Maria Padilha possui 5 baralhos principais. Confira quais são!
Maria Padilha e Iemanjá
Maria Padilha da Praia é uma pomba gira de Iemanjá na Umbanda revelada pelas entidades nos cultos umbandistas.
Esta Pomba Gira de Iemanjá vibra na frequência das águas da “Rainha do Mar”, pois teve uma encarnação ligada a vida no mar.
Maria Padilha é a comandante da Linha de Iemanjá, ela é a comandante de todos os Exus e Pomba Giras de Iemanjá.
A Pomba Gira Maria Padilha trabalha muito com rosas vermelhas e com o elemento água e o campo de atuação é nas emoções humanas, trabalha muito com o número 2 e utiliza-se também da pedra turquesa.
Maria Padilha tem como principal atuação o campo mental das pessoas, trazendo equilíbrio. São suas comandadas a vasta gama de Pomba Giras das linhas:
- Maria Padilha das Almas
- Maria Padilha do Cemitério
- Maria Padilha da Encruzilhada
- Maria Padilha da Calunga
- Maria Padilha do Fogo
As pombas giras de Iemanjá são Senhoras dos Sentimentos e possuem uma hierarquia. A Linha de Iemanjá se cruza com a linha de outros orixás e cada cruzamento tem uma pomba gira regente.
Os Exus e Pomba Giras de Iemanjá, são guardiões que atuam no campo dos sentimentos, dos pensamentos, assim como Iemanjá é conhecida como a mãe de todas as cabeças, suas entidades tem por característica esse magnetismo com o campo dos sentimentos, normalmente regido pelo elemento água.
Embora ligados à Iemanjá, os Exus e Pomba Giras dessa linha utilizam muito a cor vermelha e coincidentemente os Exus e Pomba Giras de Ogum utilizam-se muito do azul escuro.
Alguns Exus e Pomba Giras de Iemanjá utilizam-se das rosas brancas e do champanhe branco, muitas dessas entidades utilizam-se do pó de prata.
Hierarquia de Pomba Giras de Iemanjá
- Comandante da Linha de Iemanjá – Pomba Gira Maria Padilha
- Linha de Oxalá com Iemanjá – Pomba Gira Sete Rosas
- Linha de Ibeji com Iemanjá – Pomba Gira Cigana
- Linha de Oxóssi com Iemanjá – Pomba Gira Sete Folhas
- Linha de Omulu com Iemanjá – Pomba Gira Rainha do Cemitério
- Linha de Xangô com Iemanjá – Pomba Gira Dama da Noite
- Linha de Ogum com Iemanjá – Pomba Gira Sete Navalhas
Quem é Maria Padilha?
Maria Padilha é uma das principais entidades da umbanda e do candomblé, traz consigo o dom do encantamento de amor e é muito procurada pelas pessoas que sofrem de paixões não correspondidas.
Maria Padilha é protetora das prostitutas e gosta do luxo e do sexo. Adora a lua, mas odeia o sol e suas roupas são, geralmente, vermelhas e pretas, igualmente seus colares e sua coroa.
Suas cantigas são muito alegres e cheias de magia e segredos e ela é como aquela pessoa alegre que passa pelas ruas recolhendo toda a “sujeira”.
Maria Padilha deve deixar de ser encarada como uma mulher vulgar e da vida, que só vêm “para arranjar casamento” ou o que é pior, para desfazer casamentos…, pois ela é séria e considerada a qualidade feminina de Exu.
Maria Padilha faz parte do panteão de entidades que trabalham na “esquerda”, isto é, que podem ser invocadas para “trabalhar para o bem ou para o mal”, em contraste com aquelas entidades da “direita”, que só seriam invocadas em nome do “bem” e é uma entidade dotada de identidade própria.
Não é o mesmo culto dado a um orixá, mas é cultuada como um ser do mundo astral, guerreira e inteligente demais, que realiza diversos trabalhos e está sempre pronta a ajudar as pessoas a vencerem vários obstáculos da vida, a conseguir a felicidade no amor, vencer problemas de saúde, de desarmonia conjugal e está muito próxima da nossa esfera humana.
Ela é representada por uma mulher jovem, bonita, elegante e que traja vestidos vermelhos ou pretos. Ás vezes, de chapéu na cabeça, ás vezes, de coroa, mas quase sempre com um cigarro na mão, sem medo de mostrar o rosto, a não ser que queira denotar algum mistério.
Usa joias, é exuberante e associada ao símbolo do tridente, da rosa e do fogo. Maria Padilha também é conhecida por dama da madrugada, rainha da encruzilhada e senhora da magia.
Entre as diversas sub-falanges estão:
- Maria Padilha do Cruzeiro das Almas – Linha de Omolu-Obaluaê/Iansã
- Maria Padilha da Encruzilhada – Linha de Ogum
- Maria Padilha do Cemitério – Linha de Omolu-Obaluaê
- Maria Padilha da Calunga – Linha de Oxum/Iemanjá
- Maria Padilha das Sete Catacumbas / Sete Tumbas – Linha de Omolu-Obaluaê
- Maria Padilha da Navalha – Linha de Oxum
- Maria Padilha das Sete Saias – Linha de Oxum
O nome de Maria Padilha causa sempre muita repercussão e até alguns episódios de intolerância religiosa.
A Linha de Iemanjá
Além de Maria Padilha, Sete Saias, Maria Molambo, Pombagira da Calunga, Pombagira Cigana, Pombagira do Cruzeiro, Pombagira Cigana dos Sete Cruzeiros, Pombagira das Almas, Pombagira Maria Quitéria, Pombagira Dama da Noite, Pombagira Menina, Pombagira Mirongueira e Pombagira Menina da Praia são pombas giras consideradas da linha de Iemanjá.
A linha de Iemanjá é formada por sete falanges, formada por sereias, princesas, marinheiros, estrelas guias que trabalham para o bem da humanidade, procurando trazer bons sentimentos e ensinamentos preciosos para o povo.
Ela assume a chefia de falanges de “espíritos de luz”, comandando espíritos de caboclos e iaras que, muitas vezes, recebem nomes alusivos a tal aspecto, como exemplo: Caboclo do Mar, Caboclo Estrela do Mar, Janaína, Cabocla Iara etc.
Filha de Olokum, Iemanjá foi casada com Oduduá, com quem teve dez filhos orixás. Uma breve história sobre Iemanjá conta que Orungã, o Édipo africano, representante de um motivo universal, apaixona-se por sua mãe, que procura fugir de seus ímpetos arrebatados, mas Orungã não pode renunciar àquela paixão insopitável e aproveita-se, certo dia, da ausência de Aganju, o pai, e decide-se a violentar Iemanjá, fazendo com que ela dê luz aos outros orixás.
Os filhos e filhas de Iemanjá são pessoas que não gostam de viver sozinhas, sentem falta de estar em grupo e costumam apegar-se a um parceiro cedo.
Não apreciam as viagens, detestam os hotéis e preferem suas casas, onde podem controlar o ambiente a manter suas rotinas exatamente como de costume.
Os filhos de Iemanjá são pessoas emotivas, que tratam a todos com educação e carinho. Com forte senso maternal (independente do gênero), quem é filho de Iemanjá costuma ser superprotetor e defender aqueles que ama.
Iemanjá protege a vida marinha e por ser a regente absoluta dos lares, também é protetora da família. Pode ser invocada para ajudar durante o parto, pois é a deusa da fertilidade, e é a protetora dos bebês e das gestantes, ela é a eterna mãe.
Os pretos velhos de Iemanjá são ancestrais negros, homens e mulheres idosos, que vivenciaram a escravização com toda a sua violência no ‘novo mundo’.
A maturidade, experiência espiritual e a sabedoria desses ancestrais estão vinculadas à caridade, simplicidade, humildade e paciência.
Abebe é um espelho prateado usado por Iemanjá com desenhos simbólicos de peixes. A cor da guia de Iemanjá no Batuque, Candomblé e também na Umbanda é geralmente azul claro ou cristal, algumas tradições incluem também branco e rosa.
As bebidas preferidas de Iemanjá são água mineral e champanhe. Iemanjá não pode comer frutas ácidas (limão, laranja, tangerina etc.) e milho e seus derivados (fubá, etc.)
O axé de Iemanjá está em pedras do mar, conchas marinhas e vasos de porcelana azuis. Seu metal é a prata.
Logo no princípio do mundo, Iemanjá já teve motivos para desgostar da humanidade, pois desde cedo os homens e as mulheres jogavam no mar tudo o que a eles não servia.