Etiqueta: Características

  • Maria Padilha das 7 Catacumbas: História, Ponto Cantado e Características

    Maria Padilha das 7 Catacumbas: História, Ponto Cantado e Características

    Maria Padilha das 7 Catacumbas é um exu-fêmea, um espírito em evolução, que já viveu entre os humanos e que aprendeu sobre a vida através de nossa própria vida, enquanto aguarda a sua vez de reencarnar.

    História de Maria Padilha das 7 Catacumbas

    Vativa ficou totalmente arrepiada quando ouviu o que a bruxa lhe disse:

    — Precisamos do sangue de um inocente!

    Sua mente imediatamente focalizou a imagem de Yorg, seu pequeno filho de apenas três anos. Seus pensamentos vagaram por alguns instantes enquanto a mulher remexia em um pequeno caldeirão de ferro.

    Estava ali por indicação de uma vizinha que conhecia o problema pelo qual estava passando. Era casada, não tinha queixas do marido, mas de repente parece que uma loucura apoderou-se dela.

    Apaixonara-se por um rapazote de dezessete anos, ela uma mulher de trinta, bela e fogosa não resistira aos encantos do adolescente e sua vida transformou-se em um inferno.

    Já traíra seu marido algumas vezes, mas desta vez era algo fora do comum, não conseguia conceber a vida longe do rapaz.

    Conversando com a vizinha, a quem contava tudo, esta aconselhou:

    — Vá falar com a bruxa Chiara, ela resolve o assunto para você.

    Pensou durante alguns dias e não resistiu, foi procurar pela feiticeira. O ambiente era horrível e a aparência da mulher assustadora, alta, muito magra, com apenas dois dentes na boca, vestia-se inteiramente de preto e fora logo dando a solução:

    — Vamos matar seu marido, aí você fica livre e se muda para outro povoado, bem distante, levando seu amante!

    Vativa ficou assustada, não era essa a ideia. Não tinha porque matar seu marido. Não havia um jeito mais fácil?

    — De forma alguma, se o deixarmos vivo, quem morre é você! Mas não se preocupe, eu cuido de tudo. — Foi aí que ela falou do sangue inocente.

    — A senhora está tentando dizer que tenho que sacrificar meu filho?

    — Para fazer omelete, quebram-se os ovos…

    Vativa não estava acreditando, a mulher dizia barbaridades e sorria cinicamente. Levantou-se e saiu correndo apavorada.

    A risada histérica dada por Chiara ainda ecoava em seus ouvidos quando chegou a casa. Desse dia em diante, suas noites tornaram-se um tormento, bastava fechar os olhos para ver aquele homem (Sete Catacumbas) todo de preto que a apontava com uma bengala:

    — Agora, você tem que fazer!

    Em outras ocasiões, ele dizia:

    — Você não presta mesmo, nunca prestou!

    Vativa abria os olhos horrorizados e não conseguia mais dormir. Uma noite, já totalmente transtornada com a aparição frequente, saiu gritando pela casa.

    Ouvindo os gritos da mãe, o pequeno Yorg acordou e desatou a chorar. Sem saber como, a faca apareceu em sua mão.

    — Cale a boca, garoto dos infernos! — A lâmina penetrou por três vezes no pequeno corpo. Retomando a consciência, não suportou a visão do crime cometido e caiu desmaiada.

    Na queda, a vela que iluminava o pequeno ambiente caiu-lhe sobre as vestes e em pouco tempo o fogo consumia tudo.

    Por muitos anos, o espírito de Vativa vagou até conseguir a chance de evoluir junto a um grupo de trabalhadores de esquerda, mas se há uma coisa que ela odeia é relembrar o fato, por isso poucas vezes o comenta.

    Com posto garantido na falange do cemitério, detesta ser lembrada para amarrações e perde a compostura quando há um pedido do gênero.

    Hoje, todos a conhecem pela grandeza dos trabalhos que pratica na linha da guardiã Maria Padilha das Sete Catacumbas ao lado do Senhor Exú das Sete Catacumbas, pois todo médium que recebe Seu Sete recebe também Maria Padilha das Sete Catacumbas em algumas ocasiões, caso contrário após muito tempo recebendo somente Seu Sete, passa a sentir-se pesado.

    Ponto Cantado de Maria Padilha das Sete Catacumbas – Senhora dos Amores

    Letra do Ponto Cantado:

    Entre sedas e cortinas
    Entre perfume de flores
    A rosa vermelha abria
    Para se tornar um dia
    A senhora dos amores (bis)
    Ela mandava a sombra de um rei
    Tal qual para o palácio
    Seu sussuro era lei
    E quando dessa terra foi ceifada
    Iansã colheu uma rosa
    E prantou em sua morada (bis)
    E é por isso que ela mora na calunda
    Ela é a rainha da noite
    Até a lua se deslumbra
    Por isso que eu digo
    Nao mexa com a rainha
    Ela é Padilha, é das Sete Catacumbas
    Linda, eterna rosa
    Rosa linda mulher
    Maria Padilha, Mãe Oyá lhe deu axé (bis)

    Chegada de Maria Padilha das 7 Catacumbas para sua Festa

    Características de Maria Padilha das 7 Catacumbas

    Maria Padilha das 7 Catacumbas gosta de cigarros, champanhe, rosas vermelhas em número ímpar, jóias, cosméticos, espelhos, mel, licor de anis, velas.

    Sete Catacumbas é uma espécie de policial executante das ordens de todos os Orixás no plano mais denso.

    É um mensageiro ou mensageira que entra e sai das zonas umbralinas, sem temor, assumindo uma forma ameaçadora para fazer-se respeitar.

    Maria Padilha das 7 Catacumbas é muito grande, por isso é importante que conheça a capacidade de ação da entidade, que é uma poderosa força da natureza e mesmo assim ainda é pouco conhecida.

    Maria Padilha das 7 Catacumbas é muito poderosa e realmente muito séria, então é preciso que dê a sua oferta de coração, caso o for fazer.

    Como ela adora cemitérios e esses locais são seus principais pontos de força e trabalho, em muitos casos, as oferendas são colocadas na porta de um cemitério ou mesmo ao lado de uma sepultura.

    Maria Padilha das 7 Catacumbas é forte, basta que se entregue a essa entidade. Ela é muito focada e concentrada, é uma entidade que consegue tudo o que deseja, então certamente lhe ajudará muito, lhe mandando muitas boas energias, basta crer em seu poder.

    Maria Padilha das 7 Catacumbas é ligada à morte e à transição entre o mundo físico e o espiritual e seus filhos são parecidos com ela, são muito propensos ao desenvolvimento e atingir as suas metas e podem ser muito eficientes e justos, tanto quanto a mãe.

    Livro Recomendado:

  • Maria Padilha do Inferno: Características, História, Filhos e Imagem

    Maria Padilha do Inferno: Características, História, Filhos e Imagem

    Maria Padilha do Inferno tem o visual mais diferente entre todas as Marias Padilhas ou pombas giras, pele vermelha e uma postura exageradamente erotizada.

    Ela é muito popular por suas imagens de gesso e resina que são facilmente encontradas nas casas de artigos religiosos (geralmente na entrada, onde as pessoas depositam moedas).

    A personalidade dela não é das mais simpáticas, muito soberba e cheia de si, seu senso de ética é muito questionável.

    Muita gente sabe que ela faz coisas que naturalmente não devia ou pelo menos não são comuns de serem executadas por entidades.

    Esta é a pomba gira e Maria Padilha mais velha entre todas, e qualquer coisa que se conhece sobre as outras pombas giras não se aplica a ela.

    Mesmo sendo líder da falange das Rainhas, ela consegue ser única.

    História de Maria Padilha do Inferno

    A história de Maria Padilha do Inferno é conturbada, envolve traição entre irmãs e uma prisão eterna no inferno.

    Confira à seguir:

    Há muito tempo atrás, na época que os homens ainda viviam em pequenas cidadelas, existiu um Rei árabe que era pai de duas princesas gêmeas: a doce Nádia e a perversa Layla.

    Nádia era a mais velha, foi a primeira a sair da barriga da mãe na hora do parto e, por isso era a herdeira do trono.

    Seria a rainha suplente na falta do pai, porém Layla era muito invejosa e queria ser Rainha no lugar de irmã.

    As duas eram belíssimas mulheres idênticas. Nádia era bondosa, virgem, caridosa e honesta, cultuava o dia.

    Layla era malvada, promíscua, mesquinha e torpe, cultuava a noite. Quando o Rei morreu, Nádia subiu ao trono.

    Layla queria muito e passou a desejar a morte de Nádia para que pudesse usurpar o trono, porém não tinha coragem de matar a irmã com as próprias mãos.

    Layla recorreu as forças ocultas e contratou os serviços de uma bruxa chamada Débora Lagarrona. Lagarrona disse à Princesa Layla que se Nádia ainda fosse solteira, ela poderia ser oferecida para ser noiva de um demônio: o Grã Duque Nergal.

    E ele a levaria para as profundezas de Kurnugia, que é um dos andares do Inferno. E de lá ela jamais retornaria.

    Assim, Layla assumiria o trono sendo finalmente Rainha. A bruxa Lagarrona pediu uma série de especiarias para poder invocar a presença do Grã Duque Nergal e Layla forneceu tudo que ela pediu, inclusive fios de cabelo da ingênua Nádia.

    Nergal apareceu para a bruxa e aceitou Nádia para ser sua esposa. Nádia, que naquela hora estava penteando os cabelos diante do espelho, foi puxada para dentro de seu próprio reflexo caindo no quinto dos Infernos, na cama de Nergal.

    O casamento de Nádia e Nergal só poderia ser consumado caso ela fizesse sexo com ele de livre e espontânea vontade, mas ela, que era casta, se negou a deitar com ele.

    Nergal ficou enraivecido, pois se sentia enganado, já que a Bruxa Lagarrona disse a ele que Nádia o desejava como marido.

    Ele sabia que não encontraria facilmente uma mulher linda como Nádia era e, por isto não desistindo dela, a trancafiou no calabouço do castelo e a manteve lá na esperança de que ela temeria o horror daquela cadeia e aceitaria consumar o casamento.

    Com o desaparecimento da irmã, Layla foi coroada Rainha, mas isso não trouxe paz para ela. As irmãs gêmeas tem uma ligação espíritual muito grande e, por isto Layla todas as noites sonhava com Nádia presa na cela no castelo de Nergal e via os horrores que ela passava acorrentada a grilhões.

    Nergal não podia obrigar Nádia a se deitar com ele, pois isso seria um estupro, e um estupro não é sexo, estupro é uma violência.

    Somente sexo pode consumar um casamento, violência não. Nádia se negava a Nergal, repudiava a idéia de se entregar a ele.

    Todas as noites, Layla sonhava com os gritos de sua irmã sozinha numa cela escura. O remorso encheu o espírito de Layla e os sonhos a aterrorizaram todas as noites, de modo que ela quase enlouqueceu.

    Layla se arrependeu do que havia feito com a irmã. Ela chamou novamente a bruxa Lagarrona e pediu que ela invocasse Nergal novamente, mas que dessa vez queria falar com ele pessoalmente.

    A bruxa assim fez e Nergal apareceu para elas duas. O grande demônio olhou para Layla e perguntou: “Nádia? Como fugiu da cela?”

    Layla tinha como plano assumir a identidade de sua irmã para salva-la. Ela disse: “Eu sou sim Nádia, mas a mulher que tu está a manter cativa é minha irmã gêmea. Liberte-a e eu vou contigo.”

    Nergal, em um estalar de dedos, fez Nádia aparecer na sala desfalecida, suja da fuligem do fogo do inferno.

    Layla tomou a mão do demônio e foi com ele para as profundezas, onde consumou o casamento e se tornou sua esposa.

    Nádia retomou seu reinado na Terra e Layla assinou um reinado no inferno. As duas agora eram Rainhas, porém Layla não aceitou ser cônjuge de Nergal apenas, se aliou aos demônios do Inferno e assim ela derrubou o marido e usurpou todo o poder que ele tinha, sendo chamada de Rainha do Inferno.

    Nergal entregou a ela o livro dos mortos e ela até hoje existe como poderosa mulher humana que reina sobre os diabos.

    Layla se tornou a própria Luxúria, o espírito de lascívia, a dona da vaidade que reina sobre as almas condenadas.

    Ela envia para a Terra muitas almas de mulheres que tem o seu caráter, e elas se apresentam como Rainhas do Inferno.

    Deus criou a Luz, mas também criou as trevas. A mulher que tem a pele vermelha que é chamada de Diaba, um dia já foi uma princesa.

    Saravá!

    Maria Padilha do Inferno na Umbanda

    Maria Padilha do Inferno tem bastante força na Umbanda e pode ajudar qualquer pessoa que clamar por ela.

    Possui uma personalidade forte e não aguenta desaforo ou ser passada para trás, sendo uma pomba gira que pune caso seja usada da forma errada.

    Maria Padilha do Inferno deve ser usada para crescer e tornar desejos em realidade, afinal para ela é fundamental que os desejos de seus filhos virem realidade, neste caso, com certeza ela irá apoiar.

    Maria Padilha do Inferno preza pelo que é certo e pune os filhos que agem com injustiça. Ela age apenas de modo correto e ela entende bastante de seus filhos, que tendem a ser bastante pacientes no dia-a-dia.

    A coragem de Maria Padilha do Inferno é enorme, mas ela não é onipotente, ela apenas tem um lado corajoso muito famoso.

    Os filhos de Maria Padilha do Inferno possui um jeito de ser peculiar e recebem como herança muitas características da pomba gira.

    Quem é filho de Maria Padilha do Inferno ajuda a todos e recebem muita energia boa dela, são muito responsáveis, possuem uma noção da vida que faz com que eles prosperem mais facilmente e costumam ter uma posição muito leve diante dos desafios da vida, tendo muita coragem, assim como ela, que encara até os mais grandiosos desafios e problemas.

    Buscar desenvolvimento pessoal é algo natural para os filhos de Maria Padilha do Inferno, que passa muitas boas características à eles.

    Os filhos de Maria Padilha do Inferno ainda prezam muito pela justiça e essa característica também é uma marca da pomba gira.

    Se você suspeita que alguém pode ser filho ou filha de Maria Padilha do Inferno, analise a forma como essa pessoa lida com a justiça.

    O natural também é que os filhos de Maria Padilha do Inferno sejam prósperos, pois a pomba gira consegue abrir os caminhos de tais pessoas.

    Assim, Maria Padilha do Inferno deve ser vista como um símbolo de prosperidade. Ela tem a sua própria falange e sua força é realmente grande.

    Uma boa oferenda para Maria Padilha do Inferno pode ajudar a chegar mais rapidamente a essa entidade.

    Uma oferenda digna da força de Maria Padilha do Inferno deve ter champanhe, vinho, batons, espelhos e bijuterias.

    Para agradar Maria Padilha do Inferno, você precisa investir em coisas boas, afinal ela é muito positiva e a ira de Maria Padilha do Inferno apenas será atiçada se promessas feitas a ela não se cumprirem.

    A força que vem de Maria Padilha do Inferno é muito grande e todos os seus seguidores costumam ser pessoas boas e prósperas, além de muito justas.

    Ela é parceira do Exu Rei das 7 Encruzilhadas e juntos comandam os caminhos na Terra e no Inferno.

    A Imagem de Maria Padilha do Inferno

    Maria Padilha do Inferno é representada por uma mulher sorridente sentada em um trono de rainha, com coroa, capa vermelha e poucas vestes.

    Também é representada com chifres, pele vermelha e praticamente nua. Algumas imagens mais comportadas a representam com semblante mais sério, de forma mais elegante e bem vestida, podendo usar também roupas pretas.

    Maria Padilha do Inferno é associada à caveiras, felinos, serpentes, à sexualidade e ao bom gosto.

    Livro Recomendado:

  • Maria Padilha do Cabaré: Quem é, Histórias, Imagem, Características, Pontos Cantados e Guia

    Maria Padilha do Cabaré: Quem é, Histórias, Imagem, Características, Pontos Cantados e Guia

    Maria Padilha do Cabaré é extremamente poderosa e trabalha na falange de Maria Padilha. É uma entidade bonita, jovem, sedutora, elegante, feminina, faceira, astuta, audaciosa, mas também tem vidência.

    É certeira e sempre tem algum conselho para as pessoas, principalmente para aquelas que sofrem de amor.

    Sua força também é usada para desmanchar feitiços, pedir proteção, curar doenças e zelar pelas coisas do coração e do dinheiro.

    É muito temida por sua frieza e seu implacável poder na questão de demandas. É uma entidade muito carismática e apreciada pelo povo de umbanda, pois adora trabalhar quando está na Terra e suas médiuns são sempre pessoas alegres e de aparência muito jovem.

    Ela trabalha para amor, união, concursos e tudo o que for a respeito de progresso material! Os cabarés, ponto de força desta entidade, eram espaços pequenos e ligados ao submundo das grandes cidades europeias dedicados a shows, fossem eles de dança, teatro, música, contadores de piadas, strippers, enfim, um grande show de calouros onde a fumaça de cigarro nublava os holofotes e enchia as narinas.

    Um estabelecimento onde se apresentam espetáculos artísticos, satíricos, e onde os clientes podem tomar bebidas e cujo ambiente foi o principal vivido por Maria Padilha do Cabaré em sua encarnação.

    Primeira História de Maria Padilha do Cabaré

    Maria Padilha Rainha do Cabaré viveu na França, em 1639, e se chamava Suzanne. Ela era filha de um rico milionário banqueiro.

    Até uma certa idade, Suzanne tinha como único intuito se casar e continuar tendo a vida maravilhosa que sempre teve na casa de seus pais.

    Passados uns anos, Suzanne se apaixonou tão perdidamente por um estrangeiro que decidiu fugir da cidade com ele, abandonando todo o luxo e conforto que recebia de seus pais naquela época.

    No dia da fuga, o amor de Suzanne não apareceu, deixando a mesma plantada no local do encontro e o seu coração partido por uma desilusão amorosa.

    Desiludida, Suzanne decidiu rapidamente que não mais queria amar e nem ser amada, que nunca mais se prenderia a nenhum homem e que jamais voltaria a amar ninguém.

    Assim, ela fechou o seu coração e começou à namorar um e namorar outro. Desesperados com a atitude da filha, seus pais decidiram fortemente que iriam deserdá-la.

    Dessa forma, Suzanne perdeu toda a sua riqueza e a sua mãe nada pode fazer, porque naquele tempo as mulheres não tinham muita voz na sociedade, pois o mundo era inteiramente machista.

    Então, Suzanne foi trabalhar em uma casa de cortesãs, mas essa não foi a primeira oportunidade que ela encontrou, porque antes de chegar nessa boate, ela bateu em várias portas, porém poucas portas se abriram para ela e a única pessoa que à acolheu foi uma cortesã de idade, dona de um cabaré muito luxuoso.

    Essa mulher ensinou Suzanne os ofícios de uma cortesã, mas ao contrário do que muitos pensam, Suzanne nunca se prostituiu.

    Ela queria apenas mandar nas demais mulheres que trabalhavam naquele café. Então, após o desencarne da dona da boate, Suzanne se tornou uma das mais ricas cafetinas de toda a França.

    Cuidando de várias casas, ela voltou a se apaixonar e, por culpa desse amor, se perdeu totalmente em seus negócios.

    Após o seu desencarne, ela passou à se chamar Maria Padilha Rainha do Cabaré. “Maria Padilha” pelo fato dela trabalhar na falange de Maria Padilha e “Rainha” pela fortuna que ela tinha antes de ser deserdada pelos seus pais.

    Segunda História de Maria Padilha do Cabaré

    De acordo conta uma lenda, Maria Padilha Rainha do Cabaré foi espanhola e rainha, dona de castelo, e adorava bacalhau, queijos e vinhos.

    Outra história diz que, quando encarnada, ela foi dona de um cabaré espanhol muito luxuoso e famoso, responsável por torna-la uma mulher marcante na sociedade da época.

    Amou apenas uma vez e por ter sofrido por esse amor, nunca mais amou ninguém. Foi uma mulher bem sucedida e se tornou muito rica.

    Ela tinha um dom que lhe acompanhava desde menina: o dom das cartas – o misterioso futuro no qual ela o adivinhava; este dom veio de seus antepassados espanhóis.

    O sofrimento por esse amor foi o que a fez suicidar-se: ela amava um de seus empregados, que era garçom em seu bordel, mas ele era apaixonado por uma das meninas que trabalhavam lá.

    Um dia os dois amantes fugiram. Maria Padilha Rainha do Cabaré sofreu muito e, não aguentando a solidão, matou-se ao se atirar de um penhasco.

    Foi assim que ela foi parar no Umbral.

    Imagem e Características de Maria Padilha do Cabaré

    Maria Padilha do Cabaré é representada por uma mulher ora donzela, ora extremamente sexualizada. Muitas vezes, usando vestido longo vermelho, preto e dourado; rosa no cabelo ou nas mãos; e joias grandes.

    Ás vezes, parece uma cigana, mas é mais comum vê-la representada como uma dama da alta sociedade de épocas passadas ou praticamente nua, usando apenas joias e roupa de baixo.

    Maria Padilha Rainha do Cabaré atua nas áreas onde a mulher exagera na sua sexualidade. Então, ela vem diminuindo a libido, porque essa moça ensina que quando se exagera na sexualidade, acaba-se trancado outras áreas da vida.

    Ela é a protetora das prostitutas, cortesãs, mulheres que se casam muito cedo e não permite que mulheres que já foram abusadas sexualmente continuem passando por isso.

    Maria Padilha Rainha do Cabaré também atua muito bem nos negócios e gosta quando as mulheres trabalham com joias, bijuterias, sapatos, bebidas e coisas delicadas.

    Ela também adora que as mulheres sejam emponderadas financeiramente. Então, se você precisa ter mais sensualidade, amor ou deseja abrir um negócio de sucesso, peça proteção à Maria Padilha Rainha do Cabaré.

    Essa moça gosta de tecidos leves e de seda, joias em tons dourados, diamantes, bijuterias com zircônia e strass, champanhe rosé, campari, etc.

    Se você quer agradá-la, dê à ela uma pulseira dourada com brilho e com pedras. Pode dar também brincos, anéis, juntamente com uma bebida rosé, um lenço de seda e flores vermelhas.

    Tudo isso pode ser dado à Maria Padilha do Cabaré sem a necessidade de serem coisas caras. Ofereça à ela simplesmente com o coração e ela se sentirá extremamente agradada.

    Claro que hoje, devido sua evolução, aceita oferendas comuns. Mas ela é muito fina, sabe o que é bom, gosta de joias, de belas roupas feitas de bons tecidos e adora saias com muitos babados e leque.

    Esta senhora gosta de ser bem cuidada, principalmente pelos seus aparelhos mediúnicos, joga cartas, sabe ser amiga de seus cavalos e sabe o que diz – vem à Terra a trabalho e não a passeio.

    Como toda Maria Padilha, gosta de champanhe, licor de aniz, martini, campari e mel. Seus ebôs (nas religiões que os fazem) são pata preta, pomba preta e cabra preta.

    Fuma cigarros e cigarrilhas de boa qualidade. Recebe suas oferendas, seus presentes e seus despachos em encruzilhadas em forma de “T” ou de “X”, de preferência perto de cabarés (irá de acordo com o pedido da entidade), bares, boates…

    Adora cosméticos e espelhos. As rosas a serem oferecidas a esta pomba gira devem ser vermelhas (nunca botões) em número ímpar, cravos e palmas vermelhas.

    Símbolos: pássaro, tridente, lua, sol, chave e coração.

    As velas podem ser pretas e vermelhas, todas vermelhas e, em certos casos, pretas e brancas ou, ainda, todas brancas (dependerá do trabalho a ser realizado; a entidade dirá qual cor a usar).

    Ela tem 7 amores – seus maridos são o exu Rei das Sete Liras, exu Lúcifer, Zé Pilintra, Zé Malandro, Zé do Catimbó e outros da falange da malandragem, ela pode ter muitos maridos, que se tornam seus “escravos” ou empregados.

    Maria Padilha Rainha do Cabaré é a grande dama da malandragem, tanto que em suas festas os Malandros são presença marcante.

    Maria Padilha Rainha do Cabaré gosta de luxo, dos homens, de dinheiro, da boa vida, dos jogos de azar, de baile e de música.

    É uma grande bailarina, cujos movimentos podem incluir passos das ciganas em alguns momentos, mexendo sensualmente seus braços, como quem desfruta plenamente de seduzir com o corpo em movimento.

    Seu porte é altivo, orgulhoso, majestoso; possui características das mulheres que não tem medo de nada. Rainha do Cabaré também é um dos títulos dado à falange de Maria Padilha.

    Outros títulos são Rainha da Lira, Rainha do Candomblé, Rainha da Malandragem, Rainha dos Infernos, Rainha das Marias, Rainha das Facas, Mulher de Lucífer, Rainha dos Ciganos etc.

    “Lira é uma cidade africana, que fica nas fronteiras orientais do Reino Baganda, de lá venho eu…” também conhecida como” Rainha do Candomblé” ou Rainha das Marias.

    Rainha do Candomblé não pelo culto africanista aos Orixás, senão por ser essa palavra o sinônimo de dança e música ritual.

    “Uma mulher que nasceu em um dia qualquer, que se criou sozinha e se tornou Rainha pela sua própria força, teve vários homens em sua cama, mas amou um só.”

    Ponto Cantado de Maria Padilha do Cabaré

    Chegada de Maria Padilha do Cabaré

    Guia de Maria Padilha do Cabaré

    A guia de Maria Padilha do Cabaré é feitas em contas vermelhas, pretas e amarelas, contendo símbolos de rosa e tridente.

    Livro Recomendado:

  • Maria Padilha Quitéria: Histórias, Quem é, Pontos Cantados, Oração, Caminhos, Características, Imagem, Frases e as Três Marias

    Maria Padilha Quitéria: Histórias, Quem é, Pontos Cantados, Oração, Caminhos, Características, Imagem, Frases e as Três Marias

    Apesar de muitas pessoas pesquisarem por e acreditarem que existe uma Maria Padilha Quitéria, Maria Padilha e Maria Quitéria são duas entidades diferentes.

    Ambas são pombas giras, mas suas histórias são completamente diferentes, não devendo haver confusão, como um próprio ponto cantado dela diz:

    (…) Eu sou Maria, mas não vão se confundir por aí, porque eu sou Maria, Maria Quitéria (…)

    A confusão entre as entidades Maria Padilha e Maria Quitéria, provavelmente se dê, porque a pomba gira Maria Quitéria é uma das mais conhecidas no reino umbandista, assim como Maria Padilha.

    A Pomba Gira Maria Quitéria é uma entidade de religiões afro-brasileiras, uma grandiosa entidade da linha de esquerda, muito atuante dentro da nossa querida umbanda, tão famosa e tão temida.

    Comanda uma grande falange de espíritos, tendo como parceira a Dona Maria Navalha. Muitos dizem que é a irmã mais velha de Maria Mulambo e de Maria Padilha.

    História de Maria Quitéria (A Mais Contada)

    A história dessa pomba gira maravilhosa teve inicio na cidade de Lisboa, em Portugal, em meados do século 19, quando nascia uma bela menina de olhos negros e penetrantes na casa de uma família economicamente abastada.

    Seu nascimento fora uma festa para a família, pois sua mãe, uma jovem portuguesa, após alguns anos de matrimônio com um militar brasileiro, não conseguia realizar um grande sonho, que era de ter um filho de seu amado.

    Após as esperanças se findarem, veio a grande surpresa, uma gravidez, que foi a grande felicidade de todos.

    E então chegou o tão esperado dia, o nascimento de uma criança que já era tão amada e guardada. O primeiro choro emocionou a todos, a jovem portuguesa, em lagrimas abraça o esposo e mostra a bela menina de pele não muito clara.

    Uma pequena princesa, que teve como nome a tradicional Maria, para seguir a tradição familiar, e o composto de Quitéria, pois a mãe da menina era muito devota e extremamente agradecida a Santa Quitéria.

    Sete anos se passaram, a menina Maria Quitéria era muito esperta e falante, e assim criava muitas amizades com todos da região.

    Nessa época, o Rei de Portugal estipulou uma lei na qual eram tomadas a coroa e terras que, mesmo produtivas, viraram propriedades do poder, deixando os trabalhadores rurais sem ter onde morar e o que comer, e assim foi nascendo grandes revoluções e invasões em torno da região.

    Em uma dessas invasões, alguns malfeitores se entraram em meio dos trabalhadores rurais e, assim, aproveitando a confusão, assaltavam as casas das pessoas que residiam na cidade, e faziam isso com extrema covardia, chegando a assassinar moradores inocentes.

    E uma dessas casas foi a da pequena Maria Quitéria que, ao ver a invasão na casa de seus pais, ficou desesperada, pois os assassinos já tinham alcançado os mesmos.

    Uma serviçal da residência, ao notar o acontecido, pegou a menina pela mão e saiu escondida pela parte de trás da casa, indo se esconder por entre as árvores que ficavam em um pomar.

    Ficaram ali por horas escondidas, enquanto dentro da residência os malfeitores roubavam tudo, agrediam os pais de Maria Quitéria e os serviçais.

    Diante de uma fúria incontrolável, esses larápios atacaram a todos que ali estavam com punhais pontiagudos, assassinando a todos e sem o menor arrependimento.

    Os sanguinários atearam fogo por toda a casa, queimando os corpos, até mesmo os que ainda não tinham desencarnado, sobre os olhos mareados de lágrimas da pequena Maria Quitéria que observava tudo.

    Os assassinos saíram apressadamente e sem olhar para trás deixaram aquela grande dor no coração da menina.

    Sem ter aonde ir, a serviçal levou a menina a um acampamento de Ciganos, implorando ajuda e explicando o que havia acontecido.

    Pedia ela que os Ciganos tomassem conta da pequena criança, pois não tinha condições de ficar com a menina.

    O Povo Cigano tinha na alma a caridade extrema, e acolheram a menina como se fosse uma deles. E ali ficou dez anos, viajando de cidade a cidade em Portugal como uma verdadeira nômade, até que, por questões do Rei, começaram perseguições implacáveis sobre os Povos Ciganos, fazendo assim com que o grupo no qual se encontrava Maria Quitéria partisse para o Brasil.

    E foi assim que Maria Quitéria veio para o Brasil, já uma jovem, linda, guerreira, sabendo as magias ciganas, caridosa e extremamente forte.

    O tempo foi se passando e de cidade em cidade, agora no Brasil. Maria foi tendo novas experiências, até que um belo dia o chefe do Clã Cigano na qual ela fazia parte decidiu retornar a Portugal, porém a jovem estava decidida a ficar, e assim houve a despedida dela daquele tão generoso Povo Cigano que a acolheu com tanto carinho e dedicação.

    Ela então se tornou uma nômade solitária, como uma andarilha, buscava lugares para pernoitar, e assim foi conhecendo muitas pessoas e tendo novas experiências.

    Entre essas pessoas, ela passou por meio de grandes fazendeiros, de prostituas, de malandros, pessoas do bem e do mal, e a todas ela buscava demonstrar palavras de auxilio, de luz, de caridade.

    Auxiliou diversas pessoas com o que aprendera com os Ciganos, trouxe paz aos desesperados, comida aos famintos, água aos sedentos, luz aos que se encontravam na escuridão.

    Por viver nas ruas, ela aprendeu a se defender e defender seus semelhantes, e tinha nessa colocação a sua dádiva de vida.

    E, em um fato assim, Maria Quitéria teve seu desencarne já com seus trinta anos, pois em uma das suas andanças pelas noites e sem destino, encontrou uma jovem prostitua desesperada a correr e chorando muito, vendo esse fato, logo se pôs a tentar ajuda-la.

    A jovem esclarece que está sendo perseguida por covardes homens na qual ela não aceitou ceder a proposta que lhe fizeram, e com a negativa eles decidiram mata-la.

    E, nesse momento, chefa a frente delas um homem forte e com olhar covarde, gritando que ela deveria o acompanhar, e a jovem em negativa se esconde atrás de Maria Quitéria, que toma a frente da situação, tirando de sua saia um punhal afiado.

    O homem avançava sobre as duas e, nesse momento, Maria Quitéria o ataca acertando o punhal na barriga, fazendo um grande e profundo corte.

    Ele cai, e as duas correm pela escuridão. Nesse momento, chega até o homem os outros que também estavam perseguindo a jovem prostituta e, ao vê-lo ao chão ferido e desacordado, ficam sem entender o acontecido.

    Acreditando que o homem ferido estava morto, um dos perseguidores se joga de joelhos ao chão e, em um grito de desespero e dor, grita a frase: “Meu irmão, quem fez isso com você?”.

    Nesse momento, Maria Quitéria vê o desespero do rapaz e diz à jovem para fugir, pois ela iria retornar para auxiliar o ferido e assim acalmar o coração de seu irmão.

    E assim foi feito, ela retornou e, chegando junto ao homem ferido e seu irmão, ela diz:

    “Meu rapaz, tome esse frasco com essa poção Cigana, dê um bom gole a boca de seu irmão e depois jogue o restante no ferimento”.

    O rapaz, seguindo as orientações da mulher, fez o que deveria fazer, enquanto ela sumia na escuridão, sem ser notada, pois todos estavam apáticos ao verem a reação do homem e da ferida que fechava e cicatrizava na frente dos olhos de todos.

    E, assim se passaram sete dias, o homem que antes ferido já andava normalmente pelas vielas da cidade e andava não a esmo, pois em seus olhos brilhavam o sentimento de vingança.

    Em certo ponto de uma viela escura, ele vê Maria Quitéria dormindo ao relento e, se aproximando como uma serpente, decide se vingar estocando um punhal no coração da mulher que dormia indefesa.

    E, assim, Maria Quitéria desencarna, e em seu redor e diante dos olhos assustados do assassino, espíritos obsessores tentavam levar o espírito de Quitéria para a escuridão, pois viam nela uma grande força.

    Porém, diante desse fato, foram surgindo espíritos de luz, uma legião de sete Exus, que vieram resgatar Maria e levarem ela para o lugar das divindades de luz, para que pudesse, com a benção de Oxalá, se tornar uma entidade de Luz lutadora em prol da caridade e guerreira contra a escuridão da maldade.

    Os Exus pegaram Maria Quitéria pela mão, dando-lhe o caminho a seguir, e ela sorridente se foi armando um lindo caminho de luz brilhante.

    Sem quase acreditar, o assassino se põe de joelhos, sem perceber que os espíritos sem luz que antes tentavam desviar o caminho do espírito de Maria Quitéria, colocavam-se em volta dele, sugando suas energias até o ponto de seu desencarne, e assim o levaram para o reino da escuridão, como mais um escravo.

    Hoje, Maria Quitéria trabalha nos terreiros de Umbanda, sua linha é a das pombas giras, e ela tem um jeito muito peculiar de falar, parecendo um tanto radical e bastante brava, assim como demonstrava nas ruas e vielas que vivia, não como demonstração de prepotência, mas sim pela sobrevivência.

    Quem é Maria Quitéria?

    A pomba gira Maria Quitéria é uma das mais conhecidas na Umbanda e atua na mesma legião da pomba gira Maria Padilha, sendo normal um(a) médium bem preparado(a) em seu desenvolvimento mediúnico ter Maria Padilha na coroa bem como a bela senhora Maria Quitéria.

    Dona Maria Quitéria é uma entidade muito forte e, sendo assim, ela comanda uma enorme falange de mulheres, entre tantas se destaca Maria Navalha, que é sua subordinada direta.

    Maria Quitéria, em terreiros bem firmes, sem mistificação e com médium preparado, é acompanhada por sete Exus que formam uma legião de trabalho e proteção onde Dona Maria Quitéria for e estiver.

    Dona Maria Quitéria é muito fina e elegante, adora tomar champagne, fumar suas cigarrilhas, seus perfumes e rosas.

    No entanto, apesar de já termos todas essas informações sobre, quando falamos de Dona Maria Quitéria, a pomba gira, mesmo dentro da Umbanda, ainda paira um pouco e mistério na cabeça de muita gente.

    Como visto acima através da história de Dona Maria Quitéria, ela foi uma jovem inocente que começou a ser fugitiva e acabou por se tornar em uma das Entidades de Luz mais poderosas e conhecidas de todas.

    Entretanto, a pomba gira Dona Maria Quitéria se difere mais pelo seu tom de pele escura e extremamente encantadora.

    Maria Quitéria gostava, e muito, de cantar, de dançar e de se mexer ao ritmo das músicas ciganas. Outra característica marcante da pomba gira Dona Maria Quitéria era sua força interior, extremamente forte.

    E como se esperava, Dona Maria Quitéria não gosta de injustiças, odeia ver maldade nos olhos das pessoas e detesta assistir a sofrimentos, por isso ela faz de tudo para acabar com tudo isso e para trazer um pouco de felicidade para a vida de quem realmente esteja necessitado.

    Para invocar a pomba gira Maria Quitéria há duas formas: a primeira delas é realizar uma oração poderosa para alguma finalidade, tal com a que é apresentada abaixo e, a segunda é através de um ritual realizado por um médium experiente.

    Nesses trabalhos, você faz seus pedidos e, se a pomba gira Dona Maria Maria Quitéria ver que você está mesmo precisando, se o que deseja é bom para você, ela vai lhe ajudar.

    A oferenda para a pomba gira Maria Quitéria, geralmente, leva rosas (em número ímpar), champanhe, licor de anis, velas, jóias ou bijuterias, espelho, cigarros de filtro longo, cigarrilha, perfumes finos, lenços e lindas toalhas vermelhas.

    Se o caso for mais sério, o pedido poderá ser diferente, mas, no geral, esses são os itens mais solicitados por Dona Maria Quitéria.

    A pomba gira Dona Maria Quitéria é uma entidade muito forte e poderosa que você deve respeitar muito, pois ela sempre virá em ajuda a quem possa estar necessitando, sempre com muita atenção aos seus filhos que à invocam para os objetivos corretos.

    A pomba gira Dona Maria Quitéria é conhecida por seu forte poder de sedução, podendo ajudar em casos amorosos, e também podendo ser ótimas companheiras e amigas espirituais de grande valor.

    Pontos Cantados de Maria Quitéria

    Eu tenho um nome tão lindo

    Mas eu só uso em tempo de guerra (2x)

    Querem saber o meu nome?

    Eu sou a Maria Quitéria (2x)

    Maria tem tantas por aí

    Toma cuidado que é pra não te confundir (2x)

    Eu sou Maria … Eu sou a Maria Quitéria (2x)

    ===============

    Andava sem rumo a noite

    Andava sem rumo de dia (2x)

    Minha vida era quase perdida

    Mas conheci uma linda pomba gira

    Me aconselhando nos momentos de agonia

    Maria Quitéria sem você o que eu seria

    =================

    Maria Quitéria come ponta de Agulha (2x)

    Quem mexer com ela, cava a sepultura (2x)

    Oração à Maria Quitéria

    Maria Quitéria é uma rainha que provê realização na vida das pessoas que a ela recorrem. Ela traz libertação, pois é poderosa, e basta divulgar a oração como agradecimento para conseguir a ajuda dela.

    Maria Quitéria, minha poderosa rainha, me ajude a consertar a minha vida agora, preciso da minha independência total financeira, da minha dignidade humana, da harmonia, paz, amor e prosperidade agora em minha vida.

    Minha rainha Maria Quitéria, eu sou merecedora, eu tenho certeza, pois sigo no caminho, minha querida amiga, faça justiça, que eu possa me ver livre agora desta situação indigna que eu não mereço.

    E que eu obtenha a minha realização de vida agora [faça seu pedido aqui], pois tu és justa, forte, poderosa e sábia, me socorre, pois estou necessitando urgentemente de sua ajuda agora!

    Liberta-me, guia-me, orienta-me trabalha para que eu possa me desembaraçar disso tudo e, se houver alguma demanda contra mim, minha rainha, peço que a desmanche totalmente e mande de volta a quem mandou.

    Poderosa Maria Quitéria, eu confio em ti no teu poder e justiça! Eu sei que você tem esse poder, por isso confio muito na sua palavra!

    Minha rainha poderosa, eu agradeço a tua ajuda preciosa! Obrigado(a), minha rainha Maria Quitéria, vou publicar esta oração em agradecimento por ter certeza de que estou sendo atendida.

    E sei que já consegui tudo com sua ajuda, Laroyê Maria Quitéria!

    Segunda Historia de Maria Quitéria

    Essa pomba gira nasceu em 1624, no Reino de Portugal, em Lisboa. Como toda portuguesa, ela recebeu o primeiro nome de Maria e o segundo nome de Quitéria, em homenagem a santa portuguesa.

    Ela foi criada por sua avó materna, pois sua mãe era viúva e enamorou-se do imediato de um navio mercante, seguindo com ele em viagem.

    Maria veio para o Brasil e acomodou-se em Minas Gerais. Com 19 anos, Maria teve seu primeiro filho na fazenda onde seu esposo trabalhava como capataz.

    Maria era uma moça prendada e sabia cuidar da casa e do marido com muito carinho, e isso despertou olhares cobiçosos de outros jagunços da fazenda.

    Passaram dois anos de harmonia e paz, até que um dia José chegou em casa e encontrou Maria desacordada nos braços de outro, por uma armação.

    Ele não pensou duas vezes, matou-a com 7 tiros e atirou contra seu companheiro, que fugiu porta afora. A criança foi entregue aos cuidados de uma família da fazenda.

    José viveu muitos anos infeliz e sem ninguém. Queria muito saber por que Maria fizera aquilo com ele. José foi atrás do farsante para que este contasse a verdade, ou tiraria sua vida ali mesmo.

    E este lhe contou que sua mãe não passava bem, então Maria lhe preparou uma garrafada e alertou-o que o remédio causava um forte sono e, por isso devia ser tomado somente à noite.

    No dia da tragédia, ele pediu ajuda a Maria novamente, dessa vez dizendo que ele não se sentia bem. Maria fez e serviu um chá aos dois, tomando para acompanhá-lo, mas não percebeu que o jagunço havia acrescentado ao chá o preparado daquela garrafada.

    Ela sentiu diferença no gosto, mas não levou em consideração. Quando ela sentiu sonolência, pediu ao jagunço licença, ele saiu e ela foi se deitar.

    Ele esperou até que ela dormisse e foi ter com ela… Maria até que começou a acordar, mas ele trancou sua respiração e ela desmaiou.

    Então, ele aproveitou para estuprá-la. Foi quando José chegou e ocorreu o fato. José, ao ouvir essa história, ficou desconsolado.

    Então, sua Maria era inocente! Então, José levou o jagunço pra fora do armazém e lhe deu três tiros na cabeça.

    Depois desse crime, José evadiu-se de Minas Gerais e nunca mais foi visto. Maria, por sua vez, foi recolhida ao plano espiritual e pôde enfim descansar.

    Após o tratamento e o refazimento, Maria passou a trabalhar na Linha das Almas, na falange “Maria Quitéria”.

    Maria sempre gostou da história de Santa Quitéria, porque assim como a sua, era uma história de dor, desejo e traição.

    Esta pomba gira se trata de uma guardiã de fé, e é da mesma banda de Maria Padilha. É uma entidade muito forte, que comanda uma falange muito grande de mulheres.

    A pomba gira Maria Navalhada é sua subordinada. Ela acompanha sete Exús e se apresenta sempre, quando bem incorporada, como uma mulher forte e sem rodeios e, ao contrário do que muitos pensam, estas entidades, apesar de serem muito sensuais, não costumam se insinuar a ninguém.

    A sensualidade faz parte da sua maneira de viver e é assim que elas se aproximam dos seus filhos de fé!
    Para Maria Quitéria, suas oferendas tem que sempre estarem impecáveis.

    É uma entidade muito exigente para com seus filhos e filhas, e também com aqueles que requerem sua ajuda.

    A força energética de Maria Quitéria tem maior intensidade em trabalhos a serem executados com as Almas, principalmente em Cemitérios e Montes, sendo quase sempre mensageira de Orixás como Iansã, Obá e, às vezes, Ogum.

    Caminhos de Maria Quitéria

    • Maria Quitéria das 7 Encruzilhadas
    • Maria Quitéria da Calunga
    • Maria Quitéria das Almas
    • Maria Quitéria da Campina
    • Maria Quitéria do Cruzeiro
    • Maria Quitéria da Figueira
    • Maria Quitéria dos Infernos
    • Maria Quitéria das Sete Catacumbas

    Características de Maria Quitéria

    • Atuação: Encruzilhadas, mata, cruzeiros, cemitérios, montes.
    • Amuletos: Navalha, taça, bijuterias, perfumes, batons, toalhas vermelha e preta, rosas vermelhas.
    • Bebida: Champanhes, licores doces.
    • Fuma: Cigarros, cigarrilhas longas, cigarrilhas com piteiras.
    • Vela: Vermelha e preta.
    • Guia: Vermelha, vermelha e preta.

    Imagem de Maria Quitéria

    Maria Quitéria é representada por uma mulher bonita e elegante, de cabelos pretos compridos e vestimentas vermelhas, que podem ser um vestido longo chique ou capa e saia.

    Ela também veste preto e costuma carregar nas mãos e na cintura um punhal. Em algumas imagens, ela também usa chapéu e há versões dela trajando roxo e rosa preta no cabelo.

    É representada com sensualidade, mas também denotando coragem e força. Suas imagens costumam ser as mais belas, ás vezes segurando uma taça e demonstrando seu lado festeira.

    É comum também vê-la representada seminua e associada à caveiras.

    Frases de Maria Quitéria

    • Não há mal que pode derrubar um coração cheio de fé! (Maria Quitéria)
    • Ter uma Quitéria no terreiro é a certeza de demanda vencida. (Frase de Filho de Axé)
    • Continue firme, mesmo quando o cansaço bater. Continue com fé, mesmo quando não tiver mais esperança. Continue sonhando, mesmo que a realidade seja tão dura. Continue lutando. (Guardiã Maria Quitéria)
    • Quem tem a magia, não necessita de truques. (Maria Quitéria)
    • Pomba gira da cara amarrada e do abraço cheio de afago. Pomba gira do ponto virado, da altivez e da força de mulher. (Pomba gira Maria Quitéria)
    • O erro do esperto é achar que todos são otários. (Guardiã Maria Quitéria)
    • Se alguém está tentando te derrubar, é porque de pé você faz um grande estrago. (Guardiã Maria Quitéria)
    • Quando eu tive medo, Maria Quitéria andou na minha frente. (Frase de Filho de Axé)
    • Muitas pessoas não querem te ver chegar ao topo, mas elas verão mesmo assim. (Pomba gira Maria Quitéria)
    • Quem não é um bom ímpar, jamais será um bom par. (Maria Quitéria)
    • Quem anda sob a saia de Maria Quitéria não perde o sono. (Guardiã Maria Quitéria)
    • Maria Quitéria tava sentada na porteira da calunga, quem tem inimigo não dorme, fica vigiando. (Frase de Filho de Axé)
    • Maria Quitéria, proteja minhas costas, porque o resto, se bater de frente, eu mesma(o) derrubo na mão. (Frase de Filho de Axé)
    • No coração, levo meu cavalo. E na ponta do meu punhal, levo os seus inimigos. (Maria Quitéria)
    • Ela manda e desmanda. Não tem medo de demanda. Em Maria Quitéria, você pode confiar. (Frase de Filho de Axé)
    • Ela é linda, é linda demais. Maria Quitéria, mulher de satanás. (Frase de Filho de Axé)
    • Quando você se perder e quiser direção, chama Maria Quitéria, mulher de faca na mão. (Frase de Filho de Axé)
    • Meu axé é leve e doce pra quem souber usar, é amargo e salgado pra quem não souber amar. (Maria Quitéria)

    Livros Recomendados:

  • Maria Padilha e Maria Navalha: Incorporadas, Pontos Cantados, Falanges, Características e Imagem

    Maria Padilha e Maria Navalha: Incorporadas, Pontos Cantados, Falanges, Características e Imagem

    Enquanto Maria Farrapo trabalha com a falange Maria Mulambo, a pomba gira Maria Navalha está intimamente ligada à falange Maria Padilha, que foi onde esses espíritos, encontraram oportunidade organizada de trabalho como pombas giras.

    Quem carrega Maria Padilha sabe que inimigo nenhum fica no caminho. Ela arrasta, destrói e desgasta. Maria Padilha tem um jeito sútil e meigo de falar, mais uma força gigantesca para defender os seus.

    Maria Padilha é a consorte de Exu, que é o mensageiro dos Orixás no Candomblé. Maria Padilha, talvez a mais popular pomba gira, é considerada espírito de uma mulher muito bonita, branca, sedutora, e que em vida teria sido prostituta grã-fina ou influente cortesã.

    Maria Navalha foi brasileira legítima e carioca do bairro da Gamboa, zona portuária da cidade maravilhosa.

    Ela se chama Maria Navalha, porque, na verdade Maria “Navalha” era a princípio um apelido, ou codinome se preferir, pois em dado momento de sua vida ela escapou de uma situação extrema e, após esse momento, passou a andar sempre com uma navalha com ela.

    Maria Navalha se manifesta de forma mais livre e passional, usando trajes mais coloridos e alegres que os tradicionais vermelho e preto das guardiãs.

    A vida é um jogo e só se aprende a jogar quando não se tem medo de arriscar! Quando mais rodadas na mesa, mais malandro, mais esperto, mais inteligente você fica. Cada rodada um trunfo diferente! Cada fase da vida, um desafio novo pra enfrentar!Maria Navalha

    Maria Navalha é o nome adotado por muitos espíritos de apresentação feminina que trabalha de forma independente.

    Esses espíritos trabalham como pombas giras, principalmente com a falange de Maria Padilha ou na linha dos Malandros.

    Maria Padilha e Maria Navalha Incorporadas

    5 Pontos Cantados de Maria Navalha

    Maria Navalha Incorporada

    Não se deve confundir MARIA NAVALHA com MARIA PADILHA DA NAVALHA ou MARIA PADILHA DAS SETE NAVALHAS.

    A Navalha é o braço “esquerdo” de Maria Padilha, sempre cooperando de modo próprio com os trabalhos de Padilha. Não existem rivalidades entre Maria Padilha e Maria Navalha, como alguns sugerem.

    A Maria Navalha que trabalha como pomba gira pode apresentar as complementações usuais como: da Encruzilhada, do Cemitério, da Praia, do Cabaré, da Calunga, etc.

    A Maria Navalha Malandra, que é a que trabalha na falange dos Malandros, costuma ter denominações complementares típicas dos mesmos, como: do Morro, da Ladeira, da Lapa, do Forró, do Samba, da Madrugada, da Esquina, do Asfalto, da Boemia, Pé de Valsa, e outros.

    Outra característica na denominação é a complementação regional: Maria Navalha de Pernambuco, de Minas, Baiana, do Norte, etc..

    Pomba Gira ou Malandra, fato é que Maria Navalha, Maria Navalhada ou Maria das Sete Navalhas, conhece os efêmeros prazeres e as profundas dores do submundo das criações humanas.

    Malandra Maria Navalha e Suas Falanges:

    • Maria Rosa Navalha
    • Maria Navalha do Cabaré
    • Maria Navalha da Lapa
    • Maria Navalha da Calunga
    • Maria Navalha das Almas
    • Maria Navalha da Estrada
    • Maria Navalha do Cais

    Quem é Maria Navalha?

    Maria Navalha é dita como uma das mais complexas entidades dentro das pombas giras. Os velhos Tatas do Rio de Janeiro de antanho, grandes conhecedores da Magia Africana, gostavam de contar a pitoresca história de Dona Maria Navalha.

    Dona Maria Navalha ouviu muito os conselhos dos Exus, despachou nas escuras encruzilhadas do porto, fabricou talismãs e usou figas.

    Dona Maria Navalha entrou para a história e virou mito. Um dos pontos cantados de Maria Navalha canta:

    “Mulher de malandro tem nome

    E se conhece pela saia

    Vara curta e onça brava

    Ela é Maria Navalha!”

    Muitos a tem como guardiã em suas diversas faces (Mestra, Baiana e, principalmente, Malandra), Maria Navalha usa de vários arquétipos para exercer seu trabalho nos terreiros.

    A Maria Navalha que se apresentava como pomba gira muito antigamente, é bem diferente da Malandra que conhecemos hoje, ela era extremamente séria, muito rara, e mais raro ainda era seu trabalho ser desenvolvido.

    Características da Pomba Gira Maria Navalha

    Indumentária: Uma grande característica, elas usam chapéu. Gostam de vermelho, preto e dourado. Utilizam jóias, principalmente na cor dourada ou ouro velho. Apreciam saias, não existe uma proibição quanto a usarem calças, porém elas são mais femininas que qualquer outra face de Maria, são as que gostam de saias, maquiagens, os trejeitos de pombas giras. Podem usar bengalas e apreciam perfumes.

    Fumo: Cigarros (cigarrilhas) de todos os tipos, principalmente de filtro longo. Gostam de cigarros de palha, cigarros de filtro vermelho ou cigarros com sabor. Raramente fumam charuto.

    Bebidas: Gostam de champanhe, licores, como licor de anis, cachaças e cervejas. Apreciam taças.

    Comidas: Gostam de padê com bastante dendê, pimentas, carnes, não tendo muita preferência por flores, mas gostam de rosas vermelhas, rosas brancas, cravos vermelhos e brancos, e de flor de chuvisco.

    Armas: As principais armas são punhais, mas podem eventualmente utilizar navalhas (navaletes).

    Oráculos: Nem sempre utilizam oráculos, essa é uma das diferenças entre elas e as Malandras, também não é obrigatório terem dados ou baralhos em seus fundamentos.

    Curiosidades: Você pode ter uma pomba gira Maria Navalha e uma Malandra Maria Preta, ou uma pomba gira Maria Mulambo e uma Malandra do Cais, você não terá uma Malandra Maria Navalha e uma pomba gira Maria Navalha, mesmo que de falanges diferentes, pelo simples fato que você precisa trabalhar com uma dessas energias e equilibrar, você vai aprender com uma falangeira de Navalha de alguma face, mas terá outras mulheres para aprender (Padilhas, Mulambos, Meninas, Figueiras, etc).

    Imagem de Maria Padilha e Maria Navalha

    Maria Padilha é representada pela imagem de uma mulher que veste pouca roupa e usa preto e/ou vermelho, sendo associada à caveiras, rosas, leques, cruzes, luvas, chapéus, punhais…

    Também pode ser representada por uma dama requintada que usa vestido longo e pode ser comparada à uma mulher da alta sociedade ou cigana.

    Maria Navalha é representada por uma mulher que usa chapéu, blusas e calças nas cores preta, vermelha e branca, podendo carregar consigo uma bengala, joias, punhal, navalha…

    Ela também pode ser representada com chapéu e vestido, demonstrando a beleza e sensualidade da mulher boêmia, que sabe sobreviver e encarar o perigo sozinha.

    É associada à rosas vermelhas e carteados.

    Ela é mulher, ela é bonita e formosa

    mas não se engane, ela é muito perigosa.

    (Ponto de Maria Navalha)

    Maria Navalha disse cuidado pra não errar

    ela jurou, jurou, tornou jurar

    Que mata sem tirar sangue, engole sem mastigar.

    (Ponto de Maria Navalha)

    Ela é malandra não precisa trabalhar

    Maria Navalha bota tudo em seu lugar.

    (Ponto de Maria Navalha)

    Maria Padilha Navalha

    Maria Padilha Navalha não existe. O que existe é a entidade Maria Padilha da Navalha e a entidade Maria Navalha, que não devem ser confundidas, pois são espíritos diferentes, mas que trabalham em união.

    Algumas vertentes da Umbanda não reconhecem Maria Navalha como Pomba Gira, apenas como Malandra.

    Ponto Cantado de Maria Navalha – Não Mexa com Ela

    Este ponto cantado de Maria Navalha, intitulado Não Mexa com Ela, foi escrito por Henrique de Oxóssi e postado pelo canal Cantando pra Umbanda.

    Letra do Ponto Cantado:

    Não mexa com ela
    Que ela nunca anda só

    Carrega sete navalhas
    E em Malandro ela dá nó
    Seu nome é a Maria Navalha
    Guardiã da lei maior

    Anda dia, anda noite
    Na luz, na escuridão
    Quebra feitiço e demanda
    E desfaz amarração

    Coroada por Ogum
    Amparada por Xangô
    Com a força de Yansã
    No terreiro ela chegou

    Livros Recomendados:

  • Maria Padilha da Figueira: Quem é, História, Características, Pontos Cantados e Oferendas

    Maria Padilha da Figueira: Quem é, História, Características, Pontos Cantados e Oferendas

    Maria Padilha da Figueira é uma Pomba Gira da Figueira e é uma das mais famosas e antigas entidades da linha do Povo de Rua, Linha de Santo Antônio ou Linha de Exu.

    Ela é uma das principais pombas giras que são sacerdotisas, feiticeiras e curandeiras. Não são consideradas guardiães de falanges, mas são presença constante em terreiros, mesmo sem incorporação.

    São o triunfo da luz sobre as trevas. São guardiães queridas e compreensivas, recebem oferendas em baixo de árvores, se possível figueiras, de preferência nas sextas-feiras, dia tradicionalmente consagrado às Deusas e aos feitiços amorosos.

    Essas oferendas incluem o figo, vinhos, maçãs, pêras, pêssegos, tamarindos, romãs, incenso, velas de diversas cores, dependendo do pedido ou trabalho realizado, rosas vermelhas, orquídeas, lírios, jasmim, ervas e especiarias, mel e perfumes.

    Suas oferendas não incluem o padê de pomba gira. Não recebem oferendas em encruzilhadas. Podem usar as cores verde, dourada, vermelha, negra, branca e roxa.

    Nas giras, trabalha de forma leve e receptiva, porém didática e exigente com médiuns e aqueles que buscam sua ajuda.

    Costumam trabalhar com pó de magia, óleos, filtros e poções. Ervas, sal terra, água e outros elementos. Seus pedidos atendem amor, saúde e prosperidade.

    Por que Figueira?

    A nomenclatura FIGUEIRA veio pela convicção das mulheres em seus conceitos religiosos envolvendo curandeirismo e magística, que culminava em ser queimadas vivas, e a base desta fogueira eram galhos de figueira.

    Isso devido à parábola bíblica em que Jesus condena a figueira que não deu frutos, tornando esta árvore literalmente amaldiçoada, e destinada ao enforcamento e queima dos hereges.

    Há também a antiga lenda de que Figueira não dá frutos, ou que Figueira, palavra usada como ofensa para mulheres que não têm filhos, seria um título para estas mulheres que na última encarnação não puderam ter filhos.

    História e Características de Maria Padilha da Figueira

    A pomba gira Maria Padilha da Figueira é uma guardiã na umbanda e outras religiões afro brasileiras. Maria Padilha da Figueira é bonita e tem uma história única.

    Ela é associada à parábola bíblica em que Jesus condena a figueira que não deu frutos, porém é muito saudada como uma pomba gira rainha.

    Dizem ser mulher de Tiriri. Muito séria, não gosta de muitas falas. Gosta mesmo é de chegar, sentir o ambiente, dar o recado e ir embora.

    Com o humor alternado, tanto pode estar bem, como pode se irritar, e é certeira nas coisas que fala e promete.

    É muito franca no que fala e faz. Gosta de champagne, anis e melado, preferindo as bebidas mais fortes e doces (não podemos esquecer que exu bebe qualquer coisa).

    Não dá muita importância às jóias, mas gosta de usar brincos e, principalmente, anéis, se assim ela pedir. Fuma cigarros e gosta de rosas e incensos de rosas vermelhas.

    Suas cores são o preto, o vermelho e roxo, sendo que o preto predomina. Não liga muito para as vestes, mas não dispensa uma saia, pois ela gosta de segurar sua saia e movimenta-la.

    Em uma de suas passagens, foi uma bruxa muito forte nos tempos da Inquisição. Não é de muitos amigos, porém é muito fiel e, se você pedir com fé, ela atende.

    Não é de se mostrar muito em jogos de búzios. Aparentemente, é uma mulher de meia-idade, tem cabelos negros e compridos, e adora dançar o tempo todo.

    Conversa pouco, porém ajuda a muitos e sempre tem uma palavra amiga para todos os que a procuram. Não é muito de amarrações ou união, gosta mesmo é de resolver o problema, chegando até ser mais hostil em determinadas atitudes.

    Se trata de uma mulher educada, fala baixo e gosta de explicar as coisas como são. É muito carinhosa com as pessoas mais próximas a ela.

    Abaixo, você pode conferir uma de suas histórias:

    As lágrimas desceram lentamente pelo rosto de Giulia no momento em que fechou a porta e olhou para a cama velha com lençóis amarelados.

    Ali, naquela pocilga, passaria a viver de agora em diante. Antigas lembranças passaram diante de seus olhos.

    Resquícios de um tempo em que imaginara ser feliz. O casamento com Aprígio parecia ter sido há tanto tempo, e na realidade apenas cinco anos se passaram.

    O amor enorme que crescia a cada dia nos tempos de noivado foi aos poucos se transformando em um apagado sentimento sem definição.

    Amizade? Não, nem isso, apenas desamor, acompanhado de uma cruel sensação de mágoa. Dias e noites passados em solidão conseguiram destruir o castelo de sonhos.

    Quando conheceu Hugo, amigo de seu marido, o mundo pareceu criar novas cores. Ele sim lhe dava atenção e carinho.

    Um mês inteiro de amor sem medida, paixão tórrida que arrebatava seu corpo e mente em total loucura descuidada.

    Aprígio um dia voltara, sem aviso, e os pegara em sua cama. Alucinado pelo ódio, desferiu três tiros sobre o amigo, matando-o instantaneamente.

    Ela, nua, correu. A lembrança das janelas se abrindo com pessoas apontando sua nudez entre comentários maldosos ainda envergonha.

    Alguém (quem seria?), jogou um velho vestido sobre ela que pode enfim cobrir-se, mesmo enquanto corria.

    Conseguira alguns trocados com uma prima que, no entanto, não a queria por perto e foi com esse dinheiro que alugou esse quarto miserável em que agora se encontra.

    Não há um amigo, um parente ou mesmo conhecido que a aceite e lhe estenda a mão. Sua vida acabou por completo.

    Na pequena cidade não há quem não a aponte com maldade (um pouco de nojo também). Ninguém entende o que se passou e ninguém quer escutá-la.

    Mas se nem ela mesma consegue entender e se perdoar, como esperar isso dos outros? Perdida em meio a esses pensamentos, relanceia o olhar pelo aposento e nota, a um canto, um lençol rasgado.

    É isso! Pega o pano e percebe que o rasgo, se aumentado, será uma grande tira. Lentamente passa a rasgar e amarrar as tiras.

    A janela é alta e nela prende a ponta do tecido, a outra ponta é enrolada no pescoço. Arrasta o pequeno criado-mudo e sobe.

    Com um pequeno pontapé no móvel, lança-se à morte. Seu espírito totalmente atordoado perambulou por negros caminhos de escuridão profunda.

    Anos se passaram até que Giulia conseguisse perceber os erros que cometera. Hoje, passadas algumas décadas, ela atende em nossos terreiros com o nome de Pomba-Gira Figueira.

    Tornou-se mais uma trabalhadora dessa grande falange que, apesar de ser pouco conhecida, sempre é lembrada em nossas trunqueiras.

    Quem são as Pombas Giras da Figueira?

    As Pombas Giras que atuam como Pombas Giras da Figueira, como Maria Padilha da Figueira, são espíritos femininos que viveram encarnações como sacerdotisas ou seguidoras dos antigos cultos pagãos em que se cultuava a Deusa ou a Grande Mãe.

    Naturalmente, muitos desses espíritos se converteram à nova fé professada e institucionalizada como única e verdadeira em que a figura Divina fora substituída pela figura masculina.

    Entretanto, muitas vezes, isso aconteceu por causa do derrame de sangue nas mais terríveis torturas. E as mulheres, convictas em suas crenças, eram fortes o suficiente para bancarem o custo da sua fé, pois eram mandadas à fogueira, estas com madeira da árvore Mãe dos figos, a Figueira, devido à parábola bíblica em que Jesus condena a figueira que não deu frutos.

    Numa interpretação simplista, o povo ligou a algo amaldiçoado por si só. Os espíritos que trabalham como pomba gira atuando na vibração da figueira, como Maria Padilha da Figueira, têm em comum as experiências como as sacerdotisas, feiticeiras e curandeiras.

    Sempre os conflitos religiosos estavam presentes e os usavam para ajudar aqueles que as procuravam. Elas são mestres nas artes magísticas e têm ocupado papel crescente através de ritos, práticas e ensinamentos.

    Seus pedidos atendem amor, saúde e prosperidade em todos os sentidos da vida.

    Pontos Cantados de Maria Padilha da Figueira

    “Foi numa estrada velha, na subida de um serra, numa noite de luar, de luar, Pomba Gira da Figueira, moça bela e faceira dá o seu gargalhar, porque ela é mojubá, ela é mojubá, ela é mojubá…”

    Não só Maria Padilha da Figueira como todas as pombas giras da figueira possuem muitos pontos cantados.

    Á seguir, você poderá escutar os mais bonitos.

    Ponto Cantado 01:

    Este ponto cantado de Maria Padilha da Figueira, chamado A Figueira Apareceu, é cantado pelo Ogan Tião Casemiro e foi postado pelo Ogan Leandro.

    Letra do Ponto Cantado:

    Tremeu, tremeu, a catacumba tremeu
    Tremeu, tremeu, quando a figueira apareceu (2x)

    Ela é encanto, ela tem magia
    Ela é figueira, também é Padilha
    Uma rosa á dada
    Ela é Maria
    Também veste roxo

    Ponto Cantado 02:

    Este ponto cantado é Maria Padilha das 7 Figueiras e se chama No Alto da Figueira. No vídeo abaixo, é interpretado por Felipe de Oxalá.

    Letra do Ponto Cantado:

    Um vento frio soprou nas matas
    E a gargalhada ecoou na escuridão
    No alto da figueira estava ela
    Com uma serpente na mão (bis)
    As almas vinham de todo lugar
    E giravam pela mata inteira
    Invocadas por aquela moça
    A senhora dona da figueira (bis)
    Gira no mato, gira na calunga
    Que bela moça, que olhar sombrio (bis)
    Sete figueiras, seu sorriso me encanta
    Sua gargalhada me dá arrepios (bis)

    Ponto Cantado 03:

    Esse ponto cantado foi postado por Ogã William De Xangô. É ponto cantado de festa e pra chegada de Maria Figueira.

    Letra do Ponto Cantado:

    Olha que noite, olha que beleza

    Essa noite tão bonita que é de Maria Figueira

    A calunga está em festa

    Ela chega pra girar

    Com seu manto volumoso e pra todos ajudar

    Vem chegando Marabô

    Ele não é brincadeira

    Vem saudar a noite linda que é de Maria Figueira

    Me aparece Zé Pilintra com vontade de beber

    Praticando a caridade, com humildade e com amor

    Nessa noite tão formosa que Pai Zambi abençoou

    Ponto Cantado 04:

    Esse ponto cantado, chamado Vem Feiticeira, é de autoria de Regentes do Tambor. O ponto faz alusão às oferendas entregues na mata à Maria Padilha da Figueira.

    Letra do Ponto Cantado:

    A galinha preta que eu larguei na mata
    A oferenda que pra lá deixei
    Sete champanhas e uma rosa negra
    Eu sei que minha demanda ela vai vencer
    Mas de repente tudo iluminou
    Mas de repente tudo se apagou
    A gargalhada foi tremer as folhas
    A feiticeira das matas chegou
    Vem feiticeira!
    Vem feiticeira a pomba gira
    Que é mulher de Lúcifer (bis)
    Todo mundo corre
    Todo mundo quer saber
    Ela é Dona Figueira
    Não conhece quem não quer (bis)
    Pomba Gira que é rainha
    Nas matas de Satanás
    Não mexa com ela
    Porque se pode queimar
    Feiticeira! (bis)

    Ponto Cantado 05:

    Esse ponto cantado é de três Marias Padilhas: da Figueira, do Cemitério e a Rainha.

    Letra do Ponto Cantado:

    Foi Iansã quem lhe deu forças
    Para ser rainha de Exu mulher
    Saravá Figueira Rainha do Cabaré
    Não importe que falem de ti, ela é Pomba Gira e trabalha assim (2x)
    Saravá Figueira Rainha do Cabaré (2x)

    Se a sua catacumba tem mistério… Mas ela é Pomba Gira do Cemitério (2x)
    Mas ela é loira do olho azul, mas ela é a filha de seu Omolú (2x)

    Padilha, foi você quem falou, você falou que gostava de mim (2x)
    Padilha, quando você for embora, quando você for embora, deixe uma rosa pra mim (2x)

    Ponto Cantado 06:

    Esse ponto cantado de Maria Padilha da Figueira se chama Ela é Um Furacão e os créditos devem ser dados à Genivan D’Oxum Pandá.

    Letra do Ponto Cantado:

    Vem descendo a serra, levantando a poeira
    Ela é um furacão
    Não mexa com a Figueira

    Ponto Cantado 07:

    Esse ponto cantado se chama Louvação a Dona Figueira e é de José Carlos de Oxóssi.

    Letra do Ponto Cantado:

    Sua gargalhada ecoa na madrugada

    A Dona Figueira não é cinza, ela é brasa

    Com sol ou lua

    Louvamos com fé

    A Dona Figueira

    Tá pro que der e vier

    Tá pro que der e vier

    Tá pro que der e vier

    Não mexa com a Figueira

    Brincadeira ela não é

    Transforma espinho em rosa

    Se fores merecedor

    Na barra da sua saia

    Ninguém nunca encostou

    Labareda de fogo queima

    É o aviso que ela dá

    Quem quer caminhos floridos

    Com ela não vai brincar

    Tá pro que der e vier

    Tá pro que der e vier

    Não mexa com a Figueira

    Brincadeira ela não é

    Ponto Cantado 08:

    Esse ponto cantado de Maria Figueira se chama Hoje a Festa é Sua! e realmente é um ponto de festa pra chegada de Maria Figueira.

    Letra do Ponto Cantado:

    Hoje é dia de festa
    Festa de Exu
    Pomba Gira Laroyê
    Vamos chamar a guardiã desse terreiro
    Vem Maria Figueira
    Vem nos vales
    É minha protetora
    É mulher e é guerreira
    De belezas sem igual
    Ela é Maria Figueira
    Bruxa poderosa
    Ela é dona desse chão
    Vem girar minha rainha
    Nos dê sua proteção
    Hoje a festa é sua
    Tome essa linda canção
    Abençoe esta casa
    A corrente e os irmãos

    Oferenda Para Maria Padilha da Figueira #1

    Oferenda Para Maria Padilha da Figueira #2

    Materiais Necessários:

    • Bife
    • 3 rosas vermelhas
    • Alguidar nº2
    • ½ metro de murim vermelho
    • Vela bicolor vermelha e preta
    • Champanhe
    • Cigarro
    • Azeite de dendê
    • Farinha de mandioca
    • 1 cebola fatiada

    Como Fazer:

    No alguidar, misture um pouco de farinha de mandioca com azeite de dendê (caso a mesma esteja enquizilada, poderá substituir por padê de melado e, neste caso, não levará o bife e poderá colocar frutas que “não” sejam ácidas).

    Em uma frigideira, coloque um pouco de dendê e coloque o bife quando estiver quente, mas não deixe fritar, vire de um lado para outro, só para pegar uma cor.

    Pegue a metade da cebola fatiada e coloque na frigideira, porém não deixe dourar. Coloque o bife no alguidar e as fatias da cebola em cima.

    Leve para os pés de uma árvore, arrume o murim no chão e coloque o alguidar em cima. Coloque duas rosas na oferenda e uma no champanhe.

    Acenda a vela e os cigarros e peça com fé tudo o que deseja, pois ela irá lhe ajudar.

    Quem é Maria Padilha da Figueira na Umbanda?

    Maria Padilha da Figueira é rara nos terreiros de umbanda, mas muito poderosa e conhecedora de feitiços e magias, como poucos são.

    Se apresenta como uma bela mulher mais velha e sábia, que adora a natureza e o poder das energias dos elementos da natureza, e é também grande conhecedora das ervas e suas propriedades, para o bem e para mal.

    Esses conhecimentos possibilitam, assim, que ela consiga atuar e ajudar junto a quase todo tipo de problema que os consulentes trazem a ela, desde saúde ou vícios, até problemas amorosos ou financeiros.

    Maria Padilha Figueira do Inferno

    Maria Padilha Figueira do Inferno é uma pomba gira rara nos terreiros, mas muitos procuram saber quem ela é e como ela atua.

    Ela é cultuada através de imagens e esculturas e é uma pomba gira séria, não gosta de brincadeiras. Muitas vezes, dá o seu recado e vai embora.

    Maria Padilha Figueira do Inferno é muito consultada por pessoas que procuram uma solução para os seus problemas.

    Ela é muito amável, só não pode pisar em seu calo. É muito sincera, gosta de fidelidade, é carinhosa com seus consulentes e trabalha com outros exus da figueira.

    Livro Recomendado:

  • Maria Padilha na Umbanda: Músicas e Pontos Cantados, História e Características

    Maria Padilha na Umbanda: Músicas e Pontos Cantados, História e Características

    Maria Padilha é bonita, é mulher e sagrou-se como a única esposa de Dom Pedro I de Castela, tornando-se a legítima rainha e exercendo seu poder e influência mesmo depois de morta.

    Maria Padilha, talvez a mais popular pomba gira, é considerada o espírito de uma mulher muito bonita, branca, sedutora, e que em vida teria sido prostituta grã-fina ou influente cortesã.

    Maria Padilha, segundo sua história, é a amante do rei de Castela que possui uma trajetória de aventuras e feitiçaria de Montalvan a Beja, de Beja a Angola, de Angola a Recife e de Recife para os terreiros de São Paulo e de todo o Brasil.

    Mas, de fato, não se sabe se Maria Padilha é o espírito da amante do rei de Castela que se manifesta nos terreiros de Umbanda e Candomblé.

    Maria Padilha chegou primeiro aos terreiros de Umbanda e, posteriormente, por força de adeptos convertidos da Umbanda, seu culto também foi incluído no Candomblé.

    Até na Bahia, onde a Umbanda não tem muita expressão, não só Maria Padilha como todas as “Padilhas” também estão presentes.

    Maria Padilha, também conhecida por dama da madrugada, rainha da encruzilhada, senhora da magia, não é um espírito apenas, é uma falange (agrupamento) de pombas giras (também chamadas de inzilas) pertencente ao sincretismo das religiões afro-brasileiras umbanda, quimbanda e candomblé.

    Entre as diversas sub-falanges estão:

    • Maria Padilha do Cruzeiro das Almas – Linha de Omolu-Obaluaê/Iansã
    • Maria Padilha da Encruzilhada – Linha de Ogum
    • Maria Padilha do Cemitério – Linha de Omolu-Obaluaê
    • Maria Padilha da Calunga – Linha de Oxum/Iemanjá
    • Maria Padilha das Sete Catacumbas / Sete Tumbas – Linha de Omolu-Obaluaê
    • Maria Padilha da Navalha – Linha de Oxum
    • Maria Padilha das Sete Saias – Linha de Oxum

    Maria Padilha é a feiticeira das pombas giras e a pomba gira mais procurada nos terreiros. A história de Maria Padilha conta que ela teria nascido no ano de 1334, em Palencia, na Espanha, e pertenceu a uma família castelhana, os Padilla, cujo nome seria eternizado em brasão posteriormente a sua morte.

    Maria Padilha está enterrada na Capela dos Reis, cuja visitação é proibida, e através da história da Maria Padilha, é possível perceber que ela não era uma mulher qualquer.

    Diz-se que, junto de uma árvore, Maria Padilha teria deixado um feitiço de amor feito com um espelho, através do qual o Rei se olhou e, enfeitiçado, se rendeu à paixão da jovem moça.

    A história da Maria Padilha foi realmente um caso de amor. D. Pedro I abandonou sua esposa Dona Blanca para viver sua história com Maria Padilha, sendo perseguido por opositores em seu Reinado.

    Depois de mandar sua esposa para a prisão – alguns dizem que por um feitiço armado por Maria Padilha – o Rei assume seu casamento até então clandestino com Maria de Padilla.

    A força da falange de Maria Padilha está ligada ao seu apego à matéria e ao seu grande amor. Maria Padilha é chefe de falange na linha de Exu, atuando como Exu-Mulher lado a lado de Exus homens, e é chefe de terreiro, e sua figura articula uma dualidade que forja em nós tanto a celebração da liberdade erótica como também o seu estereótipo.

    Poderosa em seus feitiços de amor, dentro de terreiros Maria Padilha comanda os feitiços, dá orientações e conselhos, principalmente sobre amor

    Maria Padilha é uma importante figura das religiões de origem africana e é representada pela imagem de uma feiticeira, uma mulher sensual, independente e dominadora, incorporada por um(a) médium.

    Dependendo da linhagem e de outras características, Maria Padilha escolhe seu parceiro (normalmente, um exu ou um malandro) para realizar determinados trabalhos juntos.

    Em relação ao culto à Maria Padilha, ela é conhecida por adorar presentes bonitos e sedutores, como cidra e rosas vermelhas, afinal ela é o símbolo da sedução, do feitiço e do amor.

    Maria Padilha age nas causas relacionadas ao amor, relacionamento e sexo. Maria Padilha ajuda apenas aqueles que a procuram por amor e com a melhor das intenções.

    Quando incorporada, o que anuncia sua manifestação, o que abre a porta para a chegada de Maria Padilha, é a boca: uma sonora gargalhada; e ela se apresenta como Rainha Maria Padilha ou Maria Padilha de Castela.

    Foi no imaginário e nos conjuros das mulheres que Maria Padilha aportou no Brasil e se estabeleceu como entidade da Linha de Esquerda, onde seus companheiros principais são os Exús e Seu Zé Pelintra, que vão trabalhar com ela tanto na Umbanda quanto no Candomblé e na Quimbanda, tida frequentemente como magia negativa.

    Maria Padilha é vista como uma senhora de uma feminilidade demoníaca, vulgar e sexualmente indomável, mas Maria Padilha vem fazer justiça e abriu a porteira para uma falange de Moças (outro nome que Elas gostam): Rosa Vermelha, Rosa Caveira, Maria Navalha, Sete Saias, Maria Molambo, Maria Quitéria… e muitas mais.

    Maria Padilha está apagada ou reduzida a amante assassina na própria cidade onde viveu, mas não aqui, no Brasil.

    No Brasil, Maria Padilha está bem viva e é versada em magia, e estabelecemos conexão com esta entidade através das Macumbas, Umbandas, Candomblés e Quimbandas da vida.

    Maria Padilha é a rainha de todas as giras (rituais da umbanda para realização de trabalhos espirituais por meio de médiuns incorporando entidades).

    No começo, Maria Padilha era apenas um nome nas fórmulas mágicas das feiticeiras da Europa, no entanto ela veio com as bruxas e os adivinhos condenados ao degredo pela Inquisição e logo se tornou um dos nomes mais chamados nas rezas e feitiçarias brasileiras, cuja imagem é representa por uma mulher branca, de cabelos longos e pretos; com colares, pulseiras e rosas; e trajando vestido vermelho, preto ou vermelho e preto.

    Muitas vezes, aparece com uma coroa e um tridente e quase sempre com uma das mãos na cintura e a outra segurando a barra do vestido.

    Também não é raro encontrá-la representada seminua em esculturas ou com vestido branco. Outros dois objetos comumente associados à imagem de Maria Padilha são o cetro e o punhal.

    Muitas pessoas tem Maria Padilha de frente, como protetora, precisando buscar pelo auxilio de uma casa de Umbanda e uma Mãe ou Pai de Santo para ajudar a entender melhor essa guarda de Maria Padilha.

    Uma coisa que é peculiar da Umbanda, mas não só da Umbanda, é a guia de Maria Padilha, que é usada pelos médiuns, e as imagens em gesso, para o culto à esta pomba gira.

    A umbanda se divide numa linha da direita, voltada para a prática do bem e que trata com entidades “desenvolvidas”, e numa linha da “esquerda”, a parte que pode trabalhar para o “mal” e onde Maria Padilha está incluída, também chamada quimbanda, e cujas divindades, “atrasadas” ou demoníacas, sincretizam-se com aquelas do inferno católico ou delas são tributárias.

    Músicas e Pontos Cantados de Maria Padilha na Umbanda

    Ponto Cantado de Maria Padilha – Tapete de Rosas

    Tapete de Rosas é um dos mais lindos pontos cantados da pomba gira Maria Padilha. É um ponto cantado de Umbanda.

    Dê o play abaixo e escute-o.

    Letra do Ponto Cantado:

    Maria Padilha, você é a flor perfeita,
    que vem dentro dessa seita para aqueles que tem fé.
    Tu és a Rosa que perfuma a Umbanda, vencedora de demandas,
    com Amor e muito Axé.
    Maria Padilha, não me deixe andar sozinho,
    ponha rosas sem espinhos nos caminhos onde eu passar.
    Maria Padilha, não me deixe andar sozinho, ponha rosas sem espinhos nos caminhos onde eu passar.

    Oh, Pombo – Girê, Oh, Pombo – Gira, faça um tapete de rosas pra que eu possa caminhar.

    Ponto Cantado de Maria Padilha – Salve Maria Padilha

    Salve Maria Padilha é uma música de Manoel do Exu e incluído em seu álbum Pontos de Maria Padilha. Essa é uma das maiores saudações à Maria Padilha em forma de música.

    Letra do Ponto Cantado:

    Salve Maria Padilha
    Salve Maria Padilha
    Salve Maria Padilha, que ilumina o meu caminhar

    Perambulava pelas ruas já sem saber o que fazer
    Procurava na noite uma solução para tanta dor
    Sofrimento e solidão

    Então eu clamei ao povo da rua
    Que me enviasse, no momento, alguma ajuda, pois eu já não tinha
    Força para continuar

    Então eu clamei ao povo da rua
    Que me enviasse, no momento, alguma ajuda, pois eu já não tinha
    Força para continuar

    Quando me virei vi uma mulher na beira da estrada
    Trazia uma rosa em suas mão, um feitiço no olhar
    Naquela bela noite de luar, deslumbrei sua dança
    Com sua saia a rodar, eu me aproximei
    E lhe perguntei o que ela fazia na estrada

    Ela respondeu: Moço eu sou Rainha, vim lhe ajudar
    Sou Maria Padilha
    Ela respondeu: Moço eu sou Rainha, vim lhe ajudar
    Sou Maria Padilha

    Salve Maria Padilha
    Salve Maria Padilha
    Salve Maria Padilha
    Salve Maria Padilha

    Quando eu precisei, oh pomba gira, você veio me ajudar
    Deste outro rumo a minha vida
    Hoje eu venho lhe louvar

    Salve Maria Padilha
    Salve Maria Padilha
    Salve Maria Padilha
    Salve Maria Padilha

    Quando eu precisei, oh pomba gira, você veio me ajudar
    Deste outro rumo a minha vida
    Hoje eu venho lhe louvar

    Perambulava pelas ruas já sem saber o que fazer
    Procurava na noite uma solução para tanta dor
    Sofrimento e solidão

    Então eu clamei ao povo da rua
    Que me enviasse, no momento, alguma ajuda, pois eu já não tinha
    Força para continuar

    Então eu clamei ao povo da rua
    Que me enviasse, no momento, alguma ajuda, pois eu já não tinha
    Força para continuar

    Quando me virei vi uma mulher na beira da estrada
    Trazia uma rosa em suas mão, um feitiço no olhar
    Naquela bela noite de luar, deslumbrei sua dança
    Com sua saia a rodar, eu me aproximei
    E lhe perguntei o que ela fazia na estrada

    Ela respondeu: Moço eu sou Rainha, vim lhe ajudar
    Sou Maria Padilha
    Ela respondeu: Moço eu sou Rainha, vim lhe ajudar
    Sou Maria Padilha

    Salve Maria Padilha
    Salve Maria Padilha
    Salve Maria Padilha
    Salve Maria Padilha

    Quando eu precisei, oh pomba gira, você veio me ajudar
    Deste outro rumo a minha vida
    Hoje eu venho lhe louvar

    Salve Maria Padilha
    Salve Maria Padilha
    Salve Maria Padilha
    Salve Maria Padilha

    Quando eu precisei, oh pomba gira, você veio me ajudar
    Deste outro rumo a minha vida
    Hoje eu venho lhe louvar

    Melhores Pontos Cantados de Maria Padilha

    Escute, nos vídeos abaixo, alguns dos melhores pontos cantados de Maria Padilha.

    Vídeo 1:

    Vídeo 2:

    Vídeo 3:

    Ponto Cantado de Maria Padilha – Deu Meia Noite

    Esse ponto cantando faz referência à dama da madrugada, ou seja, Maria Padilha e à saúda bastante, enfatizando o fato dela atender qualquer pedido.

    Letra do Ponto:

    “Deu meia-noite
    A Lua se escondeu
    Lá na encruzilhada
    Dando sua gargalhada
    Maria Padilha apareceu

    Deu meia-noite
    A Lua se escondeu
    Lá na encruzilhada
    Dando sua gargalhada
    Maria Padilha apareceu

    A laroiê, a laroiê, a laroiê
    É mojubá, é mojubá, é mojubá
    Ela é odara
    Quem tem fé na Maria Padilha
    É só pedir que ela vai dar

    A laroiê, a laroiê, a laroiê
    É mojubá, é mojubá, é mojubá
    Ela é odara
    Quem tem fé na Maria Padilha
    É só pedir que ela vai dar

    Laroiê, Exu Mulher!”

    Ponto Cantado de Maria Padilha – Dói, Dói, Dói

    Letra do Ponto:

    Dói, dói, dói, dói, dói
    Um amor faz sofrer
    Dois amor faz chorar

    Dói, dói, dói, dói, dói
    Um amor faz sofrer
    Dois amor faz chorar

    Quem é você pra deitar na minha cama

    Papagaio come milho

    E periquito leva fama

    Ponto Cantado de Maria Padilha do Cabaré – Quem é Essa Mulher na Porta do Cabaré

    Letra do Ponto:

    Quem é essa mulher
    Na porta do cabaré
    Quem é essa mulher
    Na porta do cabaré

    Cabaré, cabaré
    Quem é essa mulher
    Cabaré, cabaré
    Quem é essa mulher

    Joguei no rei
    Parei no ás
    Joguei no rei
    Parei no ás

    Eu quero ver você fazer
    O que a Padilha faz
    Eu quero ver você fazer
    O que a Padilha faz

    Letras dos Melhores Pontos Cantados de Maria Padilha:

    Ponto Cantado 01:

    De onde é que Maria Padilha vem
    Aonde é que Maria Padilha mora
    Ela mora na mina do ouro
    Aonde criança não chora.

    Ponto Cantado 02:

    Maria Padilha,
    Rainha do Candomblé
    Firma curimba
    Que tá chegando mulher

    Ponto Cantado 03:

    Maria Padilha,
    Traz linda figa de ouro
    Oi saravá Rainha linda da quimbanda,
    Sua proteção é um tesouro.

    Ponto Cantado 04:

    Ela é Maria Padilha,
    De sandalinha de pau
    Ela trabalha pro bem
    Mais também trabalha pro mal

    Ponto Cantado 05:

    Quem não gosta de Maria Padilha
    Tem, tem que se arrebentá
    Ela é bonita
    Ela é formosa
    O bela vem trabalhar.

    Ponto Cantado 06:

    De garfo na mão,
    Lá vem mulher bonita,
    Bonita e muito formosa,
    Muito formosa e muito cheia de rosas,
    Lá vem Maria Padilha,
    Dos 7 cruzeiros da calunga.

    Ponto Cantado 07:

    Oi quem mora nessa ilha
    Oôâi quem mora nessa ilha
    Fogo por todos os lados
    Garfo seguro na mão
    Rosas no chão se espalhando
    Formosa ela vinha então
    Era Padilha, Era Padilha
    Maria Padilha
    Quem não me respeita
    Logo se afunda
    Eu e Maria Padilha
    Dos 7 cruzeiros da calunga.

    Ponto Cantado 08:

    Na minha encruzilhada,
    Muito consagrada,
    Tenho muitas rosas
    Tão apreciadas
    Com um perfume
    Quero alegrar,
    Os filhos que têm fé
    É quem me chamar
    Também tenho garfo,
    Para espetar,
    Espetar a Alma
    De quem me maltratar
    Sou Maria Padilha
    Dos 7 cruzeiros.
    Tenho Força das almas
    Dos velhos do cativeiro.
    Trabalhamos unidos
    Numa só braçada,
    Sou Maria Padilha
    Formosa e muito amada.
    Meu melhor vestido,
    Quero ofertar,
    Para o inimigo
    Cor da menga pra sangrar.
    O preto da minha roupa,
    Vou presentear,
    Ao inimigo, na escuridão vai ficar.
    Ai vai minha luz
    No branco da minha roupa,
    A você que é bom,
    E não tem língua solta.
    sou Maria Padilha
    Dos 7 cruzeiros.
    Saravo vocês que me vêem,
    É vocês que me chamam e não creem.
    Quem caminha com minha ajuda,
    Muita força há de ganhar,
    Mas coitado, muito coitado,
    De quem me desafiar.
    Minha falange é muito boa,
    pelo menos eu considero,
    Tenho até muitas crianças,
    Como Exu, e que venero.
    Trabalho de muitas formas,
    O mistério é profundo,
    Jogo muitos Eguns,
    Em cima de vagabundos.

    Ponto Cantado 09:

    Meu Santo Antônio
    Veio me ajudar
    Enfeitar a terra
    Enfeitou o Gongá
    Trouxe a Padilha na gira
    Para me limpar,
    Saravá Santo Antônio
    Saravá seu Gongá
    Saravá Santo Antônio
    E Padilha pra me ajudar.

    Ponto Cantado 10:

    Nas 7 calungas ela faz sua ronda
    É lá que é sua morada
    Ela é morena e muito formosa
    É lá que é sua morada
    Maria Padilha da Quimbanda
    Também trabalha na encruzilhada
    Mas no cruzeiro faz sua ronda
    E demanda na encruzilhada.

    Ponto Cantado 11:

    Meu garfo já chegou na terra
    Estou querendo guerra
    Meu garfo já finquei na terra
    Estou guerreando, estou guerreando
    Eu estou trabalhando
    Eu estou lhe limpando
    Estou lhe limpando.

    Ponto Cantado 12:

    Padilha minha Pomba Gira
    Padilha minha grande amiga
    Aonde você está estou a gritar
    Se está sempre me enganando
    É para me ajudar.

    Ponto Cantado 13:

    Quando eu nasci, eu era formosa
    E fui muito sacrificada
    Hoje moro no cruzeiro
    Ao lado de Pai Omulu
    Ele é pai feiticeiro
    Feiticeiro de muita força e luz
    Ele é dono do cruzeiro
    Ordenança de Ogum
    No seu reino eu vou vivendo
    As almas que me conduzem
    Me chamo Maria
    Dos 7 cruzeiros de luz.

    Ponto Cantado 14:

    Ela é Maria Padilha
    Ela agora vai girar
    É nas suas 7 calungas
    É lá que ela vai ficar
    É logo que ela vai girar
    Todo o mal ela vai levar
    E quem tiver inimigo
    Pensa em mim quando eu girar
    Pensa em mim
    Com muita firmeza
    Que todo o mal eu vou levar
    Quando eu chegar na minha morada
    O inimigo vai pagar
    É lá que a prestação de contas
    E as contas não vão falhar.

    Ponto Cantado 15:

    Deu meia noite
    A lua se escondeu
    Foi lá na encruzilhada
    Ouvi uma gargalhada
    E a Padilha apareceu
    Alaruê, alaruê, alaruê
    É mojubá, é mojubá, é mojubá
    Ela é Odara
    quem tem fé em pomba gira
    É só pedir que ela dá.

    Ponto Cantado 16:

    Dizem que Pombagira é uma rosa
    É uma rosa que nasceu no meio do espinho
    Maria Padilha, rosa sem espinho
    segue os meus passos ilumina os meus caminhos.

    Ponto Cantado 17:

    Abre a roda (bis)
    Deixa a Maria Padilha trabalhar
    Quando ela vem,
    Ela tem peito de aço, (bis)
    E o coração de um sabiá.

    Ponto Cantado 18:

    Foi Iansã quem te deu força
    Rainha de quem tem fé
    Vamos saravá (bis)
    Maria Padilha que mulher (bis).

    Ponto Cantado 19:

    A sua catacumba tem mistério,
    Mas, ela é a Rainha do Cemitério!
    Mas, ela é loira, dos olhos azuis,
    Maria Padilha, Filha de seu Omolu!

    Ponto Cantado 20:

    Padilha ó Padilha ó
    A pedra do seu anel
    Brilha mais do que o sol (bis)
    Com sua saia, sua rosa no cabelo,
    Como é bonito ver a Padilha no terreiro (bis).

    Ponto Cantado 21:

    Choveu, choveu,
    Só lá na calunga é que não choveu,
    É que a Padilha Cruzeiro das Almas
    Presta conta pra Deus.

    Ponto Cantado 22:

    Moça, me dá um cigarro do seu pra fumar,
    Porque dinheiro
    Eu não tenho pra comprar
    Vivo sozinho, vivo na solidão
    Maria Padilha me dê sua proteção
    Ô moça, ô moça, ô moça
    Me ajude com a sua força.

    Ponto Cantado 23:

    Cemitério é praça linda
    Que eu não quero passear (bis)
    Lá tem sete catacumbas,
    A Padilha mora lá
    Mora lá, mora lá
    A Padilha mora lá.

    Ponto Cantado 24:

    Sua gargalhada ecoa na madrugada
    Maria Padilha não é cinzas, ela é brasa
    Com sol ou lua, louvamos com fé
    Maria Padilha está pro que der e vier
    Não mexa com a Padilha, brincadeira ela não é
    Transforma espinho em rosas se fores merecedor
    Na barra da sua saia ninguém nunca encostou
    Labareda de fogo queima, é o aviso que ela dá
    Quem quer caminhos floridos, com ela não vai brincar.

    Ponto Cantado 25:

    Maria Padilha
    Estou cantando em seu louvor,
    Na barra da sua saia
    Corre água e nasce flor.

    Ponto Cantado 26:

    Umbanda, sua rainha chegou
    Umbanda, mais uma estrela brilhou (bis)
    O salve, salve a Pomba Gira
    Que veio da encruzilhada
    Para alegrar nossa gira
    O salve seu ponteiro de aço
    Salve a sua tesoura que
    Corta todo embaraço.

    Ponto Cantado 27:

    Quem viu o sol se esconder
    Quem viu a lua brilhar
    Quem viu o espinho da rosa
    Também vai ver Maria Padilha chegar (bis)
    Os seus olhos são verdes
    Sua cor é mulata
    Seus cabelos são negros
    E a sandália é de prata
    Numa mão tem perfume
    Na outra tem a flor
    Para Umbanda querida
    Maria Padilha traz paz e amor.

    Ponto Cantado 28:

    Quem mora lá em cima do coqueiro
    Deu meia-noite lá na encruzilhada
    É a Maria Padilha
    Ela é a rainha da madrugada
    Ô gira o exu e a sua faca brilha
    Vem girando
    Vem girando
    É o exu Maria Padilha

    Ponto Cantado 29:

    Exu Maria Padilha
    Trabalha na encruzilhada
    Toma conta, presta conta
    Ao romper da madrugada

    Pomba gira, minha comadre
    Me proteja noite e dia
    É por isso que eu zombo
    Das suas feitiçarias

    Exu Maria Padilha
    Trabalha na encruzilhada
    Toma conta, presta conta
    Ao romper da madrugada

    Pomba gira, minha comadre
    Me proteja noite e dia
    É por isso que eu zombo
    Das suas feitiçarias

    Ponto Cantado 30:

    Que linda rosa, mas que bela mulher

    É uma grande Pombo Gira, toda coberta de axé

    Eu peço a ti que me proteja ao longo dessa caminhada

    Abre nossos caminhos e nos dê sua proteção, Pombogira iluminada

    Laroyê, mas ela vem com sua coroa e perfumada

    Salve Maria Padilha, rainha das 7 encruzilhadas

    Ponto Cantado 31:

    E lá no céu eu avistei a lua cheia clarear

    E no terreiro dando as suas gargalhadas

    Maria Padilha, a Mojubá

    É a dona dos meus caminhos

    Ela está sempre comigo e nela eu posso confiar

    Ponto Cantado 32:

    Que lugar distante, numa rua tão deserta

    Tinha um cemitério antigo e uma catatumba aberta

    Dentro da cova tinha pano de caixão, tinha osso de defunto cravejado coração

    7 novelos de linha, tinha cadeado velho, tinha sangue de galinha

    E dentro da cova tinha um vulto ajoelhado

    Era Maria Padilha trabalhando pro diabo

    E vem serrar madeira, Maria Padilha

    Ponto Cantado 33:

    E abre a roda, oi deixa a Maria Padilha dançar

    Mas ela tem dois amores ao seu lado

    Um é seu marido outro é seu namorado

    Mas cuidado moço, eu vou te falar qual é

    É mulher de Tranca Rua e amante de Seu Zé

    Mas ela é linda, ela é linda demais

    Maria Padilha é mulher de Satanás

    Não mexa com ela, ela não mexe com ninguém

    Ela é ponta de agulha, quando mexe, mexe bem

    Ponto Cantado 34:

    Oh Padilha Padilha

    Tô lhe chamando (bis)

    Padilha tem mau costume

    Ela bate com pé e sai andando

    Ponto Cantado 35:

    Na família de pombo gira
    Só não entra quem não quer
    Na família de pombo gira
    Só não entra quem não quer
    É Maria Padilha, é Maria Mulambo
    É Maria Farrapo, é Maria Mulher
    É Maria Padilha, é Maria Mulambo
    É Maria Farrapo, é Maria Mulher

    Ponto Cantado 36:

    Maria Padilha, soberana da estrada,
    Rainha da encruzilhada, e também do candomblé,
    Suprema é uma mulher de negro,
    Alegria do terreiro, seu feitiço tem axé,
    Mas ela é, ela é, ela é, ela é,
    A Rainha da Encruza, a mulher de Lúcifer.

    Ponto Cantado 37:

    Vocês tão vendo aquela bruxa parada

    Aquela bruxa sentada

    Aquela bruxa em pé

    Mas ela é maria Padilha

    Rainha da feitiçaria

    Ponto Cantado 38:

    São dois amores, são duas paixões

    Todas essas duas moram no meu coração

    Sem Maria Padilha, eu não sei viver

    Mas sem Dona Figueira, acho até que vou morrer

    A História de Maria Padilha na Umbanda

    No vídeo à seguir, você poderá conferir a história de Maria Padilha contada por Kélida Marques, psicanalista e espiritualista.

    Ela é dona de um dos principais canais de espiritualidade do YouTube, com mais de 1 milhão de inscritos. O vídeo abaixo é da participação de Kélida Marques no INTELIGÊNCIA LTDA.

    Muitas são as versões de histórias contadas sobre a vida de Maria Padilha, a pomba gira mais conhecida das religiões afro-brasileiras, mas podemos afirmar que a história acima, contada por Kélida Marques, seja a que mais se aproxima da real história de vida de Maria Padilha pelo contato direto que esta médium possui com a entidade.

    Mas há histórias mais conhecidas do que esta apresentada por Kélida Marque e que podem ser encontradas nos romances espanhóis.

    E todas essas histórias de desamor e matrimônio que uniram uma rainha, um rei e sua amante, contadas por inúmeras pessoas apenas reforçaram o poder de Maria Padilha.

    Maria Padilha morreu antes do Rei de Castela e este fez seu velório e enterro como de uma grande rainha, a causa de sua morte foi por peste negra e foi sepultada nos jardins de seu castelo.

    Posteriormente à sua morte, e mais que por castigo de Jesus e por mando do Rei das Encruzilhadas, permanece na Terra e confins, comandando a sua quadrilha de mulheres e exus para todos os tipos de trabalhos.

    Maria Padilha, a mando do Rei das Encruzilhadas, foi convocada para comandar a sua falange de Pombas Giras e Exus, permanecendo como Rainha da Espanha, mas agora como Pomba Gira no Brasil, sendo encontrada na Umbanda, Quimbanda e Candomblé.

    Maria Padilha passou assim de esposa-amante do rei a “padroeira” das feiticeiras, um espírito poderoso, mau e infernal, suscitando paixão e devoção.

    Maria Padilha, rainha castelhana que com o tempo se transformou na mais venerada “deusa” do amor no Brasil e também, por ter protagonizado uma história de amor desaprovada em sua época, em uma diva que se tornou a personagem, durante os séculos posteriores, de romances, peças de teatro, lendas e óperas.

    A visão de uma mulher fatal e cruel que arrasta a Pedro, sempre hipnotizado por Maria Padilha, também deixou sua marca nas histórias, lendas e letras das baladas populares.

    Maria Padilha pode te ajudar se você entregar à ela o que ela gosta, pois ela é uma das principais entidades da esquerda na Umbanda e no Candomblé, uma Exu Mulher, uma pomba gira de grande força e de muita procura pelos consulentes.

    É muito procurada nos terreiros de Umbanda para as questões amorosas, para amores mal resolvidos, além de ajudar com amores correspondidos, mas que estão complicados, onde questões de bem e de mal são irrelevantes, como podemos notar no trecho de um ponto cantado:

    Ela é Maria Padilha
    De sandalinha de pau
    Ela trabalha para o bem
    Mas também trabalha para o mal

    Sempre se diz que quem é amigo de Maria Padilha alcança todos os seus favores, mas quem é seu inimigo corre sério risco.

    Em decorrência, é muito frequente, entre os adeptos, atitudes de medo e respeito para com Maria Padilha, mesmo quando dela não se pretende qualquer favor, como podemos perceber neste ponto cantado:

    Quem não me respeitar
    Oi, logo se afunda
    Eu sou Maria Padilha
    Dos sete cruzeiros da calunga
    Quem não gosta de Maria Padilha
    Tem, tem que se arrebentar
    Ela é bonita, ela é formosa
    Oh! bela, vem trabalhar.

    A Maria Padilha, cultuada nos candomblés e umbandas, é uma personagem muito popular no Brasil. Na umbanda formada nos anos 30, à partir do encontro de tradições religiosas afro-brasileiras com o espiritismo kardecista francês, Maria Padilha faz parte do panteão de entidades que trabalham na “esquerda”, isto é, que podem ser invocadas para “trabalhar para o mal”, em contraste com aquelas entidades da “direita”, que só seriam invocadas em nome do “bem”.

    Por influência kardecista na umbanda, Maria Padilha é o espírito de uma mulher (e não o orixá) que em vida teria sido uma prostituta ou cortesã, mulher de baixos princípios morais, capaz de dominar os homens por suas proezas sexuais, amante do luxo, do dinheiro e de toda sorte de prazeres.

    Embora conserve do candomblé a veneração dos orixás, a umbanda, religião que desenvolveu e sistematizou o culto à Maria Padilha como entidade dotada de identidade própria, é uma religião centrada no culto dos caboclos e pretos velhos, além de outras entidades.

    A umbanda, entretanto, dispõe de vasta bibliografia também sobre Maria Padilha que, como praticamente todas as entidades que baixam nos terreiros de umbanda, sempre vem para trabalhar, isto é, ajudar através da magia a quem precisa de ajuda e vai em busca dela.

    A umbanda praticamente eliminou o sacrifício ritual, por isso Maria Padilha tem sua “dieta” limitada aos seguintes alimentos: farofa de farinha de mandioca com azeite de dendê e pimenta, que é o padê, comida predileta de Exu; farofa de farinha de mandioca com mel; aguardente, vinho branco ou champanhe (cidra, uma espécie de champanhe barata feita de maçã); carne crua com azeite de dendê e pimenta; farofa com carne-seca desfiada e pimenta; coração de boi assado na brasa, com sal e pimenta.

    Na umbanda, a oferenda de alimento preferencialmente vai para um lugar fora do terreiro (encruzilhada, praia etc.), mas no candomblé as comidas são depositadas ao “pé de Maria Padilha”, isto é, junto às suas representações materiais compostas de boneca de ferro (geralmente com chifres e rabo, como o diabo), tridentes arredondados de ferro, lanças de ferro e correntes (elementos presentes também nos pontos riscados), representações que permanecem guardadas, longe dos olhos dos não iniciados, nas dependências reservadas para o culto de exu.

    Nos terreiros de umbanda e nos candomblés que cultuam as formas umbandizadas de exu, a concepção mais generalizada de Maria Padilha é de que se trata de uma entidade muito parecida com os seres humanos.

    Nem é de se estranhar que tenha sido a umbanda que melhor desenvolveu essa entidade, pois foi a umbanda, como movimento de constituição de uma religião referida aos orixás e aos pactos de troca homem-divindade e ao mesmo tempo preocupada em absorver a moralidade cristã, que separou o bem do mal, sendo portanto, obrigada a criar panteões separados para dar conta de cada um.

    Características de Maria Padilha na Umbanda

    Maria Padilha é a consorte de Exu, que é o mensageiro dos Orixás no Candomblé, considerada a pomba gira dos 7 reinos.

    Dessa forma, isso significa que ela é uma entidade espiritual com diversas características peculiares, como charme, encantos e a fama de feiticeira.

    Algumas características e preferências de quem tem a entidade são: sensualidade natural, preferência por cores como o vermelho e o preto, entre outras.

    Dependendo do tipo de Maria Padilha que se manifesta, pode ter características particulares, embora em geral existam algumas características comuns.

    Algumas representações de Maria Padilha mostram essas características como um ser promíscuo e falante.

    Maria Padilha das Almas na Umbanda

    Maria Padilha das Almas é uma das principais entidades da umbanda e do candomblé, repleta de amor, oferece ajuda para concretizar relacionamentos para pessoas que sofrem de paixões não recíprocas.

    É integra e firme quando assume um papel importante, não fugindo das responsabilidades; possui características como persistência, força e coerência, ao mesmo tempo em que é suave e meiga.

    Dentre as características de Maria Padilha das Almas, podemos destacar que ela é pura beleza, emana muito charme, passa confiança à todos os que procuram por ela.

    Maria Padilha das Almas é conhecida, também, por ajudar, em momentos de necessidade, as mulheres que precisam de alguém que possa colaborar com problemas sexuais ou férteis.

    Essa entidade recebe seus trabalhos, despachos ou oferendas tanto no Cruzeiro do cemitério, quanto nas encruzilhadas — isto só caberá a Maria Padilha das Almas decidir.

    Maria Padilha das Almas tem um caráter marcante, bem mais forte e autoritária que as outras entidades que trabalham regularmente com ela.

    Maria Padilha das Almas se veste de vermelho, preto e branco, gosta de joias, é associada à caveiras, rosas, tridentes e crucifixos e, em suas imagens, é sempre representada com uma mão na cintura e a outra segurando a barra da saia ou vestido.

    Pontos Cantados de Maria Padilha das Almas

    Ponto 01:

    Este ponto cantado é da Aldeia dos Caboclos e fez parte do álbum 6° Festival de Curimba. É um ponto de autoria de Wilson Zarpa e com interpretação de Eduardo Silveira e Wilson Zarpa através do grupo Curimba Nostalgia da Umbanda.

    Letra do Ponto:

    Avistei uma linda mulher de vestido negro,
    Cheirosa e charmosa
    Me tirou a tristeza do peito, falou filho de umbanda,
    por favor, não chora
    Ela disse que iria levar as infelicidades que eu tenho na vida
    Mas quando perguntei o seu nome sorrindo ela disse,
    Padilha

    Padilha, Maria Padilha das almas
    Padilha, Maria Padilha das Almas
    Tenho pena daqueles que pensam que essa Pombo Gira
    Pratica a maldade
    Faça a ela também seu pedido, mas faca com fé
    Nunca por vaidade
    Me rendi aos encantos da moça, confesso que estou enfeitiçado
    E por isso que eu peco a Padilha todos os dias para
    Estar ao meu lado

    Agradeço a essa Pombo Gira por toda bondade que ela me deu
    Pois sem mesmo fazer um pedido, a sua ajuda me ofereceu
    E é por isso que trago no peito a essa moca toda gratidão
    E você por ter certeza que ela faz morada no meu coração

    Ponto 02:

    Este ponto cantado foi composto por Monique Moura e Leandro Pedroso do canal Umbanda Verso e Prosa e, no vídeo abaixo, você vai escutá-lo na voz de Juliana D Passos e com Ogã Ninho de Iansã (Nilton Dias) no atabaque.

    Letra do Ponto:

    Laroiê, Dona Maria Padilha das Almas!

    É noite, rosa perfuma a madrugada

    Cabelo ao vento, enluarada

    Lá no cruzeiro sua essência floresceu

    Divina dona, da luz que nunca se apaga

    Guardiã das santas almas, mensageira de Oyá!

    Mas ela é

    Ela é a moça formosa

    Lição de vida, dona dos caminhos meus

    Minha rainha, laroyê minha senhora

    Salve Maria Padilha

    Força da mente, corpo e alma

    Minha rainha, laroyê minha senhora

    Salve Maria Padilha

    Força da mente, corpo e alma

    Poderosa pombo gira, sol do meu amanhecer

    Saravá Maria Padilha

    É ganga, é ganga, é laroyê

    Poderosa pombo gira, vem nos ventos de Oyá

    Guardiã da minha vida

    É ganga, é ganga, é mojubá!!

    Oh, Poderosa pombo gira, sol do meu amanhecer

    Saravá Maria Padilha

    É ganga, é ganga, é laroyê

    Poderosa pombo gira, vem nos ventos de Oyá

    Guardiã da minha vida

    É ganga, é ganga, é mojubá!!

    Beijo e aquele axè!

    Ponto 03:

    Esse ponto de Maria Padilha das Almas vem direto do canal Pontos de Umbanda.

    Letra do Ponto:

    Abre essa cova
    Quero ver tremer
    Abre essa cova quero ver balancear
    Maria Padilha das almas
    O cemitério é o seu lugar
    É na Calunga que a Padilha mora
    É na Calunga que a Padilha vai girar

    XV Festa em Homenagem à Maria Padilha das Almas Realizada em 31.07.2015

    História de Maria Padilha das Almas

    Conheça história de Maria Padilha das Almas que, em vida, teve sua encarnação marcada na entrega de um grande amor não correspondido.

    Assista o vídeo abaixo para entender tudo o que passou e em espirito superou todos os dessabores que vivera em sua ultima reencarnação

    Atenção: Psicografia recebida pela Médium Drika através de sua entidade Maria Padilha das Almas.

    Livro Recomendado:

  • Maria Padilha e Tranca Rua: Quem são, Festa, História, Ponto Cantado, Características, Funções e Incorporação

    Maria Padilha e Tranca Rua: Quem são, Festa, História, Ponto Cantado, Características, Funções e Incorporação

    Maria Padilha e Tranca Rua são entidades bonitas representadas por um homem e uma mulher brancos, de cabelos escuros e roupas clássicas e requintadas, sendo associados também à tridentes, cetros, crânios, cruzes, joias e à riqueza.

    Maria Padilha é uma entidade feminina que, tradicionalmente, usa vestidos longos e pretos com detalhes dourados; e Tranca Rua é uma entidade masculina que, tradicionalmente, usa cartola e capa preta; ambos sempre muito chiques e sedutores.

    Festa de Maria Padilha e Exú Tranca Ruas

    No vídeo abaixo, você pode conferir uma festa de Maria Padilha e Tranca Rua realizada em 19.09.2009. Neste vídeo, você poderá conferir a incorporação de ambas as entidades e como elas se comportam no médium.

    Uma Pequena História de Tranca Rua das Almas, Maria Padilha das Almas e Pomba Gira Menina

    Existem muitas lendas envolvendo exus e pombas giras, principalmente se tratando de Exú Tranca Rua, de Maria Padilha e de Pomba Gira Menina.

    Tem lendas em que Tranca Rua se chamava Geraldo, outras onde ele se chamava Hélio, e por aí vai… Aqui fica o conto de um casal de Exús, Senhor Tranca Rua das Almas e Senhora Maria Padilha das Almas, em suas últimas reencarnações aqui na Terra.

    Essa história foi contada pelo próprio Tranca Rua!

    Em meados do século XVI, em uma pequena cidadela da região da Galícia, Espanha, em uma cidadezinha chamada Salvaterra, residia, em uma mansão, um senhor alto, distinto, de finos tratos, médico e religioso, cristão católico assumido, que se chamava Don Ramón.

    Era um senhor muito popular na pequena cidade e conhecido em toda a região por ser um médico muito dedicado, e especialista em diversas ramificações da medicina.

    Era uma espécie de “faz tudo”. Atendia seus pacientes em seu consultório, dentro de sua mansão. Sua religiosidade, com o tempo, veio a lhe falar mais alto e Ramón entrou para Igreja Católica, chegando ao posto de seminarista a padre sacerdotal, mas, mesmo sendo sacerdote e padre, Ramón nunca deixava de exercer a medicina, chegando a atender doentes gratuitamente e a fazer muitas curas, por caridade.

    No entanto, uma senhora distinta, de origem cigana, feiticeira e magista, também prostituta, chamada Teresa, mas popularmente conhecida como Maria Padilha, chegava em Salvaterra, vinda de Portugal.

    Habitava em uma bela casa e atendia seus clientes em sua morada, oferecendo serviços de magia e, também, de mulher, porém Teresa do Rosário, ou melhor, Maria Padilha, nutria um forte arrependimento por causa da vida que a mesma levava…

    Maria procurava o consolo para suas dores indo na Igreja, quando ela estava vazia, para rezar o terço e se confessar.

    Ramón começou a se sentir atraído pela bela moça que, escondida, rezava nos arredores da Igreja. Um dia, o arcebispo da cidade a viu rezando e se sentiu ultrajado por causa da fama de Padilha, e o mesmo a expulsou da Igreja a gritos, lhe ofendendo de vagabunda, de vadia, de mulher da vida, de bruxa, de excomungada…

    Neste momento, Ramón presencia o ato e toma satisfações com o arcebispo. Fortemente indignado com a atitude do bispo, Ramón decide abandonar a batina, abandonar o clero, abandonar a Igreja, e sai correndo a procura de Maria Padilha.

    Os dois, então, começam a manter uma amizade muito forte… e Ramón se apaixona fortemente por Padilha.

    Revoltado com a posição da Igreja e dos padres, que condenavam e perseguiam Teresa, Ramón começa a nutrir ódio e repulsa pela Igreja Católica e pelo Cristianismo.

    Ramón queria, porque queria chamar a atenção de Padilha… por paixão a ela, ele começa a estudar a fundo sobre magia, feitiçaria, bruxaria e ocultismo.

    Autodidata, ele mesmo se inicia no que ele passou a chamar de sua própria Ordem de Alta Magia! Ramón, através de seus experimentos ocultistas e espirituais, com o tempo, começa a desenvolver-se com exímios dons de cura, de desobsessão, de exorcismos, e também de invocações e evocações de anjos caídos, fazendo a se tornar, com o tempo, em mestre luciferiano.

    A paixão por Padilha o cegava, ele queria que Maria fosse apenas sua mulher… mas, ela era mulher de vários homens…

    Um dia, Padilha ficou muito doente e foi buscar ajuda ao mestre Don Ramón. Ele a mantém em tratamento, em sua mansão e, com isso, os dois ficam muito íntimos.

    Ele pede para ela ser sua esposa e companheira e, Maria Teresa do Rosário Padilha se sentindo só, debilitada e sem rumo, aceita o pedido!

    Os dois se casam, finalmente, e fazem um elo um com o outro de fidelidade. Com anos de casamento, Padilha dá a luz a filha única dos dois, a qual ambos a batizam de Alice.

    Ramón era encantado com sua filhinha, e a chamava de “Menina de seus olhos”… Ramón, muito conservador, educava e disciplinava sua menina com muita rigidez.

    A menina crescia e se tornava, a cada dia que passava, mais formosa, mais bela e encantadora. Maria Padilha era o contrário de Ramón, fazia os caprichos de sua menina, e a aconselhava a ser livre e solta.

    Quando a menina Alice completou 15 anos, conheceu um rapaz que a cortejou e a pediu em namoro. Só que esse rapaz, que tinha prestado juramento à Ramón e à Teresa de bem cuidar da menina, a levou para passear em um cemitério, de madrugada, e a estuprou e depois a assassinou.

    Ramón e Maria Padilha procuraram por sua filha por longos dias, até descobrirem seu cadáver nú, dentro do cemitério.

    Com muito ódio e sede de justiça, os dois juram vingança ao rapaz que cometera a desgraça com a menina Alice!

    Os dois encontram o rapaz, e o levam para o mesmo cemitério, onde o esquartejam vivo, e o entregam para Lúcifer!

    Com o decorrer do tempo, com ódio da Igreja Católica e do Cristianismo, e com dor no coração pela perca de sua filha, Don Ramón e Maria Teresa do Rosário Padilha se tornam anticristos, e começam a praticar rituais de extremo satanismo, oferecendo auxílio a muitas pessoas com magia negra, feitiços para demanda, amarrações, para riqueza e prosperidade, para saúde e libertação espiritual…

    Mas, Padilha acabou rompendo com o elo de fidelidade com seu esposo Don Ramón e, em segredo, o traía com vários homens… até Ramón descobrir.

    Quando Ramón descobriu os adultérios de sua amada, a assassinou com sete punhais e guardou o seu cadáver no quarto deles, dentro da mansão.

    Ramón, por dias, contemplava o cadáver de sua amada e lamentava a morte de sua filha… então, ele vende sua alma ao diabo para ter Maria de volta em seus braços.

    Maria, então, recobra seus sentidos e os dois convivem juntos por sete semanas, até o momento em que Maria definitivamente vem a falecer.

    Ramón a enterra no jardim de sua mansão e faz para ela uma sepultura com um lindo cruzeiro e com um tapete de rosas vermelhas.

    A tristeza, o tédio, o lamento, tomam conta de Don Ramón… e a Igreja Católica, liderada pelo mesmo arcebispo que vilipendiou sua amada Padilha, começa uma perseguição e uma inquisição contra Ramón.

    Ramón não podia sair de sua mansão, que era ultrajado, apedrejado, e cuspido pelos cristãos católicos fanáticos.

    Até que ele se rebela contra essa situação e decide enfrentar seus perseguidores. No meio de uma procissão, em dia 28 de agosto, Ramón ataca o arcebispo e os cristãos católicos a facadas e é contido pela procissão.

    Os cristãos golpeiam Ramón a chutes e pontapés, e o matam com pedradas, no meio de uma grande rua. Muito sangue rolou das veias de Don Ramón nos ladrilhos da rua, na qual foi morto pelos cristãos.

    Era dia de procissão de São Bartolomeu. Os cristãos, não contentes com a morte de Ramón, ateiam fogo em sua mansão, acabando com todas as memórias da família Ramón, Padilha e Alice!

    Hoje, Don Ramón trabalha no plano espiritual na roupagem do Exú Tranca Rua das Almas, sua companheira Maria Teresa do Rosário Padilha trabalha na roupagem de Maria Padilha das Almas, e sua filha Alice trabalha na roupagem de Pomba Gira Menina!

    Bem, essa é uma das histórias de Seu Tranca Rua, mas existem outras histórias, outras lendas a respeito dele, de Padilha e de Menina.

    O certo é que a cidade de Salvaterra existe na Espanha e no dia 28 de agosto é comemorado o dia de San Ramón de Salvaterra, um santo que ficou popular entre os moradores da região, que até hoje, quando invocado, atende seus pedidos.

    E, curiosamente, dia 28 de agosto, nos terreiros de Umbanda e de Quimbanda aqui no Brasil, costumam, neste dia, fazer mesa e homenagear ao Exú Tranca Rua das Almas, assim como para São Cipriano.

    Agosto, que popularmente é conhecido como o mês do desgosto, na verdade é um mês carregado de axé, embora sempre um pouco pesado.

    Dia 16 de Agosto é dia de São Roque e de Obaluaê; dia 24 de Agosto é dia de São Bartolomeu e de Oxumaré; e dia 28 de Agosto é dia de San Ramón de Salvaterra na Espanha e, aqui no Brasil, é dia de Tranca Rua e até mesmo de São Cipriano.

    Poema de Maria Padilha e Tranca Rua

    Em uma noite serena,

    vi duas luzes passar,

    senti uma proteção plena,

    como uma energia a me abençoar.

    De um lado um homem poderoso, de outro uma linda mulher a gargalhar,

    ele forte mas generoso,

    e ela encantadora em seu dançar.

    Senhor Tranca Ruas e Dona Maria Padilha,

    vieram aqui me estender as mãos,

    e assim nunca cairei nas armadilhas,

    desses obsessores que se disfarçam de irmãos.

    A luz desse Exú e dessa Pombo Gira,

    brilham junto com nosso Pai Oxalá,

    retirem do meu caminho a inveja e a mentira,

    iluminando e protegendo sempre nosso Gongá.

    Quem são Maria Padilha e Tranca Rua na Umbanda

    Quando falamos em Umbanda e Gira de Exus, logo vem em nossas mentes duas entidades extremamente conhecidas, duas forças da esquerda, dois caridosos mensageiros de Deus, duas divindades de luz máxima, e essas divindades são o Exu Tranca Ruas e a Pomba Gira Maria Padilha.

    Maria Padilha e Tranca Ruas são chefes de falange e, sendo assim, diversos Exus e Pombas Giras que trabalham nessas falanges, chefiadas por eles, levam o mesmo nome do chefe geral da falange, ou seja, poderemos encontrar diversos Exus com o nome de Tranca Ruas, assim como diversas Pombas Giras com nome de Maria Padilha, sendo diferenciados apenas pela linha, irradiação ou função de atuação.

    Para esclarecer isso, vamos imaginar que estamos em um terreiro e, nesse terreiro, se encontram dois médiuns desenvolvidos mediunicamente, estando os dois preparados para trabalho de incorporação.

    Agora, imaginemos que estamos em uma Gira de Exu e os dois médiuns estão incorporados com uma entidade de luz cujo nome é Tranca Ruas.

    Nesse exemplo, vamos prestar atenção em detalhes, como o ponto riscado deles, ou mesmo poderemos pedir que falem o nome e a função de atuação.

    Nesse caso, observaremos que um poderá dizer, por exemplo, Tranca Ruas das Almas e, o outro, Tranca Ruas da Encruzilhada.

    E aí, certamente já entendemos a diferença, pois um atua com as forças das Almas e o outro com as forças da Encruza.

    E da mesma maneira acontece com a Pomba Gira Maria Padilha, onde concluímos que não há nada de errado em ter duas ou mais médiuns trabalhando com essa divindade em um mesmo terreiro, na mesma hora.

    No entanto, da mesma forma como tudo pode funcionar muito bem e ser muito organizado, como acabamos de exemplificar, também é possível, e não só possível como muito fácil, encontrarmos em terreiros sem nenhum entendimento sobre a religião Umbanda, zeladores e filhos de santo se dizendo estar incorporados com Senhor Tranca Ruas e a Pomba Gira Maria Padilha, dando consulta a pessoas muito mais desavisadas ainda, falando sobre magias inexistentes, amarrações, oferendas sem nexo, despachos enormes sem sentido e, muito pior que tudo isso, usando bebidas alcoólicas sem nenhuma necessidade, fumando grandes quantidades de cigarros, cigarrilhas, charutos, enfim, tudo em um grau de extremo, que não conduz com a realidade da entidade.

    Maria Padilha e Tranca Rua, sendo chefes de falange, coordenam uma legião de exus e pombas giras, que trabalham em prol da caridade, resgatando espíritos perdidos ou reencaminhando espíritos que foram levados para serem escravizados nas trevas.

    No entanto, vemos em terreiros, centros, casas de Umbanda, médiuns mistificando, inventando trabalhos em encruzas, cemitérios, despachos enormes, oferendas exorbitantes, sem o menor sentido, sem a menor noção e sem o menor nexo, fazendo com que essas oferendas só sirvam para energizar Kiumbas, Eguns e Zombeteiros, e se utilizando do nome das entidades Tranca Ruas e Maria Padilha, assim como é feito com tantas outras entidades de luz.

    Devemos respeitar extremamente todas as entidades de luz, e isso não se faz diferente com a bela Maria Padilha nem com o mestre Tranca Ruas, que são entidades maravilhosas, de muita luz e de muita força, mas só fazem o bem.

    Vem Seu Tranca Rua e Maria Padilha

    No vídeo abaixo, você poderá conferir um ponto cantado da Umbanda intitulado Festa do Exu Tiriri. Esse ponto cantado, dedicado principalmente ao Exu Tiriri, também é dedicado aos exus, de uma forma geral, e à toda falange do Exu Tiriri, que inclui Seu Tranca Rua e Maria Padilha.

    É uma cantiga perfeita, bonita, completa que saúda os exus e as pombas giras, sendo considerado um dos melhores pontos cantados.

    Confira, à seguir:

    Letra do Ponto:

    É meia noite em ponto e o galo cantou
    É meia noite em ponto e o galo cantou
    Cantou pra anunciar que Tiriri chegou
    Cantou pra anunciar que Tiriri chegou

    Ele vem da Calunga de capa e cartola
    E tridente na mão
    Esse Exú de fé é quem nos traz Axé e nos dá proteção
    Ele é Exú Odara e vem nos ajudar
    Com seu punhal ele fura, ele corta demanda
    Ele salva, ele cura
    Exú Amojubá

    Laroiê
    Laroiê Exú, Exú Amojubá
    Eu perguntei a ele o que é Exú
    Ele vem me falar

    Laroiê
    Laroiê Exú, Exú Amojubá
    Eu perguntei a ele o que é Exú
    Ele vem me falar

    Exú é caminho, é energia, é vida, é determinação
    É cumpridor da Lei, Exú é esperto, Exú é guardião
    Exú é trabalho, é alegria veloz, Exú é viver
    É a magia, É o encanto,
    É o fogo, é o sangue na veia vibrando
    Exú é prazer

    Laroiê
    Alaruê Exú, Exú Amojubá
    Traz sua falange Exú Tiriri para trabalhar
    Laroiê Exú
    Laroiê Exú, Exú Amojubá
    Traz sua falange Exú Tiriri para trabalhar

    Vem seu Tranca-Ruas, Maria Padilha e Exú Marabô
    Sete Encruzilhadas, seu Zé Pilintra aqui chegou
    Maria Mulambo, Maria Farrapo e Dona Figueira
    Dona Sete Saias, Pombogira menina e Rosa Vermelha
    Sete Catacumbas, Exú Caveira firmam ponto aqui
    E o Exú Capa Preta anunciou a festa é do Exú Tiriri

    Quem são Maria Padilha e Tranca Rua: Características, Funções e Incorporação

    Maria Padilha e Tranca Rua são entidades que fazem muito na vida das pessoas. São entidades com características e histórias distintas, mas muito cultuados, principalmente através de imagens.

    Maria Padilha e Tranca Rua são entidades que auxiliam em armadilhas, desobsessões e são entidades iluminadas, que banem o mal, a inveja e a mentira e concedem proteção.

    Maria Padilha e Tranca Rua são extremamente respeitados em terreiros, centros, casas e templos de Umbanda, não só pelo carinho que muitos consulentes tem por eles, mas também por tudo que eles representam para a religião umbandista.

    Maria Padilha e Tranca Rua são considerados donos de giras, chegam gargalhando, mostrando sua presença e possuem assentamentos em terreiros.

    Maria Padilha, incorporada em médiuns, sensualiza ao andar e tem uma figura de cortesã, pois anda com elegância.

    Suas roupas são sempre vermelha e preta, utilizando também colares, pulseiras e véu na cabeça. Tranca Rua, em uma incorporação, se movimenta bruscamente, e uma gargalhada rouca erradia indicando a sua presença.

    Em terreiros, sempre há um dia em homenagem ao “Seu Exu Tranca Rua”. Ele é dono de gira, como dito anteriormente, e corre giras à mando de Ogum.

    Tranca Rua grita e gargalha alto, indicando sua presença e sua força. Ele sempre vem na frente de Maria Padilha.

    As vestes do Tranca Rua são um tecido de cor preto reluzente e um chapéu preto. Há um ponto de Tranca Rua que diz assim:

    Ele é filho do sol
    Ele é neto da lua (2x)
    Quem cometeu as suas faltas
    Peça perdão a Tranca Rua (2x)

    Os pontos de Tranca Rua sempre se referem a sua força, à punição dos seus inimigos, e à abertura de caminhos.

    Ele costuma sair repentinamente de seus médiuns. Muitas lendas e histórias são contadas sobre essas entidades, que são consideradas das ruas e estão presentes em muitos templos e tendas.

    Maria Padilha, talvez a mais popular das pombas giras, é considerada o espírito de uma mulher muito bonita, branca, sedutora, e que em vida teria sido prostituta grã-fina ou influente cortesã.

    Caso você queira saber mais sobre Maria Padilha, a escritora Marlyse Meyer publicou, em 1993, seu interessante livro Maria Padilha e toda a sua quadrilha, contando a história de uma amante de Pedro I (1334-1369), rei de Castela, a qual se chamava Maria Padilha.

    Seguindo uma pista da historiadora Laura Mello e Souza (1986), Meyer vasculha o Romancero General de romances castellanos anteriores al siglo XVIII, depois documentos da Inquisição, construindo a trajetória de aventuras e feitiçaria de uma tal dona Maria Padilha e toda a sua quadrilha, de Montalvan a Beja, de Beja a Angola, de Angola a Recife, e de Recife para os terreiros de São Paulo e de todo o Brasil.

    Para Maria Padilha, questões de bem e de mal são irrelevantes, como podemos verificar nesse trecho de um de seus pontos cantados:

    Ela é Maria Padilha
    De sandalhinha de pau
    Ela trabalha para o bem
    Mas também trabalha para o mal.

    É muito frequente, entre os adeptos, atitudes de medo e respeito para com Maria Padilha, mesmo quando dela não se pretende qualquer favor, como podemos comprovar com o seguinte trecho de ponto cantado:

    Quem não me respeitar
    Oi, logo se afunda
    Eu sou Maria Padilha
    Dos sete cruzeiros da calunga
    Quem não gosta de Maria Padilha
    Tem, tem que se arrebentar
    Ela é bonita, ela é formosa
    Oh! bela, vem trabalhar

    Assim o é também com o Exu Tranca Rua, que pode gerar todo tipo de obstáculos na vida de uma pessoa, porém, ainda assim, não deixa de ser amigo e protetor.

    Maria Padilha e Tranca Rua são considerados um casal de guardiões e, muitas vezes, cultuados e adorados juntos.

    Eles estão presentes, pincipalmente, na umbanda e na quimbanda. Maria Padilha é considerada uma dama da madrugada, rainha da encruzilhada, senhora da magia, pomba gira de mistérios ocultos e Tranca Rua também é muito empoderado.

    Livro Recomendado:

  • Maria Padilha das 7 Encruzilhadas: Quem é, Imagem, Características, Histórias, Pontos Cantados, Orações e o que Gosta

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas: Quem é, Imagem, Características, Histórias, Pontos Cantados, Orações e o que Gosta

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas é uma entidade feminina representada pela imagem de uma mulher branca, de cabelos longos escuros ou vermelhos, que usa vestido vermelho e dourado e jóias, em um porte altivo e sensual.

    Algumas imagens de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas podem ser representadas por uma mulher morena, mas a grande maioria são representadas por mulheres de pele branca.

    Uma das representações mais populares de Maria Padilha das 7 Encruzilhada em imagem é de uma dama com o busto à mostra e vestindo apenas uma saia vermelha, mas também podemos encontrá-la somente com as roupas de baixo e capa vermelha, ou de vestido longo, e portando acessórios, como facão, bastão de rainha, colar… não sendo raro também encontrá-la em versão loira.

    Sua missão é limpar os caminhos e abrir as portas que se encontrarem fechadas.

    É uma das pombas giras mais queridas pelo povo da quimbanda e umbanda, pois ela é muito próxima dos humanos e sua energia é muito similar a nossa.

    É uma entidade calma e tranquila, mas quando chega ao mundo solta sua gargalhada, onde expressa todo o seu poder de vitória, vindo na linha de Iansã.

    Assim como é representada por muitas de suas imagens, dizem que ela é loira e têm olhos azuis, mas alguns dizem que é morena dos cabelos negros.

    Suas oferendas são sempre as mais caras, pois ela é muito exigente. Podem ter velas vermelhas, douradas, brancas e/ou pretas (se solicitado); champanhe; cigarrilhas ou cigarros; rosas vermelhas; maçãs e outras frutas; enfeites; pipocas; perfumes e rosas; sempre colocadas nas encruzilhadas.

    Os ebôs (Candomblé) são pata preta, pomba preta, cabra preta, levando fubá de milho e azeite de dendê.

    Seus símbolos são pássaro, tridente, lua, sol, chave e coração. Maria Padilha das 7 Encruzilhadas também é conhecida no sudeste do Brasil como “Dona 7”.

    Apresenta-se como uma mulher de meia-idade, muito reservada, fina, alegre, educada, inteligente e culta.

    Não é arrogante, mas exige respeito. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, todos os exus a respeitam.

    Trabalha pela fé e pela esperança, desfazendo trabalhos, libertando as pessoas das correntes que as aprisionam; trazendo aos seus protegidos muita fé e coragem em suas jornadas.

    Amada guardiã, que está sempre pronta a auxiliar a quem a ela recorre.

    Trabalhadora da Lei e, como seu nome diz, para 7 Encruzilhadas. No entanto, isso não quer dizer que ela fica parada nas encruzilhadas das ruas, é um modo simbólico de referência ao tipo de trabalho que realiza.

    Sabemos que este trono pertence a Oxalá, então esta amada senhora trabalha para todas as 7 linhas, para os 7 sentidos.

    Ela atua no entrecruzamento vibratório dos tronos, em beneficio dos que as procuram.

    Podemos dizer, então, que ao fazer uma abertura de caminhos, se o fizer em 7 Encruzilhadas, estará pedindo auxilio nos 7 sentidos: FÉ, AMOR, CONHECIMENTO, JUSTIÇA, LEI, EVOLUÇÃO e GERAÇÃO, ou seja, caminhos realmente abertos!

    Pois esta guardiã desembaraça situações em nossas vidas que necessitam de ajustes, mas sempre de acordo com nosso merecimento.

    Observação: Todos os exus ou pombas giras atuam em abertura de caminhos, não só aqueles que tem o nome Encruzilhadas ou Cruzeiro no nome.

    Todos trabalham para vários assuntos.

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas têm também por atribuição repasse de informações, aceitação das oferendas, acesso aos “portais” bem como guarda de terreiros e templos religiosos em geral, não só os umbandistas.

    Assim como os exus, ela:

    1. Tem palavra e a honra;
    2. Busca evoluir;
    3. Por sua função cármica de guardiã, sofre com os constantes choques energéticos a que está exposta;
    4. Afasta-se daqueles que atrasa a sua evolução;
    5. Esta entidade mostra-se sempre justa, dificilmente demonstrando emotividade, dando-nos a impressão de ser mais “dura” que as demais entidades;
    6. É caridosa e trabalha nas suas consultas mais com os assuntos terra a terra;
    7. Sempre está nos lugares mais perigosos para a alma humana;
    8. Quando não está em missão ou em trabalhos, demonstra o imenso amor e compaixão que sente pelos encarnados e desencarnados.

    Como o próprio nome já diz, é a pomba gira que acompanha o Sr. 7 Encruzilhadas.

    Ela é a Rainha do Reino das Encruzilhadas, que abriga o maior número de exus de todos os Reinos.

    Ela é a terceira pessoa das Pombas Giras Maiorais na hierarquia da Quimbanda ao lado do Sr. Exú Rei (Rei das 7 Encruzilhadas).

    Ela era tida como a deusa do amor e da guerra. Seu generais diretos são Exu Veludo e Exu dos Rios, assim como os outros generais que se encontram, muitas vezes, sob a sua supervisão direta.

    Lembrando que os Generais são Exu Marabô das 7 Encruzilhadas, Exu Tiriri Lonan, Exu Tranca Ruas das 7 Encruzilhadas e outros que assumem postos de comando nos Reinos das Encruzas, todos eles estão sob as ordens de Sr. 7 Encruzilhadas e da Pomba Gira 7 Encruzilhadas.

    Por isso, muitas das vezes, ela se apresenta como Maria Padilha Rainha das 7 Encruzilhadas.

    Observação: Um médium que trabalhe com esta pomba gira não precisa, necessariamente, trabalhar com o Sr. Rei das 7 Encruzilhadas.

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas é uma pomba gira bonita e considerada uma dama da madrugada, pois é a rainha da encruzilhada e a senhora da magia.

    Ela esconde mistérios e é uma entidade controvertida nos cultos afro-brasileiros.

    Festas são celebradas em homenagem, agradecimento e culto à Maria Padilha das 7 Encruzilhadas, que também é adorada através de imagens.

    Ela é uma pomba gira rainha, que não descansa enquanto não atende todos os pedidos que à ela são feitos.

    Ela é brincalhona, faz algazarras, mas trabalha sério, principalmente na união entre duas pessoas.

    Um assentamento para Maria Padilha das 7 Encruzilhadas, em um terreiro, também pode ser feito para se obter a ajuda desta pomba gira, principalmente se você quer a proteção dela, e não somente uma ajuda relacionada à amor ou à qualquer outra área da sua vida.

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas é uma bela, mas também uma grande pomba gira, toda coberta de axé!

    E repito: hoje, Maria Padilha das 7 Encruzilhadas é um dos maiores nomes de entidades da Umbanda, integrante de uma falange de pombas giras das encruzilhadas, que dá conta de causas consideradas impossíveis.

    Histórias de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas é uma entidade que possui muitas histórias e lendas.

    Seu nome significa Rainha do Fogo e ela já teve várias encarnações na Terra.

    Em uma de suas encarnações, foi mulher de cabaré, uma linda mulher, que tinha muitos clientes, mas, hoje, faz parte da Umbanda e outras religiões e cultos e ilumina caminhos, leva o mal embora e tem uma história única, tanto sobre suas encarnações quanto sobre seus trabalhos no plano espiritual.

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas é uma guia espiritual que, quando encarnada, também já ficou conhecida como uma das mais lindas cortesãs, que encantou o coração de um rei da França.

    Á seguir, você poderá conferir duas dessas histórias associadas às encarnações de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas.

    História 01

    Segundo a lenda, foi nascida por volta de 300 AC, no Egito, na planície de Gizé, às margens do Rio Nilo, onde viveu até seus 15 anos.

    Dona de rara beleza e curvas sinuosas, conheceu seu amor Plácido, mas, algum tempo depois, Tebas, onde vivia, foi invadida por soldados romanos e ela foi levada por um centurião romano para Roma, onde passou a ser escrava.

    Ela não suportava a distância e as saudades de seu grande amor, que ficou no Egito.

    Obstinada por sua liberdade, acaba envenenando seu raptor.

    Sem ser apanhada pelo crime cometido, ela passa a ser de outro centurião.

    Indignada, planeja de outra forma a morte de seu dono.

    Após conseguir sua intenção, novamente muda de posse por outras cinco vezes.

    Cansada de buscar sua liberdade, se suicida.

    Hoje, no templo de Umbanda, trabalha pela fé e esperança, desfazendo trabalhos, libertando as pessoas das correntes que as aprisionam, trazendo aos seus protegidos muita fé e coragem em suas jornadas.

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas é uma mulher com jeito de cigana, mas que se veste como uma dama.

    História 02

    Confira à seguir a história de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas e divulgada por Tiago ogã opaotun.

    Eu era mulher de cabaré, uma linda mulher.

    Tinha muitos clientes, mas um deles, em especial, mexia comigo.

    Era soldado e, de tempos em tempos, conseguia folga de seu Exército e vinha para o cabaré.

    Quando ele vinha, a minha atenção era só dele!

    Procurava não me apegar a nenhum cliente, mas como ele era diferente…

    Nunca falamos em sentimentos, mas era notável, e assim o tempo foi passando e aquele sentimento aumentando.

    Quando ele ia pras batalhas, eu perdia o sono.

    Mas ele amava aquela vida e adorava me contar como havia sido as batalhas e mortes, eu escutava atenta enquanto olhava nos olhos dele, que brilhavam só de falar das batalhas vencidas…

    Mas aquele homem cruel, sem piedade, se transformava perto de mim, pareciam duas pessoas diferentes, eu causava esse efeito nele!

    Por mais que fosse apenas por uma ou duas noites, sabendo que logo ele iria partir, me deixando novamente sozinha.

    Ele havia ido pra batalha, eu não tinha noticias, o tempo foi passando e a agonia no peito aumentando.

    Eu já não conseguia satisfazer as vontades dos outros clientes, não conseguia dormir, não conseguia comer.

    Em minha mente, o desespero tomava conta.

    As colegas de serviço insistiam pra que eu pelo menos fosse ao salão me distrair um pouco, tomar uns drinks, mas eu nunca ia.

    Até que em uma noite, eu resolvi descer ao salão.

    E assim fiz! Troquei de roupa e, mesmo sem me arrumar muito, eu desci.

    Na verdade, minha intenção era tomar um porre pra esquecer de mim e do meu sofrimento!

    Salão cheio, as meninas todas belas, tudo fluía bem…

    Me sentei no canto e enquanto conversava com a minha colega que trabalhava no bar, eu bebia, e assim seguiu a noite.

    Até que um homem se aproximou… Eu disse que não estava trabalhando, mas ele, bêbado, continuou insistindo.

    Eu, já um pouco alterada, mas sempre muito educada, sempre lhe respondia que naquele dia eu não iria atender as suas vontades.

    Depois de ouvir muitos “Nãos”, ele se afastou.

    Até achei que ele havia ido embora…

    Continuei bebendo e, lembrando do meu amor: Que saudades daquele homem!

    Por onde ele andava? Porque não mais voltou?

    Altas horas da madrugada, eu já me via chorando na mesa lembrando do meu amor.

    Foi quando a dona do cabaré se aproximou e disse que eu estava chamando a atenção com meu sofrimento.

    Pediu pra mim ir pra fora me recompor, enxugar as lagrimas e voltar pro salão!

    Prontamente, atendi o seu pedido. Fui para calçada, onde sentei e, olhando pra lua, chorei, chorei com a alma, por onde andava aquele homem?

    Eu não devia ter me apegado! Estava perdida em meus pensamentos quando me puxaram pelos cabelos!

    Fui arrastada até um beco escuro, torturada e abusada até a morte e, se já não bastasse tamanho sofrimento, me desprendi do corpo e vi o maldito homem que tanto insistiu pra que eu ficasse com ele, me matando e me cortando em pedaços.

    Na tentativa de esconder os meus restos, ele me colocou em um saco e foi carregando, mas o saco se rasgou e, em cada encruzilhada, um pedaço meu ficava.

    Foram 7 encruzilhadas… Minha alma não tinha paz, e vagava pelas ruas por onde eu vivi, e no cabaré, eu ainda precisava saber do meu amor…

    Dias depois de minha morte, ele retornou, mas já era tarde! Sabendo do ocorrido, ficou enlouquecido e se juntou com seus colegas, indo atrás do maldito que havia acabado com minha vida!

    Justiça foi feita, feita pelas mãos do homem que eu amava! …

    E, até hoje, eu comando as 7 Encruzilhadas!

    Pontos Cantados de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas tem vários pontos cantados que à saúdam e saúdam o seu poder e força em atender pedidos.

    Á seguir, você pode conferir 7 lindos pontos cantados de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas em vozes maravilhosas.

    Ponto Cantado 01

    No vídeo abaixo, você pode conferir Larissa Rodrigues cantando um belo ponto de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas para o extinto canal Rádio Toques de Axé.

    Letra do Ponto:

    Mandei fazer uma coroa de brilhantes para lhe oferendar

    Ela me disse: Não precisa diamantes,

    Sua palavra é o bastante pra me dar

    Lhe entreguei toda dor, todo tormento

    Toda tristeza que tinha no coração

    Maravilhosa, aliviou o meu sofrimento

    Me ensinou a ter amor e compaixão

    Na madrugada, me encontro a meditar

    Tanta firmeza que encontrei naquele olhar

    Tantas certezas ditas nas suas palavras

    Ela é Rainha das Sete Encruzilhadas

    Soberana e formosa

    E em noite enluarada

    Ela vem firmar seu ponto

    No meio da encruzilhada

    Sua coroa é de Rainha

    Seu perfume é de mulher

    Ela é 7 Encruzilhadas

    Trabalha pra quem tem fé

    Ponto Cantado 02

    No vídeo abaixo, você pode conferir um ponto cantado de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas de autoria do canal Purezatabaque.

    Letra do Ponto:

    Eu sou rainha, sou a luz na madrugada
    Luz que ilumina, escuridão na encruzilhada
    Eu sou mulher, que ajuda e que ampara
    A quem precisa, quem merece e quem me agrada

    Num lindo jardim, 7 rosas encontrei
    7 rosas com espinhos
    E 7 espinhos eu tirei
    Eu sou Padilha, rainha das 7 encruzilhadas
    Sou pombo gira e trabalho na madrugada.

    Ponto Cantado 03

    No vídeo abaixo, temos Juliana D. Passos, do Canal Macumbaria, interpretando uma linda cantiga em homenagem à Pombo Gira Rainha das Sete Encruzilhadas, de autoria dos compositores do Projeto Mestres da Magia.

    Letra do Ponto:

    Ela vem girando, girando, girando
    E dando risada

    Ela vem girando, girando, girando
    E dando risada

    Cuidado amigo,
    Que ela está de saia rodada

    Cuidado amigo,
    Que ela está de saia rodada

    Salve elas, Laroyê!

    Rosa Vermelha
    Rosa Vermelha sagrada
    Rosa Vermelha
    É a Pombo Gira Rainha das Sete Encruzilhadas

    Rosa Vermelha
    Rosa Vermelha sagrada
    Rosa Vermelha
    É a Pombo Gira Rainha das Sete Encruzilhadas

    Ponto Cantado 04:

    No vídeo abaixo, você escutará mais um ponto de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas, dessa vez gravado pelos Filhos de Jurema e de autoria de Wagner Verçosa.

    Letra do Ponto:

    Rosa vermelha,
    Rosa que encantou o meu jardim,
    Rosa mais formosa da umbanda,
    Veio para vencer demanda ,
    Vem sorrindo para mim,
    Oi abre a roda deixe a moça passar,
    Sete encruzilhada rainha do meu conga

    Ponto Cantado 05:

    No vídeo abaixo, você irá conferir o ponto cantado de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas intitulado Luz na Madrugada e de autoria do canal Purezatabaque.

    Letra do Ponto:

    Eu sou rainha, sou a luz na madrugada
    Luz que ilumina, escuridão na encruzilhada
    Eu sou mulher, que ajuda e que ampara
    A quem precisa, quem merece e quem me agrada

    Num lindo jardim, 7 rosas encontrei
    7 rosas com espinhos
    E 7 espinhos eu tirei
    Eu sou Padilha, rainha das 7 encruzilhadas
    Sou pombo gira e trabalho na madrugada.

    Ponto Cantado 06:

    No vídeo abaixo, você escutará um dos mais antigos pontos cantados de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas.

    Letra do Ponto:

    Exu Maria Padilha
    Trabalha na encruzilhada
    Toma conta, presta conta
    Ao romper da madrugada

    Pomba gira, minha comadre
    Me proteja noite e dia
    É por isso que eu zombo
    Das suas feitiçarias

    Orações à Maria Padilha das 7 Encruzilhadas

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas possui muitas orações. A maioria voltada para amor e relacionamento.

    As orações à Maria Padilha das 7 Encruzilhadas são muito poderosas e, muitas vezes, são orações de atração, para que uma pessoa goste e se sinta atraída pela outra.

    Através das orações, é possível fazer todos os tipos de pedidos à Maria Padilha das 7 Encruzilhadas, que é muito celebrada nas religiões afro-brasileiras, incluindo a Umbanda, e esta pomba gira é dotada de grande sabedoria.

    Se você quer que alguém pense em você, peça à Maria Padilha das 7 Encruzilhadas, pois ela é uma entidade mestra, um espírito de raríssima incorporação, que faz um trabalho enorme em benefício da nossa sociedade.

    Á seguir, você pode conferir as orações mais conhecidas de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas.

    Oração à Maria Padilha das 7 Encruzilhadas para Fazer um Pedido de Paixão e Desejo

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas é uma pomba gira que sabe definitivamente fazer com que uma pessoa fique apaixonada por outra, concedendo poder à quem à ela recorre.

    Se você quer que alguém te procure, não importa com quem estiver ou onde estiver, peça à Rainha Maria Padilha das 7 Encruzilhadas.

    Ele ficará louco somente com este pedido que você fizer à Rainha Maria Padilha das 7 Encruzilhadas.

    Ele vai ter prazer só de ouvir a sua voz e você se tornará uma pessoa muito boa de cama, que vai te dar o poder de conquistar qualquer homem.

    Vocês irão se amar loucamente… mas você deverá divulgar Maria Padilha das Sete Encruzilhadas em troca deste pedido e agradecê-la, demonstrando confiança, pois ela irá abrir os seus caminhos e será sua guardiã.

    “Salve Pomba Gira Maria Padilha das Sete Encruzilhadas!

    Atrás de mim, você, (nome da pessoa amada), vai vir de rastros, apaixonado e manso.

    Salve Pomba Gira Maria Padilha Rainha das Sete Encruzilhadas!

    Conheço a tua força e o teu poder, te peço que me atenda o seguinte pedido:

    Que (nome da pessoa amada) não coma e não durma, não beba, não trabalhe, não consiga se divertir, se não estiver ao meu lado.

    Que seu corpo queime de paixão por mim.

    (Nome da pessoa amada), que seu desejo por mim o deixe cego para outras pessoas.

    Que ninguém consiga fazer com que sinta prazer, somente eu terei esse poder.

    Que (nome da pessoa amada) deixe de vez todas as outras mulheres que tiver na rua, e não procure mais nenhuma outra que não seja eu.

    Que (nome da pessoa amada) me procure a todo instante, hoje, agora, desejando estar ao meu lado.

    E que me tenha em seus pensamentos o tempo todo.

    Agora, com quem estiver, onde estiver, ele, (nome da pessoa amada), irá parar, porque o seu pensamento está em mim, ele irá ficar louco de paixão e ficará com os pensamentos somente em mim.

    Neste momento, peço a ti, minha Rainha Maria Padilha das Sete Encruzilhadas, que faça (nome da pessoa amada) ficar louco de paixão por mim.

    Ficará louco de vontade de estar comigo, de me abraçar, me beijar e me amar como nunca amou.

    E, ao deitar e acordar, que tenha sonhos comigo, fazendo assim com que se apaixone cada vez mais por mim.

    Peço ajuda a ti, minha Rainha Maria Padilha das Sete Encruzilhadas, que faça (nome da pessoa amada) me achar linda, me achar gostosa e achar o meu corpo lindo e que fique louco por mim, sinta muitos ciúmes também.

    Que (nome da pessoa amada) sinta prazer somente por ouvir minha voz.

    Faça ele sentir por mim uma paixão fora do normal, como nunca sentiu por outra e nunca sentirá.

    Peço a ti, minha Rainha Maria Padilha das Sete Encruzilhadas, que me torne uma pessoa muito boa de cama, fogosa, atraente, sedutora, sexy.

    Me dê o poder de conquistar a todos os homens que eu quiser, e que eu leve (nome da pessoa amada) à loucura.

    Quando estivermos nos amando, que ele sinta todas as emoções que jamais sentirá com outra.

    Que nós dois possamos nos amar loucamente, como ele nunca fará com nenhuma outra mulher, que a gente sempre consiga completar um ao outro.

    Agradeço a você, por estar junto de todos os outros trabalhando a meu favor.

    Vou divulgar seu nome em troca deste pedido, de trazer (nome da pessoa amada) muito apaixonado, carinhoso, fiel, romântico e amável comigo.

    Obrigado minha Rainha Maria Padilha das Sete Encruzilhadas, confio em teus poderes e quero que estejas sempre junto de mim, me tornando uma pessoa muito linda, jovem, delicada, amada, soberana e querida por todos, como ti.

    Peço que abra meus caminhos e ajude-me a conseguir tudo que eu quero, principalmente o amor de (nome da pessoa amada), com urgência e rapidez.

    Muito obrigada por tudo. Seja minha guardiã em todos os momentos.”

    Oração à Maria Padilha das 7 Encruzilhadas para Amarrar o Espírito da Pessoa Amada ao seu

    Maria Padilha das Sete Encruzilhadas e os poderes dos quatro elementos são forças poderosas que podem fazer com que a pessoa que você ama lhe corresponda e volte para você o mais rápido possível.

    Ela(e) se sentirá bem só ao seu lado e sentirá tesão só por você. As pombas giras amigas são fortes e poderosas o suficiente para fazer com que a pessoa que você ama queime de desejos por você e sinta prazer só com você.

    Se você quer que ela(e) assuma você, deseje estar ao seu lado, pense em você a todo momento e te ame a cada dia mais, peça isso à Maria Padilha das 7 Encruzilhadas.

    Ela irá amarrá-la(o) em você, irá trabalhar ao seu favor, basta confiar nas falanges dela e divulgar a oração após fazê-la.

    Maria Padilha das Sete Encruzilhadas, vá até onde (nome da pessoa amada) estiver e faça com que ela(e) não descanse enquanto não falar comigo.

    Que assim seja pelos poderes da terra, pela presença do fogo, pela inspiração do ar, pelas virtudes da água.

    Invoco as Treze Almas Benditas pela força dos corações sagrados e das lágrimas derramadas por amor, para que se dirijam até onde está, neste momento, (nome da pessoa amada) e traga o seu espírito até mim, amarrando-o definitivamente ao meu.

    Que seu espírito se banhe na essência do meu amor e me devolva o amor em dobro.

    Que (nome da pessoa amada) jamais deseje outra pessoa e que tenha olhos só pra mim… e que assim seja!

    Salve Maria Padilha Rainha das 7 Encruzilhadas!

    Te peço assim agora: gira, vai mulher, gira ao meu favor, trazendo (nome da pessoa amada) para mim, pedindo assim… ar move, fogo transforma, água forma, terra cura, e a roda vai girando, vai girando, e a roda vai girando, vai trazer (nome da pessoa amada) de volta o mais rápido possível para perto de mim.

    Que não queira outra pessoa, que sinta-se bem só ao meu lado.

    Que ela(e) sinta a minha falta e venha ao meu encontro e me peça para que eu nunca a(o) abandone.

    Que (nome da pessoa amada) sinta tesão somente por mim e não consiga mais parar de pensar em nós dois juntos.

    Assim seja e assim será! Salve Pomba Gira!

    Salve Sete Saias! Salve suas irmãs, Maria Mulambo, Maria Padilha, Arrepiada, e todas as outras da falange!

    Salve Sete Saias! Minha boa amiga, mulher de 7 exus, defensora das mulheres e dos homens!

    Salve Sete Saias! Minha boa e gloriosa princesa!

    Conheço a tua força e o teu poder, peço que atenda o seguinte pedido: que (nome da pessoa amada) não durma se não tiver a certeza que estamos juntos.

    Que o corpo de (nome da pessoa amada) queime de desejo por mim.

    Que o desejo de (nome da pessoa amada) por mim a(o) deixe cega(o) para outras pessoas, que elas não consigam mais vê-la(o) como mulher/homem.

    Que outros(a) homens/mulheres e outras pessoas nunca consigam fazer com que (nome da pessoa amada) sinta desejos e prazer para com elas, somente eu terei esse poder.

    Que (nome da pessoa amada) deixe de vez de amar, beijar e abraçar qualquer outra pessoa e me assuma em seu coração.

    Afaste dela(e) as outras pessoas, que elas não a(o) desejem mais também.

    Que (nome da pessoa amada) me procure a todo instante, hoje, agora, desejando estar ao meu lado, que esteja com saudades.

    Que (nome da pessoa amada) sempre tenha a minha imagem em seu pensamento em todos os momentos do seu dia.

    Agora, com quem estiver, onde estiver, você, (nome da pessoa amada), irá parar, porque o seu pensamento estará em mim.

    Ao deitar, ao acordar, que tenha sonhos comigo, fazendo assim com que me ame a cada dia mais.

    Se estiver dormindo, que acorde com saudades de mim.

    Que sinta prazer somente em ouvir a minha voz.

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas, faça (nome da pessoa amada) sentir por mim um desejo fora do normal, como nunca sentiu por ninguém e nunca sentirá.

    Salve Sete Saias! Minha boa e gloriosa princesa!

    Pelos 7 exus que acompanham seus passos, rogo e suplico que amarre (nome da pessoa amada) nos 7 nós de suas saias e nos 7 guizos de sua roupa para mim.

    Agradeço por estar trabalhando a meu favor.

    Vou divulgar seu nome em troca deste pedido de trazer (nome da pessoa amada) hoje e sempre comigo, para que ela(e) se torne minha/meu e largue os(as) outros(as) pra sempre, e fique só comigo, e ainda hoje pense em mim e me ligue, e retorne logo, pois não conseguirá ficar longe de mim, pois terá medo de me perder, que venha dizendo que me quer sempre junto dela(e).

    Assim seja e assim será! E assim está feito!

    Confio nas falanges da pomba gira Rainha das 7 Encruzilhadas.

    Cada vez que for lida essa oração, mais forte ela se fará, por isso vou mandar aos 4 cantos do mundo pedindo ó mãe, que me conceda o pedido de estar com (nome da pessoa amada).

    Sei que os espíritos das falanges da pomba gira já estão soprando no ouvido de (nome da pessoa amada) o meu nome de dia e de noite.

    Ela(e) daqui mais um pouco não vai comer, dormir ou fazer coisa alguma a não ser se estiver comigo.

    Confio no poder das 7 Encruzilhadas e vou continuar divulgando esta oração poderosa.

    Assim seja e assim será!

    O que Maria Padilha das 7 Encruzilhadas Gosta?

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas gosta de beber. Suas bebidas prediletas são champanhe e vinho branco, mas ela também gosta de licor de aniz, Prosecco, Demi Seco, Campari e martini.

    Para servi-la, você pode comprar uma taça de pomba gira. Com certeza, isso irá agradá-la muito.

    Ela gosta de cigarro de filtro vermelho e cigarrilha, de mel, perfumes, enfeites e adora rosas vermelhas, de andar bem arrumada, repleta de jóias ou bijuterias bonitas.

    Ela ama flores, sempre escolhidas com carinho e atenção, pois tudo que você oferecer será em seu beneficio.

    Além disso, Maria Padilha das 7 Encruzilhadas gosta das cores vermelho, preto, maravilha e dourado; de tecidos finos e de vela vermelha ou vermelha e preta.

    É muito objetiva e sempre gosta de conversar com pessoas que realmente sabem o que querem.

    Não gosta de desafio, mas se a desafiarem… é com ela mesma. Gosta de atuar na carreira, estabilidade, proteção, ascensão social, amor, união e harmonia familiar.

    Livros de Maria Padilha em PDF:

  • As Características de Maria Padilha, de Seus Filhos e Médiuns

    As Características de Maria Padilha, de Seus Filhos e Médiuns

    Maria Padilha é bonita, é mulher e é o espírito da amante do rei de Castela que se manifesta nos terreiros de umbanda e candomblé.

    Maria Padilha é uma entidade espiritual com diversas características peculiares, como charme, encantos e a fama de feiticeira.

    Nas religiões de origem africana, como a Umbanda, Maria Padilha se tornou uma entidade de grande importância, sendo responsável pela falange da linha de Exu, isso significa que ela é uma Exu Mulher que comanda essa linha ao lado dos Exus Homens.

    No plano espiritual, Maria Padilha possui vários parceiros. Então, dependendo da linhagem e de outras características, ela escolhe seu parceiro para realizar determinados trabalhos juntos.

    Já na sua missão espiritual, há inúmeras trabalhadoras e trabalhadores que a auxiliam. Ela é vista por essas entidades como uma rainha poderosa, sutil e muito sensual.

    Seu maior poder está nos feitiços de amor. Nos terreiros espalhados por todo o mundo, Maria Padilha é procurada para realizar feitiços, dar orientação e conselhos sobre amor.

    É ela quem comanda os feitiços de amor e oferece consolo para aqueles que estão passando por perdas amorosas.

    Em relação ao culto à Maria Padilha, ela é conhecida por adorar presentes bonitos e sedutores como cidra e rosas vermelhas, afinal, ela é o símbolo da sedução, do feitiço e do amor.

    As orações feitas à Maria Padilha são sempre fortes, pois ela responde a todos que chamam por seu nome, assim basta chamá-la e ela estará pronta para ajudar.

    Maria Padilha é a pomba gira mais procurada nos terreiros, pois é uma importante figura das religiões de origem africana, como a Umbanda, e é representada pela imagem de uma feiticeira.

    Além disso, Maria Padilha é conhecida por diversos nomes, sendo esses nomes suas subfalanges, como por exemplo, Maria Padilha das 7 Encruzilhadas, Maria Padilha do Cabaré, Maria Padilha da Estrada, Maria Padilha das Almas e Maria Padilha Cigana.

    A história da pomba gira Maria Padilha, de acordo com pesquisas históricas, conta que ela teria nascido em 1334, na Espanha, com o nome de Maria de Padilla, e alguns dizem que ela fazia feitiços para o Rei, com a qual era casado, e contra suas rivais, mulheres com as quais o Rei se relacionava por questões políticas da época.

    Maria Padilha age nas causas relacionadas ao amor, relacionamento e sexo. A primeira coisa que você precisa saber sobre Maria Padilha quando pensar em orar para ela é que ela não ajuda aqueles que a recorrem com segundas intenções ou com maldade.

    Pelo contrário, Maria Padilha ajuda apenas aqueles que procuram por amor com a melhor das intenções. Então, para que sua oração à Maria Padilha dê certo, concentre-se primeiramente na intenção.

    Avalie se seu pedido é realmente digno das bênçãos de Maria Padilha e recorra à sua intercessão, pois Maria Padilha é uma das principais entidades da esquerda na Umbanda e no Candomblé, uma Exu Mulher e uma pomba gira de grande força e de muita procura pelos consulentes.

    Sensual, bonita e alegre, trabalha para ajudar em qualquer tipo de situação: trabalho, saúde, abertura de caminhos e para o amor.

    No entanto, é muito procurada nos terreiros de Umbanda para as questões amorosas, para amores mal resolvidos.

    Por ser um espirito de Luz e Chefe de Falange, ela não faz o mal, não desfaz casamentos ou faz amarrações.

    Os quiumbas é que fazem o mal. Maria Padilha não pratica o mal nem faz pacto com ninguém. Ela ajuda com amores correspondidos, mas que estão complicados, mas nada de desfazer um casamento para arrumar outro, este não é o trabalho de nenhuma entidade que trabalhe na Umbanda, nem da esquerda nem da direita.

    O que não pode faltar num altar para Maria Padilha são as cores vermelha e preta, um bom champanhe, cigarros ou cigarrilhas e, se possível, rosas vermelhas, tecidos finos, joias ou bijuterias bonitas, vela vermelha ou vermelha e preta.

    A incorporação de Maria Padilha é rápida e, quando chega, dá a sua gargalhada e dança. A gargalhada é para afastar as energias ruins e avisar que ela chegou e vai levar tudo o que houver de ruim no ambiente.

    As roupas de Maria Padilha são, geralmente, vermelhas e pretas, igualmente seus colares, guias e coroa. Pode usar brincos, colares e pulseiras, mas se não os tiver à disposição, trabalhará do mesmo jeito.

    Para essa pomba gira, fazem-se muitas oferendas e são compostas, basicamente, por farofa com dendê (padê, que é uma mistura de champanhe, dendê e farinha de rosca branca), champanhe, cigarros, brincos, pulseiras, colares, velas, alguidar, rosas vermelhas, perfumes doces, anéis e gargantilhas, batom, pentes e espelho, e suas obrigações são, geralmente, arriadas nas encruzilhadas de T.

    A saudação à Maria Padilha é “Salve Senhora Pomba Gira” ou ainda “Pombo Gira é Mojubá”. Podemos até usar o “Laroyê Pombo Gira”, já que ela é Exu Mulher.

    Atenção: Não vá à um terreiro pedir para uma Maria Padilha acabar com o casamento de alguém, porque você, provavelmente, sairá do terreiro quase expulso, mas não sem antes ter escutado um bom sermão.

    Maria Padilha também é conhecida por dama da madrugada, rainha da encruzilhada e senhora da magia. Dentro de sua história, ela é sempre identificada por uma certa aura de luxo.

    Além dessa caracterização, é reconhecida por sua beleza e sensualidade. Maria Padilha, talvez a mais popular pomba-gira, é considerada o espírito de uma mulher muito bonita, branca, sedutora, e que em vida teria sido prostituta grã-fina ou influente cortesã.

    Maria Padilha pode nos ajudar de várias maneiras, pois ela é poderosa, sedutora e feiticeira. Viveu o extremo da paixão, não se importou com comentários e julgamentos, assim vários rituais podem ser feitos para invocá-la.

    Maria Padilha traz consigo o dom do encantamento de amor. Suas cantigas são muito alegres e cheias de magia e segredos.

    Podemos também ver Maria Padilha como aquela pessoa alegre, que passa pelas ruas recolhendo toda a “sujeira”.

    Vem com brincadeiras e algazarras, mas faz um trabalho enorme em benefício da sociedade, que, diga-se de passagem, é muito pouco reconhecido, mas, mesmo assim, ela o exerce com presteza e determinação.

    Sabendo disso, devemos dedicar mais respeito ao trabalho de Maria Padilha, deixando de encará-la como uma mulher vulgar e da vida, que só vêm “para arranjar casamento” ou, o que é pior, para desfazer casamentos…

    O trabalho de Maria Padilha é sério. É também um trabalho de descarrego, de limpeza, de união entre as pessoas e de abertura dos caminhos da vida, seja do ponto de vista material, mental ou espiritual.

    Maria Padilha é considerada a qualidade feminina de Exu. Na tradição dos candomblés de origem predominantemente Yorubá, Maria Padilha faz parte do panteão de entidades que trabalham na “esquerda”, isto é, que podem ser invocadas para “trabalhar para o bem ou para o mal”, em contraste com aquelas entidades da “direita”, que só seriam invocadas em nome do “bem”.

    O culto à Maria Padilha, como entidade dotada de identidade própria, não é o mesmo culto dado a um orixá, mas é cultuada como um ser do mundo astral, guerreira e inteligente demais, que realiza diversos trabalhos e está sempre pronta a ajudar as pessoas a vencerem vários obstáculos da vida, a conseguir a felicidade no amor, vencer problemas de saúde, de desarmonia conjugal e está muito próxima da nossa esfera humana.

    Seu poder é tão grande que é sempre invocada nas questões sentimentais, uma vez que traz consigo os dons do encantamento de amor, sendo assim muito procurada pelas pessoas que sofrem de paixões não correspondidas.

    A sua força é de guerreira, a sua vibração magnética é carregada de sensualidade e alegria, e uma coisa é muito certa: todo e qualquer problema que colocamos nas mãos de Maria Padilha tem solução.

    O importante ao invocá-la é lembrar sempre que é uma entidade complexa, de personalidade forte, e que nunca perdoa uma falta de palavra dada.

    Outro ponto importante é não invocá-la para trazer prejuízo a outrem, porque ela o fará, com certeza, mas a dívida kármica adquirida ficará por conta de quem pediu.

    Quanto ao seu aspecto sensual, faz parte de sua polaridade, não querendo significar com isso depravação ou perversão, por isso devemos respeitar ao máximo o trabalho de Maria Padilha, levando-o muito à sério e jamais o desrespeitando.

    Ao invocar Maria Padilha, estamos reconhecendo seu poder e, ao mesmo tempo, estamos pedindo àquela que vive à noite que nos livre das emboscadas.

    Maria Padilha é considerada a Rainha das pombas giras. É a Rainha do Reino da Lira, Rainha das Marias. Nos rituais da umbanda, os médiuns que recebem a entidade Maria Padilha caracterizam-se por elementos do universo feminino, como uso de vestimentas, joias, pinturas, maquiagem, presentes na contemporaneidade e parte da cultura brasileira.

    Á seguir, você vai saber mais sobre os médiuns e filhos de Maria Padilha…

    Médiuns e Filhos de Maria Padilha

    Os médiuns que incorporam Maria Padilha são considerados como filhos para ela. Dessa forma, ela os protege e não aceita que alguém tente fazer mal contra eles.

    Não aceita que alguém tente prejudica-los ou machuca-los, podendo se tornar uma inimiga terrível e temida, mas também é muito rígida, cobrando muito de seus médiuns.

    Seus filhos, assim como a própria Maria Padilha, também tem muitas características peculiares. Todos têm uma personalidade forte.

    Todos os médiuns de Maria Padilha carregam um olhar diferenciado e conseguem perceber as coisas no ato da conversa ou no olhar do outro e, assim, conseguem entender o que a pessoa é e o que está querendo.

    Maria Padilha é uma mulher impulsiva, fazendo com que seus médiuns também sejam. Na hora de amar, amam com vontade, mas na hora de odiar também odeiam com vontade, não conseguindo guardar mágoas ou ódio por muito tempo, explodem facilmente.

    São vingativos, no sentido de cobranças, querem cobrar algo mesmo sabendo que não tem nenhum direito de cobrar.

    Médiuns dessa belíssima mulher conseguem resolver problemas pra todo mundo, mas não conseguem resolver os seus.

    Existe uma briga muito grande internamente, sendo que a maioria deles a procura pra saber a opinião da mesma, mas mesmo dando a sua opinião, a escolha é do médium.

    Possuem um olhar feiticeiro e uma voz que, ao mesmo tempo que sabe ser suave, sabe ser agressiva, o que, consequentemente, acabam sendo, muitas vezes, ignorantes e falam coisas que machucam sem a intenção.

    Sempre estão em busca de desvendar algo e, quando encontram, não conseguem acreditar que conseguiram.

    Todos possuem personalidade forte, e um lado autoritário. Além disso, possuem um lado espiritual muito atento e aguçado, podendo ter um desenvolvimento rápido e firme.

    Quem carrega Maria Padilha sabe que inimigo nenhum fica no caminho. Ela arrasta, destrói e desgasta. Maria Padilha tem um jeito sútil e meigo de falar, mais uma força gigantesca para defender os seus.

    Algumas características e preferências de quem tem Maria Padilha são: sensualidade natural, preferência por cores como o vermelho e o preto, entre outras.

    Seus filhos são considerados herdeiros de sua sabedoria e poder místico. Em primeiro lugar, os filhos de Maria Padilha são conhecidos por possuir grandes habilidades espirituais.

    Eles têm um profundo senso da intuição e podem ver além do que está à frente deles. Esta capacidade permite-lhes ter visões sobre questões espirituais que outras pessoas não seriam capazes de compreender.

    Além disso, esses indivíduos tendem a ter um forte senso da justiça e moralidade – o que significa que sempre buscam agir com integridade em todas as situações.

    Outra característica marcante dos filhos de Maria Padilha é sua capacidade para manipular energias mágicas para obter resultados desejados.

    Como herdeiros diretos do legado mágico dela, esses indivíduos possuem grande habilidade para controlar elementais como fogo, água e ar; bem como invocar entidades superiores para realizarem trabalho especificamente solicitado por elas mesmas ou pelas pessoas próximas a elas.

    Essencialmente isto significa que os filhos desta figura lendária tem uma enorme quantia de controle sobre as forças invisíveis do universo – permitindo-lhes usufruir dos benefícios associados à magia ancestral tradicionalmente praticada no Brasil há centenas anos.

    De acordo com algumas fontes folclóricas, os filhos de Maria Padilha são dotados de um senso profundo da justiça e da compaixão.

    Eles possuem uma forte capacidade intuitiva e conseguem ver mais longe do que outras pessoas, permitindo-lhes tomar decisões baseadas em seus instintos naturais.

    Além disso, esses indivíduos costumam ter um grande senso de responsabilidade moral e social – o que significa que sempre estarão dispostos a levar adiante aquilo em que acreditam mesmo diante das circunstâncias mais desafiadoras.

    Outra característica marcante dos filhos de Maria Padilha é sua habilidade para lidar com problemas complexos usando soluções inovadoras.

    Esses indivíduos tendem a ser extremamente criativos quando se trata de encontrar maneiras inteligentes para resolver problemas complicados – algo muito útil nos tempos modernos.

    Os filhos de Maria Padilha são conhecidos por suas características únicas, que os diferenciam dos demais. Esses traços incluem força espiritual, habilidade para curar e a capacidade de se comunicar com o mundo invisível.

    A força espiritual é uma das principais características dos filhos de Maria Padilha. Eles possuem um senso intuitivo muito desenvolvido, capaz de perceber o que está acontecendo no plano espiritual antes mesmo do fato acontecer na realidade física. Além disso, também são dotados da habilidade para enxergar além do mundano e compreender as energias subtis à sua volta.

    Outra marca distintiva dos filhos de Maria Padilha é a capacidade para curar outras pessoas usando apenas sua energia interna.

    Isso significa que não precisam recorrer a remédios tradicionais ou tratamentos convencionais; basta direcionarem seus pensamentos positivos em direção àquela pessoa específica para iniciar o processo curativo necessário.

    É importante lembrar que isto não funciona toda vez; mas quando funciona, tem resultados incríveis! Por último, mas não menos importante: os filhos de Maria Padilha também possuem a capacidade incomum de conversarem com entidades do plano astral – aqueles seres existentes nos reinos invisíveis da natureza humana – e receberem informações valiosíssimas sobre questões relacionadas à vida terrenal e divina.

    Por meio deste canal aberto entre ambos os mundos (visível/invisível), muitas vezes, encontram respostas sobre problemas complexos que normalmente as pessoas na Terra não encontrariam por si só.

    A herança cultural dos filhos de Maria Padilha é um assunto complexo, mas importante para entender a história da cultura brasileira.

    A lenda de Maria Padilha remonta às origens do candomblé, uma religião afro-brasileira baseada na veneração de Orixás e espíritos ancestrais.

    Os seguidores desta tradição religiosa acreditam que os descendentes diretos de Maria Padilha possuem certas características especiais.

    Estes incluem o dom da cura, a capacidade de ver além das fronteiras temporais e espaciais e o conhecimento sobre as forças mágicas do universo.

    Além disso, os filhos de Maria Padilha também são reconhecidos por sua devoção à fé ancestral e pela dedicação à preservação dessa tradição milenar.

    Ao compreender estes aspectos fundamentais da herança cultural dos filhos de Maria Padilha, poderemos melhor apreciar toda a riqueza deste patrimônio inestimável que nos foi legado pelo passado distante.

    Os filhos de Maria Padilha são geralmente descritos como sendo fortes, corajosos e leais. Eles também são conhecidos por sua devoção às crenças espirituais afro-brasileiras e pelo seu profundo respeito pela natureza.

    Além disso, acredita-se que os filhos de Maria Padilha possuem grandes habilidades curativas, assim como a capacidade de controlar o clima.

    Mulheres que trabalham com esta entidade são, geralmente, belas, atraentes e sensuais. São dominadoras e de personalidade muito forte, sabem amar como ninguém, mas com a mesma facilidade sabem odiar seus parceiros amorosos.

    Características dos Médiuns de Maria Padilha das Almas

    Características de Maria Padilha do Cabaré

    Livro Recomendado:

  • Maria Padilha do Cruzeiro das Almas: Quem é, História, Ponto Cantado, Características e Mensagem

    Maria Padilha do Cruzeiro das Almas: Quem é, História, Ponto Cantado, Características e Mensagem

    Maria Padilha do Cruzeiro das Almas é uma entidade feminina representada por uma mulher branca de porte rico que usa vestido preto e dourado ou branco, chapéu, jóias e carrega consigo um tridente.

    Sua imagem também é associada à rosas, crânios, cruzes e, claro, ao cemitério.

    Ela é elegante, parece uma viúva. Algumas de suas imagens à representam apenas com uma saia vermelha e com os bustos de fora, tornando-a bem sensual.

    Ponto Cantado de Maria Padilha do Cruzeiro das Almas

    As Características de Maria Padilha do Cruzeiro das Almas

    Maria Padilha do Cruzeiro das Almas é uma pomba gira cheia de características.

    Ela recebe seus trabalhos, despachos ou oferendas tanto no cruzeiro do cemitério, quanto nas encruzilhadas e está muito presente na Umbanda.

    Aliás, Maria Padilha do Cruzeiro das Almas é uma entidade muito apreciada e poderosa dentro da Umbanda.

    Rodeada de histórias, ela governa, com o Exu do Cruzeiro das Almas, todos os cruzeiros centrais do campo santo, onde são enviados todas as entidades que querem fazer parte do reino dos Exus e esperam a seleção e suas distintas colocações.

    Para fazer parte deste povo maravilhoso, não basta querer, tem que merecer e ser capaz de assumir e cumprir todas as missões especificadas pelo astral médio e superior.

    Maria Padilha do Cruzeiro das Almas é uma pomba-gira muito exigente e muito fria no seu modo de agir, pois está mais acostumada a lidar com espíritos mais perversos.

    Por isto, quando chega no mundo, vem para brindar, e dançar… não gosta de muitas brincadeiras.

    Faz a sua gira e já procura um lugar para sentar! Quando simpatiza com alguém, esta pessoa já tem sua proteção de graça, mas quando não gosta, faz questão de ignorar, mostrando que dela nada irão ter.

    Adora usar poucas roupas e insinuantes, mas quase sempre está enrolada em uma capa de veludo preto e bordô.

    Tem verdadeiro fascínio por perfumes e rosas vermelhas e brancas. Nas suas oferendas não podem faltar cigarrilhas e champanhes doces e caras.

    Maria Padilha do Cruzeiro das Almas gosta de trabalhar para a sedução, pois é uma pomba gira muito sedutora.

    Costuma se apresentar com cabelos loiros, quase brancos, seus trajes são curtos e negros, e trabalha para a guerra e amarração de casais que se amam, mas nunca peça à ela para separar um casal, pois ela se aborrecerá profundamente com quem for lhe pedir este intento.

    Maria Padilha do Cruzeiro das Almas é da linha de Omolu-Obaluaê e Iansã.

    A História de Maria Padilha do Cruzeiro das Almas

    A história de Maria Padilha do Cruzeiro das Almas se confunde com a história da Rainha das Sete Encruzilhadas, porém são duas entidades diferentes e, assim, com histórias diferentes.

    Talvez a confusão surja, porque ambas são conhecidas na Umbanda, Candomblé e Quimbanda, sendo até consideradas duas das principais entidades dessas religiões.

    São entidades amorosas que oferecem ajuda para concretizar relacionamentos, mas cada uma tendo a sua função específica.

    Maria Padilha do Cruzeiro das Almas ajuda a unir casais e amarrar amores.

    Pra quem gosta muito da entidade e está sempre rezando pra ela, pode adquirir uma imagem em sua homenagem, como agradecimento, etc.

    Maria Padilha do Cruzeiro das Almas trabalha para a Rainha das Sete Encruzilhadas, elas pertencem a mesma falange, mas suas funções se diferenciam no mundo astral.

    Conta a lenda que o Senhor das Encruzilhadas, quando chegou no mundo astral, pegou Maria Padilha do Cruzeiro das Almas como companheira e ela lhe mostrou todo o astral inferior.

    Nestas andanças ao limbo, ele encontra sua antiga mulher, que era sua rainha na vida terrena, a qual nunca esqueceu, então passou a cuidar dela.

    Quando o Exu Mor nomeou o Senhor das Encruzilhadas em Rei das Sete Encruzilhadas, ele ordenou que Maria Padilha do Cruzeiro das Almas tomasse conta do astral inferior, lhe dando o título de Rainha do Cruzeiro… e foi viver com sua antiga mulher no médio astral… onde a titulou como Rainha das Sete Encruzilhadas, dando a ela todos os poderes que a ele foi dado pelo o Exu Mor.

    A Rainha do Cruzeiro, ou seja, Maria Padilha do Cruzeiro das Almas, se sentido abandonada pelo Exu Rei, resolveu formar seu próprio reinado e nomeou o Exu do Cruzeiro das Almas como seu fiel escudeiro e namorado.

    Os dois juntos governam os reinos dos cruzeiros das almas, mas também recebem suas oferendas em encruzilhadas.

    É falso quando dizem que as duas rainhas é uma só ou que ambas se odeiam…

    São rainhas de reinos distintos que quando na terra muito se respeitam.

    Quem é Maria Padilha do Cruzeiro das Almas

    Confira, no vídeo abaixo, postado pelo canal Casa da Padilha, quem é Maria Padilha do Cruzeiro das Almas, o que ela faz e qual a diferença entre Maria Padilha do Cruzeiro das Almas e Maria Padilha das Almas.

    Mensagem de Maria Padilha do Cruzeiro das Almas

    Maria Padilha do Cruzeiro das Almas é uma linda mulher, uma rosa perfeita, uma rainha absoluta, uma mãe zelosa, uma conquistadora invencível, uma feiticeira sábia.

    Á seguir, deixamos uma mensagem psicografada de Maria Padilha do Cruzeiro das Almas.

    Recomendo ler esta mensagem se você tem o costume de rezar e fazer simpatias ou se está com esta intenção para atingir algum objetivo.

    A mensagem abaixo vai fazer você refletir se você está escolhendo certo e fazendo certo as coisas.

    Venho em terra para auxiliar os que aqui estão e clamam por minha ajuda.

    Muitos de vocês que aqui se encontram encarnados ainda não sabem diferenciar uma guardiã pomba gira de um quiumba, que apenas usa nossos nomes para conseguir algo de filhos que não estão em vigília.

    Nossa missão é encaminhar, mostrar o caminho, ensinar a vocês a conquistar, a se amarem, a se seduzirem, a olharem pra dentro de seus interiores e cultivar a verdadeira força dos exus.

    Séculos de histórias seguem nossa caminhada, histórias de erros, sofrimentos, mortes…

    Todos nós, após desencarnarmos, sofremos e padecemos como qualquer outro ser, vagamos por muitos e muitos anos na escuridão de nossos erros e, após refletirmos, chegamos a conclusão que precisaríamos de assumir responsabilidades diante das leis divinas para evoluirmos, e aqui estamos nós cumprindo essa missão que a nós foi concedida.

    No entanto, muitos se enganam, se embebedam em nosso nome, fazem suas trapaças se passando por nós, enquanto que nós, conhecedores do íntimo do ser humano, sabemos o desfecho dessa triste caminhada.

    Que vocês fiquem alertas de que exus guardiões não fazem parte de seus desejos explícitos de mentiras e desenganos, trabalhamos incansavelmente encaminhando espíritos desregrados em todos os sentidos, antes de brincarem com nossos nomes, tenham a consciência por quem estão sendo influenciados.

    Querem dinheiro? Na terra de vocês existe trabalho, então peça ajuda a nós para caminhos abertos, mas não envergonhem os que trabalham sério conosco.

    Querem homens? Aprendam nossos ensinamentos de amar a si mesmas em primeiro lugar, mas não venham pedir para que eu desmanche uma união para que seu ego seja exaltado.

    Somos de lei e seguimos o que na terra de vocês é desrespeitado.

    Querem proteção? Aprenda que você precisa estar totalmente dentro da exatidão de princípios, pois você pode mentir para todos e para si, mas para nós, você nunca esconderá a verdade.

    Muitos falam de nós, dizem o que não sabem, reproduzem mentiras descabidas e assinam por nós, estamos de olho em vocês que procuram de subterfúgios para refletir o que são no momento, pois todo erro pode ter um fim se vocês se propuserem a seguir os ensinamentos de guardiões que trabalham seriamente.

    Sou Maria Padilha do Cruzeiro das Almas, antes de brincar com meu nome, reflita bem!

    Para minhas filhas, deixo os ensinamentos de se amarem em primeiro lugar.

    Antes de qualquer decisão, pense que cada escolha malfeita é fruto de sua precipitação, mas mesmo assim, estarei sempre disposta a te ensinar, pois sou sua guardiã e essa é minha missão.

    Falarei sempre o que você precisa ouvir para seu aprendizado, mas você tem o livre arbítrio de querer praticar.

    —–*—–

    Maria Padilha do Cruzeiro das Almas

    (Mensagem recebida pela médium Sharmayla Amar)

    Conclusão

    Maria Padilha do Cruzeiro das Almas muda e influencia vidas. Se você quer saber quem é Maria Padilha do Cruzeiro das Almas, escute os seus pontos cantados, pois estes revelam quem ela é e, caso queira um amor ou afastar uma rival, ore à ela, pois ela é forte e poderosa.

    Livros de Maria Padilha em PDF:

  • Maria Padilha Cigana e Suas Características

    Maria Padilha Cigana e Suas Características

    Maria Padilha Cigana é o espírito de uma mulher bonita e que chama muito a atenção. Ela é feiticeira e apaixonante, e é muito cultuada através de imagens.

    É uma entidade muito lembrada e considerada a pomba-gira rainha dos ciganos. Ela incorpora em muitos médiuns e tem uma personalidade única dentre todas as Marias Padilhas.

    Marca presença em muitas giras e tem o poder de atrair homens para aquelas e aqueles que à buscam com essa finalidade.

    Maria Padilha Cigana é um dos principais tipos de pomba-gira. Ela não gosta de convenções, ama a liberdade e afasta espíritos obsessores.

    De todos os tipos de pomba gira, ela possui grande dom de vidência e o transfere aos seus médiuns. Usa lenço na cabeça, bijuterias, vestidos longos vermelhos, com detalhes em dourado e amarelo, usa uma rosa no decote e um punhal escondido embaixo da saia.

    Muitas pessoas tem Maria Padilha Cigana como guia espiritual. Ela é uma pomba gira da linha do oriente, portanto é guardiã.

    Quem trabalha com esta pomba gira tem muita facilidade para leitura de cartas. Ela traz toda a cultura, sensualidade e beleza do povo cigano, além de ter sabedoria sobre magias.

    A pomba-gira Maria Padilha Cigana é misteriosa e não é a única pomba-gira Maria Padilha Cigana conhecida.

    Além dela, temos a Maria Padilha Cigana da Estrada, que também é cultuada através de imagens e é igualmente bonita, feiticeira e apaixonante.

    A pomba-gira Maria Padilha Cigana da Estrada tem várias características, dentre elas a rosa vermelha que sempre carrega e a fama de realizar casamentos.

    Maria Padilha Cigana da Estrada é invocada para fazer amarrações e ajuda mulheres a terem o homem que querem aos seus pés.

    O poder de Maria Padilha Cigana da Estrada é grande e, além de ser cultuada através de imagens, muitos utilizam o seu perfume para obter a sua energia e poder.

    Maria Padilha Cigana da Estrada é uma cigana de fé, assim como Maria Padilha Cigana do Oriente, que está sempre recebendo oferendas e atendendo pedidos.

    Os trabalhos para Maria Padilha Cigana do Oriente são indicados para amor, prosperidade e limpeza. Esta pomba gira é pura beleza, emana muito charme e passa confiança para todos que procuram por ela.

    Ela está presente na Umbanda e é um dos principais tipos de pomba-gira em religiões afro-brasileiras. Todas essas pombas giras podem ser invocadas através de rituais e ajudam de várias maneiras, não precisando ser necessariamente da Umbanda ou do Candomblé para invocá-las e ser atendido(a) por elas.

    Elas resolvem problemas sentimentais, são protetoras e tem um lado feiticeiro, que conhece magias, e ainda são românticas.

    As orações às Marias Padilhas Ciganas são poderosas e auxiliadoras em muitos problemas, inclusive de saúde, mas são muito mais invocadas para questões amorosas, como, por exemplo, para trazer o amor de volta e para amarrar a pessoa amada.

    São orações infalíveis, mas que, se feitas, não se deve voltar atrás. Além disso, ao fazer essas orações, é necessário divulgar o nome dessas pombas giras em troca do pedido feito.

    Os romances são a área de maior atuação dessas pombas giras e não é somente através de orações que elas trabalham, mas também através de feitiços e magias, que, claro, devem ser feitos com muita fé.

    As orações à Maria Padilha Cigana da Estrada são, muitas vezes, orações poderosas para trazer o amor de volta, amarrado definitivamente, e para ficar mais atraente através da beleza, sensualidade e atração, tornando-se uma pessoa formosa e desejada, bela e poderosa, assim como a pomba-gira.

    Muitos duvidam que exista realmente uma Maria Padilha Cigana, mas são diversas falanges de pombas giras existentes e, talvez, por Maria Padilha ser uma das pombas giras mais populares, tenha se criado essa dúvida.

    Maria Padilha é uma entidade que se sobressai e certamente há sim a falange de Maria Padilha Cigana, que tem a sua própria história, gostos, características e poderes.

    Há também dúvidas se Maria Padilha era cigana. Maria Padilha, em sua história, sagrou-se como a única esposa de Dom Pedro, tendo realmente vivido um caso de amor com D. Pedro I, mas ela não era cigana, apesar de algumas religiões e culturas à cultuarem também como a grande rainha dos ciganos, tendo sim uma ligação com entidades ciganas.

    Livro Recomendado:

  • Maria Padilha da Calunga: Quem é, Características, Gostos, Oferendas, Seus Protegidos e Médiuns, sua História e Pontos Cantados

    Maria Padilha da Calunga é uma entidade representada pela imagem de uma mulher bonita, vaidosa, feminina e que chama a atenção.

    Sua representação, muitas vezes, é na imagem de uma mulher branca, de cabelos escuros, que porta joias e veste saias vermelhas, deixando o busto à mostra.

    Ás vezes, é acompanhada de um crânio e está sempre com as mãos na cintura. Seus trabalhos giram muito em torno da sexualidade e é procurada também para problemas de saúde, abertura de caminhos e vícios.

    É considerada uma pomba-gira maravilhosa da Umbanda, admirada por muitos devotos. Seus trabalhos são sempre garantidos.

    Se ela aceita uma solicitação nossa ou promete algo, podemos estar certos que nossas solicitações serão alcançadas imediatamente e suas promessas cumpridas.

    As Características e Gostos de Maria Padilha da Calunga

    Tem uma voz suave, sua dança é muito delicada e é muito feminina. Ao contrário de Maria Padilha das Almas, critica severamente qualidades masculinas nas mulheres.

    Adora festas e danças. Quando incorporada em um médium, apresenta-se sempre sensual e fina. Está sempre acompanhada por Exu da Calunga para dar mais força ao trabalho.

    Suas roupas são nas cores preta e vermelha, preta e branca ou toda preta. Suas flores preferidas são rosas e gosta de bebidas finas e perfumes doces.

    Aliás, a maioria das Padilhas são entidades finas, que gostam de boas bebidas e bons cigarros; portam-se como damas, não como mulheres da vida, são diretas e educadas nas consultas, e assim é Maria Padilha da Calunga, uma entidade muito poderosa e muito prestigiada por mulheres e homens que perderam seus amores por algum motivo.

    As Oferendas à Maria Padilha da Calunga

    Trabalha sobre a irradiação de Omolú. Sua casa está na Calunga Grande, bem como indica o seu nome, assim é bom fazer as suas oferendas no Cruzeiro da Calunga ou no mar.

    Também as aceita em encruzilhadas em formato de “T” ou de “X”, de preferência próxima à um cemitério – dependerá do trabalho a ser realizado e de acordo com a vontade desta lebara.

    Suas oferendas são inúmeras, sempre acompanhadas de champanhe de boa qualidade, bons vinhos, martini, campari, bebidas fortes como o gim, Bourbon e, em isolados casos, a pinga.

    À ela são oferecidos cigarrilhas e cigarros de boa qualidade, rosas vermelhas (nunca em botões), sempre em número ímpar, cravos, palmas vermelhas, mel, licor de anis (uma de suas bebidas favoritas), espelhos, enfeites, joias, batons, perfumes, enfim todo aparato que toda mulher gosta e preza.

    Os sacrifícios a serem oferecidos (nas religiões que os fazem) são galinha vermelha, cabra preta, pata preta e pomba preta.

    Trabalha em diferentes áreas, mas suas especialidades são os negócios e o amor. Também é capaz de auxiliar na saúde, afastar indesejáveis e desmanchar feitiços.

    Seus símbolos são o pássaro, o tridente, a lua, o sol, a chave e o coração. Suas velas podem ser pretas e vermelhas, todas vermelhas e, em certos casos, pretas e brancas ou, ainda, todas brancas – dependerá do tipo de trabalho; a entidade dirá qual cor deverá ser utilizada.

    Os Protegidos e Médiuns de Maria Padilha da Calunga

    Quem é protegido por esta pomba gira maravilhosa sempre tem muitos pretendentes e boa sorte nos negócios.

    As mulheres que trabalham com esta entidade têm uma personalidade muito forte e são, geralmente, extremamente sensuais e atraentes; amam como ninguém, mas se forem traídas, facilmente odeiam seus parceiros amorosos.

    Quem foi Maria Padilha da Calunga?

    Maria Padilha da Calunga foi uma moça que, durante algum tempo, viveu no mundo terreno, passou por inúmeros sofrimentos, perdeu os pais muito cedo e foi criada na rua.

    Foi mulher da vida, viciada no álcool, praticou inúmeros abortos e suicidou-se. Esta entidade, quando chegou no mundo espiritual, pertencia ao limbo, onde sofreu ainda mais com as dores de suas faltas aqui na Terra.

    Através do Exu da Calunga, que ela conheceu em um momento de desespero, tornou-se sua assistente direta e conheceu a Umbanda, onde foi Coroada como a Mulher da Calunga, onde hoje é conhecida como Maria Padilha da Calunga, uma entidade de fé e conhecedora dos mistérios das sombras.

    Ponto Cantado de Maria Padilha da Calunga

    O ponto cantado de Maria Padilha da Calunga remete à uma moça bonita que carrega uma rosa e não tem medo de dizer quem é e o que faz.

    Nos revela que seu orixá regente é Omulú e que se precisar dela, é só chamar. Confira a letra do ponto cantado logo abaixo:

    “Eu estava caminhando perto da calunga
    Quando de longe eu avistei uma moça tão bonita
    Que de longe me acenava com uma linda rosa
    Quando perguntei seu nome?
    Olhem só o que ela me disse:
    Não se preocupe moço, pois meu nome eu vou dizer:
    Eu trabalho na calunga, sou mulher de sete exus,
    Se você ainda não sabe, eu pertenço a Omulú
    Quando precisares de mim, me chame em todo lugar
    MARIA PADILHA DA CALUNGA aqui em qualquer lugar
    Se você quiser me conhecer, eu estou a sua espera.”

    Ponto Cantado de Maria Padilha da Calunga

    Curiosidade: Maria Padilha da Calunga é da linha de Oxum/Iemanjá.

    Livro Recomendado: