Maria Padilha da Estrada: Oração, História, Quem é ela e o quê ela Gosta

Maria Padilha da Estrada: Oração, História, Quem é ela e o quê ela Gosta 10

Maria Padilha da Estrada é uma entidade feminina representada em imagens e esculturas por uma mulher morena ou branca de vestido, ás vezes longo, ás vezes curto, nas cores preto, vermelho, amarelo e dourado, portando também jóias e rosas e, na maioria das vezes, com a mão na cintura.

Em algumas imagens e esculturas é representada com os seios de fora e usando saia, mas sempre com a mesma postura, a mesma classe.

Maria Padilha da Estrada é uma entidade da Umbanda. Cheia de contos e de amor, ela tem seu próprio ponto.

Oração à Maria Padilha da Estrada para Trazer a Pessoa Amada de Volta

Maria Padilha da Estrada é uma poderosa pomba gira da falange de Oxum que, apenas em troca de divulgar o nome dela, pode fazer com que a pessoa que você deseja lhe procure e tenha um amor incontrolável por você.

Se você o(a) está desprezando, mas quer que ele(a) volte para você, e tem fé que será atendido(a), recorra à Maria Padilha da Estrada através dessa oração:

Minha poderosa, linda e jovem Maria Padilha da Estrada, gira tua saia poderosa e traga (nome da pessoa amada) para mim.

Vá, minha poderosa pomba gira, vá agora ao encontro de (nome da pessoa amada) e sopre meu nome, (seu nome), em seu ouvido.

Vá, minha pomba gira da falange de Oxum, rainha do ouro, da beleza e da sedução, e traz (nome da pessoa amada) pra mim.

Prometo divulgar diariamente seu nome e seus poderes.

Faça com que, nesse exato momento, ele(a) pense em mim e não tenha sossego enquanto não me telefonar, enquanto não olhar nos meus olhos, enquanto não sentir novamente o gosto de minha boca e do meu beijo.

(Nome da pessoa amada) não terá paz e não conseguirá se concentrar no trabalho enquanto não me procurar.

Traga, Maria Padilha da Estrada, esse(a) homem(mulher) pra mim, me dê essa alegria!

Faça com que (nome da pessoa amada) tenha agora um amor incontrolável por mim, que me deseje, que não sossegue enquanto não me ver.

Que ele(a) sinta meu desprezo por ele(a) e venha atrás de mim.

Faça, Maria Padilha da Estrada, que eu tenha forças para não procurá-lo(a) até que ele(a) me procure, e que ele(a) fique encucado(a) com minha demora em procurá-lo(a).

Traga, pomba gira, (nome da pessoa amada) para mim, espalhe exu, espalhe pomba gira, gira tua saia e vai de encontro ao(à) meu(minha) homem(mulher), e traga ele(a) pra mim!

Que assim seja feito, assim está sendo feito!

Sei que serei atendida(o) hoje e divulgarei teu nome como oferenda à esse pedido.

Espalhe axé, espalhe Maria Padilha da Estrada, poderosa e formosa.

Gratidão à Maria Padilha da Estrada!

História de Maria Padilha da Estrada

A busca pelo amor verdadeiro e a prosperidade foram coisas que mais permearam a vida de Maria Padilha da Estrada, mas também o abuso psicológico e a sede de vingança.

Por muito tempo, ela se manteve na surdina para acabar com duas vidas ao mesmo tempo.

Foi cínica, mentiu, mas como a corda sempre arrebenta no lado mais fraco, foi ela quem acabou morta.

Á seguir, você pode conferir a história de Maria Padilha da Estrada, contada por ela mesma.

Sempre estive à procura de um amor verdadeiro, que preenchesse realmente o vazio no meu coração, pois com a morte de minha mãe, a vida já não fazia mais sentido.

Vivia em um palácio muito próspero, andava sempre bem vestida e com milhares de joias.

Passei boa parte de minha vida ao lado de um amor infiel, que ficava comigo só pra me usar e se satisfazer.

O filho do rei, que iria ser o possível sucessor, fazia de tudo para me tirar do sério e ser mandada pra longe dali, mas sempre agia com cautela e serenidade.

Olhava cada passo do rei e do príncipe, cada suspiro e cada palavra.

Eu preparava duas sepulturas. Aquela vida me desgastava por dentro e tudo o que eu queria era acabar com a vida dos dois.

Durante muito tempo, envenenava a comida dos dois e, de pouquinho em pouquinho, via os dois definharem.

Em uma dessas, fui pega pelo príncipe na copa do palácio e ele, sem pensar duas vezes, foi falar com o pai.

Eu, o mais rápido possível, peguei a lâmina sobre a mesa e cravei no seu peito sem dó nem piedade. Matei!

Matei o príncipe. Na mesma hora gritei.

Gritei tão alto que todos escutaram e foram ver.

Estava eu, de joelhos no chão, com o pescoço cortado para disfarçar a tragédia que cometi.

O rei se lamentou, perguntou o que tinha acontecido e eu fiz a cena completa, disse que um ladrão entrou no palácio com uma lâmina, cortou meu pescoço e matou o príncipe.

O rei acreditou, enterrou seu próprio filho mesmo nunca encontrando o ladrão.

A verdade sempre aparece e em uma dessas ela apareceu.

Descobriram quem tinha tirado a vida do príncipe.

Eu estava dormindo e me acordaram aos sustos.

Era meu fim, me levaram pra bem longe, era um lugar sujo e fedorento.

Me acorrentaram, me prenderam feito cachorro.

Sem água. Sem comida. Sem vida. Sem nada.

Minha fé se mantinha a cada minuto naquela lama, mas a sede e a fome me consumiam.

Eu não matei por matar. Matei porquê o amava.

Matei porquê ele me traia. Matei porquê ele era a única pessoa que sentia algo.

Eu matei. Matei o sucessor. Matei o meu amor.

Fui acorrentada, abusada, ofendida e morta.

Pra quem não me conhece, permite me apresentar:

Me chamo Maria Padilha da Estrada.

Aqui e em qualquer outro lugar.

E, no vídeo abaixo, você pode conferir a mesma história contada acima narrada por @davihmoreira do canal Sereio.

Quem é Maria Padilha da Estrada?

Maria Padilha da Estrada é uma pomba gira que trabalha na estrada. Ela é brincalhona e suas consultas são sempre recheadas de boas gargalhadas.

Porém, é bom lembrar que, como em qualquer consulta com um guia incorporado, o respeito deve ser mantido e, sendo assim, estas brincadeiras devem partir SEMPRE do guia, e nunca do consulente.

Maria Padilha da Estrada é a guia que mais dá consultas em uma gira de exu, se movimenta muito e também fala bastante, chegando a dar consulta a várias pessoas ao mesmo tempo.

Suas oferendas nunca devem ser feitas nas encruzilhadas, apenas nas estradas. Seus símbolos são o tridente, o pássaro, a Lua, o Sol, a chave e o coração.

As cores de suas velas serão de acordo com o trabalho a ser realizado, podendo ser pretas e vermelhas, todas vermelhas e, em certos casos, pretas e brancas ou, ainda, todas brancas.

Algumas (pois se trata de uma falange de vários espíritos) se apresentam como ciganas, outras gostam de usar um chapéu igual ao que os malandros usam.

Moça bonita e formosa que, quando “chega” no terreiro, gosta de beber, fumar e, principalmente, conversar com quem a agrada.

Odeia injustiça. Domina os caminhos, as estradas por quais todos passam. Mulher de respeito, forte e determinada.

Adora trabalhar para o amor. Em alguns sites, há a informação que, não sabe-se se é regra, esta senhora trabalha junto da lebara Padilhinha do Inferno.

Quando estão em terra, bebem, conversam e resolvem os problemas juntas.

Mesmo depois de terem desencarnado, mantiveram a amizade.

O que Maria Padilha da Estrada Gosta?

Maria Padilha da Estrada gosta de champanhe, licor de anis, martini e mel.

Contudo, por trabalhar muito próxima da malandragem, pode preferir cerveja ou cachaça.

Para os seus ebós (no candomblé), ela gosta de pata preta, pomba preta e cabra preta, levando fubá de milho e azeite de dendê.

Como toda pomba gira, Maria Padilha da Estrada gosta de beber, de fumar (cigarros e cigarrilhas), de se vestir bem e, principalmente, conversar com quem a agrada.

Está sempre com a mão na cintura, por vezes segurando a barra da saia ou jogando-a por cima da perna.

Suas cores predominantes são o vermelho e o preto, apesar de gostar de se vestir de vermelho e dourado.

É representada com saias rodadas, blusas rendadas, colares, flores e muitos enfeites.

De acordo com a crença, as suas oferendas preferidas são o champanhe, o vinho, a pinga, o espelho, as joias e bijuterias e batons.

Ela também gosta de perfumes e cosméticos, além de rosas vermelhas (nunca botões) em número ímpar, cravos e palmas vermelhas.

Algumas pombas giras que vem como Maria Padilha da Estrada se apresentam como ciganas, outras gostam de usar um chapéu igual ao que os malandros usam.

Maria Padilha da Estrada gosta, acima de tudo, de trabalhar para o amor verdadeiro, e costuma dar muito brilho para quem a ela se dirigir.

Ajuda bastante para desenrolar negócios e gosta de limpar caminhos, além de ajudar bastante em descarregos.

E pra quem não sabe, ela também gosta de ler a mão.

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