São Cipriano e Vampirismo Estão Ligados?
Vampirismo e bruxaria estão intimamente ligados a São Cipriano, afinal estamos falando de um poderoso feiticeiro que praticava grandes mágicas, incluindo sacrifícios.
Apesar de comum nos dias de hoje, casos de vampirismo quase sempre são desconhecidos dos leigos. Existem duas formas de vampirismo: o vampirismo energético e o vampirismo físico.
De todos os casos de vampirismo, um dos mais alarmantes é o de Arnold Paul, um veterano da guerra da Turquia.
O que torna o caso dele mais interessante é a onda de vampirismo que se seguiu a ele, e a ampla documentação feita por especialistas, narrando os desdobramentos advindos, e as pessoas envolvidas.
Algum tempo depois, vários casos de vampirismo apareceram na mesma região que Arnold Paul viveu e varreu a comunidade.
A magia, como um todo, está inclusa na história do vampirismo, seja a bruxaria, o xamanismo ou o vodu — não importa o rótulo.
Mas onde reside o motivo dessa associação? É mera crendice? Muito possivelmente não; quase sem medo de errar, a afirmação mais correta seria a de que a magia é a grande motivadora do vampirismo.
Para as culturas antigas, o vampirismo estava intimamente associado ao feminino: Lâmia, Lilith e uma infinita turba de lascivas e demoníacas entidades femininas.
O vampirismo estava associado à prática da magia, e bruxas e feiticeiros, como São Cipriano, eram os candidatos, ou todos que estavam fora da fé cristã.
Em Montenegro, havia um termo para a bruxa ligada ao vampirismo: Vjeshtitza. Na Espanha, a bruxa também foi associada ao vampirismo, em especial ao furto de recém-nascidos para vampirizá-los.
Aleister Crowley, um membro da Ordem Hermética da Aurora Dourada e influente ocultista britânico, alerta que certas práticas de vampirismo, além de drenar o indivíduo, podem escravizar sua alma após a morte.
Na América Central e Latina, nós temos relatos de “bruxas” ligadas ao vampirismo, como a Tlahuelpuchi. Montague Summers, um escritor e clérigo inglês, afirma que, no México, pessoas associadas à magia também eram ao vampirismo.
No México, também há uma conexão entre a licantropia e o vampirismo. No Oriente, o vampirismo é relacionado à magia.
O vampirismo está associado à magia e à bruxaria em todo o mundo. Os médiuns, após as sessões de materialização, ficam extenuados; ao que tudo indica, muito da sua energia é gasta na materialização, mais um motivo para que os magos negros se valham do vampirismo para abastecer-se de energia.
Outro fato relevante é que os médiuns apresentam alguns sintomas das vítimas de vampirismo, mas de forma alguma esse fenômeno se restringe ao dito espiritismo.
Indagar o porquê do vampirismo nos traz uma infinidade de motivos. Distúrbios nos corpos sutis podem ocasionar o vampirismo, mesmo sem a pessoa ter consciência do que faz.
A ligação do vampirismo com a sexualidade é proverbial, inclusive há vários relatos da atividade sexual intensa de alguns vampiros, sendo que entidades vampíricas das mais diversas culturas têm um grande interesse na energia sexual dos humanos.
Alguns relatos de vampirismo mencionam o aspecto de uma única narina sendo utilizada. Muito possivelmente, o vampiro está vinculado apenas à corrente lunar.
O fato em si levanta uma série de indagações, e nos leva a uma observação: a de que o vampirismo está intimamente ligado ao feminino, e às energias a ele relacionadas, sendo o fenômeno do vampirismo um desequilíbrio entre as duas energias, feminina e masculina, lunar e solar, Seth e Hórus, etc.
O fundador do cristianismo, Jesus, sabia perfeitamente dos arcanos secretos do Vampirismo, daí a preocupação com seu sangue.
A Igreja, exímia em criar formas de estabelecer o seu poder, usou, entre os vários elementos, dois muito relevantes ao Vampirismo: a excomunhão e o exorcismo.
Leone Allaci, um erudito, teólogo, autor e libretista grego, publicou em 1645 suas observações e teorias a respeito do vampirismo.
Seu foco foi a Grécia, sua terra natal. Também para ele, o diabo é um elemento decisivo para o fenômeno do vampirismo.
Giuseppe Davanzati, um arcebispo católico italiano, também foi um crítico da histeria sobre o vampirismo, tentando desmistificar o fenômeno.
A ligação entre o vampirismo e o satanismo é evidente para muitas pessoas. Em 1645, Léo Allatius escreveu o primeiro livro que tratava do vampirismo, o que nos faz imaginá-lo como um assunto que preocupava algumas comunidades paroquiais.
A Inquisição da igreja cristã foi o elemento que jogou de vez tanto a bruxaria quanto o vampirismo para o lado do satanismo.
Voltando à descrição de Allatius, que estudou profundamente o vampirismo na Grécia, o vampiro grego (Vrykolakas) era definido como tendo o corpo incorruptível, não sofrendo a putrefação natural.
Dom Augustin Calmet fez um amplo estudo sobre os casos de vampirismo na Europa Oriental e tinha a mesma opinião de Allatius, ou seja, também pensava que os demônios animavam o corpo dos mortos.
Léo Allatius cita o Malleus Maleficarum (O Martelo das Maléficas, um guia de caça às bruxas), no qual as mesmas regras para a existência da bruxaria eram aplicadas ao Vampirismo, ou seja, a permissão de Deus (muito engraçado, em qualquer tribunal humano Deus seria cúmplice).
O aumento das superstições vampíricas na Europa levou a uma histeria coletiva, resultando, em alguns casos, na perfuração de cadáveres com estacas e acusações de vampirismo.
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