Maria Padilha das 7 Catacumbas: História, Ponto Cantado e Características

Maria Padilha das 7 Catacumbas: História, Ponto Cantado e Características

Maria Padilha das 7 Catacumbas é um exu-fêmea, um espírito em evolução, que já viveu entre os humanos e que aprendeu sobre a vida através de nossa própria vida, enquanto aguarda a sua vez de reencarnar.

História de Maria Padilha das 7 Catacumbas

Vativa ficou totalmente arrepiada quando ouviu o que a bruxa lhe disse:

— Precisamos do sangue de um inocente!

Sua mente imediatamente focalizou a imagem de Yorg, seu pequeno filho de apenas três anos. Seus pensamentos vagaram por alguns instantes enquanto a mulher remexia em um pequeno caldeirão de ferro.

Estava ali por indicação de uma vizinha que conhecia o problema pelo qual estava passando. Era casada, não tinha queixas do marido, mas de repente parece que uma loucura apoderou-se dela.

Apaixonara-se por um rapazote de dezessete anos, ela uma mulher de trinta, bela e fogosa não resistira aos encantos do adolescente e sua vida transformou-se em um inferno.

Já traíra seu marido algumas vezes, mas desta vez era algo fora do comum, não conseguia conceber a vida longe do rapaz.

Conversando com a vizinha, a quem contava tudo, esta aconselhou:

— Vá falar com a bruxa Chiara, ela resolve o assunto para você.

Pensou durante alguns dias e não resistiu, foi procurar pela feiticeira. O ambiente era horrível e a aparência da mulher assustadora, alta, muito magra, com apenas dois dentes na boca, vestia-se inteiramente de preto e fora logo dando a solução:

— Vamos matar seu marido, aí você fica livre e se muda para outro povoado, bem distante, levando seu amante!

Vativa ficou assustada, não era essa a ideia. Não tinha porque matar seu marido. Não havia um jeito mais fácil?

— De forma alguma, se o deixarmos vivo, quem morre é você! Mas não se preocupe, eu cuido de tudo. — Foi aí que ela falou do sangue inocente.

— A senhora está tentando dizer que tenho que sacrificar meu filho?

— Para fazer omelete, quebram-se os ovos…

Vativa não estava acreditando, a mulher dizia barbaridades e sorria cinicamente. Levantou-se e saiu correndo apavorada.

A risada histérica dada por Chiara ainda ecoava em seus ouvidos quando chegou a casa. Desse dia em diante, suas noites tornaram-se um tormento, bastava fechar os olhos para ver aquele homem (Sete Catacumbas) todo de preto que a apontava com uma bengala:

— Agora, você tem que fazer!

Em outras ocasiões, ele dizia:

— Você não presta mesmo, nunca prestou!

Vativa abria os olhos horrorizados e não conseguia mais dormir. Uma noite, já totalmente transtornada com a aparição frequente, saiu gritando pela casa.

Ouvindo os gritos da mãe, o pequeno Yorg acordou e desatou a chorar. Sem saber como, a faca apareceu em sua mão.

— Cale a boca, garoto dos infernos! — A lâmina penetrou por três vezes no pequeno corpo. Retomando a consciência, não suportou a visão do crime cometido e caiu desmaiada.

Na queda, a vela que iluminava o pequeno ambiente caiu-lhe sobre as vestes e em pouco tempo o fogo consumia tudo.

Por muitos anos, o espírito de Vativa vagou até conseguir a chance de evoluir junto a um grupo de trabalhadores de esquerda, mas se há uma coisa que ela odeia é relembrar o fato, por isso poucas vezes o comenta.

Com posto garantido na falange do cemitério, detesta ser lembrada para amarrações e perde a compostura quando há um pedido do gênero.

Hoje, todos a conhecem pela grandeza dos trabalhos que pratica na linha da guardiã Maria Padilha das Sete Catacumbas ao lado do Senhor Exú das Sete Catacumbas, pois todo médium que recebe Seu Sete recebe também Maria Padilha das Sete Catacumbas em algumas ocasiões, caso contrário após muito tempo recebendo somente Seu Sete, passa a sentir-se pesado.

Ponto Cantado de Maria Padilha das Sete Catacumbas – Senhora dos Amores

Letra do Ponto Cantado:

Entre sedas e cortinas
Entre perfume de flores
A rosa vermelha abria
Para se tornar um dia
A senhora dos amores (bis)
Ela mandava a sombra de um rei
Tal qual para o palácio
Seu sussuro era lei
E quando dessa terra foi ceifada
Iansã colheu uma rosa
E prantou em sua morada (bis)
E é por isso que ela mora na calunda
Ela é a rainha da noite
Até a lua se deslumbra
Por isso que eu digo
Nao mexa com a rainha
Ela é Padilha, é das Sete Catacumbas
Linda, eterna rosa
Rosa linda mulher
Maria Padilha, Mãe Oyá lhe deu axé (bis)

Chegada de Maria Padilha das 7 Catacumbas para sua Festa

Características de Maria Padilha das 7 Catacumbas

Maria Padilha das 7 Catacumbas gosta de cigarros, champanhe, rosas vermelhas em número ímpar, jóias, cosméticos, espelhos, mel, licor de anis, velas.

Sete Catacumbas é uma espécie de policial executante das ordens de todos os Orixás no plano mais denso.

É um mensageiro ou mensageira que entra e sai das zonas umbralinas, sem temor, assumindo uma forma ameaçadora para fazer-se respeitar.

Maria Padilha das 7 Catacumbas é muito grande, por isso é importante que conheça a capacidade de ação da entidade, que é uma poderosa força da natureza e mesmo assim ainda é pouco conhecida.

Maria Padilha das 7 Catacumbas é muito poderosa e realmente muito séria, então é preciso que dê a sua oferta de coração, caso o for fazer.

Como ela adora cemitérios e esses locais são seus principais pontos de força e trabalho, em muitos casos, as oferendas são colocadas na porta de um cemitério ou mesmo ao lado de uma sepultura.

Maria Padilha das 7 Catacumbas é forte, basta que se entregue a essa entidade. Ela é muito focada e concentrada, é uma entidade que consegue tudo o que deseja, então certamente lhe ajudará muito, lhe mandando muitas boas energias, basta crer em seu poder.

Maria Padilha das 7 Catacumbas é ligada à morte e à transição entre o mundo físico e o espiritual e seus filhos são parecidos com ela, são muito propensos ao desenvolvimento e atingir as suas metas e podem ser muito eficientes e justos, tanto quanto a mãe.

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