Esta magia de união amorosa de Maria Padilha Rainha é única e permite dar uma…
Lúcifer e Maria Padilha
Maria Padilha é a Rainha da Lira, ou Rainha do Inferno, ou ainda Rainha do Reino da Lira, e é também conhecida como Rainha do Candomblé, Rainha do Cabaré ou Rainha das Marias.
Maria Padilha viveu no século XIV, cheio de magia, misticismo e fantasia. Ela praticava bruxaria e conquistou completamente o coração de um Rei, com quem teve quatro filhos.
Maria Padilha era sedutora e sabia usar sua sedução, juntamente com magias, o que fez ela se tornar uma pomba gira, sendo agora mulher do Exú Rei das Sete Liras ou Exu Lúcifer e considerada a mulher do diabo, a mulher de Lúcifer.
Maria Padilha foi a primeira a sofrer os preconceitos, ou melhor, os falsos conceitos atribuídos às guardiãs, sendo inevitavelmente associada à Asmodeu e à Lilith, e seus médiuns a possuídos lascivos.
Para Maria Padilha, resta o inferno, e a alcunha de Maria Padilha do Inferno não só foi aceita como estimulada pelas outras pombas giras, pois encerra em si mesma a síntese do trabalho das guardiãs.
Maria Padilha, dentro deste contexto, varia dentre os seguintes nomes:
- Maria Padilha do Inferno
- Maria Padilha Rainha do Inferno
- Maria Padilha Soberana dos Infernos
- Maria Padilha Dona do Inferno
- Maria Padilha Mulher de Lúcifer
- Maria Padilha das Portas do Inferno
- Maria Padilha do Fogo ou do Forno (numa alusão ao fogo do inferno)
- E mais algumas variantes
Maria Padilha trabalha nos infernos que assolam os seres, fazendo resgates nas trevas e ocupa alto posto na hierarquia infernal por ser mulher de Lúcifer.
“Na família da Pomba-Gira
Só se mete quem puder
Ela é Maria Padilha
São mulher de Lúcifer”.
Maria Padilha figura, entre várias invocações demoníacas, num conjuro destinado a favorecer amores, pronunciado pela primeira vez por uma feiticeira portuguesa degredada em Recife, Pernambuco, após passagem por Angola, em 1718.
Sentada no portal de sua casa, dizia Antônia Maria:
“neste portal me venho assentar… vá Barrabás, vá Satanás, vá Lúcifer, vá Maria Padilha com toda a sua quadrilha, e todos se queiram juntar e de qualquer forma em casa de fulano entrar, e o não deixem comer, dormir, nem repousar, sem que pela minha porta adentro venha entrar […]”
Maria Padilha trata de uma representação feminina associada ao Exu dos terreiros dos cultos afro-brasileiros, aquele espaço dinamizado por uma força, o “axé”, onde se cultuam os orixás que ali “baixam” e se apoderam da cabeça de seus “filhos”, os quais dançam para eles.
Maria Padilha, para efeitos “amatórios”, era invocada tanto entre feiticeiras ciganas como feiticeiras “cristianas viejas” de Espanha:
“Por Barrabás, por Satanás y Lucifer
Por doña Maria de Padilla
Y toda su cuadrilla…”
invoca a feiticeira Geronima Gonzales, “cristiana vieja”.
Maria Padilha é uma forte figura da sedução feminina que fala àquelas zonas escuras, de feitiço e desejo, que habitam homens e mulheres, obscuras e reprimidas forças atraídas pela radical subversão que se encarnou num nome.
Tem predileção – igual ao seu principal marido, Rei das 7 Liras (Lúcifer) – pelas navalhas e armas brancas em geral, especialmente aquelas que são afiadas e pequenas, onde se deve ter muita agilidade para não ser cortado.
Maria Padilha é a rainha do inferno, já teve várias encarnações na Terra, e a última delas foi em Ilhéus na Bahia.
Maria Padilha é conhecida por sua eficiência e rapidez, e está entre as mais populares das Pomba giras. Possui vários caminhos, como:
- Maria Padilha dos Sete Cruzeiros da Calunga
- Maria Padilha Rainha das 7 Encruzilhadas;
- Maria Padilha Rainha dos Infernos;
- Maria Padilha Rainha das Almas;
- Maria Padilha das Portas do Cabaré;
- Maria Padilha Rainha das 7 facas ( 7 navalhas);
- Maria Padilha Rainha da Figueira.
Ponto Cantado de Maria Padilha, Mulher de Lúcifer
Ponto Cantado de Maria Padilha e Compadre Lúcifer
Ponto Cantado de Maria Padilha – Menina Mulher por Juliana D Passos (Canal Macumbaria)
Letra do Ponto Cantado:
Uma rosa brotou em meu jardim
Reguei sem saber quem ela é
E nos meus sonhos ela se mostrou Maria
Padilha menina mulherEla chega da quimbanda
Exalando o seu axé
Vem fazendo o seu trabalho
Para aqueles que têm féEla chega da quimbanda
Exalando o seu axé
Vem fazendo o seu trabalho
Para aqueles que têm féSalve a minha pombo gira
Salve a minha guardiã
Ela sempre está comigo
Dando a sua proteçãoNão me deixe esmorecer
Sei que o caminho é difícil
Mas contigo ao meu lado
Eu supero tudo issoEu só tenho a agradecer
Ao Exu Lúcifer
Por colocar em meus caminhos
Maria Padilha Menina MulherEu só tenho a agradecer
Ao Exu Lúcifer
Por colocar em meus caminhos
Maria Padilha Menina MulherSalve a minha pombo gira
Salve a minha guardiã
Ela sempre está comigo
Dando a sua proteçãoNão me deixe esmorecer
Sei que o caminho é difícil
Mas contigo ao meu lado
Eu supero tudo issoEu só tenho a agradecer
Ao Exu Lúcifer
Por colocar em meus caminhos
Maria Padilha Menina MulherEu só tenho a agradecer
Ao Exu Lúcifer
Por colocar em meus caminhos
Maria Padilha Menina Mulher
Curiosidade: A Pomba Gira Menina é filha de Maria Padilha e de Lúcifer e é uma entidade muito carismática e apreciada pelo povo de umbanda, pois adora trabalhar quando está na Terra e suas médiuns são sempre pessoas alegres e de aparência muito jovem.