Maria Padilha é Malandra?

Maria Padilha é Malandra?

Maria Padilha do Cabaré é uma mulher bonita, jovem, sedutora, elegante, feminina, faceira, astuta, audaciosa, mas também tem vidência.

De acordo conta uma lenda, Maria Padilha Rainha do Cabaré foi espanhola e rainha, dona de castelo, e adorava bacalhau, queijos e vinhos.

Outra história diz que, quando encarnada, ela foi dona de um cabaré espanhol muito luxuoso e famoso, responsável por torna-la uma mulher marcante na sociedade da época.

Amou apenas uma vez e, por ter sofrido por esse amor, nunca mais amou ninguém. Foi uma mulher bem sucedida e se tornou muito rica.

Ela tinha um dom que lhe acompanhava desde menina: o dom das cartas – o misterioso futuro no qual ela o adivinhava; este dom veio de seus antepassados espanhóis.

O sofrimento por esse amor foi o que a fez suicidar-se: ela amava um de seus empregados, que era garçom em seu bordel, mas ele era apaixonado por uma das meninas que trabalhavam lá.

Um dia, os dois amantes fugiram; Maria Padilha Rainha do Cabaré sofreu muito e, não aguentando a solidão, matou-se ao se atirar de um penhasco.

Foi assim que ela foi parar no Umbral. Maria Padilha Rainha do Cabaré é a grande dama da malandragem, tanto que em suas festas os Malandros são presença marcante.

Rainha do Cabaré também é um dos títulos dado à falange de Maria Padilha. Outros títulos são Rainha da Lira, Rainha do Candomblé, Rainha da Malandragem, Rainha dos Infernos, Rainha das Marias, Rainha das Facas, Mulher de Lucífer, Rainha dos Ciganos etc.

Ela tem 7 amores – seus maridos são o exu Rei das Sete Liras, exu Lúcifer, Zé Pilintra, Zé Malandro, Zé do Catimbó e outros da falange da malandragem.

Quem carrega Maria Padilha sabe que inimigo nenhum fica no caminho. Ela arrasta, destrói e desgasta. Maria Padilha tem um jeito sútil e meigo de falar, mais uma força gigantesca para defender os seus.

Maria Padilha é a consorte de Exu, que é o mensageiro dos Orixás no Candomblé. Maria Padilha, talvez a mais popular pomba gira, é considerada espírito de uma mulher muito bonita, branca, sedutora, e que em vida teria sido prostituta grã-fina ou influente cortesã.

Muitas vezes, ela é representada pela imagem de uma mulher seminua que usa vermelho e carrega consigo flores, muita beleza e sensualidade.

Ás vezes, é representada com vestido longo, coroa e cetro para lembrar seu posto de rainha. Pombas giras, como Maria Padilha, dividem espaço com os malandros e malandras e são igualmente estranhados pela sociedade preconceituosa que ainda mantém a ideia de que essas entidades representam pessoas imorais e espíritos demoníacos.

Maria Padilha do Cabaré é a Maria Padilha que mais se aproxima de uma malandra. Maria Padilha do Cabaré é uma pomba gira de “briga”, energizada por Obá e Iansã, e por isso atua de maneira energética em combates espirituais.

Executa seus serviços perto e dentro de prostíbulos, bares, boates e casas de tolerância e, por isso, gosta de receber suas oferendas próximo à esses lugares.

Auxilia na manutenção financeira, na facerice e na beleza interior para realçar o exterior e dizem que, sendo suas devotas, as prostitutas adquirem respeito de seus clientes, estão sempre belas e tem bons ganhos financeiros.

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