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  • Maria Padilha e Maria Navalha: Incorporadas, Pontos Cantados, Falanges, Características e Imagem

    Maria Padilha e Maria Navalha: Incorporadas, Pontos Cantados, Falanges, Características e Imagem

    Enquanto Maria Farrapo trabalha com a falange Maria Mulambo, a pomba gira Maria Navalha está intimamente ligada à falange Maria Padilha, que foi onde esses espíritos, encontraram oportunidade organizada de trabalho como pombas giras.

    Quem carrega Maria Padilha sabe que inimigo nenhum fica no caminho. Ela arrasta, destrói e desgasta. Maria Padilha tem um jeito sútil e meigo de falar, mais uma força gigantesca para defender os seus.

    Maria Padilha é a consorte de Exu, que é o mensageiro dos Orixás no Candomblé. Maria Padilha, talvez a mais popular pomba gira, é considerada espírito de uma mulher muito bonita, branca, sedutora, e que em vida teria sido prostituta grã-fina ou influente cortesã.

    Maria Navalha foi brasileira legítima e carioca do bairro da Gamboa, zona portuária da cidade maravilhosa.

    Ela se chama Maria Navalha, porque, na verdade Maria “Navalha” era a princípio um apelido, ou codinome se preferir, pois em dado momento de sua vida ela escapou de uma situação extrema e, após esse momento, passou a andar sempre com uma navalha com ela.

    Maria Navalha se manifesta de forma mais livre e passional, usando trajes mais coloridos e alegres que os tradicionais vermelho e preto das guardiãs.

    A vida é um jogo e só se aprende a jogar quando não se tem medo de arriscar! Quando mais rodadas na mesa, mais malandro, mais esperto, mais inteligente você fica. Cada rodada um trunfo diferente! Cada fase da vida, um desafio novo pra enfrentar!Maria Navalha

    Maria Navalha é o nome adotado por muitos espíritos de apresentação feminina que trabalha de forma independente.

    Esses espíritos trabalham como pombas giras, principalmente com a falange de Maria Padilha ou na linha dos Malandros.

    Maria Padilha e Maria Navalha Incorporadas

    5 Pontos Cantados de Maria Navalha

    Maria Navalha Incorporada

    Não se deve confundir MARIA NAVALHA com MARIA PADILHA DA NAVALHA ou MARIA PADILHA DAS SETE NAVALHAS.

    A Navalha é o braço “esquerdo” de Maria Padilha, sempre cooperando de modo próprio com os trabalhos de Padilha. Não existem rivalidades entre Maria Padilha e Maria Navalha, como alguns sugerem.

    A Maria Navalha que trabalha como pomba gira pode apresentar as complementações usuais como: da Encruzilhada, do Cemitério, da Praia, do Cabaré, da Calunga, etc.

    A Maria Navalha Malandra, que é a que trabalha na falange dos Malandros, costuma ter denominações complementares típicas dos mesmos, como: do Morro, da Ladeira, da Lapa, do Forró, do Samba, da Madrugada, da Esquina, do Asfalto, da Boemia, Pé de Valsa, e outros.

    Outra característica na denominação é a complementação regional: Maria Navalha de Pernambuco, de Minas, Baiana, do Norte, etc..

    Pomba Gira ou Malandra, fato é que Maria Navalha, Maria Navalhada ou Maria das Sete Navalhas, conhece os efêmeros prazeres e as profundas dores do submundo das criações humanas.

    Malandra Maria Navalha e Suas Falanges:

    • Maria Rosa Navalha
    • Maria Navalha do Cabaré
    • Maria Navalha da Lapa
    • Maria Navalha da Calunga
    • Maria Navalha das Almas
    • Maria Navalha da Estrada
    • Maria Navalha do Cais

    Quem é Maria Navalha?

    Maria Navalha é dita como uma das mais complexas entidades dentro das pombas giras. Os velhos Tatas do Rio de Janeiro de antanho, grandes conhecedores da Magia Africana, gostavam de contar a pitoresca história de Dona Maria Navalha.

    Dona Maria Navalha ouviu muito os conselhos dos Exus, despachou nas escuras encruzilhadas do porto, fabricou talismãs e usou figas.

    Dona Maria Navalha entrou para a história e virou mito. Um dos pontos cantados de Maria Navalha canta:

    “Mulher de malandro tem nome

    E se conhece pela saia

    Vara curta e onça brava

    Ela é Maria Navalha!”

    Muitos a tem como guardiã em suas diversas faces (Mestra, Baiana e, principalmente, Malandra), Maria Navalha usa de vários arquétipos para exercer seu trabalho nos terreiros.

    A Maria Navalha que se apresentava como pomba gira muito antigamente, é bem diferente da Malandra que conhecemos hoje, ela era extremamente séria, muito rara, e mais raro ainda era seu trabalho ser desenvolvido.

    Características da Pomba Gira Maria Navalha

    Indumentária: Uma grande característica, elas usam chapéu. Gostam de vermelho, preto e dourado. Utilizam jóias, principalmente na cor dourada ou ouro velho. Apreciam saias, não existe uma proibição quanto a usarem calças, porém elas são mais femininas que qualquer outra face de Maria, são as que gostam de saias, maquiagens, os trejeitos de pombas giras. Podem usar bengalas e apreciam perfumes.

    Fumo: Cigarros (cigarrilhas) de todos os tipos, principalmente de filtro longo. Gostam de cigarros de palha, cigarros de filtro vermelho ou cigarros com sabor. Raramente fumam charuto.

    Bebidas: Gostam de champanhe, licores, como licor de anis, cachaças e cervejas. Apreciam taças.

    Comidas: Gostam de padê com bastante dendê, pimentas, carnes, não tendo muita preferência por flores, mas gostam de rosas vermelhas, rosas brancas, cravos vermelhos e brancos, e de flor de chuvisco.

    Armas: As principais armas são punhais, mas podem eventualmente utilizar navalhas (navaletes).

    Oráculos: Nem sempre utilizam oráculos, essa é uma das diferenças entre elas e as Malandras, também não é obrigatório terem dados ou baralhos em seus fundamentos.

    Curiosidades: Você pode ter uma pomba gira Maria Navalha e uma Malandra Maria Preta, ou uma pomba gira Maria Mulambo e uma Malandra do Cais, você não terá uma Malandra Maria Navalha e uma pomba gira Maria Navalha, mesmo que de falanges diferentes, pelo simples fato que você precisa trabalhar com uma dessas energias e equilibrar, você vai aprender com uma falangeira de Navalha de alguma face, mas terá outras mulheres para aprender (Padilhas, Mulambos, Meninas, Figueiras, etc).

    Imagem de Maria Padilha e Maria Navalha

    Maria Padilha é representada pela imagem de uma mulher que veste pouca roupa e usa preto e/ou vermelho, sendo associada à caveiras, rosas, leques, cruzes, luvas, chapéus, punhais…

    Também pode ser representada por uma dama requintada que usa vestido longo e pode ser comparada à uma mulher da alta sociedade ou cigana.

    Maria Navalha é representada por uma mulher que usa chapéu, blusas e calças nas cores preta, vermelha e branca, podendo carregar consigo uma bengala, joias, punhal, navalha…

    Ela também pode ser representada com chapéu e vestido, demonstrando a beleza e sensualidade da mulher boêmia, que sabe sobreviver e encarar o perigo sozinha.

    É associada à rosas vermelhas e carteados.

    Ela é mulher, ela é bonita e formosa

    mas não se engane, ela é muito perigosa.

    (Ponto de Maria Navalha)

    Maria Navalha disse cuidado pra não errar

    ela jurou, jurou, tornou jurar

    Que mata sem tirar sangue, engole sem mastigar.

    (Ponto de Maria Navalha)

    Ela é malandra não precisa trabalhar

    Maria Navalha bota tudo em seu lugar.

    (Ponto de Maria Navalha)

    Maria Padilha Navalha

    Maria Padilha Navalha não existe. O que existe é a entidade Maria Padilha da Navalha e a entidade Maria Navalha, que não devem ser confundidas, pois são espíritos diferentes, mas que trabalham em união.

    Algumas vertentes da Umbanda não reconhecem Maria Navalha como Pomba Gira, apenas como Malandra.

    Ponto Cantado de Maria Navalha – Não Mexa com Ela

    Este ponto cantado de Maria Navalha, intitulado Não Mexa com Ela, foi escrito por Henrique de Oxóssi e postado pelo canal Cantando pra Umbanda.

    Letra do Ponto Cantado:

    Não mexa com ela
    Que ela nunca anda só

    Carrega sete navalhas
    E em Malandro ela dá nó
    Seu nome é a Maria Navalha
    Guardiã da lei maior

    Anda dia, anda noite
    Na luz, na escuridão
    Quebra feitiço e demanda
    E desfaz amarração

    Coroada por Ogum
    Amparada por Xangô
    Com a força de Yansã
    No terreiro ela chegou

    Livros Recomendados:

  • Maria Padilha da Figueira: Quem é, História, Características, Pontos Cantados e Oferendas

    Maria Padilha da Figueira: Quem é, História, Características, Pontos Cantados e Oferendas

    Maria Padilha da Figueira é uma Pomba Gira da Figueira e é uma das mais famosas e antigas entidades da linha do Povo de Rua, Linha de Santo Antônio ou Linha de Exu.

    Ela é uma das principais pombas giras que são sacerdotisas, feiticeiras e curandeiras. Não são consideradas guardiães de falanges, mas são presença constante em terreiros, mesmo sem incorporação.

    São o triunfo da luz sobre as trevas. São guardiães queridas e compreensivas, recebem oferendas em baixo de árvores, se possível figueiras, de preferência nas sextas-feiras, dia tradicionalmente consagrado às Deusas e aos feitiços amorosos.

    Essas oferendas incluem o figo, vinhos, maçãs, pêras, pêssegos, tamarindos, romãs, incenso, velas de diversas cores, dependendo do pedido ou trabalho realizado, rosas vermelhas, orquídeas, lírios, jasmim, ervas e especiarias, mel e perfumes.

    Suas oferendas não incluem o padê de pomba gira. Não recebem oferendas em encruzilhadas. Podem usar as cores verde, dourada, vermelha, negra, branca e roxa.

    Nas giras, trabalha de forma leve e receptiva, porém didática e exigente com médiuns e aqueles que buscam sua ajuda.

    Costumam trabalhar com pó de magia, óleos, filtros e poções. Ervas, sal terra, água e outros elementos. Seus pedidos atendem amor, saúde e prosperidade.

    Por que Figueira?

    A nomenclatura FIGUEIRA veio pela convicção das mulheres em seus conceitos religiosos envolvendo curandeirismo e magística, que culminava em ser queimadas vivas, e a base desta fogueira eram galhos de figueira.

    Isso devido à parábola bíblica em que Jesus condena a figueira que não deu frutos, tornando esta árvore literalmente amaldiçoada, e destinada ao enforcamento e queima dos hereges.

    Há também a antiga lenda de que Figueira não dá frutos, ou que Figueira, palavra usada como ofensa para mulheres que não têm filhos, seria um título para estas mulheres que na última encarnação não puderam ter filhos.

    História e Características de Maria Padilha da Figueira

    A pomba gira Maria Padilha da Figueira é uma guardiã na umbanda e outras religiões afro brasileiras. Maria Padilha da Figueira é bonita e tem uma história única.

    Ela é associada à parábola bíblica em que Jesus condena a figueira que não deu frutos, porém é muito saudada como uma pomba gira rainha.

    Dizem ser mulher de Tiriri. Muito séria, não gosta de muitas falas. Gosta mesmo é de chegar, sentir o ambiente, dar o recado e ir embora.

    Com o humor alternado, tanto pode estar bem, como pode se irritar, e é certeira nas coisas que fala e promete.

    É muito franca no que fala e faz. Gosta de champagne, anis e melado, preferindo as bebidas mais fortes e doces (não podemos esquecer que exu bebe qualquer coisa).

    Não dá muita importância às jóias, mas gosta de usar brincos e, principalmente, anéis, se assim ela pedir. Fuma cigarros e gosta de rosas e incensos de rosas vermelhas.

    Suas cores são o preto, o vermelho e roxo, sendo que o preto predomina. Não liga muito para as vestes, mas não dispensa uma saia, pois ela gosta de segurar sua saia e movimenta-la.

    Em uma de suas passagens, foi uma bruxa muito forte nos tempos da Inquisição. Não é de muitos amigos, porém é muito fiel e, se você pedir com fé, ela atende.

    Não é de se mostrar muito em jogos de búzios. Aparentemente, é uma mulher de meia-idade, tem cabelos negros e compridos, e adora dançar o tempo todo.

    Conversa pouco, porém ajuda a muitos e sempre tem uma palavra amiga para todos os que a procuram. Não é muito de amarrações ou união, gosta mesmo é de resolver o problema, chegando até ser mais hostil em determinadas atitudes.

    Se trata de uma mulher educada, fala baixo e gosta de explicar as coisas como são. É muito carinhosa com as pessoas mais próximas a ela.

    Abaixo, você pode conferir uma de suas histórias:

    As lágrimas desceram lentamente pelo rosto de Giulia no momento em que fechou a porta e olhou para a cama velha com lençóis amarelados.

    Ali, naquela pocilga, passaria a viver de agora em diante. Antigas lembranças passaram diante de seus olhos.

    Resquícios de um tempo em que imaginara ser feliz. O casamento com Aprígio parecia ter sido há tanto tempo, e na realidade apenas cinco anos se passaram.

    O amor enorme que crescia a cada dia nos tempos de noivado foi aos poucos se transformando em um apagado sentimento sem definição.

    Amizade? Não, nem isso, apenas desamor, acompanhado de uma cruel sensação de mágoa. Dias e noites passados em solidão conseguiram destruir o castelo de sonhos.

    Quando conheceu Hugo, amigo de seu marido, o mundo pareceu criar novas cores. Ele sim lhe dava atenção e carinho.

    Um mês inteiro de amor sem medida, paixão tórrida que arrebatava seu corpo e mente em total loucura descuidada.

    Aprígio um dia voltara, sem aviso, e os pegara em sua cama. Alucinado pelo ódio, desferiu três tiros sobre o amigo, matando-o instantaneamente.

    Ela, nua, correu. A lembrança das janelas se abrindo com pessoas apontando sua nudez entre comentários maldosos ainda envergonha.

    Alguém (quem seria?), jogou um velho vestido sobre ela que pode enfim cobrir-se, mesmo enquanto corria.

    Conseguira alguns trocados com uma prima que, no entanto, não a queria por perto e foi com esse dinheiro que alugou esse quarto miserável em que agora se encontra.

    Não há um amigo, um parente ou mesmo conhecido que a aceite e lhe estenda a mão. Sua vida acabou por completo.

    Na pequena cidade não há quem não a aponte com maldade (um pouco de nojo também). Ninguém entende o que se passou e ninguém quer escutá-la.

    Mas se nem ela mesma consegue entender e se perdoar, como esperar isso dos outros? Perdida em meio a esses pensamentos, relanceia o olhar pelo aposento e nota, a um canto, um lençol rasgado.

    É isso! Pega o pano e percebe que o rasgo, se aumentado, será uma grande tira. Lentamente passa a rasgar e amarrar as tiras.

    A janela é alta e nela prende a ponta do tecido, a outra ponta é enrolada no pescoço. Arrasta o pequeno criado-mudo e sobe.

    Com um pequeno pontapé no móvel, lança-se à morte. Seu espírito totalmente atordoado perambulou por negros caminhos de escuridão profunda.

    Anos se passaram até que Giulia conseguisse perceber os erros que cometera. Hoje, passadas algumas décadas, ela atende em nossos terreiros com o nome de Pomba-Gira Figueira.

    Tornou-se mais uma trabalhadora dessa grande falange que, apesar de ser pouco conhecida, sempre é lembrada em nossas trunqueiras.

    Quem são as Pombas Giras da Figueira?

    As Pombas Giras que atuam como Pombas Giras da Figueira, como Maria Padilha da Figueira, são espíritos femininos que viveram encarnações como sacerdotisas ou seguidoras dos antigos cultos pagãos em que se cultuava a Deusa ou a Grande Mãe.

    Naturalmente, muitos desses espíritos se converteram à nova fé professada e institucionalizada como única e verdadeira em que a figura Divina fora substituída pela figura masculina.

    Entretanto, muitas vezes, isso aconteceu por causa do derrame de sangue nas mais terríveis torturas. E as mulheres, convictas em suas crenças, eram fortes o suficiente para bancarem o custo da sua fé, pois eram mandadas à fogueira, estas com madeira da árvore Mãe dos figos, a Figueira, devido à parábola bíblica em que Jesus condena a figueira que não deu frutos.

    Numa interpretação simplista, o povo ligou a algo amaldiçoado por si só. Os espíritos que trabalham como pomba gira atuando na vibração da figueira, como Maria Padilha da Figueira, têm em comum as experiências como as sacerdotisas, feiticeiras e curandeiras.

    Sempre os conflitos religiosos estavam presentes e os usavam para ajudar aqueles que as procuravam. Elas são mestres nas artes magísticas e têm ocupado papel crescente através de ritos, práticas e ensinamentos.

    Seus pedidos atendem amor, saúde e prosperidade em todos os sentidos da vida.

    Pontos Cantados de Maria Padilha da Figueira

    “Foi numa estrada velha, na subida de um serra, numa noite de luar, de luar, Pomba Gira da Figueira, moça bela e faceira dá o seu gargalhar, porque ela é mojubá, ela é mojubá, ela é mojubá…”

    Não só Maria Padilha da Figueira como todas as pombas giras da figueira possuem muitos pontos cantados.

    Á seguir, você poderá escutar os mais bonitos.

    Ponto Cantado 01:

    Este ponto cantado de Maria Padilha da Figueira, chamado A Figueira Apareceu, é cantado pelo Ogan Tião Casemiro e foi postado pelo Ogan Leandro.

    Letra do Ponto Cantado:

    Tremeu, tremeu, a catacumba tremeu
    Tremeu, tremeu, quando a figueira apareceu (2x)

    Ela é encanto, ela tem magia
    Ela é figueira, também é Padilha
    Uma rosa á dada
    Ela é Maria
    Também veste roxo

    Ponto Cantado 02:

    Este ponto cantado é Maria Padilha das 7 Figueiras e se chama No Alto da Figueira. No vídeo abaixo, é interpretado por Felipe de Oxalá.

    Letra do Ponto Cantado:

    Um vento frio soprou nas matas
    E a gargalhada ecoou na escuridão
    No alto da figueira estava ela
    Com uma serpente na mão (bis)
    As almas vinham de todo lugar
    E giravam pela mata inteira
    Invocadas por aquela moça
    A senhora dona da figueira (bis)
    Gira no mato, gira na calunga
    Que bela moça, que olhar sombrio (bis)
    Sete figueiras, seu sorriso me encanta
    Sua gargalhada me dá arrepios (bis)

    Ponto Cantado 03:

    Esse ponto cantado foi postado por Ogã William De Xangô. É ponto cantado de festa e pra chegada de Maria Figueira.

    Letra do Ponto Cantado:

    Olha que noite, olha que beleza

    Essa noite tão bonita que é de Maria Figueira

    A calunga está em festa

    Ela chega pra girar

    Com seu manto volumoso e pra todos ajudar

    Vem chegando Marabô

    Ele não é brincadeira

    Vem saudar a noite linda que é de Maria Figueira

    Me aparece Zé Pilintra com vontade de beber

    Praticando a caridade, com humildade e com amor

    Nessa noite tão formosa que Pai Zambi abençoou

    Ponto Cantado 04:

    Esse ponto cantado, chamado Vem Feiticeira, é de autoria de Regentes do Tambor. O ponto faz alusão às oferendas entregues na mata à Maria Padilha da Figueira.

    Letra do Ponto Cantado:

    A galinha preta que eu larguei na mata
    A oferenda que pra lá deixei
    Sete champanhas e uma rosa negra
    Eu sei que minha demanda ela vai vencer
    Mas de repente tudo iluminou
    Mas de repente tudo se apagou
    A gargalhada foi tremer as folhas
    A feiticeira das matas chegou
    Vem feiticeira!
    Vem feiticeira a pomba gira
    Que é mulher de Lúcifer (bis)
    Todo mundo corre
    Todo mundo quer saber
    Ela é Dona Figueira
    Não conhece quem não quer (bis)
    Pomba Gira que é rainha
    Nas matas de Satanás
    Não mexa com ela
    Porque se pode queimar
    Feiticeira! (bis)

    Ponto Cantado 05:

    Esse ponto cantado é de três Marias Padilhas: da Figueira, do Cemitério e a Rainha.

    Letra do Ponto Cantado:

    Foi Iansã quem lhe deu forças
    Para ser rainha de Exu mulher
    Saravá Figueira Rainha do Cabaré
    Não importe que falem de ti, ela é Pomba Gira e trabalha assim (2x)
    Saravá Figueira Rainha do Cabaré (2x)

    Se a sua catacumba tem mistério… Mas ela é Pomba Gira do Cemitério (2x)
    Mas ela é loira do olho azul, mas ela é a filha de seu Omolú (2x)

    Padilha, foi você quem falou, você falou que gostava de mim (2x)
    Padilha, quando você for embora, quando você for embora, deixe uma rosa pra mim (2x)

    Ponto Cantado 06:

    Esse ponto cantado de Maria Padilha da Figueira se chama Ela é Um Furacão e os créditos devem ser dados à Genivan D’Oxum Pandá.

    Letra do Ponto Cantado:

    Vem descendo a serra, levantando a poeira
    Ela é um furacão
    Não mexa com a Figueira

    Ponto Cantado 07:

    Esse ponto cantado se chama Louvação a Dona Figueira e é de José Carlos de Oxóssi.

    Letra do Ponto Cantado:

    Sua gargalhada ecoa na madrugada

    A Dona Figueira não é cinza, ela é brasa

    Com sol ou lua

    Louvamos com fé

    A Dona Figueira

    Tá pro que der e vier

    Tá pro que der e vier

    Tá pro que der e vier

    Não mexa com a Figueira

    Brincadeira ela não é

    Transforma espinho em rosa

    Se fores merecedor

    Na barra da sua saia

    Ninguém nunca encostou

    Labareda de fogo queima

    É o aviso que ela dá

    Quem quer caminhos floridos

    Com ela não vai brincar

    Tá pro que der e vier

    Tá pro que der e vier

    Não mexa com a Figueira

    Brincadeira ela não é

    Ponto Cantado 08:

    Esse ponto cantado de Maria Figueira se chama Hoje a Festa é Sua! e realmente é um ponto de festa pra chegada de Maria Figueira.

    Letra do Ponto Cantado:

    Hoje é dia de festa
    Festa de Exu
    Pomba Gira Laroyê
    Vamos chamar a guardiã desse terreiro
    Vem Maria Figueira
    Vem nos vales
    É minha protetora
    É mulher e é guerreira
    De belezas sem igual
    Ela é Maria Figueira
    Bruxa poderosa
    Ela é dona desse chão
    Vem girar minha rainha
    Nos dê sua proteção
    Hoje a festa é sua
    Tome essa linda canção
    Abençoe esta casa
    A corrente e os irmãos

    Oferenda Para Maria Padilha da Figueira #1

    Oferenda Para Maria Padilha da Figueira #2

    Materiais Necessários:

    • Bife
    • 3 rosas vermelhas
    • Alguidar nº2
    • ½ metro de murim vermelho
    • Vela bicolor vermelha e preta
    • Champanhe
    • Cigarro
    • Azeite de dendê
    • Farinha de mandioca
    • 1 cebola fatiada

    Como Fazer:

    No alguidar, misture um pouco de farinha de mandioca com azeite de dendê (caso a mesma esteja enquizilada, poderá substituir por padê de melado e, neste caso, não levará o bife e poderá colocar frutas que “não” sejam ácidas).

    Em uma frigideira, coloque um pouco de dendê e coloque o bife quando estiver quente, mas não deixe fritar, vire de um lado para outro, só para pegar uma cor.

    Pegue a metade da cebola fatiada e coloque na frigideira, porém não deixe dourar. Coloque o bife no alguidar e as fatias da cebola em cima.

    Leve para os pés de uma árvore, arrume o murim no chão e coloque o alguidar em cima. Coloque duas rosas na oferenda e uma no champanhe.

    Acenda a vela e os cigarros e peça com fé tudo o que deseja, pois ela irá lhe ajudar.

    Quem é Maria Padilha da Figueira na Umbanda?

    Maria Padilha da Figueira é rara nos terreiros de umbanda, mas muito poderosa e conhecedora de feitiços e magias, como poucos são.

    Se apresenta como uma bela mulher mais velha e sábia, que adora a natureza e o poder das energias dos elementos da natureza, e é também grande conhecedora das ervas e suas propriedades, para o bem e para mal.

    Esses conhecimentos possibilitam, assim, que ela consiga atuar e ajudar junto a quase todo tipo de problema que os consulentes trazem a ela, desde saúde ou vícios, até problemas amorosos ou financeiros.

    Maria Padilha Figueira do Inferno

    Maria Padilha Figueira do Inferno é uma pomba gira rara nos terreiros, mas muitos procuram saber quem ela é e como ela atua.

    Ela é cultuada através de imagens e esculturas e é uma pomba gira séria, não gosta de brincadeiras. Muitas vezes, dá o seu recado e vai embora.

    Maria Padilha Figueira do Inferno é muito consultada por pessoas que procuram uma solução para os seus problemas.

    Ela é muito amável, só não pode pisar em seu calo. É muito sincera, gosta de fidelidade, é carinhosa com seus consulentes e trabalha com outros exus da figueira.

    Livro Recomendado:

  • Maria Padilha na Umbanda: Músicas e Pontos Cantados, História e Características

    Maria Padilha na Umbanda: Músicas e Pontos Cantados, História e Características

    Maria Padilha é bonita, é mulher e sagrou-se como a única esposa de Dom Pedro I de Castela, tornando-se a legítima rainha e exercendo seu poder e influência mesmo depois de morta.

    Maria Padilha, talvez a mais popular pomba gira, é considerada o espírito de uma mulher muito bonita, branca, sedutora, e que em vida teria sido prostituta grã-fina ou influente cortesã.

    Maria Padilha, segundo sua história, é a amante do rei de Castela que possui uma trajetória de aventuras e feitiçaria de Montalvan a Beja, de Beja a Angola, de Angola a Recife e de Recife para os terreiros de São Paulo e de todo o Brasil.

    Mas, de fato, não se sabe se Maria Padilha é o espírito da amante do rei de Castela que se manifesta nos terreiros de Umbanda e Candomblé.

    Maria Padilha chegou primeiro aos terreiros de Umbanda e, posteriormente, por força de adeptos convertidos da Umbanda, seu culto também foi incluído no Candomblé.

    Até na Bahia, onde a Umbanda não tem muita expressão, não só Maria Padilha como todas as “Padilhas” também estão presentes.

    Maria Padilha, também conhecida por dama da madrugada, rainha da encruzilhada, senhora da magia, não é um espírito apenas, é uma falange (agrupamento) de pombas giras (também chamadas de inzilas) pertencente ao sincretismo das religiões afro-brasileiras umbanda, quimbanda e candomblé.

    Entre as diversas sub-falanges estão:

    • Maria Padilha do Cruzeiro das Almas – Linha de Omolu-Obaluaê/Iansã
    • Maria Padilha da Encruzilhada – Linha de Ogum
    • Maria Padilha do Cemitério – Linha de Omolu-Obaluaê
    • Maria Padilha da Calunga – Linha de Oxum/Iemanjá
    • Maria Padilha das Sete Catacumbas / Sete Tumbas – Linha de Omolu-Obaluaê
    • Maria Padilha da Navalha – Linha de Oxum
    • Maria Padilha das Sete Saias – Linha de Oxum

    Maria Padilha é a feiticeira das pombas giras e a pomba gira mais procurada nos terreiros. A história de Maria Padilha conta que ela teria nascido no ano de 1334, em Palencia, na Espanha, e pertenceu a uma família castelhana, os Padilla, cujo nome seria eternizado em brasão posteriormente a sua morte.

    Maria Padilha está enterrada na Capela dos Reis, cuja visitação é proibida, e através da história da Maria Padilha, é possível perceber que ela não era uma mulher qualquer.

    Diz-se que, junto de uma árvore, Maria Padilha teria deixado um feitiço de amor feito com um espelho, através do qual o Rei se olhou e, enfeitiçado, se rendeu à paixão da jovem moça.

    A história da Maria Padilha foi realmente um caso de amor. D. Pedro I abandonou sua esposa Dona Blanca para viver sua história com Maria Padilha, sendo perseguido por opositores em seu Reinado.

    Depois de mandar sua esposa para a prisão – alguns dizem que por um feitiço armado por Maria Padilha – o Rei assume seu casamento até então clandestino com Maria de Padilla.

    A força da falange de Maria Padilha está ligada ao seu apego à matéria e ao seu grande amor. Maria Padilha é chefe de falange na linha de Exu, atuando como Exu-Mulher lado a lado de Exus homens, e é chefe de terreiro, e sua figura articula uma dualidade que forja em nós tanto a celebração da liberdade erótica como também o seu estereótipo.

    Poderosa em seus feitiços de amor, dentro de terreiros Maria Padilha comanda os feitiços, dá orientações e conselhos, principalmente sobre amor

    Maria Padilha é uma importante figura das religiões de origem africana e é representada pela imagem de uma feiticeira, uma mulher sensual, independente e dominadora, incorporada por um(a) médium.

    Dependendo da linhagem e de outras características, Maria Padilha escolhe seu parceiro (normalmente, um exu ou um malandro) para realizar determinados trabalhos juntos.

    Em relação ao culto à Maria Padilha, ela é conhecida por adorar presentes bonitos e sedutores, como cidra e rosas vermelhas, afinal ela é o símbolo da sedução, do feitiço e do amor.

    Maria Padilha age nas causas relacionadas ao amor, relacionamento e sexo. Maria Padilha ajuda apenas aqueles que a procuram por amor e com a melhor das intenções.

    Quando incorporada, o que anuncia sua manifestação, o que abre a porta para a chegada de Maria Padilha, é a boca: uma sonora gargalhada; e ela se apresenta como Rainha Maria Padilha ou Maria Padilha de Castela.

    Foi no imaginário e nos conjuros das mulheres que Maria Padilha aportou no Brasil e se estabeleceu como entidade da Linha de Esquerda, onde seus companheiros principais são os Exús e Seu Zé Pelintra, que vão trabalhar com ela tanto na Umbanda quanto no Candomblé e na Quimbanda, tida frequentemente como magia negativa.

    Maria Padilha é vista como uma senhora de uma feminilidade demoníaca, vulgar e sexualmente indomável, mas Maria Padilha vem fazer justiça e abriu a porteira para uma falange de Moças (outro nome que Elas gostam): Rosa Vermelha, Rosa Caveira, Maria Navalha, Sete Saias, Maria Molambo, Maria Quitéria… e muitas mais.

    Maria Padilha está apagada ou reduzida a amante assassina na própria cidade onde viveu, mas não aqui, no Brasil.

    No Brasil, Maria Padilha está bem viva e é versada em magia, e estabelecemos conexão com esta entidade através das Macumbas, Umbandas, Candomblés e Quimbandas da vida.

    Maria Padilha é a rainha de todas as giras (rituais da umbanda para realização de trabalhos espirituais por meio de médiuns incorporando entidades).

    No começo, Maria Padilha era apenas um nome nas fórmulas mágicas das feiticeiras da Europa, no entanto ela veio com as bruxas e os adivinhos condenados ao degredo pela Inquisição e logo se tornou um dos nomes mais chamados nas rezas e feitiçarias brasileiras, cuja imagem é representa por uma mulher branca, de cabelos longos e pretos; com colares, pulseiras e rosas; e trajando vestido vermelho, preto ou vermelho e preto.

    Muitas vezes, aparece com uma coroa e um tridente e quase sempre com uma das mãos na cintura e a outra segurando a barra do vestido.

    Também não é raro encontrá-la representada seminua em esculturas ou com vestido branco. Outros dois objetos comumente associados à imagem de Maria Padilha são o cetro e o punhal.

    Muitas pessoas tem Maria Padilha de frente, como protetora, precisando buscar pelo auxilio de uma casa de Umbanda e uma Mãe ou Pai de Santo para ajudar a entender melhor essa guarda de Maria Padilha.

    Uma coisa que é peculiar da Umbanda, mas não só da Umbanda, é a guia de Maria Padilha, que é usada pelos médiuns, e as imagens em gesso, para o culto à esta pomba gira.

    A umbanda se divide numa linha da direita, voltada para a prática do bem e que trata com entidades “desenvolvidas”, e numa linha da “esquerda”, a parte que pode trabalhar para o “mal” e onde Maria Padilha está incluída, também chamada quimbanda, e cujas divindades, “atrasadas” ou demoníacas, sincretizam-se com aquelas do inferno católico ou delas são tributárias.

    Músicas e Pontos Cantados de Maria Padilha na Umbanda

    Ponto Cantado de Maria Padilha – Tapete de Rosas

    Tapete de Rosas é um dos mais lindos pontos cantados da pomba gira Maria Padilha. É um ponto cantado de Umbanda.

    Dê o play abaixo e escute-o.

    Letra do Ponto Cantado:

    Maria Padilha, você é a flor perfeita,
    que vem dentro dessa seita para aqueles que tem fé.
    Tu és a Rosa que perfuma a Umbanda, vencedora de demandas,
    com Amor e muito Axé.
    Maria Padilha, não me deixe andar sozinho,
    ponha rosas sem espinhos nos caminhos onde eu passar.
    Maria Padilha, não me deixe andar sozinho, ponha rosas sem espinhos nos caminhos onde eu passar.

    Oh, Pombo – Girê, Oh, Pombo – Gira, faça um tapete de rosas pra que eu possa caminhar.

    Ponto Cantado de Maria Padilha – Salve Maria Padilha

    Salve Maria Padilha é uma música de Manoel do Exu e incluído em seu álbum Pontos de Maria Padilha. Essa é uma das maiores saudações à Maria Padilha em forma de música.

    Letra do Ponto Cantado:

    Salve Maria Padilha
    Salve Maria Padilha
    Salve Maria Padilha, que ilumina o meu caminhar

    Perambulava pelas ruas já sem saber o que fazer
    Procurava na noite uma solução para tanta dor
    Sofrimento e solidão

    Então eu clamei ao povo da rua
    Que me enviasse, no momento, alguma ajuda, pois eu já não tinha
    Força para continuar

    Então eu clamei ao povo da rua
    Que me enviasse, no momento, alguma ajuda, pois eu já não tinha
    Força para continuar

    Quando me virei vi uma mulher na beira da estrada
    Trazia uma rosa em suas mão, um feitiço no olhar
    Naquela bela noite de luar, deslumbrei sua dança
    Com sua saia a rodar, eu me aproximei
    E lhe perguntei o que ela fazia na estrada

    Ela respondeu: Moço eu sou Rainha, vim lhe ajudar
    Sou Maria Padilha
    Ela respondeu: Moço eu sou Rainha, vim lhe ajudar
    Sou Maria Padilha

    Salve Maria Padilha
    Salve Maria Padilha
    Salve Maria Padilha
    Salve Maria Padilha

    Quando eu precisei, oh pomba gira, você veio me ajudar
    Deste outro rumo a minha vida
    Hoje eu venho lhe louvar

    Salve Maria Padilha
    Salve Maria Padilha
    Salve Maria Padilha
    Salve Maria Padilha

    Quando eu precisei, oh pomba gira, você veio me ajudar
    Deste outro rumo a minha vida
    Hoje eu venho lhe louvar

    Perambulava pelas ruas já sem saber o que fazer
    Procurava na noite uma solução para tanta dor
    Sofrimento e solidão

    Então eu clamei ao povo da rua
    Que me enviasse, no momento, alguma ajuda, pois eu já não tinha
    Força para continuar

    Então eu clamei ao povo da rua
    Que me enviasse, no momento, alguma ajuda, pois eu já não tinha
    Força para continuar

    Quando me virei vi uma mulher na beira da estrada
    Trazia uma rosa em suas mão, um feitiço no olhar
    Naquela bela noite de luar, deslumbrei sua dança
    Com sua saia a rodar, eu me aproximei
    E lhe perguntei o que ela fazia na estrada

    Ela respondeu: Moço eu sou Rainha, vim lhe ajudar
    Sou Maria Padilha
    Ela respondeu: Moço eu sou Rainha, vim lhe ajudar
    Sou Maria Padilha

    Salve Maria Padilha
    Salve Maria Padilha
    Salve Maria Padilha
    Salve Maria Padilha

    Quando eu precisei, oh pomba gira, você veio me ajudar
    Deste outro rumo a minha vida
    Hoje eu venho lhe louvar

    Salve Maria Padilha
    Salve Maria Padilha
    Salve Maria Padilha
    Salve Maria Padilha

    Quando eu precisei, oh pomba gira, você veio me ajudar
    Deste outro rumo a minha vida
    Hoje eu venho lhe louvar

    Melhores Pontos Cantados de Maria Padilha

    Escute, nos vídeos abaixo, alguns dos melhores pontos cantados de Maria Padilha.

    Vídeo 1:

    Vídeo 2:

    Vídeo 3:

    Ponto Cantado de Maria Padilha – Deu Meia Noite

    Esse ponto cantando faz referência à dama da madrugada, ou seja, Maria Padilha e à saúda bastante, enfatizando o fato dela atender qualquer pedido.

    Letra do Ponto:

    “Deu meia-noite
    A Lua se escondeu
    Lá na encruzilhada
    Dando sua gargalhada
    Maria Padilha apareceu

    Deu meia-noite
    A Lua se escondeu
    Lá na encruzilhada
    Dando sua gargalhada
    Maria Padilha apareceu

    A laroiê, a laroiê, a laroiê
    É mojubá, é mojubá, é mojubá
    Ela é odara
    Quem tem fé na Maria Padilha
    É só pedir que ela vai dar

    A laroiê, a laroiê, a laroiê
    É mojubá, é mojubá, é mojubá
    Ela é odara
    Quem tem fé na Maria Padilha
    É só pedir que ela vai dar

    Laroiê, Exu Mulher!”

    Ponto Cantado de Maria Padilha – Dói, Dói, Dói

    Letra do Ponto:

    Dói, dói, dói, dói, dói
    Um amor faz sofrer
    Dois amor faz chorar

    Dói, dói, dói, dói, dói
    Um amor faz sofrer
    Dois amor faz chorar

    Quem é você pra deitar na minha cama

    Papagaio come milho

    E periquito leva fama

    Ponto Cantado de Maria Padilha do Cabaré – Quem é Essa Mulher na Porta do Cabaré

    Letra do Ponto:

    Quem é essa mulher
    Na porta do cabaré
    Quem é essa mulher
    Na porta do cabaré

    Cabaré, cabaré
    Quem é essa mulher
    Cabaré, cabaré
    Quem é essa mulher

    Joguei no rei
    Parei no ás
    Joguei no rei
    Parei no ás

    Eu quero ver você fazer
    O que a Padilha faz
    Eu quero ver você fazer
    O que a Padilha faz

    Letras dos Melhores Pontos Cantados de Maria Padilha:

    Ponto Cantado 01:

    De onde é que Maria Padilha vem
    Aonde é que Maria Padilha mora
    Ela mora na mina do ouro
    Aonde criança não chora.

    Ponto Cantado 02:

    Maria Padilha,
    Rainha do Candomblé
    Firma curimba
    Que tá chegando mulher

    Ponto Cantado 03:

    Maria Padilha,
    Traz linda figa de ouro
    Oi saravá Rainha linda da quimbanda,
    Sua proteção é um tesouro.

    Ponto Cantado 04:

    Ela é Maria Padilha,
    De sandalinha de pau
    Ela trabalha pro bem
    Mais também trabalha pro mal

    Ponto Cantado 05:

    Quem não gosta de Maria Padilha
    Tem, tem que se arrebentá
    Ela é bonita
    Ela é formosa
    O bela vem trabalhar.

    Ponto Cantado 06:

    De garfo na mão,
    Lá vem mulher bonita,
    Bonita e muito formosa,
    Muito formosa e muito cheia de rosas,
    Lá vem Maria Padilha,
    Dos 7 cruzeiros da calunga.

    Ponto Cantado 07:

    Oi quem mora nessa ilha
    Oôâi quem mora nessa ilha
    Fogo por todos os lados
    Garfo seguro na mão
    Rosas no chão se espalhando
    Formosa ela vinha então
    Era Padilha, Era Padilha
    Maria Padilha
    Quem não me respeita
    Logo se afunda
    Eu e Maria Padilha
    Dos 7 cruzeiros da calunga.

    Ponto Cantado 08:

    Na minha encruzilhada,
    Muito consagrada,
    Tenho muitas rosas
    Tão apreciadas
    Com um perfume
    Quero alegrar,
    Os filhos que têm fé
    É quem me chamar
    Também tenho garfo,
    Para espetar,
    Espetar a Alma
    De quem me maltratar
    Sou Maria Padilha
    Dos 7 cruzeiros.
    Tenho Força das almas
    Dos velhos do cativeiro.
    Trabalhamos unidos
    Numa só braçada,
    Sou Maria Padilha
    Formosa e muito amada.
    Meu melhor vestido,
    Quero ofertar,
    Para o inimigo
    Cor da menga pra sangrar.
    O preto da minha roupa,
    Vou presentear,
    Ao inimigo, na escuridão vai ficar.
    Ai vai minha luz
    No branco da minha roupa,
    A você que é bom,
    E não tem língua solta.
    sou Maria Padilha
    Dos 7 cruzeiros.
    Saravo vocês que me vêem,
    É vocês que me chamam e não creem.
    Quem caminha com minha ajuda,
    Muita força há de ganhar,
    Mas coitado, muito coitado,
    De quem me desafiar.
    Minha falange é muito boa,
    pelo menos eu considero,
    Tenho até muitas crianças,
    Como Exu, e que venero.
    Trabalho de muitas formas,
    O mistério é profundo,
    Jogo muitos Eguns,
    Em cima de vagabundos.

    Ponto Cantado 09:

    Meu Santo Antônio
    Veio me ajudar
    Enfeitar a terra
    Enfeitou o Gongá
    Trouxe a Padilha na gira
    Para me limpar,
    Saravá Santo Antônio
    Saravá seu Gongá
    Saravá Santo Antônio
    E Padilha pra me ajudar.

    Ponto Cantado 10:

    Nas 7 calungas ela faz sua ronda
    É lá que é sua morada
    Ela é morena e muito formosa
    É lá que é sua morada
    Maria Padilha da Quimbanda
    Também trabalha na encruzilhada
    Mas no cruzeiro faz sua ronda
    E demanda na encruzilhada.

    Ponto Cantado 11:

    Meu garfo já chegou na terra
    Estou querendo guerra
    Meu garfo já finquei na terra
    Estou guerreando, estou guerreando
    Eu estou trabalhando
    Eu estou lhe limpando
    Estou lhe limpando.

    Ponto Cantado 12:

    Padilha minha Pomba Gira
    Padilha minha grande amiga
    Aonde você está estou a gritar
    Se está sempre me enganando
    É para me ajudar.

    Ponto Cantado 13:

    Quando eu nasci, eu era formosa
    E fui muito sacrificada
    Hoje moro no cruzeiro
    Ao lado de Pai Omulu
    Ele é pai feiticeiro
    Feiticeiro de muita força e luz
    Ele é dono do cruzeiro
    Ordenança de Ogum
    No seu reino eu vou vivendo
    As almas que me conduzem
    Me chamo Maria
    Dos 7 cruzeiros de luz.

    Ponto Cantado 14:

    Ela é Maria Padilha
    Ela agora vai girar
    É nas suas 7 calungas
    É lá que ela vai ficar
    É logo que ela vai girar
    Todo o mal ela vai levar
    E quem tiver inimigo
    Pensa em mim quando eu girar
    Pensa em mim
    Com muita firmeza
    Que todo o mal eu vou levar
    Quando eu chegar na minha morada
    O inimigo vai pagar
    É lá que a prestação de contas
    E as contas não vão falhar.

    Ponto Cantado 15:

    Deu meia noite
    A lua se escondeu
    Foi lá na encruzilhada
    Ouvi uma gargalhada
    E a Padilha apareceu
    Alaruê, alaruê, alaruê
    É mojubá, é mojubá, é mojubá
    Ela é Odara
    quem tem fé em pomba gira
    É só pedir que ela dá.

    Ponto Cantado 16:

    Dizem que Pombagira é uma rosa
    É uma rosa que nasceu no meio do espinho
    Maria Padilha, rosa sem espinho
    segue os meus passos ilumina os meus caminhos.

    Ponto Cantado 17:

    Abre a roda (bis)
    Deixa a Maria Padilha trabalhar
    Quando ela vem,
    Ela tem peito de aço, (bis)
    E o coração de um sabiá.

    Ponto Cantado 18:

    Foi Iansã quem te deu força
    Rainha de quem tem fé
    Vamos saravá (bis)
    Maria Padilha que mulher (bis).

    Ponto Cantado 19:

    A sua catacumba tem mistério,
    Mas, ela é a Rainha do Cemitério!
    Mas, ela é loira, dos olhos azuis,
    Maria Padilha, Filha de seu Omolu!

    Ponto Cantado 20:

    Padilha ó Padilha ó
    A pedra do seu anel
    Brilha mais do que o sol (bis)
    Com sua saia, sua rosa no cabelo,
    Como é bonito ver a Padilha no terreiro (bis).

    Ponto Cantado 21:

    Choveu, choveu,
    Só lá na calunga é que não choveu,
    É que a Padilha Cruzeiro das Almas
    Presta conta pra Deus.

    Ponto Cantado 22:

    Moça, me dá um cigarro do seu pra fumar,
    Porque dinheiro
    Eu não tenho pra comprar
    Vivo sozinho, vivo na solidão
    Maria Padilha me dê sua proteção
    Ô moça, ô moça, ô moça
    Me ajude com a sua força.

    Ponto Cantado 23:

    Cemitério é praça linda
    Que eu não quero passear (bis)
    Lá tem sete catacumbas,
    A Padilha mora lá
    Mora lá, mora lá
    A Padilha mora lá.

    Ponto Cantado 24:

    Sua gargalhada ecoa na madrugada
    Maria Padilha não é cinzas, ela é brasa
    Com sol ou lua, louvamos com fé
    Maria Padilha está pro que der e vier
    Não mexa com a Padilha, brincadeira ela não é
    Transforma espinho em rosas se fores merecedor
    Na barra da sua saia ninguém nunca encostou
    Labareda de fogo queima, é o aviso que ela dá
    Quem quer caminhos floridos, com ela não vai brincar.

    Ponto Cantado 25:

    Maria Padilha
    Estou cantando em seu louvor,
    Na barra da sua saia
    Corre água e nasce flor.

    Ponto Cantado 26:

    Umbanda, sua rainha chegou
    Umbanda, mais uma estrela brilhou (bis)
    O salve, salve a Pomba Gira
    Que veio da encruzilhada
    Para alegrar nossa gira
    O salve seu ponteiro de aço
    Salve a sua tesoura que
    Corta todo embaraço.

    Ponto Cantado 27:

    Quem viu o sol se esconder
    Quem viu a lua brilhar
    Quem viu o espinho da rosa
    Também vai ver Maria Padilha chegar (bis)
    Os seus olhos são verdes
    Sua cor é mulata
    Seus cabelos são negros
    E a sandália é de prata
    Numa mão tem perfume
    Na outra tem a flor
    Para Umbanda querida
    Maria Padilha traz paz e amor.

    Ponto Cantado 28:

    Quem mora lá em cima do coqueiro
    Deu meia-noite lá na encruzilhada
    É a Maria Padilha
    Ela é a rainha da madrugada
    Ô gira o exu e a sua faca brilha
    Vem girando
    Vem girando
    É o exu Maria Padilha

    Ponto Cantado 29:

    Exu Maria Padilha
    Trabalha na encruzilhada
    Toma conta, presta conta
    Ao romper da madrugada

    Pomba gira, minha comadre
    Me proteja noite e dia
    É por isso que eu zombo
    Das suas feitiçarias

    Exu Maria Padilha
    Trabalha na encruzilhada
    Toma conta, presta conta
    Ao romper da madrugada

    Pomba gira, minha comadre
    Me proteja noite e dia
    É por isso que eu zombo
    Das suas feitiçarias

    Ponto Cantado 30:

    Que linda rosa, mas que bela mulher

    É uma grande Pombo Gira, toda coberta de axé

    Eu peço a ti que me proteja ao longo dessa caminhada

    Abre nossos caminhos e nos dê sua proteção, Pombogira iluminada

    Laroyê, mas ela vem com sua coroa e perfumada

    Salve Maria Padilha, rainha das 7 encruzilhadas

    Ponto Cantado 31:

    E lá no céu eu avistei a lua cheia clarear

    E no terreiro dando as suas gargalhadas

    Maria Padilha, a Mojubá

    É a dona dos meus caminhos

    Ela está sempre comigo e nela eu posso confiar

    Ponto Cantado 32:

    Que lugar distante, numa rua tão deserta

    Tinha um cemitério antigo e uma catatumba aberta

    Dentro da cova tinha pano de caixão, tinha osso de defunto cravejado coração

    7 novelos de linha, tinha cadeado velho, tinha sangue de galinha

    E dentro da cova tinha um vulto ajoelhado

    Era Maria Padilha trabalhando pro diabo

    E vem serrar madeira, Maria Padilha

    Ponto Cantado 33:

    E abre a roda, oi deixa a Maria Padilha dançar

    Mas ela tem dois amores ao seu lado

    Um é seu marido outro é seu namorado

    Mas cuidado moço, eu vou te falar qual é

    É mulher de Tranca Rua e amante de Seu Zé

    Mas ela é linda, ela é linda demais

    Maria Padilha é mulher de Satanás

    Não mexa com ela, ela não mexe com ninguém

    Ela é ponta de agulha, quando mexe, mexe bem

    Ponto Cantado 34:

    Oh Padilha Padilha

    Tô lhe chamando (bis)

    Padilha tem mau costume

    Ela bate com pé e sai andando

    Ponto Cantado 35:

    Na família de pombo gira
    Só não entra quem não quer
    Na família de pombo gira
    Só não entra quem não quer
    É Maria Padilha, é Maria Mulambo
    É Maria Farrapo, é Maria Mulher
    É Maria Padilha, é Maria Mulambo
    É Maria Farrapo, é Maria Mulher

    Ponto Cantado 36:

    Maria Padilha, soberana da estrada,
    Rainha da encruzilhada, e também do candomblé,
    Suprema é uma mulher de negro,
    Alegria do terreiro, seu feitiço tem axé,
    Mas ela é, ela é, ela é, ela é,
    A Rainha da Encruza, a mulher de Lúcifer.

    Ponto Cantado 37:

    Vocês tão vendo aquela bruxa parada

    Aquela bruxa sentada

    Aquela bruxa em pé

    Mas ela é maria Padilha

    Rainha da feitiçaria

    Ponto Cantado 38:

    São dois amores, são duas paixões

    Todas essas duas moram no meu coração

    Sem Maria Padilha, eu não sei viver

    Mas sem Dona Figueira, acho até que vou morrer

    A História de Maria Padilha na Umbanda

    No vídeo à seguir, você poderá conferir a história de Maria Padilha contada por Kélida Marques, psicanalista e espiritualista.

    Ela é dona de um dos principais canais de espiritualidade do YouTube, com mais de 1 milhão de inscritos. O vídeo abaixo é da participação de Kélida Marques no INTELIGÊNCIA LTDA.

    Muitas são as versões de histórias contadas sobre a vida de Maria Padilha, a pomba gira mais conhecida das religiões afro-brasileiras, mas podemos afirmar que a história acima, contada por Kélida Marques, seja a que mais se aproxima da real história de vida de Maria Padilha pelo contato direto que esta médium possui com a entidade.

    Mas há histórias mais conhecidas do que esta apresentada por Kélida Marque e que podem ser encontradas nos romances espanhóis.

    E todas essas histórias de desamor e matrimônio que uniram uma rainha, um rei e sua amante, contadas por inúmeras pessoas apenas reforçaram o poder de Maria Padilha.

    Maria Padilha morreu antes do Rei de Castela e este fez seu velório e enterro como de uma grande rainha, a causa de sua morte foi por peste negra e foi sepultada nos jardins de seu castelo.

    Posteriormente à sua morte, e mais que por castigo de Jesus e por mando do Rei das Encruzilhadas, permanece na Terra e confins, comandando a sua quadrilha de mulheres e exus para todos os tipos de trabalhos.

    Maria Padilha, a mando do Rei das Encruzilhadas, foi convocada para comandar a sua falange de Pombas Giras e Exus, permanecendo como Rainha da Espanha, mas agora como Pomba Gira no Brasil, sendo encontrada na Umbanda, Quimbanda e Candomblé.

    Maria Padilha passou assim de esposa-amante do rei a “padroeira” das feiticeiras, um espírito poderoso, mau e infernal, suscitando paixão e devoção.

    Maria Padilha, rainha castelhana que com o tempo se transformou na mais venerada “deusa” do amor no Brasil e também, por ter protagonizado uma história de amor desaprovada em sua época, em uma diva que se tornou a personagem, durante os séculos posteriores, de romances, peças de teatro, lendas e óperas.

    A visão de uma mulher fatal e cruel que arrasta a Pedro, sempre hipnotizado por Maria Padilha, também deixou sua marca nas histórias, lendas e letras das baladas populares.

    Maria Padilha pode te ajudar se você entregar à ela o que ela gosta, pois ela é uma das principais entidades da esquerda na Umbanda e no Candomblé, uma Exu Mulher, uma pomba gira de grande força e de muita procura pelos consulentes.

    É muito procurada nos terreiros de Umbanda para as questões amorosas, para amores mal resolvidos, além de ajudar com amores correspondidos, mas que estão complicados, onde questões de bem e de mal são irrelevantes, como podemos notar no trecho de um ponto cantado:

    Ela é Maria Padilha
    De sandalinha de pau
    Ela trabalha para o bem
    Mas também trabalha para o mal

    Sempre se diz que quem é amigo de Maria Padilha alcança todos os seus favores, mas quem é seu inimigo corre sério risco.

    Em decorrência, é muito frequente, entre os adeptos, atitudes de medo e respeito para com Maria Padilha, mesmo quando dela não se pretende qualquer favor, como podemos perceber neste ponto cantado:

    Quem não me respeitar
    Oi, logo se afunda
    Eu sou Maria Padilha
    Dos sete cruzeiros da calunga
    Quem não gosta de Maria Padilha
    Tem, tem que se arrebentar
    Ela é bonita, ela é formosa
    Oh! bela, vem trabalhar.

    A Maria Padilha, cultuada nos candomblés e umbandas, é uma personagem muito popular no Brasil. Na umbanda formada nos anos 30, à partir do encontro de tradições religiosas afro-brasileiras com o espiritismo kardecista francês, Maria Padilha faz parte do panteão de entidades que trabalham na “esquerda”, isto é, que podem ser invocadas para “trabalhar para o mal”, em contraste com aquelas entidades da “direita”, que só seriam invocadas em nome do “bem”.

    Por influência kardecista na umbanda, Maria Padilha é o espírito de uma mulher (e não o orixá) que em vida teria sido uma prostituta ou cortesã, mulher de baixos princípios morais, capaz de dominar os homens por suas proezas sexuais, amante do luxo, do dinheiro e de toda sorte de prazeres.

    Embora conserve do candomblé a veneração dos orixás, a umbanda, religião que desenvolveu e sistematizou o culto à Maria Padilha como entidade dotada de identidade própria, é uma religião centrada no culto dos caboclos e pretos velhos, além de outras entidades.

    A umbanda, entretanto, dispõe de vasta bibliografia também sobre Maria Padilha que, como praticamente todas as entidades que baixam nos terreiros de umbanda, sempre vem para trabalhar, isto é, ajudar através da magia a quem precisa de ajuda e vai em busca dela.

    A umbanda praticamente eliminou o sacrifício ritual, por isso Maria Padilha tem sua “dieta” limitada aos seguintes alimentos: farofa de farinha de mandioca com azeite de dendê e pimenta, que é o padê, comida predileta de Exu; farofa de farinha de mandioca com mel; aguardente, vinho branco ou champanhe (cidra, uma espécie de champanhe barata feita de maçã); carne crua com azeite de dendê e pimenta; farofa com carne-seca desfiada e pimenta; coração de boi assado na brasa, com sal e pimenta.

    Na umbanda, a oferenda de alimento preferencialmente vai para um lugar fora do terreiro (encruzilhada, praia etc.), mas no candomblé as comidas são depositadas ao “pé de Maria Padilha”, isto é, junto às suas representações materiais compostas de boneca de ferro (geralmente com chifres e rabo, como o diabo), tridentes arredondados de ferro, lanças de ferro e correntes (elementos presentes também nos pontos riscados), representações que permanecem guardadas, longe dos olhos dos não iniciados, nas dependências reservadas para o culto de exu.

    Nos terreiros de umbanda e nos candomblés que cultuam as formas umbandizadas de exu, a concepção mais generalizada de Maria Padilha é de que se trata de uma entidade muito parecida com os seres humanos.

    Nem é de se estranhar que tenha sido a umbanda que melhor desenvolveu essa entidade, pois foi a umbanda, como movimento de constituição de uma religião referida aos orixás e aos pactos de troca homem-divindade e ao mesmo tempo preocupada em absorver a moralidade cristã, que separou o bem do mal, sendo portanto, obrigada a criar panteões separados para dar conta de cada um.

    Características de Maria Padilha na Umbanda

    Maria Padilha é a consorte de Exu, que é o mensageiro dos Orixás no Candomblé, considerada a pomba gira dos 7 reinos.

    Dessa forma, isso significa que ela é uma entidade espiritual com diversas características peculiares, como charme, encantos e a fama de feiticeira.

    Algumas características e preferências de quem tem a entidade são: sensualidade natural, preferência por cores como o vermelho e o preto, entre outras.

    Dependendo do tipo de Maria Padilha que se manifesta, pode ter características particulares, embora em geral existam algumas características comuns.

    Algumas representações de Maria Padilha mostram essas características como um ser promíscuo e falante.

    Maria Padilha das Almas na Umbanda

    Maria Padilha das Almas é uma das principais entidades da umbanda e do candomblé, repleta de amor, oferece ajuda para concretizar relacionamentos para pessoas que sofrem de paixões não recíprocas.

    É integra e firme quando assume um papel importante, não fugindo das responsabilidades; possui características como persistência, força e coerência, ao mesmo tempo em que é suave e meiga.

    Dentre as características de Maria Padilha das Almas, podemos destacar que ela é pura beleza, emana muito charme, passa confiança à todos os que procuram por ela.

    Maria Padilha das Almas é conhecida, também, por ajudar, em momentos de necessidade, as mulheres que precisam de alguém que possa colaborar com problemas sexuais ou férteis.

    Essa entidade recebe seus trabalhos, despachos ou oferendas tanto no Cruzeiro do cemitério, quanto nas encruzilhadas — isto só caberá a Maria Padilha das Almas decidir.

    Maria Padilha das Almas tem um caráter marcante, bem mais forte e autoritária que as outras entidades que trabalham regularmente com ela.

    Maria Padilha das Almas se veste de vermelho, preto e branco, gosta de joias, é associada à caveiras, rosas, tridentes e crucifixos e, em suas imagens, é sempre representada com uma mão na cintura e a outra segurando a barra da saia ou vestido.

    Pontos Cantados de Maria Padilha das Almas

    Ponto 01:

    Este ponto cantado é da Aldeia dos Caboclos e fez parte do álbum 6° Festival de Curimba. É um ponto de autoria de Wilson Zarpa e com interpretação de Eduardo Silveira e Wilson Zarpa através do grupo Curimba Nostalgia da Umbanda.

    Letra do Ponto:

    Avistei uma linda mulher de vestido negro,
    Cheirosa e charmosa
    Me tirou a tristeza do peito, falou filho de umbanda,
    por favor, não chora
    Ela disse que iria levar as infelicidades que eu tenho na vida
    Mas quando perguntei o seu nome sorrindo ela disse,
    Padilha

    Padilha, Maria Padilha das almas
    Padilha, Maria Padilha das Almas
    Tenho pena daqueles que pensam que essa Pombo Gira
    Pratica a maldade
    Faça a ela também seu pedido, mas faca com fé
    Nunca por vaidade
    Me rendi aos encantos da moça, confesso que estou enfeitiçado
    E por isso que eu peco a Padilha todos os dias para
    Estar ao meu lado

    Agradeço a essa Pombo Gira por toda bondade que ela me deu
    Pois sem mesmo fazer um pedido, a sua ajuda me ofereceu
    E é por isso que trago no peito a essa moca toda gratidão
    E você por ter certeza que ela faz morada no meu coração

    Ponto 02:

    Este ponto cantado foi composto por Monique Moura e Leandro Pedroso do canal Umbanda Verso e Prosa e, no vídeo abaixo, você vai escutá-lo na voz de Juliana D Passos e com Ogã Ninho de Iansã (Nilton Dias) no atabaque.

    Letra do Ponto:

    Laroiê, Dona Maria Padilha das Almas!

    É noite, rosa perfuma a madrugada

    Cabelo ao vento, enluarada

    Lá no cruzeiro sua essência floresceu

    Divina dona, da luz que nunca se apaga

    Guardiã das santas almas, mensageira de Oyá!

    Mas ela é

    Ela é a moça formosa

    Lição de vida, dona dos caminhos meus

    Minha rainha, laroyê minha senhora

    Salve Maria Padilha

    Força da mente, corpo e alma

    Minha rainha, laroyê minha senhora

    Salve Maria Padilha

    Força da mente, corpo e alma

    Poderosa pombo gira, sol do meu amanhecer

    Saravá Maria Padilha

    É ganga, é ganga, é laroyê

    Poderosa pombo gira, vem nos ventos de Oyá

    Guardiã da minha vida

    É ganga, é ganga, é mojubá!!

    Oh, Poderosa pombo gira, sol do meu amanhecer

    Saravá Maria Padilha

    É ganga, é ganga, é laroyê

    Poderosa pombo gira, vem nos ventos de Oyá

    Guardiã da minha vida

    É ganga, é ganga, é mojubá!!

    Beijo e aquele axè!

    Ponto 03:

    Esse ponto de Maria Padilha das Almas vem direto do canal Pontos de Umbanda.

    Letra do Ponto:

    Abre essa cova
    Quero ver tremer
    Abre essa cova quero ver balancear
    Maria Padilha das almas
    O cemitério é o seu lugar
    É na Calunga que a Padilha mora
    É na Calunga que a Padilha vai girar

    XV Festa em Homenagem à Maria Padilha das Almas Realizada em 31.07.2015

    História de Maria Padilha das Almas

    Conheça história de Maria Padilha das Almas que, em vida, teve sua encarnação marcada na entrega de um grande amor não correspondido.

    Assista o vídeo abaixo para entender tudo o que passou e em espirito superou todos os dessabores que vivera em sua ultima reencarnação

    Atenção: Psicografia recebida pela Médium Drika através de sua entidade Maria Padilha das Almas.

    Livro Recomendado:

  • Maria Padilha das 7 Encruzilhadas: Quem é, Imagem, Características, Histórias, Pontos Cantados, Orações e o que Gosta

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas: Quem é, Imagem, Características, Histórias, Pontos Cantados, Orações e o que Gosta

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas é uma entidade feminina representada pela imagem de uma mulher branca, de cabelos longos escuros ou vermelhos, que usa vestido vermelho e dourado e jóias, em um porte altivo e sensual.

    Algumas imagens de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas podem ser representadas por uma mulher morena, mas a grande maioria são representadas por mulheres de pele branca.

    Uma das representações mais populares de Maria Padilha das 7 Encruzilhada em imagem é de uma dama com o busto à mostra e vestindo apenas uma saia vermelha, mas também podemos encontrá-la somente com as roupas de baixo e capa vermelha, ou de vestido longo, e portando acessórios, como facão, bastão de rainha, colar… não sendo raro também encontrá-la em versão loira.

    Sua missão é limpar os caminhos e abrir as portas que se encontrarem fechadas.

    É uma das pombas giras mais queridas pelo povo da quimbanda e umbanda, pois ela é muito próxima dos humanos e sua energia é muito similar a nossa.

    É uma entidade calma e tranquila, mas quando chega ao mundo solta sua gargalhada, onde expressa todo o seu poder de vitória, vindo na linha de Iansã.

    Assim como é representada por muitas de suas imagens, dizem que ela é loira e têm olhos azuis, mas alguns dizem que é morena dos cabelos negros.

    Suas oferendas são sempre as mais caras, pois ela é muito exigente. Podem ter velas vermelhas, douradas, brancas e/ou pretas (se solicitado); champanhe; cigarrilhas ou cigarros; rosas vermelhas; maçãs e outras frutas; enfeites; pipocas; perfumes e rosas; sempre colocadas nas encruzilhadas.

    Os ebôs (Candomblé) são pata preta, pomba preta, cabra preta, levando fubá de milho e azeite de dendê.

    Seus símbolos são pássaro, tridente, lua, sol, chave e coração. Maria Padilha das 7 Encruzilhadas também é conhecida no sudeste do Brasil como “Dona 7”.

    Apresenta-se como uma mulher de meia-idade, muito reservada, fina, alegre, educada, inteligente e culta.

    Não é arrogante, mas exige respeito. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, todos os exus a respeitam.

    Trabalha pela fé e pela esperança, desfazendo trabalhos, libertando as pessoas das correntes que as aprisionam; trazendo aos seus protegidos muita fé e coragem em suas jornadas.

    Amada guardiã, que está sempre pronta a auxiliar a quem a ela recorre.

    Trabalhadora da Lei e, como seu nome diz, para 7 Encruzilhadas. No entanto, isso não quer dizer que ela fica parada nas encruzilhadas das ruas, é um modo simbólico de referência ao tipo de trabalho que realiza.

    Sabemos que este trono pertence a Oxalá, então esta amada senhora trabalha para todas as 7 linhas, para os 7 sentidos.

    Ela atua no entrecruzamento vibratório dos tronos, em beneficio dos que as procuram.

    Podemos dizer, então, que ao fazer uma abertura de caminhos, se o fizer em 7 Encruzilhadas, estará pedindo auxilio nos 7 sentidos: FÉ, AMOR, CONHECIMENTO, JUSTIÇA, LEI, EVOLUÇÃO e GERAÇÃO, ou seja, caminhos realmente abertos!

    Pois esta guardiã desembaraça situações em nossas vidas que necessitam de ajustes, mas sempre de acordo com nosso merecimento.

    Observação: Todos os exus ou pombas giras atuam em abertura de caminhos, não só aqueles que tem o nome Encruzilhadas ou Cruzeiro no nome.

    Todos trabalham para vários assuntos.

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas têm também por atribuição repasse de informações, aceitação das oferendas, acesso aos “portais” bem como guarda de terreiros e templos religiosos em geral, não só os umbandistas.

    Assim como os exus, ela:

    1. Tem palavra e a honra;
    2. Busca evoluir;
    3. Por sua função cármica de guardiã, sofre com os constantes choques energéticos a que está exposta;
    4. Afasta-se daqueles que atrasa a sua evolução;
    5. Esta entidade mostra-se sempre justa, dificilmente demonstrando emotividade, dando-nos a impressão de ser mais “dura” que as demais entidades;
    6. É caridosa e trabalha nas suas consultas mais com os assuntos terra a terra;
    7. Sempre está nos lugares mais perigosos para a alma humana;
    8. Quando não está em missão ou em trabalhos, demonstra o imenso amor e compaixão que sente pelos encarnados e desencarnados.

    Como o próprio nome já diz, é a pomba gira que acompanha o Sr. 7 Encruzilhadas.

    Ela é a Rainha do Reino das Encruzilhadas, que abriga o maior número de exus de todos os Reinos.

    Ela é a terceira pessoa das Pombas Giras Maiorais na hierarquia da Quimbanda ao lado do Sr. Exú Rei (Rei das 7 Encruzilhadas).

    Ela era tida como a deusa do amor e da guerra. Seu generais diretos são Exu Veludo e Exu dos Rios, assim como os outros generais que se encontram, muitas vezes, sob a sua supervisão direta.

    Lembrando que os Generais são Exu Marabô das 7 Encruzilhadas, Exu Tiriri Lonan, Exu Tranca Ruas das 7 Encruzilhadas e outros que assumem postos de comando nos Reinos das Encruzas, todos eles estão sob as ordens de Sr. 7 Encruzilhadas e da Pomba Gira 7 Encruzilhadas.

    Por isso, muitas das vezes, ela se apresenta como Maria Padilha Rainha das 7 Encruzilhadas.

    Observação: Um médium que trabalhe com esta pomba gira não precisa, necessariamente, trabalhar com o Sr. Rei das 7 Encruzilhadas.

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas é uma pomba gira bonita e considerada uma dama da madrugada, pois é a rainha da encruzilhada e a senhora da magia.

    Ela esconde mistérios e é uma entidade controvertida nos cultos afro-brasileiros.

    Festas são celebradas em homenagem, agradecimento e culto à Maria Padilha das 7 Encruzilhadas, que também é adorada através de imagens.

    Ela é uma pomba gira rainha, que não descansa enquanto não atende todos os pedidos que à ela são feitos.

    Ela é brincalhona, faz algazarras, mas trabalha sério, principalmente na união entre duas pessoas.

    Um assentamento para Maria Padilha das 7 Encruzilhadas, em um terreiro, também pode ser feito para se obter a ajuda desta pomba gira, principalmente se você quer a proteção dela, e não somente uma ajuda relacionada à amor ou à qualquer outra área da sua vida.

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas é uma bela, mas também uma grande pomba gira, toda coberta de axé!

    E repito: hoje, Maria Padilha das 7 Encruzilhadas é um dos maiores nomes de entidades da Umbanda, integrante de uma falange de pombas giras das encruzilhadas, que dá conta de causas consideradas impossíveis.

    Histórias de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas é uma entidade que possui muitas histórias e lendas.

    Seu nome significa Rainha do Fogo e ela já teve várias encarnações na Terra.

    Em uma de suas encarnações, foi mulher de cabaré, uma linda mulher, que tinha muitos clientes, mas, hoje, faz parte da Umbanda e outras religiões e cultos e ilumina caminhos, leva o mal embora e tem uma história única, tanto sobre suas encarnações quanto sobre seus trabalhos no plano espiritual.

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas é uma guia espiritual que, quando encarnada, também já ficou conhecida como uma das mais lindas cortesãs, que encantou o coração de um rei da França.

    Á seguir, você poderá conferir duas dessas histórias associadas às encarnações de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas.

    História 01

    Segundo a lenda, foi nascida por volta de 300 AC, no Egito, na planície de Gizé, às margens do Rio Nilo, onde viveu até seus 15 anos.

    Dona de rara beleza e curvas sinuosas, conheceu seu amor Plácido, mas, algum tempo depois, Tebas, onde vivia, foi invadida por soldados romanos e ela foi levada por um centurião romano para Roma, onde passou a ser escrava.

    Ela não suportava a distância e as saudades de seu grande amor, que ficou no Egito.

    Obstinada por sua liberdade, acaba envenenando seu raptor.

    Sem ser apanhada pelo crime cometido, ela passa a ser de outro centurião.

    Indignada, planeja de outra forma a morte de seu dono.

    Após conseguir sua intenção, novamente muda de posse por outras cinco vezes.

    Cansada de buscar sua liberdade, se suicida.

    Hoje, no templo de Umbanda, trabalha pela fé e esperança, desfazendo trabalhos, libertando as pessoas das correntes que as aprisionam, trazendo aos seus protegidos muita fé e coragem em suas jornadas.

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas é uma mulher com jeito de cigana, mas que se veste como uma dama.

    História 02

    Confira à seguir a história de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas e divulgada por Tiago ogã opaotun.

    Eu era mulher de cabaré, uma linda mulher.

    Tinha muitos clientes, mas um deles, em especial, mexia comigo.

    Era soldado e, de tempos em tempos, conseguia folga de seu Exército e vinha para o cabaré.

    Quando ele vinha, a minha atenção era só dele!

    Procurava não me apegar a nenhum cliente, mas como ele era diferente…

    Nunca falamos em sentimentos, mas era notável, e assim o tempo foi passando e aquele sentimento aumentando.

    Quando ele ia pras batalhas, eu perdia o sono.

    Mas ele amava aquela vida e adorava me contar como havia sido as batalhas e mortes, eu escutava atenta enquanto olhava nos olhos dele, que brilhavam só de falar das batalhas vencidas…

    Mas aquele homem cruel, sem piedade, se transformava perto de mim, pareciam duas pessoas diferentes, eu causava esse efeito nele!

    Por mais que fosse apenas por uma ou duas noites, sabendo que logo ele iria partir, me deixando novamente sozinha.

    Ele havia ido pra batalha, eu não tinha noticias, o tempo foi passando e a agonia no peito aumentando.

    Eu já não conseguia satisfazer as vontades dos outros clientes, não conseguia dormir, não conseguia comer.

    Em minha mente, o desespero tomava conta.

    As colegas de serviço insistiam pra que eu pelo menos fosse ao salão me distrair um pouco, tomar uns drinks, mas eu nunca ia.

    Até que em uma noite, eu resolvi descer ao salão.

    E assim fiz! Troquei de roupa e, mesmo sem me arrumar muito, eu desci.

    Na verdade, minha intenção era tomar um porre pra esquecer de mim e do meu sofrimento!

    Salão cheio, as meninas todas belas, tudo fluía bem…

    Me sentei no canto e enquanto conversava com a minha colega que trabalhava no bar, eu bebia, e assim seguiu a noite.

    Até que um homem se aproximou… Eu disse que não estava trabalhando, mas ele, bêbado, continuou insistindo.

    Eu, já um pouco alterada, mas sempre muito educada, sempre lhe respondia que naquele dia eu não iria atender as suas vontades.

    Depois de ouvir muitos “Nãos”, ele se afastou.

    Até achei que ele havia ido embora…

    Continuei bebendo e, lembrando do meu amor: Que saudades daquele homem!

    Por onde ele andava? Porque não mais voltou?

    Altas horas da madrugada, eu já me via chorando na mesa lembrando do meu amor.

    Foi quando a dona do cabaré se aproximou e disse que eu estava chamando a atenção com meu sofrimento.

    Pediu pra mim ir pra fora me recompor, enxugar as lagrimas e voltar pro salão!

    Prontamente, atendi o seu pedido. Fui para calçada, onde sentei e, olhando pra lua, chorei, chorei com a alma, por onde andava aquele homem?

    Eu não devia ter me apegado! Estava perdida em meus pensamentos quando me puxaram pelos cabelos!

    Fui arrastada até um beco escuro, torturada e abusada até a morte e, se já não bastasse tamanho sofrimento, me desprendi do corpo e vi o maldito homem que tanto insistiu pra que eu ficasse com ele, me matando e me cortando em pedaços.

    Na tentativa de esconder os meus restos, ele me colocou em um saco e foi carregando, mas o saco se rasgou e, em cada encruzilhada, um pedaço meu ficava.

    Foram 7 encruzilhadas… Minha alma não tinha paz, e vagava pelas ruas por onde eu vivi, e no cabaré, eu ainda precisava saber do meu amor…

    Dias depois de minha morte, ele retornou, mas já era tarde! Sabendo do ocorrido, ficou enlouquecido e se juntou com seus colegas, indo atrás do maldito que havia acabado com minha vida!

    Justiça foi feita, feita pelas mãos do homem que eu amava! …

    E, até hoje, eu comando as 7 Encruzilhadas!

    Pontos Cantados de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas tem vários pontos cantados que à saúdam e saúdam o seu poder e força em atender pedidos.

    Á seguir, você pode conferir 7 lindos pontos cantados de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas em vozes maravilhosas.

    Ponto Cantado 01

    No vídeo abaixo, você pode conferir Larissa Rodrigues cantando um belo ponto de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas para o extinto canal Rádio Toques de Axé.

    Letra do Ponto:

    Mandei fazer uma coroa de brilhantes para lhe oferendar

    Ela me disse: Não precisa diamantes,

    Sua palavra é o bastante pra me dar

    Lhe entreguei toda dor, todo tormento

    Toda tristeza que tinha no coração

    Maravilhosa, aliviou o meu sofrimento

    Me ensinou a ter amor e compaixão

    Na madrugada, me encontro a meditar

    Tanta firmeza que encontrei naquele olhar

    Tantas certezas ditas nas suas palavras

    Ela é Rainha das Sete Encruzilhadas

    Soberana e formosa

    E em noite enluarada

    Ela vem firmar seu ponto

    No meio da encruzilhada

    Sua coroa é de Rainha

    Seu perfume é de mulher

    Ela é 7 Encruzilhadas

    Trabalha pra quem tem fé

    Ponto Cantado 02

    No vídeo abaixo, você pode conferir um ponto cantado de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas de autoria do canal Purezatabaque.

    Letra do Ponto:

    Eu sou rainha, sou a luz na madrugada
    Luz que ilumina, escuridão na encruzilhada
    Eu sou mulher, que ajuda e que ampara
    A quem precisa, quem merece e quem me agrada

    Num lindo jardim, 7 rosas encontrei
    7 rosas com espinhos
    E 7 espinhos eu tirei
    Eu sou Padilha, rainha das 7 encruzilhadas
    Sou pombo gira e trabalho na madrugada.

    Ponto Cantado 03

    No vídeo abaixo, temos Juliana D. Passos, do Canal Macumbaria, interpretando uma linda cantiga em homenagem à Pombo Gira Rainha das Sete Encruzilhadas, de autoria dos compositores do Projeto Mestres da Magia.

    Letra do Ponto:

    Ela vem girando, girando, girando
    E dando risada

    Ela vem girando, girando, girando
    E dando risada

    Cuidado amigo,
    Que ela está de saia rodada

    Cuidado amigo,
    Que ela está de saia rodada

    Salve elas, Laroyê!

    Rosa Vermelha
    Rosa Vermelha sagrada
    Rosa Vermelha
    É a Pombo Gira Rainha das Sete Encruzilhadas

    Rosa Vermelha
    Rosa Vermelha sagrada
    Rosa Vermelha
    É a Pombo Gira Rainha das Sete Encruzilhadas

    Ponto Cantado 04:

    No vídeo abaixo, você escutará mais um ponto de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas, dessa vez gravado pelos Filhos de Jurema e de autoria de Wagner Verçosa.

    Letra do Ponto:

    Rosa vermelha,
    Rosa que encantou o meu jardim,
    Rosa mais formosa da umbanda,
    Veio para vencer demanda ,
    Vem sorrindo para mim,
    Oi abre a roda deixe a moça passar,
    Sete encruzilhada rainha do meu conga

    Ponto Cantado 05:

    No vídeo abaixo, você irá conferir o ponto cantado de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas intitulado Luz na Madrugada e de autoria do canal Purezatabaque.

    Letra do Ponto:

    Eu sou rainha, sou a luz na madrugada
    Luz que ilumina, escuridão na encruzilhada
    Eu sou mulher, que ajuda e que ampara
    A quem precisa, quem merece e quem me agrada

    Num lindo jardim, 7 rosas encontrei
    7 rosas com espinhos
    E 7 espinhos eu tirei
    Eu sou Padilha, rainha das 7 encruzilhadas
    Sou pombo gira e trabalho na madrugada.

    Ponto Cantado 06:

    No vídeo abaixo, você escutará um dos mais antigos pontos cantados de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas.

    Letra do Ponto:

    Exu Maria Padilha
    Trabalha na encruzilhada
    Toma conta, presta conta
    Ao romper da madrugada

    Pomba gira, minha comadre
    Me proteja noite e dia
    É por isso que eu zombo
    Das suas feitiçarias

    Orações à Maria Padilha das 7 Encruzilhadas

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas possui muitas orações. A maioria voltada para amor e relacionamento.

    As orações à Maria Padilha das 7 Encruzilhadas são muito poderosas e, muitas vezes, são orações de atração, para que uma pessoa goste e se sinta atraída pela outra.

    Através das orações, é possível fazer todos os tipos de pedidos à Maria Padilha das 7 Encruzilhadas, que é muito celebrada nas religiões afro-brasileiras, incluindo a Umbanda, e esta pomba gira é dotada de grande sabedoria.

    Se você quer que alguém pense em você, peça à Maria Padilha das 7 Encruzilhadas, pois ela é uma entidade mestra, um espírito de raríssima incorporação, que faz um trabalho enorme em benefício da nossa sociedade.

    Á seguir, você pode conferir as orações mais conhecidas de Maria Padilha das 7 Encruzilhadas.

    Oração à Maria Padilha das 7 Encruzilhadas para Fazer um Pedido de Paixão e Desejo

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas é uma pomba gira que sabe definitivamente fazer com que uma pessoa fique apaixonada por outra, concedendo poder à quem à ela recorre.

    Se você quer que alguém te procure, não importa com quem estiver ou onde estiver, peça à Rainha Maria Padilha das 7 Encruzilhadas.

    Ele ficará louco somente com este pedido que você fizer à Rainha Maria Padilha das 7 Encruzilhadas.

    Ele vai ter prazer só de ouvir a sua voz e você se tornará uma pessoa muito boa de cama, que vai te dar o poder de conquistar qualquer homem.

    Vocês irão se amar loucamente… mas você deverá divulgar Maria Padilha das Sete Encruzilhadas em troca deste pedido e agradecê-la, demonstrando confiança, pois ela irá abrir os seus caminhos e será sua guardiã.

    “Salve Pomba Gira Maria Padilha das Sete Encruzilhadas!

    Atrás de mim, você, (nome da pessoa amada), vai vir de rastros, apaixonado e manso.

    Salve Pomba Gira Maria Padilha Rainha das Sete Encruzilhadas!

    Conheço a tua força e o teu poder, te peço que me atenda o seguinte pedido:

    Que (nome da pessoa amada) não coma e não durma, não beba, não trabalhe, não consiga se divertir, se não estiver ao meu lado.

    Que seu corpo queime de paixão por mim.

    (Nome da pessoa amada), que seu desejo por mim o deixe cego para outras pessoas.

    Que ninguém consiga fazer com que sinta prazer, somente eu terei esse poder.

    Que (nome da pessoa amada) deixe de vez todas as outras mulheres que tiver na rua, e não procure mais nenhuma outra que não seja eu.

    Que (nome da pessoa amada) me procure a todo instante, hoje, agora, desejando estar ao meu lado.

    E que me tenha em seus pensamentos o tempo todo.

    Agora, com quem estiver, onde estiver, ele, (nome da pessoa amada), irá parar, porque o seu pensamento está em mim, ele irá ficar louco de paixão e ficará com os pensamentos somente em mim.

    Neste momento, peço a ti, minha Rainha Maria Padilha das Sete Encruzilhadas, que faça (nome da pessoa amada) ficar louco de paixão por mim.

    Ficará louco de vontade de estar comigo, de me abraçar, me beijar e me amar como nunca amou.

    E, ao deitar e acordar, que tenha sonhos comigo, fazendo assim com que se apaixone cada vez mais por mim.

    Peço ajuda a ti, minha Rainha Maria Padilha das Sete Encruzilhadas, que faça (nome da pessoa amada) me achar linda, me achar gostosa e achar o meu corpo lindo e que fique louco por mim, sinta muitos ciúmes também.

    Que (nome da pessoa amada) sinta prazer somente por ouvir minha voz.

    Faça ele sentir por mim uma paixão fora do normal, como nunca sentiu por outra e nunca sentirá.

    Peço a ti, minha Rainha Maria Padilha das Sete Encruzilhadas, que me torne uma pessoa muito boa de cama, fogosa, atraente, sedutora, sexy.

    Me dê o poder de conquistar a todos os homens que eu quiser, e que eu leve (nome da pessoa amada) à loucura.

    Quando estivermos nos amando, que ele sinta todas as emoções que jamais sentirá com outra.

    Que nós dois possamos nos amar loucamente, como ele nunca fará com nenhuma outra mulher, que a gente sempre consiga completar um ao outro.

    Agradeço a você, por estar junto de todos os outros trabalhando a meu favor.

    Vou divulgar seu nome em troca deste pedido, de trazer (nome da pessoa amada) muito apaixonado, carinhoso, fiel, romântico e amável comigo.

    Obrigado minha Rainha Maria Padilha das Sete Encruzilhadas, confio em teus poderes e quero que estejas sempre junto de mim, me tornando uma pessoa muito linda, jovem, delicada, amada, soberana e querida por todos, como ti.

    Peço que abra meus caminhos e ajude-me a conseguir tudo que eu quero, principalmente o amor de (nome da pessoa amada), com urgência e rapidez.

    Muito obrigada por tudo. Seja minha guardiã em todos os momentos.”

    Oração à Maria Padilha das 7 Encruzilhadas para Amarrar o Espírito da Pessoa Amada ao seu

    Maria Padilha das Sete Encruzilhadas e os poderes dos quatro elementos são forças poderosas que podem fazer com que a pessoa que você ama lhe corresponda e volte para você o mais rápido possível.

    Ela(e) se sentirá bem só ao seu lado e sentirá tesão só por você. As pombas giras amigas são fortes e poderosas o suficiente para fazer com que a pessoa que você ama queime de desejos por você e sinta prazer só com você.

    Se você quer que ela(e) assuma você, deseje estar ao seu lado, pense em você a todo momento e te ame a cada dia mais, peça isso à Maria Padilha das 7 Encruzilhadas.

    Ela irá amarrá-la(o) em você, irá trabalhar ao seu favor, basta confiar nas falanges dela e divulgar a oração após fazê-la.

    Maria Padilha das Sete Encruzilhadas, vá até onde (nome da pessoa amada) estiver e faça com que ela(e) não descanse enquanto não falar comigo.

    Que assim seja pelos poderes da terra, pela presença do fogo, pela inspiração do ar, pelas virtudes da água.

    Invoco as Treze Almas Benditas pela força dos corações sagrados e das lágrimas derramadas por amor, para que se dirijam até onde está, neste momento, (nome da pessoa amada) e traga o seu espírito até mim, amarrando-o definitivamente ao meu.

    Que seu espírito se banhe na essência do meu amor e me devolva o amor em dobro.

    Que (nome da pessoa amada) jamais deseje outra pessoa e que tenha olhos só pra mim… e que assim seja!

    Salve Maria Padilha Rainha das 7 Encruzilhadas!

    Te peço assim agora: gira, vai mulher, gira ao meu favor, trazendo (nome da pessoa amada) para mim, pedindo assim… ar move, fogo transforma, água forma, terra cura, e a roda vai girando, vai girando, e a roda vai girando, vai trazer (nome da pessoa amada) de volta o mais rápido possível para perto de mim.

    Que não queira outra pessoa, que sinta-se bem só ao meu lado.

    Que ela(e) sinta a minha falta e venha ao meu encontro e me peça para que eu nunca a(o) abandone.

    Que (nome da pessoa amada) sinta tesão somente por mim e não consiga mais parar de pensar em nós dois juntos.

    Assim seja e assim será! Salve Pomba Gira!

    Salve Sete Saias! Salve suas irmãs, Maria Mulambo, Maria Padilha, Arrepiada, e todas as outras da falange!

    Salve Sete Saias! Minha boa amiga, mulher de 7 exus, defensora das mulheres e dos homens!

    Salve Sete Saias! Minha boa e gloriosa princesa!

    Conheço a tua força e o teu poder, peço que atenda o seguinte pedido: que (nome da pessoa amada) não durma se não tiver a certeza que estamos juntos.

    Que o corpo de (nome da pessoa amada) queime de desejo por mim.

    Que o desejo de (nome da pessoa amada) por mim a(o) deixe cega(o) para outras pessoas, que elas não consigam mais vê-la(o) como mulher/homem.

    Que outros(a) homens/mulheres e outras pessoas nunca consigam fazer com que (nome da pessoa amada) sinta desejos e prazer para com elas, somente eu terei esse poder.

    Que (nome da pessoa amada) deixe de vez de amar, beijar e abraçar qualquer outra pessoa e me assuma em seu coração.

    Afaste dela(e) as outras pessoas, que elas não a(o) desejem mais também.

    Que (nome da pessoa amada) me procure a todo instante, hoje, agora, desejando estar ao meu lado, que esteja com saudades.

    Que (nome da pessoa amada) sempre tenha a minha imagem em seu pensamento em todos os momentos do seu dia.

    Agora, com quem estiver, onde estiver, você, (nome da pessoa amada), irá parar, porque o seu pensamento estará em mim.

    Ao deitar, ao acordar, que tenha sonhos comigo, fazendo assim com que me ame a cada dia mais.

    Se estiver dormindo, que acorde com saudades de mim.

    Que sinta prazer somente em ouvir a minha voz.

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas, faça (nome da pessoa amada) sentir por mim um desejo fora do normal, como nunca sentiu por ninguém e nunca sentirá.

    Salve Sete Saias! Minha boa e gloriosa princesa!

    Pelos 7 exus que acompanham seus passos, rogo e suplico que amarre (nome da pessoa amada) nos 7 nós de suas saias e nos 7 guizos de sua roupa para mim.

    Agradeço por estar trabalhando a meu favor.

    Vou divulgar seu nome em troca deste pedido de trazer (nome da pessoa amada) hoje e sempre comigo, para que ela(e) se torne minha/meu e largue os(as) outros(as) pra sempre, e fique só comigo, e ainda hoje pense em mim e me ligue, e retorne logo, pois não conseguirá ficar longe de mim, pois terá medo de me perder, que venha dizendo que me quer sempre junto dela(e).

    Assim seja e assim será! E assim está feito!

    Confio nas falanges da pomba gira Rainha das 7 Encruzilhadas.

    Cada vez que for lida essa oração, mais forte ela se fará, por isso vou mandar aos 4 cantos do mundo pedindo ó mãe, que me conceda o pedido de estar com (nome da pessoa amada).

    Sei que os espíritos das falanges da pomba gira já estão soprando no ouvido de (nome da pessoa amada) o meu nome de dia e de noite.

    Ela(e) daqui mais um pouco não vai comer, dormir ou fazer coisa alguma a não ser se estiver comigo.

    Confio no poder das 7 Encruzilhadas e vou continuar divulgando esta oração poderosa.

    Assim seja e assim será!

    O que Maria Padilha das 7 Encruzilhadas Gosta?

    Maria Padilha das 7 Encruzilhadas gosta de beber. Suas bebidas prediletas são champanhe e vinho branco, mas ela também gosta de licor de aniz, Prosecco, Demi Seco, Campari e martini.

    Para servi-la, você pode comprar uma taça de pomba gira. Com certeza, isso irá agradá-la muito.

    Ela gosta de cigarro de filtro vermelho e cigarrilha, de mel, perfumes, enfeites e adora rosas vermelhas, de andar bem arrumada, repleta de jóias ou bijuterias bonitas.

    Ela ama flores, sempre escolhidas com carinho e atenção, pois tudo que você oferecer será em seu beneficio.

    Além disso, Maria Padilha das 7 Encruzilhadas gosta das cores vermelho, preto, maravilha e dourado; de tecidos finos e de vela vermelha ou vermelha e preta.

    É muito objetiva e sempre gosta de conversar com pessoas que realmente sabem o que querem.

    Não gosta de desafio, mas se a desafiarem… é com ela mesma. Gosta de atuar na carreira, estabilidade, proteção, ascensão social, amor, união e harmonia familiar.

    Livros de Maria Padilha em PDF: