Diferença Entre Pomba Gira e Maria Padilha + Tipos de Pombas Giras

Camiseta de São Cipriano (Imagem Cinza)

Não existe diferença entre Pomba Gira e Maria Padilha. Maria Padilha é uma Pomba Gira, cuja função é ajudar aqueles que lhe pedem proteção.

Pomba Gira é uma entidade feminina que teve vida insubmissa, “fora das normas”, e Maria Padilha foi uma mulher não submissa e muito fora do padrão das mulheres de sua época, o que fez dela uma Pomba Gira.

Pomba Gira é um tipo de entidade que atrai amor e abre caminhos na atração e no amor e Maria Padilha é uma das mais famosas Pombas Giras, tendo inclusive ganhado um dia no calendário em sua homenagem, dia 9 de março.

Para saber qual é a sua Pomba Gira ou se Maria Padilha é sua Pomba Gira, basta entrar em contato com uma mãe ou pai de santo de confiança para confirmar se é mesmo uma Pomba Gira ou Maria Padilha que está se aproximando para trabalhar com você.

Pombas Giras, como Maria Padilha, gostam de usar um perfume dedicado somente à elas, de preferência de rosa vermelha e bem presente, pois em quase todas as civilizações a rosa representa a feminilidade sagrada.

Maria Padilha é Pomba Gira e, talvez, a mais popular pomba gira, considerada espírito de uma mulher muito bonita, branca, sedutora, e que em vida teria sido prostituta grã-fina ou influente cortesã.

Maria Padilha não deixa inimigo nenhum ficar no caminho. Ela tem um jeito sútil e meigo de falar, mas uma força gigantesca para defender os seus, gosta de ganhar oferendas (as mais utilizadas são cigarros, champanhe, rosas vermelhas, perfumes, anéis e gargantilhas, batons, pentes e espelhos) e pode ser recorrida sempre com fé no que se pode alcançar através dela e sempre agradecendo ao final de cada prece.

Maria Padilha (15 de setembro de 1334 – Sevilha, julho de 1361) foi esposa morganática do rei Pedro I de Castela, é integra e firme quando assume um papel importante, não fugindo das responsabilidades e possui características como persistência, força e coerência, ao mesmo tempo em que é suave e meiga.

Maria Padilha gosta de resolver problemas sentimentais, e também é a protetora das prostitutas. Não há diferença de Maria Padilha e Pomba Gira, pelo contrário, Maria Padilha é um dos principais tipos de Pombas Giras.

Pomba Gira, na umbanda popular e na quimbanda, é um Exu-fêmea frequentemente associado ao número sete, encruzilhada, cemitérios, incorporação de espíritos e bruxaria, sendo que as suas oferendas preferidas são o champanhe, o vinho, a cachaça, o espelho, as bijuterias e batons.

A Pomba Gira pode ser da encruzilhada, do cemitério, do cruzeiro das almas, da calunga, e nem sempre usa preto e vermelho.

Maria Padilha, como Pomba Gira, é a consorte de Exu, que é o mensageiro dos Orixás no Candomblé. A única diferença entre esses Espíritos (Pombas Giras) está na maneira como se relacionam com seus médiuns e nos meios pelos quais ajudam quem os invoca, sendo semelhantes apenas na forma como são evocados.

A Pomba Gira faz vários trabalhos, mas principalmente feitiços para reunir casais, causar separação ou conseguir o amor de uma pessoa.

A Pomba Gira é um tipo de espírito afro-brasileiro evocado principalmente pelos praticantes de umbanda e quimbanda no Brasil e frequentemente se manifesta em situações caóticas, nas encruzilhadas, em fortes ventos ou tempestades, ou outras manifestações naturais semelhantes.

A Pomba Gira tem uma ligação especial com as prostitutas, os bordéis são locais onde não é raro a sua manifestação.

A Pomba Gira também pode manifestar-se como matéria física e, dependendo do tipo de Pomba Gira que se manifesta, pode ter características particulares, embora, em geral, existam algumas características comuns, como serem promíscuas e falantes.

A Pomba Gira é poderosa e, por isso muitas pessoas se identificam com ela. Além do mais, é um espírito que, na Santeria, funciona como representante da feminilidade no sentido sensual, é um espírito muito complexo e de muito alcance, pois tem um nível de aceitação incrível face aos pedidos feitos às suas poderosas hordas.

A Pomba Gira é conhecida como a “pomba que gira” e, devido à sua denominação, os médiuns ou feiticeiros que trabalham com ela são conhecidos por girar ou dançar quando entram em transe e, em algumas culturas, é entendida como uma mulher que passou por provações difíceis e foi infeliz em sua vida anterior, principalmente no amor, tendo uma morte trágica.

A Pomba Gira é invocada em diversos pedidos, especialmente relacionados com o amor ou com dinheiro e outros objetos materiais, como carros, casas, eletrônicos e muito mais, recebendo oferendas com pedidos.

Maria Padilha se manifesta como uma Pomba Gira que tem sua própria identidade, sua própria história, suas próprias orações e seu próprio reino.

Maria Padilha é a feiticeira das pombas giras. É bonita, é mulher e sagrou-se como a única esposa de Dom Pedro I de Castela, tornando-se a legítima rainha e exercendo seu poder e influência mesmo depois de morta, e sua história talvez tenha sido o que a tornou a mais popular Pomba Gira.

Maria Padilha e toda a sua quadrilha (espíritos que trabalham com ela e à favor dela) construíram uma trajetória de aventuras e feitiçaria de Montalvan a Beja, de Beja a Angola, de Angola a Recife e de Recife para os terreiros de São Paulo e de todo o Brasil, fazendo com que Maria Padilha se tornasse o espírito da amante do rei de Castela que se manifesta nos terreiros de umbanda e candomblé.

Maria Padilha, é uma Pomba Gira capaz de trazer um amor de volta e, de acordo com pesquisas históricas, ela teria nascido na Espanha, com o nome de Maria de Padilla.

Maria Padilha, como Pomba Gira, é procurada para realizar feitiços, dar orientação e conselhos sobre amor e, de uma maneira geral, é uma entidade espiritual da Umbanda ou do Candomblé, que se manifesta através de um médium.

Maria Padilha é a Pomba Gira mais procurada nos terreiros e uma importante figura das religiões de origem africana, representada pela imagem de uma feiticeira, sendo chamada também de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas, Maria Padilha do Cabaré, Maria Padilha da Estrada, Maria Padilha das Almas e Maria Padilha Cigana, entre outros nomes.

Maria Padilha, a Pomba Gira, teve um caso de amor muito forte com D. Pedro I, indo além do esperado por muitos que acompanhavam o reinado naquela época.

Ela fez um feitiço para que o Rei prendesse Dona Blanca, sua atual esposa, e finalmente assumisse seu casamento com ela, o que foi visto na época como algo clandestino.

Maria Padilha, na umbanda, se tornou uma entidade de grande importância e tem autonomia e prioridade para escolher seu parceiro para realizar determinados trabalhos juntos, além de ser conhecida por adorar presentes bonitos e sedutores, como cidra e rosas vermelhas, afinal ela é o símbolo da sedução, feitiço e amor.

Maria Padilha não é um Orixá, ela não tem filhos, apesar de considerar seus médiuns como filhos, mas é capaz de fazer muito na vida de uma pessoa, pois age nas causas relacionadas ao amor, relacionamento e sexo, fazendo trabalho para afastamento de rival, entre outros.

Porém, Maria Padilha não ajuda aqueles que a recorrem à ela com segundas intenções ou com maldades. Maria Padilha ajuda apenas aqueles que a procuram por amor com a melhor das intenções.

Para atender-lhe, Maria Padilha precisa que sua intenção venha do seu coração e com a melhor das intenções.

Tipos de Pombas Giras

Os tipos de Pombas Giras nada mais são do que exus com suas manifestações, possuindo nomes semelhantes, o que acaba confundindo pessoas novas nas religiões Umbanda e Candomblé, mas elas podem ser diferentes de uma linha para outra.

As Pombas Giras possuem história e se diferem de uma falange para a outra, mas uma característica comum nelas são as paixões avassaladoras, que, muitas vezes, desafiavam as tradições da época.

As Pombas Giras, de maneira geral, são entidades que atuam do lado esquerdo, entre a luz e as sombras, como guardiãs e protetoras.

As Pombas Giras podem ser perigosas, mas são entidades ligadas à proteção e à abertura de caminhos, e estão em constante evolução, assim como nós.

Pombas Giras de hierarquias superiores se recusam a atender pedidos que vão contra as leis de Deus, mas as Pombas Giras acabam por ser perigosas pelos pedidos que os encarnados levam até os terreiros, que acabam caindo nos ouvidos dos quiumbas.

A Pomba Gira se manifesta descendo no médium, soltando uma gargalhada e se pondo a dançar e, dentre os principais tipos de Pombas Gira estão:

  • Maria Padilha
  • Maria Mulambo (Pomba Gira que trabalha com o lixo astral, com a energia negativa de ambientes e daqueles que a buscam, mas ela não vive no lixo)
  • Sete Encruzilhadas (Pomba Gira que atua junto de pessoas que sofrem com falsidade e injustiça, grandes males que acometeram as encarnações desta entidade)
  • Cigana da Estrada (Pomba Gira que odeia prisões amorosas, sendo uma entidade que ajuda pessoas que estão nestas situações ou que sofrem violência doméstica, especialmente mulheres)
  • Rosa Negra (Pomba Gira que é retratada usando vestidos completamente pretos ou misturando preto e vermelho)
  • Rosa Caveira
  • Rainha do Cemitério (Pomba Gira que pode ser encontrada em calçadas de cemitérios em noites de lua cheia)
  • Pomba Gira das Almas (Pomba Gira que ajuda espíritos desencarnados que continuam presos à sua experiência corporal – ou seja, que ficam próximos de parentes e amigos ou de locais que frequentavam, como seus lares, locais de trabalho ou de lazer).

A Pomba Gira só aparece caso a mediunidade esteja aflorando e, quando isso acontece, há uma maior percepção de vontades que, antes, não haviam.

Também é possível perguntar, durante uma consulta em um terreiro, se você tem Pomba Gira, pedindo que a entidade lhe fale sobre ela.

E é uma boa ideia desenvolver sua relação com ela, já que quem cuida de sua Pomba Gira é recompensado, recebendo saúde, proteção, prosperidade e entendimento.

Pombas Giras sob o comando de Maria Padilha trabalham em todas as áreas dos encarnados: saúde, amor, trabalho e abertura de caminhos.

Maria Padilha foi a Rainha Maria de Padilha, inicialmente amante de Dom Pedro de Castela, com quem se casou após a morte de Dona Blanca de Bourbon, e é conhecida como Maria Padilha de Castela e também por dama da madrugada, rainha da encruzilhada e senhora da magia, além de nomes como:

  • Maria Padilha do Cruzeiro das Almas – Linha de Omolu-Obaluaê/Iansã
  • Maria Padilha da Encruzilhada – Linha de Ogum
  • Maria Padilha do Cemitério – Linha de Omolu-Obaluaê
  • Maria Padilha da Calunga – Linha de Oxum/Iemanjá
  • Maria Padilha das Sete Catacumbas / Sete Tumbas – Linha de Omolu-Obaluaê
  • Maria Padilha da Navalha – Linha de Oxum
  • Maria Padilha das Sete Saias – Linha de Oxum

As Pombas Giras são sensuais e bonitas, extremamente dominadoras e sinceras.

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