Categoria: Religião

  • São Cipriano e Wicca

    São Cipriano e Wicca

    Será que existe alguma ligação entre São Cipriano e a Wicca? Muitos relacionam o livro de São Cipriano com a Wicca, mas fazem isso por não se aprofundarem nos estudos da Wicca.

    Na verdade, a Wicca nada tem a ver com São Cipriano. De acordo com o site caldeiraodecirce.blogspot.com, os wiccanos ou wiccanianos não creem no diabo cristão e, por obviedade, não o invocam em seus sabás.

    Pratica Wicca de forma correta aquele que celebra o ciclo vida-morte-renascimento. A Wicca é uma religião neopagã e não pré cristã, por isso, apesar de celebrar também a morte, uma pessoa que pratica Wicca não sacrifica animais, por mais que possamos constatar que civilizações pré cristãs o faziam.

    Não tem nada a ver uma pessoa que se diz praticar Wicca buscar em São Cipriano algum ensinamento. Sendo até contraditório, em alguns casos.

    O que a Wicca Pensa de São Cipriano?

    Em geral, os Wiccanos não aderem muito a São Cipriano pelo estigma deixado por tanto tempo de Cristianismo e a Wicca tenta, em geral, se afastar desta vertente e explorar os cultos pré-cristãos de diversas culturas.

    Mas, afinal, o que é Wicca?

    Wicca é uma religião xamânica moderna baseada em rituais pagãos antigos, e também pode ser chamada de bruxaria.

    As crenças wiccanas fazem parte do neopaganismo, onde se enquadram os grupos que acreditam em crenças europeias anteriores ao cristianismo, como a religião celta.

    O nome Wicca teria origem no inglês antigo, e seu significado representa a pessoa que pratica bruxaria. Os seguidores da Wicca chamam a si mesmos de bruxos e bruxas, mas devido ao preconceito relacionado a estes termos, passaram a utilizar também a palavra “wiccanos”.

    Parte da má fama da Wicca dá-se à confusão de que seriam uma seita satanística, de adoradores do diabo, ligando a bruxaria exclusivamente à magia negra.

    O que ocorre é que os cultos da Wicca não são dedicados ao demônio, e se quer existe o conceito de inferno e diabo como na teologia cristã.

    Entre os símbolos da Wicca, o principal é o pentagrama Wicca, que é formado por uma estrela de cinco pontas inserida em um círculo.

    O pentagrama é utilizado em forma de pingente pelos wiccanos e funciona também como uma forma de identificação entre os seguidores.

    Os seguidores da Wicca não sacrificam animais. Para os seus seguidores, a Wicca, ou chamada “a arte”, é a religião do amor e da alegria, que entre suas crenças está a relação das pessoas com a natureza.

    Para a Wicca, as pessoas pertencem à natureza, e não ao contrário, e que os animais e elementos naturais todos seriam relacionados com as pessoas, como irmãos.

    Os rituais Wiccas são utilizados como forma de restabelecer esta relação com a natureza, e acontecem de acordo com os ciclos da lua ou mudanças de estações.

    Os feitiços na Wicca acontecem junto aos rituais, e nunca visam o mal de outra pessoa.

    Entre as crenças wiccanas, existe a chamada “Lei Tríplice”, que entende que qualquer coisa que alguém deseje para a outra deverá voltar em triplo para si.

    A religião Wicca é politeísta, existindo mais de um deus a ser reverenciado. Entre as várias linhas e/ou interpretações das crenças Wicca, ao menos duas divindades são comuns: a Deusa, que é a representação da Terra e da Lua, e o seu consorte, o Deus Cornífero (Deus dos Chifres), que é o Sol e os animais.

    Não existe um livro sagrado da Wicca. A Wicca, no Brasil, existe desde a década de 1980, quando grupos trouxeram a crença da Europa, e passaram a fazer seus rituais também aqui.

    A partir de 1990, houve um maior contato entre os wiccanos brasileiros e europeus, de forma a regularizar e estruturar a religião no país.

    Existem templos e grupos seguidores de Wicca por todo o Brasil, principalmente em Brasília e São Paulo.

  • São Cipriano e a Religião

    São Cipriano e a Religião

    Cipriano foi o homem que foi de bruxo a santo e, como santo, faz parte de algumas religiões, e também do esoterismo (prática baseada em fenômenos sobrenaturais).

    Muito se falou sobre São Cipriano ao longo dos anos e, se para uns ele é uma figura assustadora, para outros é um Santo que, quando invocado, vem em nosso auxílio.

    São Cipriano tornou-se uma lenda não só em Portugal, como no Brasil e países latino-americanos, assim como o seu livro, um grimório que contém diversos rituais de ocultismo e exorcismo, supostamente magias e “simpatias” (conjurações populares), com múltiplas finalidades, inclusive para o cotidiano.

    Embora o livro se coloque como escrito por São Cipriano, o livro real apareceu séculos após sua morte e contém o encontro de Cipriano com Justina e toda a história dos dois, até o último dia de suas vidas.

    Se você quer saber quem foi São Cipriano, o mago, saiba que a figura de São Cipriano mago é lendária, pois ele foi um feiticeiro que vendeu sua alma ao diabo.

    Mas se tornou santo, mesmo tendo sido um homem do mal por boa parte de sua vida. Há uma dualidade neste santo que, para você entender, só será possível descobrindo toda a sua história.

    E a história de São Cipriano não está somente dentro da religião católica. São Cipriano está relacionado a linha dos pretos velhos da umbanda.

    A linha dos pretos velhos, existente na umbanda, também é chamada de linha de São Cipriano e trata-se de uma falange de entidades de fala pausada e tranquilidade nos gestos, que escutam e ajudam aqueles que necessitam, independente de sua cor, idade, sexo e religião.

    Mas, voltando para a religião católica, a lenda de São Cipriano – O Feiticeiro – confunde-se com um outro célebre Cipriano imortalizado na Igreja Católica, conhecido como Papa Africano.

    E o Livro de São Cipriano que tanto se fala é usado largamente nas religiões afro-brasileiras, e se tornou um “almanaque ocultista” de fácil acesso que se dilui na crendice popular.

    São Cipriano, o bruxo que se tornou cristão, é o responsável pelo livro de magia conhecido como O Livro da Capa Preta de São Cipriano e foi um dos bruxos mais poderoso do mundo.

    Tão famoso que já foi tema de discurso do Papa Bento XVI e é chamado de “O Mago dos Magos”.

    Há boatos de que São Cipriano está presente até na maçonaria, o que não tem nada a ver com religião.

  • São Cipriano na Quimbanda

    São Cipriano na Quimbanda

    São Cipriano é um santo da quimbanda, mas também é venerado pela igreja, adorado pelos feiticeiros e respeitado pelos magos…

    São Cipriano, bispo de Antióquia, passou para a história como um mártir e ganhou a fama como o mago mais conhecido do mundo.

    Nascido no século III d.C., segundo a lenda, ele logo entrou para a irmandade dos magos. Na Umbanda, São Cipriano também tem seu lugar.

    Os Pais de Santo são os maiores conhecedores da magia de São Cipriano. Se você quer aprender a magia de São Cipriano, o Livro de São Cipriano é o melhor lugar para começar.

    Mas para que você goze todos os benefícios que o livro de São Cipriano lhe poderá dar, é necessário que siga à risca a recomendação de São Cipriano, que afirma no Prefácio de seu manuscrito: “Este livro não poderá ser emprestado a ninguém; deverá pertencer exclusivamente a quem o adquiriu.”

    Elementos da feitiçaria ocultista, e mesmo da magia negra, penetraram nos ensinamentos dos sábios Tios e Tias africanos da Quimbanda, e São Cipriano entrou nos mistérios da noite, ganhando Ponto Cantado, Riscado e Dançado.

    Abaixo você pode escutar um desses pontos de São Cipriano da Quimbanda:

  • São Cipriano da Igreja Católica

    São Cipriano da Igreja Católica

    São Cipriano, o mago, se tornou uma figura lendária, que deixou um livro poderoso e se tornou famoso após a sua morte, pois foi um mártir heroico, que marcou a Igreja do seu tempo.

    Assim como o mago, São Cipriano de Cartago também faz parte da igreja católica, sendo nascido de uma família rica e pagã, em Cartago, entre os anos 200-210 e tendo recebido em 246 o batismo.

    O Papa Bento XVI já falou sobre São Cipriano de Cartago e sobre sua ideia de que “quem abandona a cátedra de Pedro, sobre a qual está fundada a Igreja, ilude-se de permanecer na Igreja” e de que “fora da Igreja não há salvação”.

    Isso mostra o quanto São Cipriano, o mago, e São Cipriano de Cartago são diferentes e é uma boa resposta para quem ainda não entendeu quem são ambos.

    Os dois Ciprianos marcaram a igreja católica, mas São Cipriano, o mago, não tem nada a ver com dados históricos, nem com a fé católica.

    Se você quer saber quem foi o santo São Cipriano, você deve conhecer a sua história e, principalmente, não confundir o feiticeiro Cipriano e o Bispo de Cartago, pois ambos foram santificados pela igreja católica e a confusão existe não só pela coincidência entre os nomes.

    O Bispo de Cartago também é conhecido como Papa Africano e, apesar do abismo histórico que os afasta, as lendas combinam-se e os Ciprianos, muitas vezes, tornam-se um só na cultura popular.

    O que você acha sobre a ideia de São Cipriano de Cartago sobre os que abandonaram a igreja? E o que você acha da igreja católica adotar São Cipriano de Antióquia como santo mesmo tendo sido do mal?

    As respostas sobre São Cipriano ser um santo católico e ter sido um bruxo devem ser debatidas, ainda mais pela diferença que existe entre ele e o Cipriano de Cartago.

    Cipriano  de Cartago (nascido Táscio Cecílio Cipriano; em latim: Thascius Caecilius Cyprianus) passou para a história não apenas como santo, mas também como excelente orador.

    É ainda considerado um dos Padres latinos. A principal fonte sobre sua vida é a obra Vida de São Cipriano, escrita por seu discípulo Pôncio de Cartago.

    As orações a São Cipriano de Antióquia sempre afirmam que o Senhor está acima de tudo e de todos, crendo fielmente no Espírito Santo e na igreja católica, por isso as orações de São Cipriano são muito usadas para defesa e proteção contra inimigos.

    E não foi somente Cipriano de Antióquia que acabou tendo um livro. Para combater as heresias, Cipriano de Cartago divulgou, por volta do outono do ano de 251, como ele mesmo diz, um livrinho de conduta cristã denominado: “Catholicae Ecclesiae Unitate” – “A Unidade da Igreja Católica”, onde suas maravilhosas palavras demonstram uma clareza de idéias e um espírito decidido.

    Com esse texto, podemos ter certeza que ambos os santos são bons e fizeram bem para a igreja católica. Com certeza, a igreja católica não seria mesma hoje se esses dois homens não tivessem existido ou tivessem seguido um caminho diferente em suas vidas.

    A conclusão é que ambos os Ciprianos merecem o nosso respeito e devoção, não importando como viveram as suas vidas e decidiram louvar ao Senhor.