistas grossas com as magias que ela fazia no vilarejo, porque ela era filha do Rei, resolveu ir tirar satisfação.

    No entanto, Maria ficou sabendo antes que a Igreja queria prendê-la e resolveu ir embora daquele lugar.

    Só que como ela não tinha para onde ir, ela não conhecia ninguém fora daquele vilarejo, ela resolveu voltar para o Castelo de Versalhes.

    Ela resolveu ir pedir ajuda para a sua família, porque ela estava sozinha no mundo.

    Só que quando ela chegou lá no castelo, os familiares não quiseram saber dela.

    Todo mundo virou as costas! Afinal de contas, na visão deles, a Maria era uma traidora do reino, ela era uma fugitiva, e ela só estava viva até aquele momento, porque tinha sido uma ordem do Rei.

    E, coincidentemente (ou não), a peste que havia assolado aquele vilarejo italiano, começou a chegar na França também.

    As más línguas começaram logo a dizer que a Maria era a responsável por aquela pandemia.

    Só que dessa vez, por ela estar mais próxima do Rei, que era o seu pai, por ela ter uma família influente, a Igreja fica com medo de prendê-la e sofrer algum tipo de represália.

    Assim, Maria ficou solta, na cidade de Versalhes, ajudando as pessoas, trabalhando com as suas ervas e as suas magias.

    Até que, em um determinado momento, o dinheiro de Maria acaba e, como ela já não tinha mais um marido para ajudar no sustento e também a própria família dela da nobreza se recusava a ajudar, ela começou a passar necessidades.

    Já não tinha mais dinheiro para se cuidar, já não tinha mais dinheiro para comprar roupa e as vestes que tinha começaram a ficar desgastadas e a rasgar.

    Os vestidos que ela tinha começaram a ficar todos esfarrapados.

    Tanto é que ela ficou conhecida, na época, como a “esfarrapada de Versalhes”.

    E para quem conhece francês, vai entender direitinho da onde surgiu o nome dela, porque “esfarrapado”, em francês, se diz “lambeaux”.

    Então, ela ficou conhecida, em Versalhes, como Maria Lambeaux, a mesma Maria que, hoje, a gente conhece como Maria Mulambo, aqui no Brasil.

    Durante praticamente metade de sua vida, apesar dela ter vivido numa extrema carência, ela ajudava muitas famílias de várias formas diferentes e com seus tratamentos que, hoje, chamamos de fitoterápicos.

    Ela fazia as mandingas dela para curar as pessoas e ajudava, inclusive, a acomodar quem chegava de outros lugares, sempre com o coração bondoso, nunca pedindo nada em troca.

    Ela foi ficando velha, foi ficando velha… foi ficando cada vez mais difícil a sua locomoção e, diz a história que ela morreu com mais de 60 anos, ou seja, com uma idade muito avançada para a época.

    Poucas pessoas chegavam nessa idade na época em que Maria viveu, até mesmo pessoas de posses não conseguiam viver tanto.

    Mas a Maria viveu e teve a oportunidade de ajudar muita gente, e como bruxa!

    No entanto, apesar de Maria Lambeaux ter nascido filha do Rei, depois que ela morreu, o seu corpo foi enterrado como indigente.

    Ela não recebeu honraria nenhuma. Sabe aqueles enterros pomposos que toda família real tem direito?

    Com a Maria não teve nada disso. O corpo dela simplesmente foi jogado numa cova rasa, sem nome, sem nada.

    Mas, apesar dela ter sido enterrada na França como indigente, aconteceu uma coisa muito bonita!

    A Maria conquistou muitos devotos e seguidores pela caridade praticada em vida, pelas obras boas que ela foi acumulando, assim ela acabou ganhando a simpatia de muita gente.

    E essas mesmas pessoas resolveram unir esforços, desenterraram o corpo dela, que havia sido sepultado como indigente, e levaram para a Itália, para sepultá-la junto com o seu marido e filhos.

    Lá na Itália, sim, ela recebeu um enterro digno, um enterro descente.

    Maria Mulambo abandonou tudo o que tinha, toda a riqueza, todas as posses, todo o poder, para viver um grande amor.

    E ela realmente viveu com intensidade esse amor, enquanto ela pôde. Talvez seja por isso que Maria Mulambo goste tanto de unir casais que estejam passando por algum tipo de problema conjugal, porque ela passou por uma situação muito mais intensa e ela superou os problemas daquela vida para evoluir espiritualmente.

    História 02

    Essa é uma segunda história da pomba gira Maria Mulambo.

    A lenda diz que Maria Mulambo nasceu em berço de ouro, cercada de luxo.

    Seus pais não eram reis, mas faziam parte da corte em um pequeno reinado.

    Maria cresceu sempre bonita e delicada.

    Com seus trejeitos, sempre foi chamada de princesinha, mas não o era.

    Aos 15 anos, foi pedida em casamento pelo rei, para casar-se com seu filho de 40 anos.

    Foi um casamento sem amor, apenas para que as famílias se unissem e a fortuna aumentasse.

    Os anos se passavam e Maria não engravidava.

    O reino precisava de um outro sucessor ao trono.

    Maria amargava as dores que sofria, além de manter um casamento sem amor, era chamada de árvore que não dá frutos e, nesta época, toda mulher que não tinha filhos era tida como amaldiçoada.

    Paralelamente a isso tudo, a nossa Maria era uma mulher que praticava a caridade, indo ela mesma aos povoados pobres do reino, ajudar aos doentes e necessitados.

    Nessas suas idas aos locais mais pobres, conheceu um jovem, apenas dois anos mais velho que ela, que havia ficado viúvo e tinha três filhos pequenos, dos quais cuidava como todo amor.

    Foi amor à primeira vista, de ambas as partes, só que nenhum dos dois tinha coragem de aceitar esse amor.

    O rei morreu, o príncipe foi coroado e Maria declarada rainha daquele pequeno país.

    O povo adorava Maria, mas alguns a viam com olhar de inveja e criticavam Maria por não poder engravidar.

    No dia da coroação, os pobres súditos não tinham o que oferecer a Maria, que era tão bondosa com eles.

    Então, fizeram um tapete de flores para que Maria passasse por cima.

    A nossa Maria se emocionou; seu marido, o rei, morreu de inveja e, ao chegar ao castelo, trancou Maria no quarto e deu-lhe a primeira das inúmeras surras que ele lhe aplicaria.

    Bastava ele beber um pouquinho e Maria sofria com suas agressões verbais, tapas, socos e pontapés.

    Mesmo machucada, nossa Maria não parou de ir aos povoados pobres praticar a caridade.

    Num destes dias, o amado de Maria, ao vê-la com tantas marcas, resolveu declarar seu amor e propôs que fugissem, para viverem realmente seu grande amor.

    Combinaram tudo. Os pais do rapaz tomariam conta de seus filhos até que a situação se acalmasse e ele pudesse reconstruir a família.

    Maria fugiu com seu amor apenas com a roupa do corpo, deixando ouro e jóias para trás.

    O rei, no princípio, mandou procurá-la, mas, como não a encontrou, desistiu.

    Maria, agora, não se vestia com luxo e riquezas, agora, vestia roupas humildes que, de tão surradas, pareciam mulambos; só que ela era feliz.

    E engravidou. A notícia correu todo o país e chegou aos ouvidos do rei.

    O rei se desesperou em saber que ele é que era uma árvore que não dá frutos.

    A loucura tomou conta dele ao saber que era estéril e, como rei, ele achava que isso não podia acontecer.

    Ele tinha que limpar seu nome e sua honra.

    Mandou seus guardas prenderem Maria, que de rainha passou a ser chamada de Maria Mulambo, não como deboche mas sim pelo fato de ela agora pertencer ao povo.

    Ordenou aos guardas que amarrassem duas pedras aos pés de Maria e que a jogassem na parte mais funda do rio.

    O povo não soube, somente os guardas; só que 7 dias após esse crime, às margens do rio, no local onde Maria foi morta, começaram a nascer flores que nunca ali haviam nascido.

    Os peixes do rio somente eram pescados naquele local, onde só faltavam pular fora d’água.

    Seu amado desconfiou e mergulhou no rio, procurando o corpo de Maria; e o encontrou.

    Mesmo depois de estar tantos dias mergulhado na água, o corpo estava intacto; parecia que ia voltar à vida.

    Os mulambos com que Maria foi jogada ao rio sumiram.

    Sua roupa era de rainha. Joias cobriam seu corpo.

    Velaram seu corpo inerte e, como era de costume, fizeram uma cerimônia digna de uma rainha e cremaram seu corpo.

    O rei enlouqueceu. Seu amado nunca mais se casou, cultuando-a por toda a vida, à espera de poder reencontrá-la.

    No dia em que ele morreu e reencontrou Maria, o céu se fez azul mais límpido e teve início a primavera.

    Assim, a nossa Maria, que agora era rainha Maria Mulambo, virou lenda; e até hoje é invocada para proteção dos amores impossíveis.

    História 03

    Essa terceira história é de Maria Mulambo das Almas, também conhecida como Tata Mulambo, que trabalha na linha da Umbanda, mas também vira nas casas de Nação de Candomblé normalmente e Kimbanda.

    A história começa no inicio do século XIX, pelos anos de 1818, época em que o Brasil caminhava para sua independência de Portugal e que, mesmo oficialmente elevado à “Categoria de Reino Unido”, mantinha no estilo de vida os costumes de colônia submissa, explorada, oprimida.

    Foi nesse tempo que nasceu, em Alagoas, a filha dos Manhães, respeitada família de fazendeiros que viviam de criar gado na região próxima ao então vilarejo de Penedo.

    Maria Rosa da Conceição – esse era seu nome (Maria Mulambo) – cresceu criada sob os arraigados moldes educacionais da ocasião.

    Quando moça feita, o Brasil já se dizia independente, mas não ela.

    Tinha nas mãos do pai o seu destino selado, como acontecia a tantas outras milhares de moças.

    Vigência comum eram os pactos de casamento, não entre os namorados, mas entre os que viam, nesse expediente, a forma de unir famílias, as consideradas poderosas e tradicionais, visando tão somente a interesses comerciais, territoriais e até políticos.

    Maria Rosa da Conceição não fugiria a esse destino quando, aos 19 anos de idade, foi prometida aos Cardins, na pessoa de Vicente, o filho.

    Comum também parecia “o outro lado” dessa história.

    Maria Rosa, claro, não amava Vicente.

    Era Luciano, capataz da fazenda dos Manhães, o dono de seu coração, um viúvo, sem filhos, com quase o dobro de idade da moça.

    Empregado dedicado, servia a família mesmo em dias difíceis, como os das secas que assolavam periodicamente o Nordeste.

    Luciano era homem de caráter inquestionável, dote que certamente não seria considerado pelo coronel Manhães, caso o capataz propusesse, oficialmente, casar com a filha do fazendeiro.

    Mas Luciano e Maria Rosa, fora do tempo e do espaço, estava perdidamente apaixonados.

    Vivendo um romance clandestino, porém verdadeiro, viam aproximar-se o funesto dia do combinado casamento de Rosa com Vicente.

    O noivado de seis meses já se tinha expirado.

    A cada dia que passava, menor eram as esperanças de solução.

    Em junho do ano de 1837, três meses antes da data marcada para a cerimônia nupcial, Maria Rosa e Luciano apelaram para a única saída que lhes parecia possível – a fuga – e fugiram para as bandas de Pernambuco.

    Essa foi a saída possível, mas não honrosa, não para as famílias ofendidas nem para os costumes do povo.

    O escândalo ganhou fazendas, roçados, estradas e os sertões, desbravados pelos dois irmãos de Maria Rosa na tentativa de reavê-la e castigar um empregado que para eles se mostrara, agora, indigno de confiança, além de detestável sedutor.

    Também para os Cardins a humilhação era sem precedentes!

    Todos eles exigiam reparação da honra da família, ultrajada por um homem considerado sem linhagem e de origem duvidosa.

    Afinal, que riquezas ou poderes tinha ele?

    De que família provinha? Talvez fosse um mestiço ou sabe-se lá mais o quê!

    Como se atrevera a tanto? Merecia castigo à altura de seu desvario.

    Quanto a Maria Rosa, julgavam os Cardins que ela não havia recebido dos pais a devida educação, tanto que agira de maneira tão afrontosa quanto imoral.

    Vai daí que as duas famílias cortaram relações, unido-se apenas no firme propósito de encontrar e punir Luciano.

    Durante três anos e seis meses, deu-se perseguição implacável e sem tréguas ao casal que, longe de fúria e do desejo de vingança dos seus e já com uma filha, encontrara nas terras do Coronel Aurino de Moura o seu recanto de felicidade – e onde, com a mesma dedicação, peculiar a seu caráter, Luciano também trabalhava como capataz.

    Numa tarde quente de dezembro de 1840, quando despreocupado tratava no curral da fazenda de um animal ferido, um bando cercou o local.

    Eram dois líderes brancos, negros, escravos, farejadores e capangas de aluguel.

    Sem qualquer explicação, mataram o animal a tiros e Luciano a facadas.

    Maria Rosa que, em casa, cuidava da filha, foi levada desacordada de volta a cidade de Penedo.

    Voltar para casa em tais circunstâncias significava, naturalmente, enfrentar (quem sabe?) o ódio, mas, com certeza, a humilhação.

    E apenas para isso Maria Rosa fora trazida.

    Após cuspir-lhe no rosto, o pai expulsou-a, com o orgulho ferido e ouvidos fechados aos apelos dos dois filhos e da esposa, e a mãe sofrendo a reconhecer que a filha merecia castigo, mas não a renegarão.

    Rogos vãos. No entanto, ver-se entregue à própria sorte não a assustava.

    Mas sua filha pequena não pedira nem merecia o abandono e o repúdio familiar.

    E, assim, Maria Rosa julgou que recorrer ao abrigo de parentes poderia amenizar o sofrimento da menina.

    Com ela, voltou a Pernambuco e, na cidade de Olinda, apelou para seus tios que, nem por isso, a trataram como sobrinha.

    Pelo contrário, sua condição de dependente e desvalida fez de Maria Rosa uma serviçal da família, a suportar, pelo bem da filha, novas humilhações.

    Quem dera, porém, que tal martírio nisso apenas se resumisse!…

    Meses após ter chagado a Olinda, a vida de Maria Rosa tomaria novo curso ao ver seu filhinha morrer de varíola.

    E Maria Rosa fugiu outra vez. Agora, sozinha.

    Sem amor, sequer estima ou consolo.

    Perdera tudo o que de mais importante e valioso tivera, prova carnal e espiritual do único amor de sua vida.

    Partiu para o caminho que, também desta vez, lhe parecia a única e desesperada solução possível: a prostituição.

    Assim, foi tocando seus dias de amargura no falso esplendor da noite boêmia.

    Sem demora, sua saúde foi sendo minada pela tuberculose e pelas doenças venéreas.

    Esquálida e tísica, mais uma vez passou a ser repudiada até pelas colegas da profissão, chamada de “vida fácil”.

    Passou, então, a pedir esmolas pelas ruas.

    Nas suas andanças de extrema penúria, ficou dois anos em Recife, seguindo depois de cidade em cidade até chegar, de volta, à terra natal.

    Quem peregrinava, então, pelas ruas de Penedo não era a bela jovem de outrora, mas uma mulher magra, precocemente envelhecida, abatida, marcada, dilacerada pelo sofrimento do corpo e da alma.

    Irreconhecível, foi logo “batizada” pelo escárnio popular como MARIA MOLAMBO.

    Encontram-na assim os dois irmãos, levaram-na para a fazenda distante a algumas léguas da cidade e lhe deram a notícia da morte dos pais e da sua inclusão na herança dos Manhães, graças à intervenção da mãe, a ultima a falecer.

    Maria Rosa recebeu dos irmãos, bem se diga, toda a assistência de que necessitava em razão da sua doença.

    Conseguiu, por isso, recuperar parte da saúde e dar início a uma nova vida, agora dedicada à comunidade, ajudando os carentes (que não eram poucos) abandonados e desabrigados, crianças, mulheres e anciões.

    Sua parte na herança, ela destinou a esse trabalho anônimo e a um asilo já existente em Maceió, onde passou servindo todo o seu tempo de vigília.

    Foi no ano de 1857 que Maria Rosa da Conceição faleceu e foi recebida no plano astral por muitos conhecidos e parentes, àqueles a quem havia beneficiado em sua vida terrena, e continuou a ser, agora carinhosamente, chamada de Maria Molambo.

    No ano de 1900, conheceu outra mulher de grande prestígio, Maria Padilha, cujo propósito principal era a luta pela igualdade dos sexos, inspirando decisivamente as líderes feministas do plano físico.

    Por influência dela, aceitou convite para integrar um novo movimento religioso ainda em organização no plano astral – denominado Umbanda – passando a liderar milhares de criaturas.

    Constituiu, assim, a falange de Maria Molambo, trazendo inúmeros benefícios a encarnados e desencarnados da terra brasileira.

    A Imagem de Maria Mulambo

    Maria Mulambo é representada com a imagem de uma mulher adulta de pele branca ou morena, de cabelos compridos e escuros, usando um vestido preto, roxo ou vermelho longo, joias e rosa no cabelo.

    Na sua imagem, costuma ser representada, na maioria das vezes, levantando a saia, mostrando as duas pernas ou com os braços esticados e o corpo ereto.

    Ás vezes, podemos vê-la representada com chapéu de bruxa e tridente (Maria Mulambo das Almas).

    Também é possível, mas mais incomum, vê-la representada com vestido branco, associada à corvos ou mesmo de cabelo loiro.

    A Diferença Entre Maria Padilha e Maria Mulambo

    Há muita diferença entre Maria Padilha e Maria Mulambo no que diz respeito à linha de trabalho e são espíritos diferentes, são mulheres diferentes com histórias diferentes.

    Cada uma tem uma manipulação de energia diferente. Maria Padilha é mais política, é mais centrada, trabalha muito com magia ligada ao amor, à prosperidade, à dinheiro e trabalha muito também com ensinamentos.

    Então, a energia de Maria Padilha é diferente da energia de Maria Mulambo, que é mais extrovertida, não é tão contida, o que ela tem que falar, ela fala diretamente, não tem freio, não mede palavras.

    Maria Padilha, pelo contrário, procura ser política, tenta ponderar as coisas.

    Além disso, Maria Mulambo trabalha mais nas emoções, no lixo emocional, no lixo humano, também trabalha muito forte na feitiçaria, em qualquer tipo de feitiçaria.

    Alguns acham erroneamente que Maria Mulambo vive no lixo, mas esta pomba gira apenas trabalha com o lixo astral, com a energia negativa de ambientes e daqueles que a buscam, mas ela não vive no lixo.

    É elegante e calma ao falar, mas sua atuação é firme e forte. Maria Mulambo trabalha com a limpeza espiritual, desfazendo magias maléficas e abrindo caminhos.

    Atua também na saúde e no amor. Durante consultas com ela, dá conselhos sobre o momento em que o consulente está vivendo, motivando-o a não desistir de seus objetivos, a não ser que este seja nocivo para ele ou outrem.

    Algumas Mulambos trabalham abrindo caminhos, outras fechando caminhos, algumas na calunga, no cemitério, recolhendo almas, então existem várias vertentes de trabalho, mas cada entidade tem uma história diferente, uma energia diferente e manipulam energia diferente, podendo se encontrar no astral, mas cada uma no seu ponto de força.

    Maria Padilha resolve problemas sentimentais e também é a protetora das prostitutas.

    É a rainha das encruzilhadas e dos cabarés e veste vermelho e preto. Maria Mulambo é sempre sensual, sedutora e gosta de se vestir muito bem.

    Tem um temperamento amável e prefere as bebidas mais doces e suaves, como vinho, licor, cidra etc.

    É muito relacionada ao luxo, ao brilho e tudo que se destaca. Induz à caridade e é extremamente bondosa.

    Sua cor é o preto e o dourado. Gosta de beber vinho rose, champanhe e Martini vermelho, fuma, e seus símbolos são o punhal, gatos pretos e tridentes, protege mulheres que sofrem no relacionamento.

    Maria Padilha trabalha em todas as áreas dos encarnados: saúde, amor, trabalho e abertura de caminhos.

    Gosta de champanhe, cigarros ou cigarrilhas, rosas vermelhas, tecidos finos e joias, além de velas.

    Uma das histórias mais conhecidas envolvendo Maria Padilha é a de que ela teria sido a Rainha Maria de Padilla, inicialmente amante de Dom Pedro de Castela, com quem se casou após a morte de Dona Blanca de Bourbon.

    Quem carrega Maria Padilha sabe que inimigo nenhum fica no caminho.

    Ela arrasta, destrói e desgasta. Maria Padilha tem um jeito sútil e meigo de falar, mais uma força gigantesca para defender os seus.

    Maria Padilha é a consorte de Exu, que é o mensageiro dos Orixás no Candomblé.

    Maria Padilha das Almas x Maria Mulambo das Almas

    A pomba gira Maria Padilha das Almas é a responsável por proteger as mulheres contra os maus tratos e contra os todos os atos de violência praticados pelos homens.

    Ela ajuda nas vida amorosa, nas traições e até mesmo na vida financeira.

    É das mais conhecidas de todas, portanto pode sempre contar com a sua ajuda.

    A pomba gira Maria Mulambo das Almas é daquelas que gostam muito de luxos e de caprichos.

    Não gosta de viver mal, comer mal, nem se vestir mal. Adora luxos, boas roupas, boas comidas e bons locais.

    Ela ajuda as mulheres que sofrem violência no relacionamento e aquelas que vivem uma vida infeliz.

    Também gosta de se vestir de preto e vermelho.

    A História da Maria Padilha: A Feiticeira das Pombas Giras

    Maria Padilha é a pomba-gira mais procurada nos terreiros. A origem histórica de Maria Padilha, segundo pesquisas, conta que ela teria nascido no ano de 1334, em Palencia, na Espanha, sendo pertencente a uma família castelhana, os Padilla, cujo nome seria eternizado em brasão posteriormente a sua morte.

    Através da história da Maria Padilha é possível perceber que ela não era uma mulher qualquer.

    Diz-se que, junto de uma árvore, Maria Padilha teria deixado um feitiço de amor feito com um espelho, através do qual o Rei se olhou e, enfeitiçado, se rendeu à paixão da jovem moça.

    O casamento foi parte importante da história de Maria Padilha. O caso da pomba gira Maria Padilha foi realmente um caso de amor.

    D. Pedro I abandonou sua esposa Dona Blanca para viver sua história com Maria Padilha, sendo perseguido por opositores em seu Reinado.

    Depois de mandar sua esposa para a prisão – alguns dizem que por um feitiço armado por Maria Padilha – o Rei assume seu casamento até então clandestino com Maria de Padilla.

    A força da falange de Maria Padilha é outro fato que faz parte de sua história.

    Apegada à matéria e ao seu grande amor, Maria Padilha é chefe de falange na linha de Exu, atuando como Exu-Mulher lado a lado de Exus homens.

    Poderosa em seus feitiços de amor, dentro de terreiros Maria Padilha comanda os feitiços e consola aqueles que perderam um grande amor.

    No vídeo abaixo, você pode conferir a história da pomba gira Maria Padilha contada por Kélida Marques, psicanalista e espiritualista.

    Ela é dona de um dos principais canais de espiritualidade do YouTube, com mais de 1 milhão de inscritos.

    Ritual para Pedir Proteção à Maria Mulambo

    Consiga um pratinho de barro (alguidar), uma garrafa de cidra (mantenha a garrafa fechada), três velas vermelhas e rosas vermelhas em número ímpar (1, 3, 5 ou 7).

    Arranje também cigarros ou cigarrilhas (o número vai depender da indicação da entidade no templo de Umbanda frequentado pelo fiel).

    Vá a uma encruzilhada em formato de “T” e deposite o alguidar com as velas acesas, as rosas e os cigarros ou cigarrilhas.

    No local, derrame um pouco da bebida. Faça seu pedido de proteção à Maria Mulambo. Jogue o resto do conteúdo e a garrafa no lixo.

    Mensagem de Dona Maria Mulambo

    Talvez eu devesse pedir licença, não sei bem, pouca prática tenho destes escritos, mas como o canal está aberto, eu vou escrevendo.

    Dizem que vim de longe, dizem tantas coisas, que sou isso e aquilo, tantas conjecturas, uns me acham o máximo, outros se apavoram ao ouvir meu nome, a maioria só gosta de mim enquanto acham que eu posso beneficiá-los em seus pedidos tão terrenos, tão materialistas.

    Tão raro é ver um gesto de carinho, tão raro alguém querer saber como proceder dignamente, tão raro alguém se lembrar de mim como amiga, tão raro alguém querer conhecer a verdade em relação à espiritualidade, tão raro.

    Ah! Mas cobrar cobram, portam-se tão mal, mas cobram, querem caminhos abertos, mas esquecem-se das leis básicas, esquecem-se que nesta vida ou na outra colhe-se aquilo que se planta.

    Em relação ao amor, cismam e pronto, não querem saber do outro lado da moeda, esquecem-se que devem respeitar os sentimentos da outra pessoa, esquecem-se que cada um tem uma missão, que todos tem livre arbítrio.

    Às vezes, cismam com vinganças mesquinhas, na maioria das vezes nem razão têm, mas eles não querem saber, só enxergam o seu próprio orgulho, só enxergam o seu lado da questão, esquecem-se inclusive que, ás vezes, certas rivalidades vêm do passado bem distante, e que persistir é não só atrasar a caminhada como também atirar-se em um abismo acordando velhos instintos e com eles antigos inimigos espirituais.

    Bem poucos estão interessados em ouvir algo que possa ir contra os seus interesses momentâneos, poucos querem saber a verdade sobre qualquer coisa, muito menos sobre a doutrina religiosa que decidiram seguir, mesmo porque eles não a vêm como religião, mas sim como meio de alcançar as suas metas.

    Então, alguém me diz: por que deixa que falem tantas coisas, não desmente, apenas dá uma gostosa gargalhada?

    E eu respondo: Porque eles não estão interessados, eles querem dizer coisas horríveis, mentiras, estórias mirabolantes, só para que eu possa parecer poderosa, para satisfação de seus egos, principalmente dos médiuns que me incorporam.

    Então, eu espero. Devagar, em um ou outro templo começa a surgir uma luz, alguém se interessa, alguém procura estudar, alguém lembra que acima de tudo está DEUS e suas leis imutáveis, nesta ou em qualquer outra religião.

    E graças a estes que começam a despertar para a verdade, eu e outros começamos a receber um pouco de respeito, eu e outros temos a chance de trabalhar para a Luz, sem ter que camuflar uma imagem que não é a nossa, só para sermos aceitos pelos nossos médiuns e termos a chance de evoluir este mesmo médium, mas hoje eu só gostaria de deixar bem claro que Exu e Pomba-Gira de Umbanda nada mais são do que guerreiros da Luz nas Trevas.

    Sim, trabalhamos nas Trevas para a Luz, por opção nossa decidimos evoluir desta forma, opção nossa sim, pois a todos nós foi dada a opção de escolha do trabalho a ser realizado.

    Como também poderíamos ter aceitado a opção de reencarnação, para evoluir através dela.

    Temos ciência também que a qualquer momento se decidirmos reencarnar, poderemos pedir isto para a Lei que irá direcionar o nosso pedido e verificar quando e como poderemos fazê-lo.

    Bem, para quem nunca usou este meio de comunicação, já falei demais, mas um dia quem sabe possa vir e contar minha história, que garanto não será as estórias que ouvem.

    Deixo o meu agradecimento a este cavalo que psicografa, e só peço a todos que lerem esta mensagem que ao menos reflitam sobre o que aqui foi exposto, tentem estudar, ganhem conhecimento e lembrem-se que seja qual for o conhecimento que chegar até vocês, ele deve passar pelo crivo da lei da razão, não se tornem radicais, pois nenhum conhecimento está totalmente contido em um só lugar, ele sempre é dado aos poucos e um vai completando o outro.

    Lembrem-se que a pior fé é a fé cega, a fé verdadeira é sempre baseada no amor.

    Agora, eu me vou, uma gostosa gargalhada para quem quiser assim, e um forte abraço para quem quiser me conhecer.

    (Ditado por Maria Mulambo, psicografado por Luconi)

    Sub-falanges de Maria Mulambo

    Entre as diversas sub-falanges de Maria Mulambo estão:

    • Maria Mulambo das Almas – Linha de Oyá/Iansã
    • Maria Mulambo da Estrada – Linha de Ogum
    • Maria Mulambo da Encruzilhada – Linha de Ogum
    • Maria Mulambo do Cruzeiro – Linha de Oxóssi/Odé
    • Maria Mulambo da Kalunga – Linha de Omolú-Obaluaê
    • Maria Mulambo da Lixeira – Linha de Nanã
    • Maria Mulambo da Figueira – Linha de Xangô
    • Maria Mulambo das Sete Covas – Linha de Omolú-Obaluayê
  • Maria Padilha das 7 Encruzilhadas: Quem é, Imagem, Características, Histórias, Pontos Cantados, Orações e o que Gosta

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas: Quem é, Imagem, Características, Histórias, Pontos Cantados, Orações e o que Gosta

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas é uma entidade feminina representada pela imagem de uma mulher branca, de cabelos longos escuros ou vermelhos, que usa vestido vermelho e dourado e jóias, em um porte altivo e sensual.

    Algumas imagens de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas podem ser representadas por uma mulher morena, mas a grande maioria são representadas por mulheres de pele branca.

    Uma das representações mais populares de Maria Padilha das 7 Encruzilhada em imagem é de uma dama com o busto à mostra e vestindo apenas uma saia vermelha, mas também podemos encontrá-la somente com as roupas de baixo e capa vermelha, ou de vestido longo, e portando acessórios, como facão, bastão de rainha, colar… não sendo raro também encontrá-la em versão loira.

    Sua missão é limpar os caminhos e abrir as portas que se encontrarem fechadas.

    É uma das pombas giras mais queridas pelo povo da quimbanda e umbanda, pois ela é muito próxima dos humanos e sua energia é muito similar a nossa.

    É uma entidade calma e tranquila, mas quando chega ao mundo solta sua gargalhada, onde expressa todo o seu poder de vitória, vindo na linha de Iansã.

    Assim como é representada por muitas de suas imagens, dizem que ela é loira e têm olhos azuis, mas alguns dizem que é morena dos cabelos negros.

    Suas oferendas são sempre as mais caras, pois ela é muito exigente. Podem ter velas vermelhas, douradas, brancas e/ou pretas (se solicitado); champanhe; cigarrilhas ou cigarros; rosas vermelhas; maçãs e outras frutas; enfeites; pipocas; perfumes e rosas; sempre colocadas nas encruzilhadas.

    Os ebôs (Candomblé) são pata preta, pomba preta, cabra preta, levando fubá de milho e azeite de dendê.

    Seus símbolos são pássaro, tridente, lua, sol, chave e coração. Maria Padilha das 7 Encruzilhadas também é conhecida no sudeste do Brasil como “Dona 7”.

    Apresenta-se como uma mulher de meia-idade, muito reservada, fina, alegre, educada, inteligente e culta.

    Não é arrogante, mas exige respeito. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, todos os exus a respeitam.

    Trabalha pela fé e pela esperança, desfazendo trabalhos, libertando as pessoas das correntes que as aprisionam; trazendo aos seus protegidos muita fé e coragem em suas jornadas.

    Amada guardiã, que está sempre pronta a auxiliar a quem a ela recorre.

    Trabalhadora da Lei e, como seu nome diz, para 7 Encruzilhadas. No entanto, isso não quer dizer que ela fica parada nas encruzilhadas das ruas, é um modo simbólico de referência ao tipo de trabalho que realiza.

    Sabemos que este trono pertence a Oxalá, então esta amada senhora trabalha para todas as 7 linhas, para os 7 sentidos.

    Ela atua no entrecruzamento vibratório dos tronos, em beneficio dos que as procuram.

    Podemos dizer, então, que ao fazer uma abertura de caminhos, se o fizer em 7 Encruzilhadas, estará pedindo auxilio nos 7 sentidos: FÉ, AMOR, CONHECIMENTO, JUSTIÇA, LEI, EVOLUÇÃO e GERAÇÃO, ou seja, caminhos realmente abertos!

    Pois esta guardiã desembaraça situações em nossas vidas que necessitam de ajustes, mas sempre de acordo com nosso merecimento.

    Observação: Todos os exus ou pombas giras atuam em abertura de caminhos, não só aqueles que tem o nome Encruzilhadas ou Cruzeiro no nome.

    Todos trabalham para vários assuntos.

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas têm também por atribuição repasse de informações, aceitação das oferendas, acesso aos “portais” bem como guarda de terreiros e templos religiosos em geral, não só os umbandistas.

    Assim como os exus, ela:

    1. Tem palavra e a honra;
    2. Busca evoluir;
    3. Por sua função cármica de guardiã, sofre com os constantes choques energéticos a que está exposta;
    4. Afasta-se daqueles que atrasa a sua evolução;
    5. Esta entidade mostra-se sempre justa, dificilmente demonstrando emotividade, dando-nos a impressão de ser mais “dura” que as demais entidades;
    6. É caridosa e trabalha nas suas consultas mais com os assuntos terra a terra;
    7. Sempre está nos lugares mais perigosos para a alma humana;
    8. Quando não está em missão ou em trabalhos, demonstra o imenso amor e compaixão que sente pelos encarnados e desencarnados.

    Como o próprio nome já diz, é a pomba gira que acompanha o Sr. 7 Encruzilhadas.

    Ela é a Rainha do Reino das Encruzilhadas, que abriga o maior número de exus de todos os Reinos.

    Ela é a terceira pessoa das Pombas Giras Maiorais na hierarquia da Quimbanda ao lado do Sr. Exú Rei (Rei das 7 Encruzilhadas).

    Ela era tida como a deusa do amor e da guerra. Seu generais diretos são Exu Veludo e Exu dos Rios, assim como os outros generais que se encontram, muitas vezes, sob a sua supervisão direta.

    Lembrando que os Generais são Exu Marabô das 7 Encruzilhadas, Exu Tiriri Lonan, Exu Tranca Ruas das 7 Encruzilhadas e outros que assumem postos de comando nos Reinos das Encruzas, todos eles estão sob as ordens de Sr. 7 Encruzilhadas e da Pomba Gira 7 Encruzilhadas.

    Por isso, muitas das vezes, ela se apresenta como Maria Padilha Rainha das 7 Encruzilhadas.

    Observação: Um médium que trabalhe com esta pomba gira não precisa, necessariamente, trabalhar com o Sr. Rei das 7 Encruzilhadas.

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas é uma pomba gira bonita e considerada uma dama da madrugada, pois é a rainha da encruzilhada e a senhora da magia.

    Ela esconde mistérios e é uma entidade controvertida nos cultos afro-brasileiros.

    Festas são celebradas em homenagem, agradecimento e culto à Maria Padilha das 7 Encruzilhadas, que também é adorada através de imagens.

    Ela é uma pomba gira rainha, que não descansa enquanto não atende todos os pedidos que à ela são feitos.

    Ela é brincalhona, faz algazarras, mas trabalha sério, principalmente na união entre duas pessoas.

    Um assentamento para Maria Padilha das 7 Encruzilhadas, em um terreiro, também pode ser feito para se obter a ajuda desta pomba gira, principalmente se você quer a proteção dela, e não somente uma ajuda relacionada à amor ou à qualquer outra área da sua vida.

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas é uma bela, mas também uma grande pomba gira, toda coberta de axé!

    E repito: hoje, Maria Padilha das 7 Encruzilhadas é um dos maiores nomes de entidades da Umbanda, integrante de uma falange de pombas giras das encruzilhadas, que dá conta de causas consideradas impossíveis.

    Histórias de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas é uma entidade que possui muitas histórias e lendas.

    Seu nome significa Rainha do Fogo e ela já teve várias encarnações na Terra.

    Em uma de suas encarnações, foi mulher de cabaré, uma linda mulher, que tinha muitos clientes, mas, hoje, faz parte da Umbanda e outras religiões e cultos e ilumina caminhos, leva o mal embora e tem uma história única, tanto sobre suas encarnações quanto sobre seus trabalhos no plano espiritual.

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas é uma guia espiritual que, quando encarnada, também já ficou conhecida como uma das mais lindas cortesãs, que encantou o coração de um rei da França.

    Á seguir, você poderá conferir duas dessas histórias associadas às encarnações de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas.

    História 01

    Segundo a lenda, foi nascida por volta de 300 AC, no Egito, na planície de Gizé, às margens do Rio Nilo, onde viveu até seus 15 anos.

    Dona de rara beleza e curvas sinuosas, conheceu seu amor Plácido, mas, algum tempo depois, Tebas, onde vivia, foi invadida por soldados romanos e ela foi levada por um centurião romano para Roma, onde passou a ser escrava.

    Ela não suportava a distância e as saudades de seu grande amor, que ficou no Egito.

    Obstinada por sua liberdade, acaba envenenando seu raptor.

    Sem ser apanhada pelo crime cometido, ela passa a ser de outro centurião.

    Indignada, planeja de outra forma a morte de seu dono.

    Após conseguir sua intenção, novamente muda de posse por outras cinco vezes.

    Cansada de buscar sua liberdade, se suicida.

    Hoje, no templo de Umbanda, trabalha pela fé e esperança, desfazendo trabalhos, libertando as pessoas das correntes que as aprisionam, trazendo aos seus protegidos muita fé e coragem em suas jornadas.

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas é uma mulher com jeito de cigana, mas que se veste como uma dama.

    História 02

    Confira à seguir a história de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas e divulgada por Tiago ogã opaotun.

    Eu era mulher de cabaré, uma linda mulher.

    Tinha muitos clientes, mas um deles, em especial, mexia comigo.

    Era soldado e, de tempos em tempos, conseguia folga de seu Exército e vinha para o cabaré.

    Quando ele vinha, a minha atenção era só dele!

    Procurava não me apegar a nenhum cliente, mas como ele era diferente…

    Nunca falamos em sentimentos, mas era notável, e assim o tempo foi passando e aquele sentimento aumentando.

    Quando ele ia pras batalhas, eu perdia o sono.

    Mas ele amava aquela vida e adorava me contar como havia sido as batalhas e mortes, eu escutava atenta enquanto olhava nos olhos dele, que brilhavam só de falar das batalhas vencidas…

    Mas aquele homem cruel, sem piedade, se transformava perto de mim, pareciam duas pessoas diferentes, eu causava esse efeito nele!

    Por mais que fosse apenas por uma ou duas noites, sabendo que logo ele iria partir, me deixando novamente sozinha.

    Ele havia ido pra batalha, eu não tinha noticias, o tempo foi passando e a agonia no peito aumentando.

    Eu já não conseguia satisfazer as vontades dos outros clientes, não conseguia dormir, não conseguia comer.

    Em minha mente, o desespero tomava conta.

    As colegas de serviço insistiam pra que eu pelo menos fosse ao salão me distrair um pouco, tomar uns drinks, mas eu nunca ia.

    Até que em uma noite, eu resolvi descer ao salão.

    E assim fiz! Troquei de roupa e, mesmo sem me arrumar muito, eu desci.

    Na verdade, minha intenção era tomar um porre pra esquecer de mim e do meu sofrimento!

    Salão cheio, as meninas todas belas, tudo fluía bem…

    Me sentei no canto e enquanto conversava com a minha colega que trabalhava no bar, eu bebia, e assim seguiu a noite.

    Até que um homem se aproximou… Eu disse que não estava trabalhando, mas ele, bêbado, continuou insistindo.

    Eu, já um pouco alterada, mas sempre muito educada, sempre lhe respondia que naquele dia eu não iria atender as suas vontades.

    Depois de ouvir muitos “Nãos”, ele se afastou.

    Até achei que ele havia ido embora…

    Continuei bebendo e, lembrando do meu amor: Que saudades daquele homem!

    Por onde ele andava? Porque não mais voltou?

    Altas horas da madrugada, eu já me via chorando na mesa lembrando do meu amor.

    Foi quando a dona do cabaré se aproximou e disse que eu estava chamando a atenção com meu sofrimento.

    Pediu pra mim ir pra fora me recompor, enxugar as lagrimas e voltar pro salão!

    Prontamente, atendi o seu pedido. Fui para calçada, onde sentei e, olhando pra lua, chorei, chorei com a alma, por onde andava aquele homem?

    Eu não devia ter me apegado! Estava perdida em meus pensamentos quando me puxaram pelos cabelos!

    Fui arrastada até um beco escuro, torturada e abusada até a morte e, se já não bastasse tamanho sofrimento, me desprendi do corpo e vi o maldito homem que tanto insistiu pra que eu ficasse com ele, me matando e me cortando em pedaços.

    Na tentativa de esconder os meus restos, ele me colocou em um saco e foi carregando, mas o saco se rasgou e, em cada encruzilhada, um pedaço meu ficava.

    Foram 7 encruzilhadas… Minha alma não tinha paz, e vagava pelas ruas por onde eu vivi, e no cabaré, eu ainda precisava saber do meu amor…

    Dias depois de minha morte, ele retornou, mas já era tarde! Sabendo do ocorrido, ficou enlouquecido e se juntou com seus colegas, indo atrás do maldito que havia acabado com minha vida!

    Justiça foi feita, feita pelas mãos do homem que eu amava! …

    E, até hoje, eu comando as 7 Encruzilhadas!

    Pontos Cantados de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas tem vários pontos cantados que à saúdam e saúdam o seu poder e força em atender pedidos.

    Á seguir, você pode conferir 7 lindos pontos cantados de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas em vozes maravilhosas.

    Ponto Cantado 01

    No vídeo abaixo, você pode conferir Larissa Rodrigues cantando um belo ponto de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas para o extinto canal Rádio Toques de Axé.

    Letra do Ponto:

    Mandei fazer uma coroa de brilhantes para lhe oferendar

    Ela me disse: Não precisa diamantes,

    Sua palavra é o bastante pra me dar

    Lhe entreguei toda dor, todo tormento

    Toda tristeza que tinha no coração

    Maravilhosa, aliviou o meu sofrimento

    Me ensinou a ter amor e compaixão

    Na madrugada, me encontro a meditar

    Tanta firmeza que encontrei naquele olhar

    Tantas certezas ditas nas suas palavras

    Ela é Rainha das Sete Encruzilhadas

    Soberana e formosa

    E em noite enluarada

    Ela vem firmar seu ponto

    No meio da encruzilhada

    Sua coroa é de Rainha

    Seu perfume é de mulher

    Ela é 7 Encruzilhadas

    Trabalha pra quem tem fé

    Ponto Cantado 02

    No vídeo abaixo, você pode conferir um ponto cantado de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas de autoria do canal Purezatabaque.

    Letra do Ponto:

    Eu sou rainha, sou a luz na madrugada
    Luz que ilumina, escuridão na encruzilhada
    Eu sou mulher, que ajuda e que ampara
    A quem precisa, quem merece e quem me agrada

    Num lindo jardim, 7 rosas encontrei
    7 rosas com espinhos
    E 7 espinhos eu tirei
    Eu sou Padilha, rainha das 7 encruzilhadas
    Sou pombo gira e trabalho na madrugada.

    Ponto Cantado 03

    No vídeo abaixo, temos Juliana D. Passos, do Canal Macumbaria, interpretando uma linda cantiga em homenagem à Pombo Gira Rainha das Sete Encruzilhadas, de autoria dos compositores do Projeto Mestres da Magia.

    Letra do Ponto:

    Ela vem girando, girando, girando
    E dando risada

    Ela vem girando, girando, girando
    E dando risada

    Cuidado amigo,
    Que ela está de saia rodada

    Cuidado amigo,
    Que ela está de saia rodada

    Salve elas, Laroyê!

    Rosa Vermelha
    Rosa Vermelha sagrada
    Rosa Vermelha
    É a Pombo Gira Rainha das Sete Encruzilhadas

    Rosa Vermelha
    Rosa Vermelha sagrada
    Rosa Vermelha
    É a Pombo Gira Rainha das Sete Encruzilhadas

    Ponto Cantado 04:

    No vídeo abaixo, você escutará mais um ponto de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas, dessa vez gravado pelos Filhos de Jurema e de autoria de Wagner Verçosa.

    Letra do Ponto:

    Rosa vermelha,
    Rosa que encantou o meu jardim,
    Rosa mais formosa da umbanda,
    Veio para vencer demanda ,
    Vem sorrindo para mim,
    Oi abre a roda deixe a moça passar,
    Sete encruzilhada rainha do meu conga

    Ponto Cantado 05:

    No vídeo abaixo, você irá conferir o ponto cantado de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas intitulado Luz na Madrugada e de autoria do canal Purezatabaque.

    Letra do Ponto:

    Eu sou rainha, sou a luz na madrugada
    Luz que ilumina, escuridão na encruzilhada
    Eu sou mulher, que ajuda e que ampara
    A quem precisa, quem merece e quem me agrada

    Num lindo jardim, 7 rosas encontrei
    7 rosas com espinhos
    E 7 espinhos eu tirei
    Eu sou Padilha, rainha das 7 encruzilhadas
    Sou pombo gira e trabalho na madrugada.

    Ponto Cantado 06:

    No vídeo abaixo, você escutará um dos mais antigos pontos cantados de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas.

    Letra do Ponto:

    Exu Maria Padilha
    Trabalha na encruzilhada
    Toma conta, presta conta
    Ao romper da madrugada

    Pomba gira, minha comadre
    Me proteja noite e dia
    É por isso que eu zombo
    Das suas feitiçarias

    Orações à Maria Padilha das 7 Encruzilhadas

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas possui muitas orações. A maioria voltada para amor e relacionamento.

    As orações à Maria Padilha das 7 Encruzilhadas são muito poderosas e, muitas vezes, são orações de atração, para que uma pessoa goste e se sinta atraída pela outra.

    Através das orações, é possível fazer todos os tipos de pedidos à Maria Padilha das 7 Encruzilhadas, que é muito celebrada nas religiões afro-brasileiras, incluindo a Umbanda, e esta pomba gira é dotada de grande sabedoria.

    Se você quer que alguém pense em você, peça à Maria Padilha das 7 Encruzilhadas, pois ela é uma entidade mestra, um espírito de raríssima incorporação, que faz um trabalho enorme em benefício da nossa sociedade.

    Á seguir, você pode conferir as orações mais conhecidas de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas.

    Oração à Maria Padilha das 7 Encruzilhadas para Fazer um Pedido de Paixão e Desejo

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas é uma pomba gira que sabe definitivamente fazer com que uma pessoa fique apaixonada por outra, concedendo poder à quem à ela recorre.

    Se você quer que alguém te procure, não importa com quem estiver ou onde estiver, peça à Rainha Maria Padilha das 7 Encruzilhadas.

    Ele ficará louco somente com este pedido que você fizer à Rainha Maria Padilha das 7 Encruzilhadas.

    Ele vai ter prazer só de ouvir a sua voz e você se tornará uma pessoa muito boa de cama, que vai te dar o poder de conquistar qualquer homem.

    Vocês irão se amar loucamente… mas você deverá divulgar Maria Padilha das Sete Encruzilhadas em troca deste pedido e agradecê-la, demonstrando confiança, pois ela irá abrir os seus caminhos e será sua guardiã.

    “Salve Pomba Gira Maria Padilha das Sete Encruzilhadas!

    Atrás de mim, você, (nome da pessoa amada), vai vir de rastros, apaixonado e manso.

    Salve Pomba Gira Maria Padilha Rainha das Sete Encruzilhadas!

    Conheço a tua força e o teu poder, te peço que me atenda o seguinte pedido:

    Que (nome da pessoa amada) não coma e não durma, não beba, não trabalhe, não consiga se divertir, se não estiver ao meu lado.

    Que seu corpo queime de paixão por mim.

    (Nome da pessoa amada), que seu desejo por mim o deixe cego para outras pessoas.

    Que ninguém consiga fazer com que sinta prazer, somente eu terei esse poder.

    Que (nome da pessoa amada) deixe de vez todas as outras mulheres que tiver na rua, e não procure mais nenhuma outra que não seja eu.

    Que (nome da pessoa amada) me procure a todo instante, hoje, agora, desejando estar ao meu lado.

    E que me tenha em seus pensamentos o tempo todo.

    Agora, com quem estiver, onde estiver, ele, (nome da pessoa amada), irá parar, porque o seu pensamento está em mim, ele irá ficar louco de paixão e ficará com os pensamentos somente em mim.

    Neste momento, peço a ti, minha Rainha Maria Padilha das Sete Encruzilhadas, que faça (nome da pessoa amada) ficar louco de paixão por mim.

    Ficará louco de vontade de estar comigo, de me abraçar, me beijar e me amar como nunca amou.

    E, ao deitar e acordar, que tenha sonhos comigo, fazendo assim com que se apaixone cada vez mais por mim.

    Peço ajuda a ti, minha Rainha Maria Padilha das Sete Encruzilhadas, que faça (nome da pessoa amada) me achar linda, me achar gostosa e achar o meu corpo lindo e que fique louco por mim, sinta muitos ciúmes também.

    Que (nome da pessoa amada) sinta prazer somente por ouvir minha voz.

    Faça ele sentir por mim uma paixão fora do normal, como nunca sentiu por outra e nunca sentirá.

    Peço a ti, minha Rainha Maria Padilha das Sete Encruzilhadas, que me torne uma pessoa muito boa de cama, fogosa, atraente, sedutora, sexy.

    Me dê o poder de conquistar a todos os homens que eu quiser, e que eu leve (nome da pessoa amada) à loucura.

    Quando estivermos nos amando, que ele sinta todas as emoções que jamais sentirá com outra.

    Que nós dois possamos nos amar loucamente, como ele nunca fará com nenhuma outra mulher, que a gente sempre consiga completar um ao outro.

    Agradeço a você, por estar junto de todos os outros trabalhando a meu favor.

    Vou divulgar seu nome em troca deste pedido, de trazer (nome da pessoa amada) muito apaixonado, carinhoso, fiel, romântico e amável comigo.

    Obrigado minha Rainha Maria Padilha das Sete Encruzilhadas, confio em teus poderes e quero que estejas sempre junto de mim, me tornando uma pessoa muito linda, jovem, delicada, amada, soberana e querida por todos, como ti.

    Peço que abra meus caminhos e ajude-me a conseguir tudo que eu quero, principalmente o amor de (nome da pessoa amada), com urgência e rapidez.

    Muito obrigada por tudo. Seja minha guardiã em todos os momentos.”

    Oração à Maria Padilha das 7 Encruzilhadas para Amarrar o Espírito da Pessoa Amada ao seu

    Maria Padilha das Sete Encruzilhadas e os poderes dos quatro elementos são forças poderosas que podem fazer com que a pessoa que você ama lhe corresponda e volte para você o mais rápido possível.

    Ela(e) se sentirá bem só ao seu lado e sentirá tesão só por você. As pombas giras amigas são fortes e poderosas o suficiente para fazer com que a pessoa que você ama queime de desejos por você e sinta prazer só com você.

    Se você quer que ela(e) assuma você, deseje estar ao seu lado, pense em você a todo momento e te ame a cada dia mais, peça isso à Maria Padilha das 7 Encruzilhadas.

    Ela irá amarrá-la(o) em você, irá trabalhar ao seu favor, basta confiar nas falanges dela e divulgar a oração após fazê-la.

    Maria Padilha das Sete Encruzilhadas, vá até onde (nome da pessoa amada) estiver e faça com que ela(e) não descanse enquanto não falar comigo.

    Que assim seja pelos poderes da terra, pela presença do fogo, pela inspiração do ar, pelas virtudes da água.

    Invoco as Treze Almas Benditas pela força dos corações sagrados e das lágrimas derramadas por amor, para que se dirijam até onde está, neste momento, (nome da pessoa amada) e traga o seu espírito até mim, amarrando-o definitivamente ao meu.

    Que seu espírito se banhe na essência do meu amor e me devolva o amor em dobro.

    Que (nome da pessoa amada) jamais deseje outra pessoa e que tenha olhos só pra mim… e que assim seja!

    Salve Maria Padilha Rainha das 7 Encruzilhadas!

    Te peço assim agora: gira, vai mulher, gira ao meu favor, trazendo (nome da pessoa amada) para mim, pedindo assim… ar move, fogo transforma, água forma, terra cura, e a roda vai girando, vai girando, e a roda vai girando, vai trazer (nome da pessoa amada) de volta o mais rápido possível para perto de mim.

    Que não queira outra pessoa, que sinta-se bem só ao meu lado.

    Que ela(e) sinta a minha falta e venha ao meu encontro e me peça para que eu nunca a(o) abandone.

    Que (nome da pessoa amada) sinta tesão somente por mim e não consiga mais parar de pensar em nós dois juntos.

    Assim seja e assim será! Salve Pomba Gira!

    Salve Sete Saias! Salve suas irmãs, Maria Mulambo, Maria Padilha, Arrepiada, e todas as outras da falange!

    Salve Sete Saias! Minha boa amiga, mulher de 7 exus, defensora das mulheres e dos homens!

    Salve Sete Saias! Minha boa e gloriosa princesa!

    Conheço a tua força e o teu poder, peço que atenda o seguinte pedido: que (nome da pessoa amada) não durma se não tiver a certeza que estamos juntos.

    Que o corpo de (nome da pessoa amada) queime de desejo por mim.

    Que o desejo de (nome da pessoa amada) por mim a(o) deixe cega(o) para outras pessoas, que elas não consigam mais vê-la(o) como mulher/homem.

    Que outros(a) homens/mulheres e outras pessoas nunca consigam fazer com que (nome da pessoa amada) sinta desejos e prazer para com elas, somente eu terei esse poder.

    Que (nome da pessoa amada) deixe de vez de amar, beijar e abraçar qualquer outra pessoa e me assuma em seu coração.

    Afaste dela(e) as outras pessoas, que elas não a(o) desejem mais também.

    Que (nome da pessoa amada) me procure a todo instante, hoje, agora, desejando estar ao meu lado, que esteja com saudades.

    Que (nome da pessoa amada) sempre tenha a minha imagem em seu pensamento em todos os momentos do seu dia.

    Agora, com quem estiver, onde estiver, você, (nome da pessoa amada), irá parar, porque o seu pensamento estará em mim.

    Ao deitar, ao acordar, que tenha sonhos comigo, fazendo assim com que me ame a cada dia mais.

    Se estiver dormindo, que acorde com saudades de mim.

    Que sinta prazer somente em ouvir a minha voz.

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas, faça (nome da pessoa amada) sentir por mim um desejo fora do normal, como nunca sentiu por ninguém e nunca sentirá.

    Salve Sete Saias! Minha boa e gloriosa princesa!

    Pelos 7 exus que acompanham seus passos, rogo e suplico que amarre (nome da pessoa amada) nos 7 nós de suas saias e nos 7 guizos de sua roupa para mim.

    Agradeço por estar trabalhando a meu favor.

    Vou divulgar seu nome em troca deste pedido de trazer (nome da pessoa amada) hoje e sempre comigo, para que ela(e) se torne minha/meu e largue os(as) outros(as) pra sempre, e fique só comigo, e ainda hoje pense em mim e me ligue, e retorne logo, pois não conseguirá ficar longe de mim, pois terá medo de me perder, que venha dizendo que me quer sempre junto dela(e).

    Assim seja e assim será! E assim está feito!

    Confio nas falanges da pomba gira Rainha das 7 Encruzilhadas.

    Cada vez que for lida essa oração, mais forte ela se fará, por isso vou mandar aos 4 cantos do mundo pedindo ó mãe, que me conceda o pedido de estar com (nome da pessoa amada).

    Sei que os espíritos das falanges da pomba gira já estão soprando no ouvido de (nome da pessoa amada) o meu nome de dia e de noite.

    Ela(e) daqui mais um pouco não vai comer, dormir ou fazer coisa alguma a não ser se estiver comigo.

    Confio no poder das 7 Encruzilhadas e vou continuar divulgando esta oração poderosa.

    Assim seja e assim será!

    O que Maria Padilha das 7 Encruzilhadas Gosta?

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas gosta de beber. Suas bebidas prediletas são champanhe e vinho branco, mas ela também gosta de licor de aniz, Prosecco, Demi Seco, Campari e martini.

    Para servi-la, você pode comprar uma taça de pomba gira. Com certeza, isso irá agradá-la muito.

    Ela gosta de cigarro de filtro vermelho e cigarrilha, de mel, perfumes, enfeites e adora rosas vermelhas, de andar bem arrumada, repleta de jóias ou bijuterias bonitas.

    Ela ama flores, sempre escolhidas com carinho e atenção, pois tudo que você oferecer será em seu beneficio.

    Além disso, Maria Padilha das 7 Encruzilhadas gosta das cores vermelho, preto, maravilha e dourado; de tecidos finos e de vela vermelha ou vermelha e preta.

    É muito objetiva e sempre gosta de conversar com pessoas que realmente sabem o que querem.

    Não gosta de desafio, mas se a desafiarem… é com ela mesma. Gosta de atuar na carreira, estabilidade, proteção, ascensão social, amor, união e harmonia familiar.

    Livros de Maria Padilha em PDF: