No entanto, também é um livro que conta a verdadeira história de Santa Sara Kali, independentemente de qualquer religião.
O livro foca tanto em Santa Sara Kali quanto nos Ciganos de Umbanda, falando, inclusive, do sincretismo de Santa Sara Kali em outras religiões, mas não é apenas um livro informativo, pois também possui orações, uma simpatia e um ritual que podem ser feitos para se alcançar graças de Santa Sara Kali e dos ciganos espirituais.
Orações essas que podem ser feitas para obter a proteção de Santa Sara Kali e outras coisas boas, e que até os seguidores de Santa Sara Kali podem ainda não conhecer.
O livro revela muitos fatos e curiosidades à respeito de Santa Sara Kali e dos ciganos, considerados o povo de Santa Sara Kali.
A história de Santa Sara Kali nas religiões bem como a presença do povo cigano são os assuntos principais deste livro, que também tem a intenção de ser útil com suas formas de se obter ajuda espiritual de Santa Sara Kali e do povo cigano espiritual.
Através deste livro, você conhecerá os espíritos ciganos, a história do povo cigano no Brasil, a origem do povo cigano, a relação entre povo cigano e espiritualidade, o significado das frutas para o povo cigano, o povo cigano do oriente e até qual é a sua entidade cigana protetora pela numerologia da sua data de nascimento.
O livro também aborda as semelhanças e diferenças entre as entidades ciganas e as pombas giras ciganas, o que Santa Sara Kali gosta, os milagres de Santa Sara Kali e a teoria de que Santa Sara Kali seria filha de Jesus e Maria Madalena, ou seja, é um livro que realmente vai lhe mostrar quem é Santa Sara Kali através da sua biografia e do que se sabe sobre seu dia e de sua presença na cultura cigana, que é muito sábia.
Ao todo, o livro possui 299 páginas falando sobre Santa Sara Kali e o Povo Cigano na Umbanda e a verdadeira história de Santa Sara Kali.
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Maria Padilha é bonita, é mulher e sagrou-se como a única esposa de Dom Pedro I de Castela, tornando-se a legítima rainha e exercendo seu poder e influência mesmo depois de morta.
Maria Padilha, talvez a mais popular pomba gira, é considerada o espírito de uma mulher muito bonita, branca, sedutora, e que em vida teria sido prostituta grã-fina ou influente cortesã.
Maria Padilha, segundo sua história, é a amante do rei de Castela que possui uma trajetória de aventuras e feitiçaria de Montalvan a Beja, de Beja a Angola, de Angola a Recife e de Recife para os terreiros de São Paulo e de todo o Brasil.
Mas, de fato, não se sabe se Maria Padilha é o espírito da amante do rei de Castela que se manifesta nos terreiros de Umbanda e Candomblé.
Maria Padilha chegou primeiro aos terreiros de Umbanda e, posteriormente, por força de adeptos convertidos da Umbanda, seu culto também foi incluído no Candomblé.
Até na Bahia, onde a Umbanda não tem muita expressão, não só Maria Padilha como todas as “Padilhas” também estão presentes.
Maria Padilha, também conhecida por dama da madrugada, rainha da encruzilhada, senhora da magia, não é um espírito apenas, é uma falange (agrupamento) de pombas giras (também chamadas de inzilas) pertencente ao sincretismo das religiões afro-brasileiras umbanda, quimbanda e candomblé.
Entre as diversas sub-falanges estão:
Maria Padilha do Cruzeiro das Almas – Linha de Omolu-Obaluaê/Iansã
Maria Padilha da Encruzilhada – Linha de Ogum
Maria Padilha do Cemitério – Linha de Omolu-Obaluaê
Maria Padilha da Calunga – Linha de Oxum/Iemanjá
Maria Padilha das Sete Catacumbas / Sete Tumbas – Linha de Omolu-Obaluaê
Maria Padilha da Navalha – Linha de Oxum
Maria Padilha das Sete Saias – Linha de Oxum
Maria Padilha é a feiticeira das pombas giras e a pomba gira mais procurada nos terreiros. A história de Maria Padilha conta que ela teria nascido no ano de 1334, em Palencia, na Espanha, e pertenceu a uma família castelhana, os Padilla, cujo nome seria eternizado em brasão posteriormente a sua morte.
Maria Padilha está enterrada na Capela dos Reis, cuja visitação é proibida, e através da história da Maria Padilha, é possível perceber que ela não era uma mulher qualquer.
Diz-se que, junto de uma árvore, Maria Padilha teria deixado um feitiço de amor feito com um espelho, através do qual o Rei se olhou e, enfeitiçado, se rendeu à paixão da jovem moça.
A história da Maria Padilha foi realmente um caso de amor. D. Pedro I abandonou sua esposa Dona Blanca para viver sua história com Maria Padilha, sendo perseguido por opositores em seu Reinado.
Depois de mandar sua esposa para a prisão – alguns dizem que por um feitiço armado por Maria Padilha – o Rei assume seu casamento até então clandestino com Maria de Padilla.
A força da falange de Maria Padilha está ligada ao seu apego à matéria e ao seu grande amor. Maria Padilha é chefe de falange na linha de Exu, atuando como Exu-Mulher lado a lado de Exus homens, e é chefe de terreiro, e sua figura articula uma dualidade que forja em nós tanto a celebração da liberdade erótica como também o seu estereótipo.
Poderosa em seus feitiços de amor, dentro de terreiros Maria Padilha comanda os feitiços, dá orientações e conselhos, principalmente sobre amor
Maria Padilha é uma importante figura das religiões de origem africana e é representada pela imagem de uma feiticeira, uma mulher sensual, independente e dominadora, incorporada por um(a) médium.
Dependendo da linhagem e de outras características, Maria Padilha escolhe seu parceiro (normalmente, um exu ou um malandro) para realizar determinados trabalhos juntos.
Em relação ao culto à Maria Padilha, ela é conhecida por adorar presentes bonitos e sedutores, como cidra e rosas vermelhas, afinal ela é o símbolo da sedução, do feitiço e do amor.
Maria Padilha age nas causas relacionadas ao amor, relacionamento e sexo. Maria Padilha ajuda apenas aqueles que a procuram por amor e com a melhor das intenções.
Quando incorporada, o que anuncia sua manifestação, o que abre a porta para a chegada de Maria Padilha, é a boca: uma sonora gargalhada; e ela se apresenta como Rainha Maria Padilha ou Maria Padilha de Castela.
Foi no imaginário e nos conjuros das mulheres que Maria Padilha aportou no Brasil e se estabeleceu como entidade da Linha de Esquerda, onde seus companheiros principais são os Exús e Seu Zé Pelintra, que vão trabalhar com ela tanto na Umbanda quanto no Candomblé e na Quimbanda, tida frequentemente como magia negativa.
Maria Padilha é vista como uma senhora de uma feminilidade demoníaca, vulgar e sexualmente indomável, mas Maria Padilha vem fazer justiça e abriu a porteira para uma falange de Moças (outro nome que Elas gostam): Rosa Vermelha, Rosa Caveira, Maria Navalha, Sete Saias, Maria Molambo, Maria Quitéria… e muitas mais.
Maria Padilha está apagada ou reduzida a amante assassina na própria cidade onde viveu, mas não aqui, no Brasil.
No Brasil, Maria Padilha está bem viva e é versada em magia, e estabelecemos conexão com esta entidade através das Macumbas, Umbandas, Candomblés e Quimbandas da vida.
Maria Padilha é a rainha de todas as giras (rituais da umbanda para realização de trabalhos espirituais por meio de médiuns incorporando entidades).
No começo, Maria Padilha era apenas um nome nas fórmulas mágicas das feiticeiras da Europa, no entanto ela veio com as bruxas e os adivinhos condenados ao degredo pela Inquisição e logo se tornou um dos nomes mais chamados nas rezas e feitiçarias brasileiras, cuja imagem é representa por uma mulher branca, de cabelos longos e pretos; com colares, pulseiras e rosas; e trajando vestido vermelho, preto ou vermelho e preto.
Muitas vezes, aparece com uma coroa e um tridente e quase sempre com uma das mãos na cintura e a outra segurando a barra do vestido.
Também não é raro encontrá-la representada seminua em esculturas ou com vestido branco. Outros dois objetos comumente associados à imagem de Maria Padilha são o cetro e o punhal.
Muitas pessoas tem Maria Padilha de frente, como protetora, precisando buscar pelo auxilio de uma casa de Umbanda e uma Mãe ou Pai de Santo para ajudar a entender melhor essa guarda de Maria Padilha.
Uma coisa que é peculiar da Umbanda, mas não só da Umbanda, é a guia de Maria Padilha, que é usada pelos médiuns, e as imagens em gesso, para o culto à esta pomba gira.
A umbanda se divide numa linha da direita, voltada para a prática do bem e que trata com entidades “desenvolvidas”, e numa linha da “esquerda”, a parte que pode trabalhar para o “mal” e onde Maria Padilha está incluída, também chamada quimbanda, e cujas divindades, “atrasadas” ou demoníacas, sincretizam-se com aquelas do inferno católico ou delas são tributárias.
Músicas e Pontos Cantados de Maria Padilha na Umbanda
Ponto Cantado de Maria Padilha – Tapete de Rosas
Tapete de Rosas é um dos mais lindos pontos cantados da pomba gira Maria Padilha. É um ponto cantado de Umbanda.
Dê o play abaixo e escute-o.
Letra do Ponto Cantado:
Maria Padilha, você é a flor perfeita, que vem dentro dessa seita para aqueles que tem fé. Tu és a Rosa que perfuma a Umbanda, vencedora de demandas, com Amor e muito Axé. Maria Padilha, não me deixe andar sozinho, ponha rosas sem espinhos nos caminhos onde eu passar. Maria Padilha, não me deixe andar sozinho, ponha rosas sem espinhos nos caminhos onde eu passar.
Oh, Pombo – Girê, Oh, Pombo – Gira, faça um tapete de rosas pra que eu possa caminhar.
Ponto Cantado de Maria Padilha – Salve Maria Padilha
Salve Maria Padilha é uma música de Manoel do Exu e incluído em seu álbum Pontos de Maria Padilha. Essa é uma das maiores saudações à Maria Padilha em forma de música.
Letra do Ponto Cantado:
Salve Maria Padilha Salve Maria Padilha Salve Maria Padilha, que ilumina o meu caminhar
Perambulava pelas ruas já sem saber o que fazer Procurava na noite uma solução para tanta dor Sofrimento e solidão
Então eu clamei ao povo da rua Que me enviasse, no momento, alguma ajuda, pois eu já não tinha Força para continuar
Então eu clamei ao povo da rua Que me enviasse, no momento, alguma ajuda, pois eu já não tinha Força para continuar
Quando me virei vi uma mulher na beira da estrada Trazia uma rosa em suas mão, um feitiço no olhar Naquela bela noite de luar, deslumbrei sua dança Com sua saia a rodar, eu me aproximei E lhe perguntei o que ela fazia na estrada
Ela respondeu: Moço eu sou Rainha, vim lhe ajudar Sou Maria Padilha Ela respondeu: Moço eu sou Rainha, vim lhe ajudar Sou Maria Padilha
Salve Maria Padilha Salve Maria Padilha Salve Maria Padilha Salve Maria Padilha
Quando eu precisei, oh pomba gira, você veio me ajudar Deste outro rumo a minha vida Hoje eu venho lhe louvar
Salve Maria Padilha Salve Maria Padilha Salve Maria Padilha Salve Maria Padilha
Quando eu precisei, oh pomba gira, você veio me ajudar Deste outro rumo a minha vida Hoje eu venho lhe louvar
Perambulava pelas ruas já sem saber o que fazer Procurava na noite uma solução para tanta dor Sofrimento e solidão
Então eu clamei ao povo da rua Que me enviasse, no momento, alguma ajuda, pois eu já não tinha Força para continuar
Então eu clamei ao povo da rua Que me enviasse, no momento, alguma ajuda, pois eu já não tinha Força para continuar
Quando me virei vi uma mulher na beira da estrada Trazia uma rosa em suas mão, um feitiço no olhar Naquela bela noite de luar, deslumbrei sua dança Com sua saia a rodar, eu me aproximei E lhe perguntei o que ela fazia na estrada
Ela respondeu: Moço eu sou Rainha, vim lhe ajudar Sou Maria Padilha Ela respondeu: Moço eu sou Rainha, vim lhe ajudar Sou Maria Padilha
Salve Maria Padilha Salve Maria Padilha Salve Maria Padilha Salve Maria Padilha
Quando eu precisei, oh pomba gira, você veio me ajudar Deste outro rumo a minha vida Hoje eu venho lhe louvar
Salve Maria Padilha Salve Maria Padilha Salve Maria Padilha Salve Maria Padilha
Quando eu precisei, oh pomba gira, você veio me ajudar Deste outro rumo a minha vida Hoje eu venho lhe louvar
Melhores Pontos Cantados de Maria Padilha
Escute, nos vídeos abaixo, alguns dos melhores pontos cantados de Maria Padilha.
Vídeo 1:
Vídeo 2:
Vídeo 3:
Ponto Cantado de Maria Padilha – Deu Meia Noite
Esse ponto cantando faz referência à dama da madrugada, ou seja, Maria Padilha e à saúda bastante, enfatizando o fato dela atender qualquer pedido.
Letra do Ponto:
“Deu meia-noite A Lua se escondeu Lá na encruzilhada Dando sua gargalhada Maria Padilha apareceu
Deu meia-noite A Lua se escondeu Lá na encruzilhada Dando sua gargalhada Maria Padilha apareceu
A laroiê, a laroiê, a laroiê É mojubá, é mojubá, é mojubá Ela é odara Quem tem fé na Maria Padilha É só pedir que ela vai dar
A laroiê, a laroiê, a laroiê É mojubá, é mojubá, é mojubá Ela é odara Quem tem fé na Maria Padilha É só pedir que ela vai dar
Laroiê, Exu Mulher!”
Ponto Cantado de Maria Padilha – Dói, Dói, Dói
Letra do Ponto:
Dói, dói, dói, dói, dói Um amor faz sofrer Dois amor faz chorar
Dói, dói, dói, dói, dói Um amor faz sofrer Dois amor faz chorar
Quem é você pra deitar na minha cama
Papagaio come milho
E periquito leva fama
Ponto Cantado de Maria Padilha do Cabaré – Quem é Essa Mulher na Porta do Cabaré
Letra do Ponto:
Quem é essa mulher Na porta do cabaré Quem é essa mulher Na porta do cabaré
Cabaré, cabaré Quem é essa mulher Cabaré, cabaré Quem é essa mulher
Joguei no rei Parei no ás Joguei no rei Parei no ás
Eu quero ver você fazer O que a Padilha faz Eu quero ver você fazer O que a Padilha faz
Letras dos Melhores Pontos Cantados de Maria Padilha:
Ponto Cantado 01:
De onde é que Maria Padilha vem Aonde é que Maria Padilha mora Ela mora na mina do ouro Aonde criança não chora.
Ponto Cantado 02:
Maria Padilha, Rainha do Candomblé Firma curimba Que tá chegando mulher
Ponto Cantado 03:
Maria Padilha, Traz linda figa de ouro Oi saravá Rainha linda da quimbanda, Sua proteção é um tesouro.
Ponto Cantado 04:
Ela é Maria Padilha, De sandalinha de pau Ela trabalha pro bem Mais também trabalha pro mal
Ponto Cantado 05:
Quem não gosta de Maria Padilha Tem, tem que se arrebentá Ela é bonita Ela é formosa O bela vem trabalhar.
Ponto Cantado 06:
De garfo na mão, Lá vem mulher bonita, Bonita e muito formosa, Muito formosa e muito cheia de rosas, Lá vem Maria Padilha, Dos 7 cruzeiros da calunga.
Ponto Cantado 07:
Oi quem mora nessa ilha Oôâi quem mora nessa ilha Fogo por todos os lados Garfo seguro na mão Rosas no chão se espalhando Formosa ela vinha então Era Padilha, Era Padilha Maria Padilha Quem não me respeita Logo se afunda Eu e Maria Padilha Dos 7 cruzeiros da calunga.
Ponto Cantado 08:
Na minha encruzilhada, Muito consagrada, Tenho muitas rosas Tão apreciadas Com um perfume Quero alegrar, Os filhos que têm fé É quem me chamar Também tenho garfo, Para espetar, Espetar a Alma De quem me maltratar Sou Maria Padilha Dos 7 cruzeiros. Tenho Força das almas Dos velhos do cativeiro. Trabalhamos unidos Numa só braçada, Sou Maria Padilha Formosa e muito amada. Meu melhor vestido, Quero ofertar, Para o inimigo Cor da menga pra sangrar. O preto da minha roupa, Vou presentear, Ao inimigo, na escuridão vai ficar. Ai vai minha luz No branco da minha roupa, A você que é bom, E não tem língua solta. sou Maria Padilha Dos 7 cruzeiros. Saravo vocês que me vêem, É vocês que me chamam e não creem. Quem caminha com minha ajuda, Muita força há de ganhar, Mas coitado, muito coitado, De quem me desafiar. Minha falange é muito boa, pelo menos eu considero, Tenho até muitas crianças, Como Exu, e que venero. Trabalho de muitas formas, O mistério é profundo, Jogo muitos Eguns, Em cima de vagabundos.
Ponto Cantado 09:
Meu Santo Antônio Veio me ajudar Enfeitar a terra Enfeitou o Gongá Trouxe a Padilha na gira Para me limpar, Saravá Santo Antônio Saravá seu Gongá Saravá Santo Antônio E Padilha pra me ajudar.
Ponto Cantado 10:
Nas 7 calungas ela faz sua ronda É lá que é sua morada Ela é morena e muito formosa É lá que é sua morada Maria Padilha da Quimbanda Também trabalha na encruzilhada Mas no cruzeiro faz sua ronda E demanda na encruzilhada.
Ponto Cantado 11:
Meu garfo já chegou na terra Estou querendo guerra Meu garfo já finquei na terra Estou guerreando, estou guerreando Eu estou trabalhando Eu estou lhe limpando Estou lhe limpando.
Ponto Cantado 12:
Padilha minha Pomba Gira Padilha minha grande amiga Aonde você está estou a gritar Se está sempre me enganando É para me ajudar.
Ponto Cantado 13:
Quando eu nasci, eu era formosa E fui muito sacrificada Hoje moro no cruzeiro Ao lado de Pai Omulu Ele é pai feiticeiro Feiticeiro de muita força e luz Ele é dono do cruzeiro Ordenança de Ogum No seu reino eu vou vivendo As almas que me conduzem Me chamo Maria Dos 7 cruzeiros de luz.
Ponto Cantado 14:
Ela é Maria Padilha Ela agora vai girar É nas suas 7 calungas É lá que ela vai ficar É logo que ela vai girar Todo o mal ela vai levar E quem tiver inimigo Pensa em mim quando eu girar Pensa em mim Com muita firmeza Que todo o mal eu vou levar Quando eu chegar na minha morada O inimigo vai pagar É lá que a prestação de contas E as contas não vão falhar.
Ponto Cantado 15:
Deu meia noite A lua se escondeu Foi lá na encruzilhada Ouvi uma gargalhada E a Padilha apareceu Alaruê, alaruê, alaruê É mojubá, é mojubá, é mojubá Ela é Odara quem tem fé em pomba gira É só pedir que ela dá.
Ponto Cantado 16:
Dizem que Pombagira é uma rosa É uma rosa que nasceu no meio do espinho Maria Padilha, rosa sem espinho segue os meus passos ilumina os meus caminhos.
Ponto Cantado 17:
Abre a roda (bis) Deixa a Maria Padilha trabalhar Quando ela vem, Ela tem peito de aço, (bis) E o coração de um sabiá.
Ponto Cantado 18:
Foi Iansã quem te deu força Rainha de quem tem fé Vamos saravá (bis) Maria Padilha que mulher (bis).
Ponto Cantado 19:
A sua catacumba tem mistério, Mas, ela é a Rainha do Cemitério! Mas, ela é loira, dos olhos azuis, Maria Padilha, Filha de seu Omolu!
Ponto Cantado 20:
Padilha ó Padilha ó A pedra do seu anel Brilha mais do que o sol (bis) Com sua saia, sua rosa no cabelo, Como é bonito ver a Padilha no terreiro (bis).
Ponto Cantado 21:
Choveu, choveu, Só lá na calunga é que não choveu, É que a Padilha Cruzeiro das Almas Presta conta pra Deus.
Ponto Cantado 22:
Moça, me dá um cigarro do seu pra fumar, Porque dinheiro Eu não tenho pra comprar Vivo sozinho, vivo na solidão Maria Padilha me dê sua proteção Ô moça, ô moça, ô moça Me ajude com a sua força.
Ponto Cantado 23:
Cemitério é praça linda Que eu não quero passear (bis) Lá tem sete catacumbas, A Padilha mora lá Mora lá, mora lá A Padilha mora lá.
Ponto Cantado 24:
Sua gargalhada ecoa na madrugada Maria Padilha não é cinzas, ela é brasa Com sol ou lua, louvamos com fé Maria Padilha está pro que der e vier Não mexa com a Padilha, brincadeira ela não é Transforma espinho em rosas se fores merecedor Na barra da sua saia ninguém nunca encostou Labareda de fogo queima, é o aviso que ela dá Quem quer caminhos floridos, com ela não vai brincar.
Ponto Cantado 25:
Maria Padilha Estou cantando em seu louvor, Na barra da sua saia Corre água e nasce flor.
Ponto Cantado 26:
Umbanda, sua rainha chegou Umbanda, mais uma estrela brilhou (bis) O salve, salve a Pomba Gira Que veio da encruzilhada Para alegrar nossa gira O salve seu ponteiro de aço Salve a sua tesoura que Corta todo embaraço.
Ponto Cantado 27:
Quem viu o sol se esconder Quem viu a lua brilhar Quem viu o espinho da rosa Também vai ver Maria Padilha chegar (bis) Os seus olhos são verdes Sua cor é mulata Seus cabelos são negros E a sandália é de prata Numa mão tem perfume Na outra tem a flor Para Umbanda querida Maria Padilha traz paz e amor.
Ponto Cantado 28:
Quem mora lá em cima do coqueiro Deu meia-noite lá na encruzilhada É a Maria Padilha Ela é a rainha da madrugada Ô gira o exu e a sua faca brilha Vem girando Vem girando É o exu Maria Padilha
Ponto Cantado 29:
Exu Maria Padilha Trabalha na encruzilhada Toma conta, presta conta Ao romper da madrugada
Pomba gira, minha comadre Me proteja noite e dia É por isso que eu zombo Das suas feitiçarias
Exu Maria Padilha Trabalha na encruzilhada Toma conta, presta conta Ao romper da madrugada
Pomba gira, minha comadre Me proteja noite e dia É por isso que eu zombo Das suas feitiçarias
Ponto Cantado 30:
Que linda rosa, mas que bela mulher
É uma grande Pombo Gira, toda coberta de axé
Eu peço a ti que me proteja ao longo dessa caminhada
Abre nossos caminhos e nos dê sua proteção, Pombogira iluminada
Laroyê, mas ela vem com sua coroa e perfumada
Salve Maria Padilha, rainha das 7 encruzilhadas
Ponto Cantado 31:
E lá no céu eu avistei a lua cheia clarear
E no terreiro dando as suas gargalhadas
Maria Padilha, a Mojubá
É a dona dos meus caminhos
Ela está sempre comigo e nela eu posso confiar
Ponto Cantado 32:
Que lugar distante, numa rua tão deserta
Tinha um cemitério antigo e uma catatumba aberta
Dentro da cova tinha pano de caixão, tinha osso de defunto cravejado coração
7 novelos de linha, tinha cadeado velho, tinha sangue de galinha
E dentro da cova tinha um vulto ajoelhado
Era Maria Padilha trabalhando pro diabo
E vem serrar madeira, Maria Padilha
Ponto Cantado 33:
E abre a roda, oi deixa a Maria Padilha dançar
Mas ela tem dois amores ao seu lado
Um é seu marido outro é seu namorado
Mas cuidado moço, eu vou te falar qual é
É mulher de Tranca Rua e amante de Seu Zé
Mas ela é linda, ela é linda demais
Maria Padilha é mulher de Satanás
Não mexa com ela, ela não mexe com ninguém
Ela é ponta de agulha, quando mexe, mexe bem
Ponto Cantado 34:
Oh Padilha Padilha
Tô lhe chamando (bis)
Padilha tem mau costume
Ela bate com pé e sai andando
Ponto Cantado 35:
Na família de pombo gira Só não entra quem não quer Na família de pombo gira Só não entra quem não quer É Maria Padilha, é Maria Mulambo É Maria Farrapo, é Maria Mulher É Maria Padilha, é Maria Mulambo É Maria Farrapo, é Maria Mulher
Ponto Cantado 36:
Maria Padilha, soberana da estrada, Rainha da encruzilhada, e também do candomblé, Suprema é uma mulher de negro, Alegria do terreiro, seu feitiço tem axé, Mas ela é, ela é, ela é, ela é, A Rainha da Encruza, a mulher de Lúcifer.
Ponto Cantado 37:
Vocês tão vendo aquela bruxa parada
Aquela bruxa sentada
Aquela bruxa em pé
Mas ela é maria Padilha
Rainha da feitiçaria
Ponto Cantado 38:
São dois amores, são duas paixões
Todas essas duas moram no meu coração
Sem Maria Padilha, eu não sei viver
Mas sem Dona Figueira, acho até que vou morrer
A História de Maria Padilha na Umbanda
No vídeo à seguir, você poderá conferir a história de Maria Padilha contada por Kélida Marques, psicanalista e espiritualista.
Ela é dona de um dos principais canais de espiritualidade do YouTube, com mais de 1 milhão de inscritos. O vídeo abaixo é da participação de Kélida Marques no INTELIGÊNCIA LTDA.
Muitas são as versões de histórias contadas sobre a vida de Maria Padilha, a pomba gira mais conhecida das religiões afro-brasileiras, mas podemos afirmar que a história acima, contada por Kélida Marques, seja a que mais se aproxima da real história de vida de Maria Padilha pelo contato direto que esta médium possui com a entidade.
Mas há histórias mais conhecidas do que esta apresentada por Kélida Marque e que podem ser encontradas nos romances espanhóis.
E todas essas histórias de desamor e matrimônio que uniram uma rainha, um rei e sua amante, contadas por inúmeras pessoas apenas reforçaram o poder de Maria Padilha.
Maria Padilha morreu antes do Rei de Castela e este fez seu velório e enterro como de uma grande rainha, a causa de sua morte foi por peste negra e foi sepultada nos jardins de seu castelo.
Posteriormente à sua morte, e mais que por castigo de Jesus e por mando do Rei das Encruzilhadas, permanece na Terra e confins, comandando a sua quadrilha de mulheres e exus para todos os tipos de trabalhos.
Maria Padilha, a mando do Rei das Encruzilhadas, foi convocada para comandar a sua falange de Pombas Giras e Exus, permanecendo como Rainha da Espanha, mas agora como Pomba Gira no Brasil, sendo encontrada na Umbanda, Quimbanda e Candomblé.
Maria Padilha passou assim de esposa-amante do rei a “padroeira” das feiticeiras, um espírito poderoso, mau e infernal, suscitando paixão e devoção.
Maria Padilha, rainha castelhana que com o tempo se transformou na mais venerada “deusa” do amor no Brasil e também, por ter protagonizado uma história de amor desaprovada em sua época, em uma diva que se tornou a personagem, durante os séculos posteriores, de romances, peças de teatro, lendas e óperas.
A visão de uma mulher fatal e cruel que arrasta a Pedro, sempre hipnotizado por Maria Padilha, também deixou sua marca nas histórias, lendas e letras das baladas populares.
Maria Padilha pode te ajudar se você entregar à ela o que ela gosta, pois ela é uma das principais entidades da esquerda na Umbanda e no Candomblé, uma Exu Mulher, uma pomba gira de grande força e de muita procura pelos consulentes.
É muito procurada nos terreiros de Umbanda para as questões amorosas, para amores mal resolvidos, além de ajudar com amores correspondidos, mas que estão complicados, onde questões de bem e de mal são irrelevantes, como podemos notar no trecho de um ponto cantado:
Ela é Maria Padilha De sandalinha de pau Ela trabalha para o bem Mas também trabalha para o mal
Sempre se diz que quem é amigo de Maria Padilha alcança todos os seus favores, mas quem é seu inimigo corre sério risco.
Em decorrência, é muito frequente, entre os adeptos, atitudes de medo e respeito para com Maria Padilha, mesmo quando dela não se pretende qualquer favor, como podemos perceber neste ponto cantado:
Quem não me respeitar Oi, logo se afunda Eu sou Maria Padilha Dos sete cruzeiros da calunga Quem não gosta de Maria Padilha Tem, tem que se arrebentar Ela é bonita, ela é formosa Oh! bela, vem trabalhar.
A Maria Padilha, cultuada nos candomblés e umbandas, é uma personagem muito popular no Brasil. Na umbanda formada nos anos 30, à partir do encontro de tradições religiosas afro-brasileiras com o espiritismo kardecista francês, Maria Padilha faz parte do panteão de entidades que trabalham na “esquerda”, isto é, que podem ser invocadas para “trabalhar para o mal”, em contraste com aquelas entidades da “direita”, que só seriam invocadas em nome do “bem”.
Por influência kardecista na umbanda, Maria Padilha é o espírito de uma mulher (e não o orixá) que em vida teria sido uma prostituta ou cortesã, mulher de baixos princípios morais, capaz de dominar os homens por suas proezas sexuais, amante do luxo, do dinheiro e de toda sorte de prazeres.
Embora conserve do candomblé a veneração dos orixás, a umbanda, religião que desenvolveu e sistematizou o culto à Maria Padilha como entidade dotada de identidade própria, é uma religião centrada no culto dos caboclos e pretos velhos, além de outras entidades.
A umbanda, entretanto, dispõe de vasta bibliografia também sobre Maria Padilha que, como praticamente todas as entidades que baixam nos terreiros de umbanda, sempre vem para trabalhar, isto é, ajudar através da magia a quem precisa de ajuda e vai em busca dela.
A umbanda praticamente eliminou o sacrifício ritual, por isso Maria Padilha tem sua “dieta” limitada aos seguintes alimentos: farofa de farinha de mandioca com azeite de dendê e pimenta, que é o padê, comida predileta de Exu; farofa de farinha de mandioca com mel; aguardente, vinho branco ou champanhe (cidra, uma espécie de champanhe barata feita de maçã); carne crua com azeite de dendê e pimenta; farofa com carne-seca desfiada e pimenta; coração de boi assado na brasa, com sal e pimenta.
Na umbanda, a oferenda de alimento preferencialmente vai para um lugar fora do terreiro (encruzilhada, praia etc.), mas no candomblé as comidas são depositadas ao “pé de Maria Padilha”, isto é, junto às suas representações materiais compostas de boneca de ferro (geralmente com chifres e rabo, como o diabo), tridentes arredondados de ferro, lanças de ferro e correntes (elementos presentes também nos pontos riscados), representações que permanecem guardadas, longe dos olhos dos não iniciados, nas dependências reservadas para o culto de exu.
Nos terreiros de umbanda e nos candomblés que cultuam as formas umbandizadas de exu, a concepção mais generalizada de Maria Padilha é de que se trata de uma entidade muito parecida com os seres humanos.
Nem é de se estranhar que tenha sido a umbanda que melhor desenvolveu essa entidade, pois foi a umbanda, como movimento de constituição de uma religião referida aos orixás e aos pactos de troca homem-divindade e ao mesmo tempo preocupada em absorver a moralidade cristã, que separou o bem do mal, sendo portanto, obrigada a criar panteões separados para dar conta de cada um.
Características de Maria Padilha na Umbanda
Maria Padilha é a consorte de Exu, que é o mensageiro dos Orixás no Candomblé, considerada a pomba gira dos 7 reinos.
Dessa forma, isso significa que ela é uma entidade espiritual com diversas características peculiares, como charme, encantos e a fama de feiticeira.
Algumas características e preferências de quem tem a entidade são: sensualidade natural, preferência por cores como o vermelho e o preto, entre outras.
Dependendo do tipo de Maria Padilha que se manifesta, pode ter características particulares, embora em geral existam algumas características comuns.
Algumas representações de Maria Padilha mostram essas características como um ser promíscuo e falante.
Maria Padilha das Almas na Umbanda
Maria Padilha das Almas é uma das principais entidades da umbanda e do candomblé, repleta de amor, oferece ajuda para concretizar relacionamentos para pessoas que sofrem de paixões não recíprocas.
É integra e firme quando assume um papel importante, não fugindo das responsabilidades; possui características como persistência, força e coerência, ao mesmo tempo em que é suave e meiga.
Dentre as características de Maria Padilha das Almas, podemos destacar que ela é pura beleza, emana muito charme, passa confiança à todos os que procuram por ela.
Maria Padilha das Almas é conhecida, também, por ajudar, em momentos de necessidade, as mulheres que precisam de alguém que possa colaborar com problemas sexuais ou férteis.
Essa entidade recebe seus trabalhos, despachos ou oferendas tanto no Cruzeiro do cemitério, quanto nas encruzilhadas — isto só caberá a Maria Padilha das Almas decidir.
Maria Padilha das Almas tem um caráter marcante, bem mais forte e autoritária que as outras entidades que trabalham regularmente com ela.
Maria Padilha das Almas se veste de vermelho, preto e branco, gosta de joias, é associada à caveiras, rosas, tridentes e crucifixos e, em suas imagens, é sempre representada com uma mão na cintura e a outra segurando a barra da saia ou vestido.
Pontos Cantados de Maria Padilha das Almas
Ponto 01:
Este ponto cantado é da Aldeia dos Caboclos e fez parte do álbum 6° Festival de Curimba. É um ponto de autoria de Wilson Zarpa e com interpretação de Eduardo Silveira e Wilson Zarpa através do grupo Curimba Nostalgia da Umbanda.
Letra do Ponto:
Avistei uma linda mulher de vestido negro, Cheirosa e charmosa Me tirou a tristeza do peito, falou filho de umbanda, por favor, não chora Ela disse que iria levar as infelicidades que eu tenho na vida Mas quando perguntei o seu nome sorrindo ela disse, Padilha
Padilha, Maria Padilha das almas Padilha, Maria Padilha das Almas Tenho pena daqueles que pensam que essa Pombo Gira Pratica a maldade Faça a ela também seu pedido, mas faca com fé Nunca por vaidade Me rendi aos encantos da moça, confesso que estou enfeitiçado E por isso que eu peco a Padilha todos os dias para Estar ao meu lado
Agradeço a essa Pombo Gira por toda bondade que ela me deu Pois sem mesmo fazer um pedido, a sua ajuda me ofereceu E é por isso que trago no peito a essa moca toda gratidão E você por ter certeza que ela faz morada no meu coração
Ponto 02:
Este ponto cantado foi composto por Monique Moura e Leandro Pedroso do canal Umbanda Verso e Prosa e, no vídeo abaixo, você vai escutá-lo na voz de Juliana D Passos e com Ogã Ninho de Iansã (Nilton Dias) no atabaque.
Letra do Ponto:
Laroiê, Dona Maria Padilha das Almas!
É noite, rosa perfuma a madrugada
Cabelo ao vento, enluarada
Lá no cruzeiro sua essência floresceu
Divina dona, da luz que nunca se apaga
Guardiã das santas almas, mensageira de Oyá!
Mas ela é
Ela é a moça formosa
Lição de vida, dona dos caminhos meus
Minha rainha, laroyê minha senhora
Salve Maria Padilha
Força da mente, corpo e alma
Minha rainha, laroyê minha senhora
Salve Maria Padilha
Força da mente, corpo e alma
Poderosa pombo gira, sol do meu amanhecer
Saravá Maria Padilha
É ganga, é ganga, é laroyê
Poderosa pombo gira, vem nos ventos de Oyá
Guardiã da minha vida
É ganga, é ganga, é mojubá!!
Oh, Poderosa pombo gira, sol do meu amanhecer
Saravá Maria Padilha
É ganga, é ganga, é laroyê
Poderosa pombo gira, vem nos ventos de Oyá
Guardiã da minha vida
É ganga, é ganga, é mojubá!!
Beijo e aquele axè!
Ponto 03:
Esse ponto de Maria Padilha das Almas vem direto do canal Pontos de Umbanda.
Letra do Ponto:
Abre essa cova Quero ver tremer Abre essa cova quero ver balancear Maria Padilha das almas O cemitério é o seu lugar É na Calunga que a Padilha mora É na Calunga que a Padilha vai girar
XV Festa em Homenagem à Maria Padilha das Almas Realizada em 31.07.2015
História de Maria Padilha das Almas
Conheça história de Maria Padilha das Almas que, em vida, teve sua encarnação marcada na entrega de um grande amor não correspondido.
Assista o vídeo abaixo para entender tudo o que passou e em espirito superou todos os dessabores que vivera em sua ultima reencarnação
Atenção: Psicografia recebida pela Médium Drika através de sua entidade Maria Padilha das Almas.
Maria Padilha é uma entidade bonita e feminina que, em vida, sagrou-se como a única esposa de Dom Pedro I de Castela, tornando-se a legítima rainha e exercendo seu poder e influência mesmo depois de morta.
Seus pontos cantados costumam contar ou relembrar sua história e seu nome remete à uma das mais populares pombas giras, considerada o espírito de uma mulher muito bonita, branca, sedutora, e que em vida também teria sido prostituta grã-fina ou influente cortesã.
Há livros que contam sua história como amante do Rei de Castela e, inclusive, historiadores vasculham romances e documentos à fim de construir a trajetória de Maria Padilha, que parte desde lugares desconhecidos ou que não existem mais à cidades europeias e africanas, até chegar aos terreiros brasileiros.
Não existem provas de que Maria Padilha é o espírito da amante do rei de Castela que se manifesta nos terreiros de umbanda e candomblé, mas isso é algo que pouco importa, principalmente aos seguidores dessas religiões.
Maria Padilha nos Terreiros
Muitos terreiros de candomblé incluíram o culto às pombas giras, como Maria Padilha, por força de adeptos convertidos da umbanda, mas na Bahia, onde a umbanda não tem muita expressão, as “Padilhas” também estão presentes.
A entidade afro-brasileira Maria Padilha também é conhecida por dama da madrugada, rainha da encruzilhada e senhora da magia e, alguns dizem não se tratar de uma entidade somente, mas sim de uma falange ou agrupamento de pombas giras, que também são chamadas de inzilas, pertencente ao sincretismo das religiões afro-brasileiras umbanda e da quimbanda.
E ainda existem as sub-falanges, que são diversas, mas dentre as mais populares podemos encontrar:
Maria Padilha do Cruzeiro das Almas – Linha de Omolu-Obaluaê/Iansã
Maria Padilha da Encruzilhada – Linha de Ogum
Maria Padilha do Cemitério – Linha de Omolu-Obaluaê
Maria Padilha da Calunga – Linha de Oxum/Iemanjá
Maria Padilha das Sete Catacumbas / Sete Tumbas – Linha de Omolu-Obaluaê
Maria Padilha da Navalha – Linha de Oxum
Maria Padilha das Sete Saias – Linha de Oxum
A História de Maria Padilha
Maria Padilha é considerada a feiticeira das pombas giras e é a pomba gira mais procurada nos terreiros. Assim, vale a pena conhecer melhor a história de Maria Padilha.
Maria Padilha pertenceu a uma família castelhana, os Padilla, e seu nome foi eternizado em brasão posteriormente a sua morte.
Através da história da Maria Padilha, é possível perceber que ela não era uma mulher qualquer. Com fama de feiticeira, muitas fontes afirmam que ela teria se utilizado de fortes feitiços para conquistar o coração de D. Pedro I.
Diz-se que, junto de uma árvore, Maria Padilha teria deixado um feitiço de amor feito com um espelho, através do qual o Rei se olhou e, enfeitiçado, se rendeu à paixão da jovem moça.
A história de Maria Padilha foi circundada por esse caso de amor que acompanha a sua história até como pomba gira. D. Pedro I abandonou sua esposa Dona Blanca para viver sua história com Maria Padilha, sendo perseguido por opositores em seu Reinado.
Depois de mandar sua esposa para a prisão – alguns dizem que por um feitiço armado por Maria Padilha – o Rei assume seu casamento até então clandestino com Maria de Padilla.
A força da falange de Maria Padilha está ligada ao seu apego à matéria e ao seu grande amor. Maria Padilha é chefe de falange na linha de Exu, atuando como Exu-Mulher lado a lado de Exus homens.
Poderosa em seus feitiços de amor, dentro de terreiros, onde é rainha, Maria Padilha comanda os feitiços e consola aqueles que perderam um grande amor.
Quando perguntada pelo seu nome, quase sempre se denota como Rainha Maria Padilha, e adora festejar. Mas, em outras ocasiões, pode dar seu nome completo: Maria Padilha de Castela.
Quem é Maria Padilha?
Para alguns, Maria Padilha é apenas uma figura pertencente ao imaginário e conjuros de mulheres degredadas. Para outros, Maria Padilha é uma entidade da Linha de Esquerda, com a qual nem toda casa de Umbanda trabalha/va (ou pelo menos não reconhecia), pois a Umbanda é fruto do cruzamento entre Kardecismo e Catolicismo Popular, onde há uma separação entre bem e mal em reprodução da moralidade vigente no começo do século XX, época da criação da Umbanda, e cuja entidade foi considerada do mal.
Maria Padilha e toda a Linha de Esquerda, onde seus companheiros principais são os Exús e Seu Zé Pelintra, também trabalham na Quimbanda, tida frequentemente como magia negativa.
Maria Padilha é a maior representante das pombas giras e, muitas vezes, é vista como uma senhora de uma feminilidade demoníaca, vulgar e sexualmente indomável.
Isso quer dizer que, além de ser chefe de terreiro, sua figura articula uma dualidade que forja em nós tanto a celebração da liberdade erótica como também o estereótipo que a considera vulgar, depravada e perigosa, digna de castigos da violência física, moral e social, como se fosse uma diaba.
O espelho é uma das ferramentas de magia de Maria Padilha e o que anuncia a sua manifestação, o que abre a porta para a sua chegada, é uma sonora e particular gargalhada.
Maria Padilha vem gargalhando e gingando, pra todo mundo ver sua liberdade, e ela vem fazer justiça… Maria Padilha abriu a porteira para uma falange de Moças (alcunha que as pombas giras gostam de ser chamadas): Rosa Vermelha, Rosa Caveira, Maria Navalha, Sete Saias, Maria Molambo, Maria Quitéria… e muitas mais.
Maria Padilha, Rainha de Castela, era versada em magia e está enterrada na Capela dos Reis, cuja visitação é proibida, e sua memória está apagada, ou ao menos reduzida a amante assassina, na própria cidade onde viveu.
Mas a conexão com esta entidade é muito conhecida nas Macumbas, Umbandas e Quimbandas. Prova disso é sua manifestação constante no Nordeste e principalmente no Rio de Janeiro, nas chamadas Macumbas Cariocas, onde fez amplo reinado como mestra e doutora em assuntos do amor mundano e do feminino.
E vem mostrando muitas faces, pois é senhora de limiares e guarda mistérios de todas as vibrações – os reinos do Amor, da Justiça, da Lei, da Geração, da Evolução e da Fé, segundo uma das codificações da Umbanda.
Curiosidade:
Viviane Araújo como Maria Padilha
Em 2016, durante o ensaio técnico da Acadêmicos do Salgueiro, entre os preparativos Carnaval, a atriz Viviane Araújo, rainha de bateria da escola de samba, se vestiu como Maria Padilha, causando muita repercussão e alguns episódios de intolerância religiosa nas redes sociais.
A Imagem de Maria Padilha na Umbanda e no Candomblé
A pomba gira Maria Padilha tem uma imagem muito semelhante tanto na Umbanda quanto no Candomblé. Em ambas as religiões, Maria Padilha é representada por uma mulher branca, de cabelos escuros, de porte altivo e poderoso.
Aparece maquiada, com vestidos longos nas cores preto e vermelho e, muitas vezes, com coroa de rainha e tridente. Em algumas imagens, ela carrega inclusive uma capa nas mesmas cores de seu vestido.
No entanto, ela também pode ser representada seminua, mas ainda assim demonstrando altivez e elegância. Caveiras também podem ser vistas em imagens que representam Maria Padilha, assim como representações em pele morena.
Pomba Gira Maria Padilha, Farrapo, Mulambo e Cigana – Filhos de Maria 1° Festival Tambores de Angola
Confira no vídeo à seguir as performances das pombas giras Maria Padilha, Maria Farrapo, Maria Mulambo e Cigana no Filhos de Maria 1º Festivel Tambores de Angola.
Esta oração aos ciganos de Umbanda pode ser feita para evocar estas entidades como forma de atrair alegria e a resiliência.
Que a falange bendita dos Ciganos da Umbanda esteja sempre presente, colorindo nossas vidas sob as bênçãos de Santa Sara.
E que, além disso, sejamos também alegres durante o dia e inspirados durante a noite, para que possamos cumprir com nossas obrigações com coragem e força.
E que, assim, sejamos capazes de ultrapassar todas as intempéries com a resiliência e a indomável força de nossos protetores Ciganos.
A Linha Cigana da Umbanda, muito confundida com a Linha de Esquerda de Exus e Pombas Giras, tem culto diferenciado.
A Linha Cigana da Umbanda é uma linha de direita que não possui assentamentos, como os Exus, Pombas Giras e Mirins, que pertencem a linha de esquerda.
Os espíritos da linha de direita possuem alto grau de evolução, como é o caso dos Pretos Velhos, Boiadeiros, Caboclos, Marinheiros, e os Ciganos e Ciganas da Umbanda.
Devemos diferenciar também alguns Exus e Pombas Giras que tem nome cigano, como é o caso da “Pomba Gira Cigana das Almas”, mas que continua a ser uma Pomba Gira a trabalhar na linha de esquerda.
As Ciganas e Ciganos da Umbanda são entidades protetoras que trabalham muito bem na vibração do amor, da caridade e evolução, e aceitam oferendas em qualquer dia da semana.
Os Ciganos da Umbanda utilizam como firmeza taças com bebidas doces, champanhe, perfumes, joias, flores do campo, cigarrilhas suaves, frutas doces, e elementos da linha dos ciganos do oriente, como pedras e cristais, que são sempre associados aos quatro elementos: terra, ar, fogo e água em seus trabalhos espirituais.
Suas cores são claras e leves, como o rosa claro e azul turquesa, e raramente usam preto, que é cor do luto entre os ciganos.
Isso vale para suas roupas e velas. São trabalhadores espirituais que atuam com valiosas contribuições para a evolução de seus assistidos.
Sempre prontos a acolher, esse queridos “encantados” nos trazem uma vibração de conforto e bem estar, para que possamos prosseguir fortificados com a abençoada energia cigana.
10 Dicas do Culto aos Ciganos da Umbanda
Para cultuar os ciganos da umbanda, é necessário saber as preferências dessas entidades nos rituais. O culto aos Ciganos da Umbanda é cheio de mistérios e poder.
Veja, abaixo, 10 dicas para você cultuá-los corretamente:
Dia da semana no culto aos ciganos: todos os dias
Comemoração anual: 24 e 25 de maio
Velas: laranja, rosa, vermelha, 7 cores, branca, azul, todas de tons claros são bem aceitas pelos ciganos.
Cores: Tons claros de azul, rosa, verde, lilás, vermelho, amarelo.
Bebidas: vinhos doces, champanhe, água, sangria (vinho com mel, frutas), chás, etc.
Oferendas: frutas doces, doces finos variados, perfumes doces e marcantes, castanhas e nozes.
Flores: girassol, rosa branca, rosa champanhe, flores do campo em geral.
Ervas e raízes: camomila, hortelã, manjericão, canela, louro, alfazema, etc.
Ciganos do Oriente: trabalham com cristais, pedras preciosas, ouro e prata, etc. Dominam o Baralho Cigano, a Quiromancia (leitura de mãos), etc..
Pontos de energia na natureza: praças, jardins, praias, matas, cachoeiras, podem receber oferendas em todos os ambientes, exceto em cemitérios e encruzilhadas.
Dicas para Cultuar os Ciganos em sua Casa
Os espíritos ciganos vão trazer melhorias a sua vida. Cultue em qualquer cômodo de sua residência de acordo com sua necessidade, evitando banheiros.
Pode acender velas aos ciganos em qualquer dia, mas as sextas-feiras e sábados são os melhores dias.
👉 Acenda uma vela amarela ou dourada e peça aos ciganos para afastarem os estados depressivos e as amarguras de sua vida.
👉 Se precisa de mais dinheiro e prosperidade, abertura para novo emprego ou aumento de salário, acenda uma vela verde e peça aos ciganos com fé!
👉 Para quebrar energias pesadas e revigorar a fé, acenda uma vela azul clara ou dourada.
👉 Para melhorias na saúde, acenda uma vela branca ou prateada e coloque em volta da vela um pouco de sal (grosso ou fino).
Oferendas para as Ciganas
As oferendas para as ciganas devem ser feitas e entregues com o maior capricho possível. Não precisam ser caras, mas devem ser bonitas.
As cores e o material usado variam muito, dependendo da entidade e do objetivo do trabalho. Nas oferendas em geral, costuma-se forrar o local aonde será assentada ou entregue com um pedaço de tecido, folhas de vegetais ou folhas de papel de seda.
Alguns materiais usados em oferendas para diversos fins são:
Bolos com especiarias (nozes, castanha, açúcar mascavo)
Cereais (lentilha, grão de bico, arroz) cozidos.
Mel
Velas (variando a cor e a forma)
Incensos
Moedas
Cristais (pedras)
Vinho tinto ou branco
Ponche de frutas
Suco de frutas
Chás aromáticos
Água mineral
Adornos femininos (pulseiras, brincos e colares)
Leques
Castanholas
Xales
Véus
Lenços de cabeça, se possível enfeitado com moedas
Perfumes
Baralhos ciganos
Imagens ciganas
Cigarrilhas – cigarros ou charutos
Fumo
Fitas coloridas
Pós de magia e defumadores
Além de ingredientes específicos pedidos pela entidade. Naturalmente que não serão utilizados todos esses materiais ao mesmo tempo, na mesma oferenda, mesmo porque cada tipo de trabalho usa ingredientes específicos.
As oferendas podem ser de solicitações ou agradecimentos. As oferendas de solicitações podem ser para amor, saúde, prosperidade, harmonia entre pessoas, abandono de vícios, estudos, viagens, proteção e abertura de caminhos em geral.
As oferendas de agradecimento, como já diz o nome, são feitas em retribuição a uma graça. Nenhuma entidade é obrigada a atender pedidos e conceder favores e benefícios que não temos o merecimento de receber.
Mesmo que tenhamos o mérito para tal, em alguns casos, o momento não é adequado. Se você quer oferecer um agrado aos amigos espirituais ciganos, oferte flores, velas e frutas para as ciganas, e cravos, velas e frutas para os ciganos.
Não precisa gastar muito, ofereça uma linda maçã, uma vela branca (pode ser amarela para prosperidade, verde para saúde, rosa para o amor, azul para harmonia), uma rosa (as cores têm a mesma função das cores das velas), uma embalagem de 500 ml de água mineral (abra e coloque num copo) e o restante derrame em volta da oferenda.
Não esqueça de acender a vela. A rosa deve ser aberta, não ofereça rosas em botão. Alguns ingredientes devem ser ofertados em enorme quantidade, amor, fé, respeito e confiança.
Faça seu pedido com muita energia. Não faça pedidos de amarração para ciganos – peça amor e não uma pessoa específica.
Entregue num jardim ou praça, preferencialmente antes de anoitecer. Nunca entregue as oferendas para ciganos em encruzilhadas ou cemitérios.
Nunca peça o mal para ninguém, mesmo que ache justo. Ciganos não trabalham nessa vibração.
Santa Sara Kali é a santa protetora do povo cigano. Ela está presente tanto na Umbanda quanto na Igreja Católica. Na Umbanda, porque está ligada diretamente ao povo cigano e, por isso muitos terreiros à saúdam e homenageiam.
Na Igreja Católica, porque foi canonizada em 1712. A canonização é o ato solene de, após cumpridos regras e rituais prescritos pela Igreja, (o papa) declarar o indivíduo falecido inscrito no catálogo dos santos, concedendo-lhe culto irrestrito.
De modo geral, Santa Sara é vista como a “Princesa da Beleza Negra” e, nas suas imagens, podemos vê-la vestida nas cores azul, rosa, branco e dourado.
Muitos acreditam que nos olhos de Santa Sara é possível encontrar a força de Deus, da mãe, do amor, da irmã, da mulher e das mãos e a energia, o sorriso, a magia do toque e a paz.
A história de Santa Sara conta que as ciganas que não conseguiam ter filhos faziam promessas a ela para que engravidassem, mas muitas são as lendas em torno desta santa.
A mais comum conta que Maria Madalena, Maria Jacobina, Maria Salomé, José de Arimatéia e Trofino, junto com Sara, uma serva, foram atirados ao mar, numa barca sem remos e sem provisões.
Desesperadas, as três Marias puseram-se a orar e a chorar. Neste momento, Sara retira o diklô (lenço) da cabeça, chama por Jesus Cristo e promete que, se todos se salvassem, ela seria escrava de Jesus e jamais andaria com a cabeça descoberta em sinal de respeito.
Milagrosamente, a barca sem rumo e à mercê de todas as intempéries, atravessou o oceano e aportou com todos salvos em Saintes-Maries-de-La-Mer.
Sara cumpriu a promessa até o final dos seus dias. Atualmente, as pessoas fazem todo tipo de pedido para Santa Sara, pois ela possui a fama de atender todos os que tem verdadeira fé.
Santa Sara é a santa dos desesperados, dos ofendidos e dos desamparados. Dentro da Umbanda, há muitas linhas de trabalho que nos ajudam em diversas causas, entre elas está a linha dos Ciganos, que, com sua sabedoria e amizade, vem nos ajudar em causas espirituais ou pessoais que nos afligem nos dias de hoje, por isso os umbandistas cultuam Santa Sara.
Sabendo-se que os Ciganos admiravam muito Santa Sara Kali, a tradição de homenagear essa linda “Princesa Negra” cresceu também por entre a religião Umbandista, pois dentro da Umbanda se tem um grande respeito pelo povo Cigano e por suas magias.
Ciganos na Umbanda são espíritos desencarnados de homens e mulheres que pertenceram ao povo cigano. Dentro da Umbanda, trabalham para o progresso financeiro e para as causas amorosas e se tem, muitas vezes, um desacordo entre o entendimento no que se refere a Ciganos e Ciganas do Oriente e Exús Ciganos e Pombo Gira Ciganas.
Na verdade, tanto os Ciganos ditos do Oriente quanto os Ciganos ditos das linhas de esquerda (Exús e Pombo Giras) tiveram em suas vidas terrenas a mesma concepção regrada pelos preceitos ciganos, contudo, os que chamamos, hoje, dentro da Umbanda, como os “Ciganos do Oriente”, referem-se aos Ciganos que, por toda a vida encarnada se fizeram membros de um clã, sem abandonar esse grupamento, vivendo assim toda a encarnação dentro dos preceitos desse clã, e os que conhecemos dentro da Umbanda como “Exús Ciganos” e Pombo Gira Ciganas”, numa determinada época, abandonaram esses clãs e se aventuraram a conhecer outras culturas e outros povos, aprendendo assim a não seguir somente as regras de um determinado clã.
O Povo Cigano dentro da Umbanda, independente de virem dos preceitos dos clãs ou fora deles, é um povo caridoso que devemos respeitar e sentir orgulho quando esses nos tornam protegidos e guardados por eles.
Curiosidades
Egunitá, orixá do fogo, é sincretizada com Santa Sara Kali, padroeira dos povos ciganos.
Nos dias 24 e 25 de Maio, acontece, no mundo todo, as comemorações a Santa Sara e, na França, em Saintes Maries de La Mer, fica o principal ponto de culto de Santa Sara Kali.
Santa Sara é representada como uma mulher de pele negra ou mulata, trazendo sobre a cabeça o seu famoso lenço, símbolo de sua pureza e consagração a Deus, diferente da representação de Kali hindu, deusa da morte do ego, considerada a esposa do Deus Shiva em algumas culturas.
A novela Velho Chico, da Rede Globo, trouxe para seu enredo a personagem Iolanda, interpretada por Cristiane Torloni, e que, segundo a trama, era uma cigana devota de Santa Sara Kali.
Tanto Egunitá, como Santa Sara Kali e Deusa Kali indiana são divindades manifestadoras da liberdade, da força e da intensidade.
Na Idade Média, devido ao culto e a adoração dos ciganos, povo dito pagão e feiticeiros pelo clero, Santa Sara, santificada pela Igreja, foi banida do panteon romano. Daí o termo “Santa Negra” ou “Santa de Pagãos”, com referência à prática de magias ocultas.
É como santa católica que o povo cigano cultua Santa Sara, e não em rituais.
No Brasil, Santa Sara divide a preferência dos ciganos brasileiros com Nossa Senhora Aparecida. Os ciganos brasileiros adoram Nossa Senhora de Aparecida, talvez por causa de sua cor, e muitos a equiparam à Santa Sara Kali.
Dizem que as pessoas de bom coração conseguem ver o sorriso na estátua de Santa Sara.
A imagem de Santa Sara fica na cripta da igreja de Saint Michel, onde estariam depositados seus ossos.
Os ciganos na Umbanda são uma linha de entidades (espíritos) que trabalham em terreiros, porém foi apenas início da década de 1990 que os ciganos passaram a ser reconhecidos como uma linha de trabalho própria.
Felizmente, hoje, o culto está mais difundido e conhece-se mais sobre essas entidades, com algumas casas de Umbanda tendo um ou mais dias específicos para o culto aos espíritos ciganos.
Os ciganos, em geral, têm seus rituais específicos e cultuam muito a natureza, os astros e os ancestrais. Os ciganos, dentro da ritualística umbandista, falam a língua “portunhol“; alguns poucos falam o romanês, língua original dos ciganos.
No livro “O Livro da Esquerda na Umbanda” (p 87), a autora traz uma divisão em seis principais etnias que se manifestam tanto na linha própria dos ciganos como também na linha do Oriente, são elas:
Ciganos Árabes: Os ciganos árabes são provenientes do Norte da África, do Egito e de diversos países do Oriente Médio. Há pouca informação e conhecimento sobre alguns ciganos dessa linha, pois os mesmos não querem que seus conhecimentos caiam em mãos de pessoas mal intencionadas.
Ciganos Ibéricos: Os ciganos ibéricos, ou Calon, são provenientes da Espanha e de Portugal, conhecidos como gitanos. Os ciganos Calon eram nômades e bons comerciantes de cavalos, joias e outros artefatos brilhantes que pareciam ouro.
Família Real Cigana: Esse é um dos grupos ciganos que se tem pouco ou nenhum registro sobre suas histórias, seus costumes e suas práticas, o que os tornam mais misteriosos.
Ciganos do Leste Europeu: A origem dos ciganos do Leste Europeu se deu com a língua romani, migrando para outros países da Europa e das Américas, no século XIX. Esses ciganos ainda possuem subgrupos presentes no Brasil, que são os Kalderash, Matchuai, Lovaria, Curara e Rudari, todos devotos de Santa Sara Kali.
Ciganos Latinos: Os ciganos latinos são o povo com menor evolução espiritual, mas que tem conhecimento da realidade brasileira e mais liberdade quando à moral e às tradições ciganas.
Ciganos Expurgos: Ciganos expurgos, normalmente, são aqueles que não são reconhecidos como ciganos pelo próprio povo ou que foram tardiamente adotados por famílias ciganas ou que se casaram com um cigano, passando a viver com a família dele.
Nota-se, nos terreiros de Umbanda, uma maior vinda de ciganos ibéricos, latinos e expurgos. Os ciganos, na Umbanda, passaram a se identificar com os toques dos atabaques, com os pontos cantados em sua homenagem e algumas oferendas.
Na Umbanda, os ciganos atuam visando o progresso financeiro e resolver causas amorosas, manifestando-se sempre de forma alegre, festiva e cheia de música.
O povo cigano também tem as suas comemorações ao redor do mundo. Os dias 24 e 25 de maio – dias em que prestam-se homenagens no mundo todo à Santa Sara Kali, padroeira do povo cigano – foram instituídos como o Dia Nacional dos Ciganos no Brasil.
Podemos dizer que o Povo Cigano passou a conquistar níveis na espiritualidade, dando abertura para o seu grupo trabalhar como linha de Umbanda, há muito pouco tempo, e eles vêm para reavivar no ser a cultura de liberdade no sentido mais prático do termo, que está presente no caráter nômade de determinados povos.
Aquele povo que tinha uma relação com a natureza, que é uma religião natural e que conhecemos como paganismo, agora foi convertido em uma linha de Umbanda.
Devido a forma de entender a vida, o Povo Cigano faz do seu atendimento um bálsamo pra alma, e eles trazem a manifestação do uso do livre arbítrio para dentro do terreiro.
Há alguns anos atrás, não se tinha gira de ciganos, mas sim ciganos incorporados em giras de esquerda, de boiadeiro, de baianos e etc. e foi graças à seriedade dos seus trabalhos, à simpatia que conquistaram junto aos frequentadores dos terreiros, aos seus profundos conhecimentos magisticos e orientações sábias, que os ciganos ganharam uma linha própria, na qual se apresentam com seus clãs do astral e com sua hierarquia.
A linha dos ciganos, traz em sua mensagem o ímpeto pelo desapego, pela liberdade, pelo amor e pela alegria de viver. E é preciso ressaltar que Linha de Ciganos não é Linha do Oriente.
A Linha de Ciganos não corresponde a um grau evolutivo e sim a uma tendência de espíritos (de cultura nômade/arquétipo cigano) que se organizaram e ascenderam formando suas hierarquias.
Existem ciganos de diversas etnias e esse conceito a linha cigana traz muito forte em sua manifestação. A liberdade de crença e a mística sincrética dos oráculos ciganos, tal como as cartas, a quiromancia, o oráculo de moedas, as runas etc, são o maior símbolo da fusão de credos dos ciganos.
No atendimento dos ciganos, não é frequente o manejo com trabalhos mais densos, como quebra de demandas, por exemplo. Antes de se fincarem como linha de Umbanda, essas entidades já apontavam em alguns terreiros e, hoje, passam a se manifestar, dentro da Umbanda, de maneira mais ordenada.
De acordo com essas entidades da Umbanda, se você se encontra numa situação ou num lugar em que não está feliz, você tem que se rebelar e romper com isso, porque você é livre.
O povo cigano é um exemplo de força e empatia, mas é preciso ressaltar que nem todas as pessoas ciganas virarão guias espirituais ciganos, pois a cultura particular desse povo não tem relação alguma com a religião de origem cultural afro.
Esse povo acredita e cultua o amor incondicional e a proteção da natureza. Sua saudação é OPTCHÁ – que significa Salve! – ou também “Saravá Povo da Rua”.
E, quando evocados, o povo cigano chega com suas danças, sua alegria, e a fé que contagia a todos que estão por perto. Os guias ciganos tem um comportamento livre, olhares imponentes e firmeza de pensamentos necessária para quem compreende o que realmente é essencial na vida.
Muito próximos dos sentimentos humanos, a Linha dos Ciganos, na Umbanda, trabalha tanto na direita quanto na, portanto são seres de luz, mas são seres que passaram por esse mundo tomando consciência de como a corrente do Universo leva os instintos dos homens, o que os tornam importantes guias e orientadores espirituais, com grande compreensão dos nossos anseios e fraquezas.
Além disso, muitas vezes, esses ciganos passaram por diversas vidas para poderem alcançar um nível mais elevado e poderem contribuir com seus conselhos, se tornando assim, entidades ciganas.
As características dos ciganos consistem de alegria e independência, por isso, em uma linha de trabalhos espirituais, eles sempre buscam seu espaço próprio.
São diversos os nomes de atribuição aos ciganos na Umbanda, os mais comuns são: Alba, Aurora, Ramirez, Esmeralda, Carmen, Dalila, Dolores, Gonçalo, Jade, Leoni, Jasmim, Ramon, Sara, Vladimir, Juan e Sandro.
Alguns materiais usados nas oferendas para os ciganos são fitas coloridas, perfumes, fumo, defumadores, imagens ciganas, lenços, moedas, Baralho Cigano, músicas, sucos, chás, vinhos, ponches, água, pulseiras, brincos, sais, colares, leques, xales, cristais, incensos, véus, doces, pães, frutas, mel, velas, especiarias, plantas e flores.
As cores utilizadas para os ciganos são, com seus respectivos significados:
Azul – Purificação, paz e tranquilidade.
Verde – Saúde, cura, esperança e força.
Amarelo – Estudos, prosperidade financeira e alegria.
Vermelho – Força, proteção, trabalho, alegria, paixão e transformação.
Rosa – Amor e sentimentos bons.
Branco – Paz, purificação e elevação espiritual.
Lilás – Intuição, quebra forças negativas e proteção.
Laranja – Alegria, comemoração e prosperidade.
Essas cores também são denominadas como o arco-íris cigano.
O povo cigano, hoje, representam trabalhos regulares das Giras de Umbanda, onde agem libertando, amando e transformando a vida através da alegria.
O povo cigano são espíritos de luz com vibrações mais sutis e positivas, e também grandes orientadores, que sabem lidar com os sentimentos e desejos das pessoas.
Além disso, esses espíritos podem ser considerados um povo de rua, por estarem sempre pelas estradas. Os ciganos são uma linha da umbanda que trabalham com a prosperidade.
Nas giras de ciganos, é comum as pessoas doarem qualquer valor monetário para as mandalas, a fim de trazer prosperidade financeira e abrir caminhos.
Apesar de toda a alegria e festa que fazem, os ciganos trabalham bastante, com seriedade, usando elementos da natureza e outras coisas. Na umbanda, os ciganos são espíritos livres e desapegados, que são atraídos pela afinidade da magia cigana, podendo ser chamados de “filhos do vento”, justamente por estarem sempre em movimento.
Assim como alguns espíritos são atraídos pelo som dos atabaques, os ciganos também são. Os ciganos têm seus próprios rituais, formas de trabalhar e cultos à natureza e aos astros, visando o progresso e o sucesso financeiro e amoroso.
Os trabalhos dos ciganos e dos exus são um pouco parecidos e, de acordo com pais de santo, os ciganos são de centro, então, são mais versáteis nos trabalhos, podendo trabalhar com linhas de esquerda e de direita.
Dentro das giras na umbanda, os ciganos trabalham acompanhados de um “Cigano chefe”, para auxiliar a todos os que precisarem. Dentro das religiões de matriz africana, existem ciganos com nomes comuns e que são mais conhecidos nas giras e festas.
A cigana Esmeralda trabalha no lado direito da umbanda, com magias através da dança, de banhos e de culinária. O cigano Ramon trabalha pelos chefes de família e ajuda nos negócios familiares, restaurantes, comércios e também com reconciliação de casais.
A cigana Dalila trabalha nas casas de umbanda com leveza e alegria, chamando o seu amor, Michel, para que trabalhem juntos nas realizações de magias.
O cigano Wladimir trabalha para que pessoas consigam emprego. Um dos costumes do povo cigano é batizar as crianças com nomes que tenham um significado ou valor para o clã, seja para atrair características dos nomes nas pessoas ou para exaltar as mesmas.
Esposa do cigano Pablo, a cigana Sara, ou Sarita, usa blusas vermelhas com saias bufantes cheias de estampas de rosas vermelhas e amarelas e joias de ouro.
Fazendo parte da linha do Oriente, o cigano Ramires é um espírito de um belo rapaz de pele pouco clara e olhos esverdeados. Gonçalo é um cigano que usa um lenço vermelho amarrado do lado esquerdo da cabeça, argolas de ouro nas orelhas e um cordão de ouro com um antigo medalhão do clã de sua família em seu pescoço.
O povo cigano do astral possui muita empatia e busca conservar a paixão e a generosidade pela humanidade, assim como os ciganos encarnados têm pela natureza.
Com tanta empatia, amor e dedicação, as entidades de ciganos ajudam os seres humanos a transformarem suas vidas para melhor, conquistarem um emprego, vencerem obstáculos, amarem mais a si mesmos, evitando cair em relações abusivas…
A linha cigana é uma corrente espiritual da Umbanda que trabalha com prosperidade financeira, amor próprio, independência e situações amorosas, utilizando materiais e elementos da natureza.
Atualmente, essas entidades trabalham regularmente nas giras de umbanda, possuindo muita força e energia e usando os rituais como uma ferramenta de evolução.
Eles são devotos de Nossa Senhora Aparecida, conhecida como a Padroeira do Brasil e, no sincretismo com a Umbanda, como Oxum, a Orixá das águas doces e do ouro.
Os ciganos são guardiões de muitos segredos do ocultismo e da magia e, apesar de não serem médicos, os ciganos, na Umbanda, são chamados com muita frequência para a realização de curas espirituais.
Os ciganos são munidos de uma sabedoria plena e fazem seus encantos e magias cheios de mistérios sob regência das mudanças lunares. No entanto, as entidades ciganas na Umbanda são bem diferentes da magia cigana em si mesma, já que a sua atuação na Umbanda se mantém regida pelos orixás da religião.
As entidades ciganas na Umbanda não atuam em prol do mal, apenas exercem seu papel de dominar incrivelmente a magia e preservar pela liberdade e prática de ações saudáveis, dentro da Lei praticada.
É também característica das entidades ciganas na Umbanda gostarem de festividades, danças, vinho tinto, pães, mel e tomates, além de muitas flores, fogueiras, velas e incensos.
Os símbolos de entidades ciganas na Umbanda mais presentes são a taça (expressão de acolhida, poder e união), a ferradura (que representa a sorte, a fortuna e a velocidade), a lua (mãe dos enigmas, do sagrado feminino e das mudanças humanas), a moeda (símbolo da prosperidade e da justiça), o trevo (representante da sorte, da fortuna e da prosperidade), as essências (que trazem equilíbrio, tranquilidade e conforto), as pedras (purificadoras dos ambientes e das pessoas), o ouro (símbolo da beleza, da sorte e do poder), os círculos (remetem ao plano humano entre vida e morte, além do equilíbrio e da reciprocidade), a coruja (o futuro, a consciência e a sabedoria), a estrela de cinco pontas (simboliza a evolução, a proteção e o êxito) e o punhal (simboliza a força, a vitória e a superação).
Os ciganos na Umbanda são figuras que se tornam mais importantes a cada dia, representam uma imagem fundamental e possuem seriedade diante do povo umbandista.
No surgimento da Umbanda, os ciganos não pertenciam e não eram citados em nenhum momento, eles não faziam parte da constituição, mas hoje, o que vemos sobre ciganos na Umbanda é completamente diferente de antigamente, eles são referências por representarem importantes falanges nas giras umbandistas.
Suas falanges representam suas características e, por isso é comum ver em linhas de ciganos:
Espíritos que foram atraídos por afinidade com a magia cigana.
Possuem alguns elementos em suas vestes e alguns objetos como: baralho cigano, adagas, cristais, pedras, lenços entre outros.
São extremamente desapegados e não possuem vínculos.
Trabalham com diferentes orixás.
Veneram sua santa, a Santa Sara Kali.
Dois orixás que sustentam os trabalhos dos ciganos na Umbanda são Ogum e Iansã, que são orixás do ar e do fogo e que se relacionam com o que os ciganos acreditam e trabalham.
Os ciganos não possuem preconceitos com nacionalidades, eles são abertos ao conhecimento mutuo de diversas culturas, são expressamente livres em assuntos sociais, o que é muito positivo.
ALGUNS PONTOS MARCANTES DOS CIGANOS NA UMBANDA:
1) São conhecedores dos caminhos, são eles quem direcionam e mostram os diversos caminhos existentes, pois existem há muito tempo e são sempre lembrados por suas trajetórias.
2) Possuem conhecimento mágico profundo e são facilmente reconhecidos por essa característica.
3) São curandeiros excelentes, principalmente nos campos amorosos e de saúde.
Os ciganos entendem e aceitam os rituais umbandistas como uma maneira de contribuir com a evolução, sabedoria, crescimento, motivação e alegria através dos cantos e danças.
Esses espíritos ciganos gostam muito de festas e comemorações e onde eles estiverem sempre haverão muitas frutas (que não tenham espinhos de qualquer espécie), jarras de vinho tinto com mel ou ponche, pães fatiados, muitas flores para harmonizar o lugar e velas de todas as cores.
O Povo Cigano tem uma tradição peculiar e suas histórias e lendas carregam mistérios e mística que encantam muitas pessoas.
Nomes de Algumas Entidades Ciganas e Seus Significados
Aurora: este nome quer dizer Deusa da Manhã
Bóris: este é o nome que quer dizer guerreiro, batalhador, forte
Carmen: este nome significa poesia, poemas, versos
Carmecita ou Carmela: significa divino jardim, jardim florido e sagrado
Constância: significa pessoa de caráter forte, de personalidade
Dalila: este nome significa mulher doce, delicada
Esmeralda: mulher preciosa, brilhante
Iago: o vitorioso, aquele que vence
Igor: significa Príncipe Da Paz
Jade: mulher preciosa, valiosa
Jasmim: flor delicada
Leoni: Leão ou Leoa
Manolo: nome poderoso: “Deus Está Conosco”
Ramirez: significa guerreiro poderoso, ilustre, reconhecido, famoso
Ramon: aquele que é um Protetor Poderoso
Ruan ou Juan: nome poderoso: “Deus é Poderoso”
Sara: Princesa
Samara: aquela que é protegida por Deus
Soraya: significa Estrela Da Manhã
Tâmara: Fruto Doce, saboroso, adocicado
Ramirez: significa guerreiro poderoso, ilustre, reconhecido, famoso
Ramon: aquele que é um Protetor Poderoso
Zaíra ou Zaira: A visitante florida, de pele brilhante e macia